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CAPITULO I.

INTRODUÇÃO Á TEORIA DA ADMINISTRAÇÃO

A existência das comunidades humanas impõe a necessidade da administração que,


por sua natureza visará assegurar a tomada de decisões, o desenvolvimento e
execução de determinadas tarefas e garantir a partilha de tarefas, ordem, disciplina e
harmonia na colectividade.

A administração concebida como um conjunto de actividades, ou acções dirigidas à


utilização eficiente e eficaz dos recursos, com a finalidade de alcançar determinados
objectivos ou metas da organização, é exercida por qualquer pessoa, responsável por
algum tipo de actividade organizacional.

A prática da administração para alcance dos objectivos organizacionais, envolve os


esforços de todos os integrantes da organização. A capacidade do administrador em
aproveitar eficazmente as habilidades individuais dos membros da organização
constitui um factor decisivo, não só para uma convivência sadia, também e sobretudo
para a estabilidade e desenvolvimento organizacional. O facto de a administração ser
intangível, uma força invisível, cuja presença é evidenciada pelos resultados,
acompanha a dinâmica do próprio ambiente, sociedade ou comunidade.

1.1 CONCEITO DE ADMINISTRAÇÃO

A palavra Administração vem do latim, ad – que significa direção, tendência para, e


minister – que significa subordinação ou obediência, ou seja, quem realiza uma função
sob comando de outra ou presta serviço a outro, (CHIAVENATO, 2003).

Após a observação por partes de diversos estudiosos, principalmente da prática


administrativa, chegou-se à conclusão – baseada nos estudos de Fayol – que
Administração é o processo de planejar, organizar, dirigir e controlar o uso de recursos
com a finalidade de alcançar os objetivos das organizações.

Segundo Maximiano (2007), administrar é um trabalho em que as pessoas buscam


realizar seus objetivos próprios ou de terceiros (organizações) com a finalidade de
alcançar as metas traçadas. Dessas metas fazem parte as decisões que formam a
base do ato de administrar e que são as mais necessárias. O planejamento, a
organização, a liderança, a execução e o controle são considerados decisões e/ou
funções, sem as quais o ato de administrar estaria incompleto.

1.1.1. IMPORTÂNCIA DA ADMINISTRAÇÃO

A partir do início do século XX, as organizações passaram a possuir maior


complexidade para atender às necessidades da população; tornou-se 11
imprescindível adotar os novos conhecimentos administrativos, que estavam sendo
formulados para enfrentar a concorrência cada vez maior, na tentativa constante de
ofertar produtos e serviços, com qualidade e menores custos. A Administração passou
a ser vista como de fundamental importância para a vida e para as organizações
contemporâneas, considerando-se que a sociedade em que se vive é totalmente
organizacional. A Tecnologia da Informação passou a ter domínio, produzindo
grandes avanços tecnológicos e as organizações adotaram rapidamente essas
técnicas, modernizando suas estruturas, (CHIAVENATO, 2003). Estes avanços e o
desenvolvimento do conhecimento humano, por si mesmos, não produzirão efeitos,
se a qualidade da administração a ser usada nos grupos organizacionais não permitir
uma boa aplicação dos recursos disponíveis, humanos e materiais

1.2. Conceito da Teoria da Administração

Do grego theoria que no contexto histórico significava observar ou examinar. Com sua
evolução o termo passou a designar o conjunto de ideias, base de um determinado
tema, que procura transmitir uma noção geral de alguns aspectos da realidade.

Uma teoria é um conjunto coerente de suposições elaborado para explicar a relação


entre dois ou mais factos observáveis e prover uma base sólida para se prever eventos
futuros. Uma teoria é uma representação abstracta do que se percebe como realidade.
Uma teoria é um conjunto de conceitos e ideias que explica e prediz fenómenos
sociais e físicos. Assim, uma teoria administrativa explica e prediz o comportamento
das organizações e dos seus membros1.

Teoria é o conjunto de princípios fundamentais de uma arte ou de uma ciência. Teoria


é uma opinião sintetizada, é uma noção geral. Teoria é também uma hipótese, uma
conjectura, uma opinião formada diante de um fato. Uma teoria tenta explicar algo de
difícil concretização.

