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INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO INTERNACIONAL DE ANGOLA

DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS


LICENCIATURA EM GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS

TRABALHO DE INTRODUCÃO À PESQUISA CIENTÍFICA

TEMA

A CIÊNCIA MODERNA, SEU IMPACTO NA VIDA DAS


PESSOAS EM ANGOLA

Grupo: B
Docente
1° Ano
Turno: Pós-laboral ___________________________
Sala: 7 Damião Cruz

Luanda, Novembro, 2023


INSTITUTO SUPERIOR POLITÉCNICO INTERNACIONAL DE ANGOLA
DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS
LICENCIATURA EM GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO DE EMPRESAS

A CIÊNCIA MODERNA, SEU IMPACTO NA VIDA DAS


PESSOAS EM ANGOLA

INTEGRANTES DO GRUPO

1. Alcides Candele Jerónimo


2. Divaldo Leandro Freitas
3. Eduardo kawanda
4. Ivandro Valério Bumba Bau
5. Juliana Mengi Kadí
6. Lúcia Maria Vanandas Cunha
7. Maria Lando Sebastião
8. Odeth Gonçalves Armando
9. Rivaldo Pedro Álvaro
10. Teresa António

Luanda, Novembro, 2023


SUMÁRIO

1.INTRODUÇÃO ............................................................................................................. 1

2.FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA ................................................................................ 2

2.1.ORIGEM E EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA MODERNA ............................................. 2

2.2.MODELOS DE DESENVOLVIMENTO DA CIÊNCIA MODERNA ..................... 2

2.3.MODELO DE THOMAS KUHN .............................................................................. 2

2.4.MODELO DE IMRE LAKATOS .............................................................................. 3

2.5.ÁREAS DE ACTUAÇÃO DA CIÊNCIA MODERNA EM ANGOLA ................... 3

2.5.1.Avanços na Saúde .................................................................................................... 3

2.5.2.Tecnologia e Desenvolvimento Econômico ............................................................ 3

2.5.3.Educação e Pesquisa Científica ............................................................................... 4

3.CONCLUSÃO ............................................................................................................... 6

4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 7

I
1. INTRODUÇÃO

A ciência moderna desempenha um papel fundamental no desenvolvimento de nações em


todo o mundo. Com a evolução precisa da ciência, é bastante comum, em tempos
modernos, a responsabilidade de cada país desenvolver a sua ciência local, de acordo com
as tendências das reflexões dos seus povos, ou seja, resultado de um sistema de
desenvolvimento que proporciona mentes capazes de criar novos conhecimentos,
baseando-se nas experiências adquiridas durante a formação ou durante a troca de
experiências e pensamentos com diferentes especialistas e estudos de diversos assuntos,
relacionados com o mundo circulante. A cultura académica é um dos principais
componentes para que se atinjam resultados positivos em vários níveis da ciência.

Muitas visões para o desenvolvimento da ciência e da tecnologia em Angola são


apresentadas, em muitos casos, por intermédio de projectos seguramente ambiciosos e
inovadores, como por exemplo, FUNDECIT – ( Fundação Nacional para o
Desenvolvimento Científico e Tecnológico), criada por Decreto Presidencial em Maio de
2021, é tutela do Ministério do Ensino Superior Ciência e Tecnologia e Inovação,
enquanto órgão de superintendência, a quem cabe criar as condições para o seu
funcionamento, com base nas prioridades definidas na Política Nacional de Ciência,
Tecnologia e Inovação, que possui a missão de implementar as políticas de ciência,
tecnologia e inovação, com meios financeiros do Orçamento Geral do Estado e outros
provenientes de doações destinados a investigação científica e desenvolvimento. No
entanto, abordaremos o impacto da ciência moderna nesse país africano, nas áreas como
saúde, tecnologia e educação.

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2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA

2.1. ORIGEM E EVOLUÇÃO DA CIÊNCIA MODERNA

Para nos aprofundarmos ao estudo da ciência moderna, é necessário saber da sua origem
e evolução. A ciência moderna teve origem na Europa- Grécia, foram os gregos os
primeiros a iniciarem as práticas científicas. O que existia antes era, sem dúvida,
conhecimento de um número ilimitado de factos, coordenação de acções, destinadas à
procura dos elementos necessários à vida humana.

Ela desenvolveu-se no século XIV e se consolidou no século XII, articulando o método


de observação e experimentação a partir de instrumentos técnicos, com o trabalho de
cientistas mais referenciados na história da evolução da ciência moderna, (Nicolau
Copérnico, Galileu Galilei, Albert Einstein, Isaac Newton, entre outos).

2.2. MODELOS DE DESENVOLVIMENTO DA CIÊNCIA


MODERNA
A ciência a partir do Século XX começou a tomar um rumo de carácter evolutivo, devido
à organização sistemática dos factos científicos acumulados e à multivariedade de teorias,
como balanças que definem o melhor entendimento da natureza. A revolução acompanha
evolução da ciência, ou seja, problemas ideológicos, crises, colapsos, reestruturações
conceptuais e entre outros casos contraditórios são frequentes no mundo da ciência, que
fazem nascer novos horizontes de consciência científica dentro dela. As contradições
enfrentadas pela ciência culminaram no desenvolvimento de modelos, que se tornaram
linhas mestras no Século XX. Os modelos que atingiram um nível de notoriedade
considerável são os modelos do cientista americano Thomas kuhn e do cientista britânico
Imre Lakatos.