Na área da Matemática, teoria é qualquer proposição que, para ser admitida precisa
de demonstração.

Uma teoria científica é a parte especulativa de uma ciência, por oposição à prática. É
um sistema consistente formado por observações, ideias e axiomas ou postulados,
constituindo no seu todo um conjunto que tenta explicar determinados fenômenos.

São exemplos de teorias científicas: Teoria do Caos, Teoria da


Comunicação, Teoria do Conhecimento, Teoria da Evolução, Teoria dos Jogos, Teoria
dos Quanta, Teoria da Relatividade, entre outras.

Em filosofia, teoria é o conjunto de conhecimentos que apresentam graus diversos de


sistematização e credibilidade, e que se propõem a elucidar, interpretar ou explicar

um fenômeno ou acontecimento que se oferecem à atividade prática.

A Teoria Geral da Administração, constitui o corpo, um campo de conhecimentos a


respeito das organizações e do processo de administra-las. A Teoria geral da
administração é formada por princípios, proposições e técnicas em permanente
elaboração. No entanto, não existe na teoria geral da administração, “fórmulas” ou
“receitas” definitivas (Chiavenato, 2000).

1.2. Conhecimentos Descritivo e Prescritivo

A teoria geral da administração traduz um conjunto de conhecimentos organizados,


produzidos pela experiencia prática das organizações. As teorias da administração
constroem dois principais tipos de conhecimentos: descritivos e prescritivos.

a) Os conhecimentos descritivos, procuram explicar o que são as


organizações e como são administradas. Neste âmbito, diferentes
autores podem ter diferentes explicações e podem existir teorias que
explicam de forma diferente as mesmas coisas. Trata-se de
acontecimento já consumado. Deste modo a posição de quem
descreve pode ser influenciado por factores diversificados.
b) Os conhecimentos prescritivos, procuram explicar como as
organizações devem ser administradas. Esses conhecimentos
envolvem as doutrinas ou filosofias e técnicas ou ferramentas para
administrar as organizações. Refere-se a forma como se deve
proceder. Não é uma questão de preferência, mas uma realidade
comprovada e esperada. Em termos práticos o conhecimento
prescritivo é a ferramenta que o gestor precisa para projectar os
caminhos a percorrer no exercício das suas funções.

1.3. Forma de Estudar a Administração

O estudo da administração pode ser feito de três maneiras principais, nomeadamente:


Enfoques, escolas e modelos.

a) Enfoques

O enfoque é um aspecto particular das organizações ou do processo administrativo


seleccionado para o estudo e produção de conhecimentos. Enfoque significa também,
maneira particular de observar e analisar as organizações, os administradores e o
processo administrativo. Os autores de várias teorias de administração sempre
tiveram uma inclinação que lhes serviu de “aspecto crítico). Uns direccionaram o seu
foco em estrutura, outros na produtividade, outros nas pessoas, e em fim, cada um
escolheu uma área específica, onde direccionou maior atenção.

b) Escolas

A escola é uma linha de pensamento ou um conjunto de autores que usaram o mesmo


enfoque, escolheram o mesmo aspecto específico para analisar ou adoptaram o
mesmo raciocínio. O termo escola na administração pode indicar também autores que
partilham um interesse ou o mesmo ponto de vista, mas que, talvez, nunca se
encontraram. Trata-se dos autores que enfatizam uma determinada área da
organização para o seu estudo ou analise. Em alguns casos, a escola pode
corresponder ao enfoque.

c) Modelos
Na administração o modelo é concebido em duas vertentes diferentes: modelo de
administração e modelo de organização. 1) O modelo de administração, corresponde
ao conjunto de doutrinas e técnicas do processo administrativa, associando-se, muitas
vezes, à uma base cultural; 2) O modelo de organização é o conjunto de
características que definem as organizações e a forma como elas são administradas.
O modelo da organização é fruto da utilização de determinadas doutrinas e técnicas.

1.4. Razões para estudar a TGA

As organizações e seus administradores não surgiram hoje. As organizações


remontam épocas muito antigas e foram evoluindo ao longo dos tempos; umas foram
dando lugar à outras mais modernizadas, com doutrinas ou filosofias e culturas
melhores com base às experiências anteriores.