2.3. MODELO DE THOMAS KUHN


O modelo do Thomas analisa o desenvolvimento ciência baseado nos paradigmas
científicos, que são susceptíveis às mudanças. Os grandes cientistas do passado como
Aristóteles, Ptolomeu, Copérnico, Galileu e Newton, apresentaram paradigmas que
duraram muitos anos. Num passado muito recente, o cientista Einstein apresentou ao
mundo da ciência o paradigma da relatividade, segundo o qual o Universo não tem centro
algum, além de fronteiras, ou melhor, qualquer ponto pode ser considerado seu centro,
apenas será um centro condicional. Os paradigmas determinam o desenvolvimento da

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ciência, pelo facto de terem a força de dominância dela por algum tempo. Mas caso seja
um tipo de árvore, cujo crescimento seja assimétrico, mostrando imprevisibilidade, então
pode- se afirmar que existe desenvolvimento. Em outras palavras, o desenvolvimento da
ciência deve obedecer ao princípio da revelação de imprevisibilidade, fazendo com que o
conhecimento científico se afirme como tal, dando origem aos paradigmas.

2.4. MODELO DE IMRE LAKATOS


O modelo proposto pelo Imre Lakatos para o desenvolvimento da ciência não difere muito
do modelo do Thomas Kuhn, mas apresenta uma visão considerada fundamental. O Imre
Lakatos usou uma expressão, tida como sinónimo da palavra paradigma- programa de
pesquisa, que não deve obedecer ao princípio da imprevisibilidade, ou seja, as introduções
científicas devem ser categóricas e consideravelmente racionais, respeitando à
rigorosidade dos critérios lógico-científicos. Este programa fundamenta-se na visão
cognitiva das ideias de base, na heuristica negativa e na heuristica positiva.

2.5. ÁREAS DE ACTUAÇÃO DA CIÊNCIA MODERNA EM


ANGOLA
A ciência moderna em Angola actua nas áreas de desenvolvimento como:

2.5.1. Avanços na Saúde

A ciência moderna contribuiu para melhorias significativas na saúde em Angola. Com o


acesso a novas tecnologias e pesquisas médicas, foi possível melhorar os serviços de
saúde, diagnosticar doenças de forma mais precisa e desenvolver tratamentos mais
eficazes, assim como para a prevenção e controle de epidemias. Por exemplo, cientistas
têm trabalhado para desenvolver vacinas eficazes contra doenças como malária,
HIV/AIDS e tuberculose, que têm sido um problema significativo de saúde em Angola.

2.5.2. Tecnologia e Desenvolvimento Econômico

A aplicação da ciência moderna impulsionou o desenvolvimento tecnológico em Angola.


A tecnologia desempenha um papel importante na economia do país, permitindo o
crescimento de sectores como telecomunicações e energia. Uma área em que a ciência
moderna tem tido um impacto direto em Angola é na agricultura. A introdução de técnicas
modernas de cultivo, como o uso de sementes melhoradas, fertilizantes e métodos de
irrigação eficientes, tem ajudado os agricultores angolanos a aumentar sua produtividade
e melhorar a qualidade dos alimentos produzidos. Além disso, a pesquisa científica tem

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contribuído para o desenvolvimento de culturas resistentes a doenças e pragas, o que
também tem tido um impacto positivo na segurança alimentar do país.

2.5.3. Educação e Pesquisa Científica


O investimento em educação e pesquisa científica está crescendo em Angola.
Universidades e instituições de pesquisa estão desempenhando um papel vital na
formação de profissionais e na produção de conhecimento científico relevante. Além
disso, a pesquisa científica tem contribuído para o desenvolvimento e adaptação de
currículos educacionais, com o objetivo de fornecer uma educação relevante e atualizada
aos alunos angolanos. Isso é especialmente importante em um mundo em constante
mudança, onde o conhecimento científico e tecnológico está em constante evolução.

Produção e Investigação Científica em Angola: Em que caminho estamos?

O desenvolvimento das sociedades, é fortemente marcado por anos de pesquisas e


avanços tecnológicos, que são superados todos os dias por pesquisadores que se renovam
a cada etapa do fazer ciência, motivados por novos resultados e novas pesquisas. O
investigador científico angolano Oscar Sala, escrevendo sobre o Papel da Ciência na
Sociedade afirmou que “uma das principais características da civilização moderna é o
extraordinário desenvolvimento da pesquisa científica, seja ela básica ou aplicada.
Ciência e Tecnologia constituem as fontes principais de criatividade e dinamização da
sociedade moderna.

Em Angola, o insucesso e a dificuldade de investigação científica são muitas vezes


apontados pela falta de investimento e interesse político em apostar no sector. A ex-
ministra da Educação, Maria Sambo, participando do evento Semana da Ciência Portugal-
Angola, reconheceu que a investigação cientifica em angola enfrenta dois grandes
obstáculos, nomeadamente: falta de financiamento e a escassez de investigadores.