A experiência e a observação directa foram influenciando as atitudes e o modelo de


funcionamento dos administradores mais novos. Assim, passava-se de uma geração
de organizações à outra.

O percurso histórico da administração provou que as teorias criadas nas diversas


situações e contextos vividos pelas organizações constituíram-se desde muito cedo
em ferramenta útil nas práticas administrativas. Isto motiva a necessidade do seu
domínio e podem se enumerar algumas razões que tornam o seu estudo importante
para a administração das organizações, nomeadamente2:

 As teorias guiam as decisões – O estudo das teorias da administração


permite compreender os processos fundamentais e, baseando-se neles,
escolher uma linha eficaz de acção. Sendo assim, as teorias consideradas
validas, permitem prever o que poderá acontecer sob certas situações. Com
esses conhecimentos, pode-se aplicar diferentes teorias à diferentes
situações ou circunstancias;
 As teorias são uma fonte de inspiração de novas ideias – As teorias
fornecem o ensejo de assumir um ponto de vista diferente com relação às
situações do dia-a-dia. Mesmo que o administrador tenha preferência por
uma determinada teoria, é importante perceber que não há nenhuma teoria
geral unificada ou que domine esse campo de conhecimento. A abordagem
eclética – a prática de receber emprestado os princípios diferentes teorias
de acordo com as circunstâncias é essencial na administração. Para o bem
da organização, o administrador precisa manter a mente aberta e se
familiarizar com cada uma das principais teorias que coexistem
actualmente;
 As teorias dão forma à visão das organizações – O estudo das teorias
mostra também de onde vêem algumas das ideias dos administradores
sobre as organizações e sobre as pessoas que delas participam;
 As teorias dão consciência própria aos administradores do ambiente
empresarial – À medida que são estudadas as diferentes teorias, passa-se
a entender que cada uma delas resulta do seu ambiente, ou seja, é produto
das forças sociais, económicas, políticas, tecnológicas e ambientais
presentes num dado tempo e espaço. Esse conhecimento irá ajudar o
administrador a compreender por que certas teorias são apropriadas em
diferentes circunstâncias.

De modo geral, as teorias na administração inspiram a tomada de decisões dos


administradores quanto a vida das suas organizações. Hoje, os Governos, os gestores
do topo e outras especialistas baseiam-se nas teorias existentes para tomada de
decisões em atendimento de determinadas exigências organizacionais. Por exemplo,
as teorias que sustentam as economias actuais são fruto do passado; os programas
dos executivos, como a concessão de micro-créditos, a distribuição gratuita de bens
aos mais encarecidos, as alternativas económicas, etc.

Os administradores usam as teorias administrativas para a tomada de boas decisões


nos seus esforços e actividades do dia-a-dia. Muitas dessas teorias resultam da longa
experiência individual dos cientistas sociais, enquanto que as outras são resultado
dos métodos científicos.

CAPITULO II. TEORIAS DA ADMINISTRAÇÃO

2.1. Teorias Classicas da Administração

2.1.1. Teoria da Administração Científica


A administração científica é uma teoria que surgiu, em parte da necessidade de
aumentar a produtividade, quando se verifica a carência de mão-de-obra
especializada nos Estados Unidos da América nos finais do século XIX e início do
século XX.

Aumentar a eficiência dos trabalhadores constituía uma das maneiras mais focadas
para expandir a produtividade. No início a sua preocupação foi eliminar os problemas
de desperdício e das perdas sofridas pelas unidades económicas Americanas da
época e elevar os níveis de produtividade através de aplicação de melhores métodos
e novas técnicas.

A teoria da administração científica é uma abordagem formulada por Frederick


Taylor e companheiros entre 1890 a 1930, que buscava determinar cientificamente os
melhores métodos para a realização de qualquer tarefa e para seleccionar, treinar e
motivar os trabalhadores. É assim chamada, devido a tentativa de explicar os métodos
da ciência aos problemas da administração, afim de alcançar elevada eficiência
industrial. A observação e a mensuração são os principais métodos aplicáveis aos
problemas da administração3.