No relatório de 2015 apresentado pela UNESCO, indica que Angola está numa posição
desfavorável em relação ao número de artigos científicos indexados em publicações
internacionais.

Foi aprovado em Angola o Decreto n.°2/01 de 19 de Janeiro do Ministério da Ciência e


Tecnologia, que institui a carreira de investigador cientifico com um regime especial com
integrações de funções técnico- cientifica. Afirmar que existe falta de investigadores gera
bastante descontentamento, pois sabemos que existe processos selectivos para ingressos

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de investigadores, e a questão que se coloca é onde estão os investigadores do país? O
que se tem feito em prol da investigação e produção cientifica? O que está faltando para
o desenvolvimento de uma cultura cientifica em Angola?

O Docente Universitário Belarmino Vandunem, em um debate protagonizado pela Rádio


Nacional de Angola sobre o tema “Investigação cientifica em Angola, afirmou que a
nossa maneira de fazer ciência é doentia, existe mais reprodução dos saberes nas
universidades do que construção de ciência, ainda verifica-se um quantitativo de
professor que não produzem, não pesquisam, e enxergam as Universidades apenas como
um meio de atingir os seus fins.

Diante das circunstâncias e da procura de soluções para resolver os problemas da nossa


sociedade, como por exemplo a diversificação da economia, é imprescindível que haja
incentivo para produção do conhecimento científico, de forma que seja acessível para
todos. Uma vez que Investimento em ciências, tecnologias e inovação tem se mostrado a
alternativa vislumbrada por muitos países para dar resposta a essas questões. Existem
diversos projectos em andamento sobre investigação cientifica em Angola, um deles é
PDCT (Projecto de Desenvolvimento da Ciência e Tecnologia) que recebe um
financiamento de 90% do BAD (Banco Africano de Desenvolvimento), e recebe apenas
10% do Governo angolano ficando nítida as afirmações acerca de pouco investimento em
melhorar o actual quadro. Segundo uma entrevista ao Jornal de Angola, o director do
projecto indicou que o financiamento fornecido pela “BAD”, vai servir para minimizar
as insuficiências a nível das infraestruturas, recursos humanos e publicações, porém é
necessário mais acções para desenvolver uma cultura científica no país com objetivo de
resolver os problemas que enfrentamos.

No entanto, constatou-se, que é urgente e necessário a criação de um sistema que vela


pela investigação cientifica em Angola, onde os pesquisadores não sejam cativos da boa
vontade política em gerar investimentos para o sector. Precisamos de um sistema que
deve integrar alguns aspectos bastante fundamental na busca pela promoção e
investigação cientifica, desde: bibliotecas para facilitar as pesquisas de matérias que
abordam sobre diversos temas, revistas cientificas das mais distintas áreas de formação
que atendam trabalhos de estudantes, mestres, e doutores do país, incentivos (públicos e
privados) de modo a impulsionar as universidades a pesquisar, e disseminação em massa
de matérias científicas.

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3. CONCLUSÃO

Em conclusão, os conteúdos do referido trabalho concentram o pensamento na visão


essencial de dar mais relevância ao conhecimento científico, produzido pelos cientistas
angolanos, e tratá-lo como um aliado indispensável ao crescimento e desenvolvimento
social. Fazer dele um instrumento indispensável para a resolução de problemas
económicos, sociais e até culturais. O actual estado de investigação científica nos mostra
que ainda precisamos fazer muito para possuir uma cultura de pesquisa cientifica, e é
preciso que as Universidades, empresas privadas e tais se envolvam mais nesse processo
para alcançarmos resultados satisfatórios.

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4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

"Ciência, Tecnologia e Inovação em Angola: Uma Visão para os Desafios do


Desenvolvimento Sustentável" - José António Nhavoto (2016)

O Nascimento da ciência moderna – História do Mundo [Recurso electrónico] –


https://www.historiadomundo.com.br

Aula 1. As origens da Ciência moderna – I Unicamp [Recurso electrónico] –


https://www.Unicamp.com.br

Site oficial da Angop. Fundecit fortalece investigação científica no país [Recurso


electrónico]– Regime de acesso:https://www.angop.ao/noticias/educaçao/Fundecit-
fortalece-Investigação-cientifica-no-pais/ (consultado em 12 de Janeirop de 2017)

"The Impact of Science and Technology for Development: Angola's Experience" - Mário
Francisco Gaspar (2011)

"Scientific Research in Angola: Challenges and Opportunities" - Isabel Ferreira (2018)

"The Role of Science and Technology in Angola's Development Agenda" - Ricardo


Sebastião (2015)

"The Impact of Modern Science on Angola's Health Sector" - Maria dos Santos (2019)

Vernangola.net/va/pt/072020/20955/ [Recurso electrónico] – Produção-e-Investigação-


Científica-em-Angola-Em-que-caminho-estamos-A-opinião-de-Neidelênio-Baltazar-
Soares.htm

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