Os principais precursores desta teoria foram: frederick Winslow Taylor, Henry Gantt,
Henry Ford, Franck Bunker Gilbreth, Lilian Evelin Moller Gilbreth e outros, que
delinearam um conjunto de princípios, hoje conhecidos como “teoria da administração
científica.

2.1.1.1. O Taylorismo

Frederick Wnslow Taylor (1856 – 1915), baseou o seu sistema de aministração no


estudo do tempo nas linhas de produção. Taylor, Começou como um simples operário
na empresa Midvale Stil Co. até atingir a categoria de engenheiro quando formou-se
pelo Stevens Institute ( Maximiano, 2000,).

Como especialista Taylor não confiou nos métodos tradicionais de trabalho, analisou
e cronometrou o tempo dos movimentos siderúrgicos, realizando uma série de
trabalhos. Taylor, usou como base o estudo do tempo, dividiu cada função em
componentes próprios e projectou os métodos melhores e mais rápidos para a
execução de cada um dos componentes (divisão de trabalhos); Estabeleceu
parâmetros quanto os operários deveriam produzir com o equipamento e materiais
disponíveis; encorajou os patrões (donos das fábricas) a pagar os operários mais
produtivos uma tarifa mais alto que os menos produtivos (taxa de pagamento por
peça).

O sistema de “pagamento por peça” incentivou os operários a ultrapassar seus


padrões de desempenho anteriores, para ganhar mais – sistema de tarifas
diferenciadas. O sistema de tarifas diferenciadas é um sistema de compensação
proposta por Taylor, que envolve o pagamento de salários mais altos aos
trabalhadores mais produtivos.

A Administração cientifica envolveu três períodos. O primeiro período corresponde à


época da publicação da sua obra em 1903, intitulada “Shop Management” –
“Administração de Oficinas”, sobre as técnicas de racionalização do trabalho do
operário, por meio de estudo do tempo e dos movimentos.

A sua pesquisa iniciou com o nível de execução analisando as tarefas de cada


operário, decompondo os seus movimentos e processos de trabalho, aperfeiçoando-
os e racionalizando-os. Taylor concluiu que se o operários/trabalhador mais produtivo
perceber que recebe a mesma remuneração que o seu colega menos produtivo, perde
o interesse e motivação e deixa automaticamente de produzir de acordo com a sua
capacidade. Dai a necessidade de pagar mais o operário mais produtivo. Em
essência, na obra “ shop management” Taylor fornece as seguintes ferramentas
( Maximiano, 2000):

 O objectivo da administração científica é pagar salários melhores e


reduzir custos unitários de produção;
 Para realizar tal objectivo, a administração deve aplicar métodos
científicos de pesquisa e experimento para formular princípios e
estabelecer processos padronizados que permitam o controlo das
operações;
 Os empregados devem ser cientificamente treinados para
aperfeiçoar suas aptidões e executarem uma tarefa para que a
produção normal seja cumprida;
 A administração precisa criar um clima íntimo e cordial cooperação
com os trabalhadores para garantir a permanência desse ambiente
psicológico;

O segundo período corresponde à publicação do seu livro “Princípios de


administração científica”, em 1911, quando concluiu que a racionalização do trabalho
operário deveria ser acompanhada de uma estrutura geral da empresa e que tornasse
coerente à aplicação dos seus princípios. Taylor identificou que as industrias da sua
época padeciam de três enfermidades (males)

1. A vadiagem sistemática dos operários, que reduzia produção a cerca de um


terço da que seria normal, para evitar a redução das tarifas de salários pela
administração. Essa vadiagem no trabalho tinha três causas:

 O engano disseminado entre os trabalhadores de que o maior


rendimento do homem e da maquina provocaria desemprego dos
operários;
 O sistema defeituoso da administração que força os operários a
ociosidade no trabalho a fim de proteger seus interesses
pessoais;
 Os métodos empíricos ineficientes utilizados nas empresas com
os quais o operário desperdiça maior parte do seu esforço e
tempo.
2. O desconhecimento da administração das rotinas de trabalho e do tempo
necessários para sua realização;
3. A falta de uniformidade das técnicas e métodos de trabalho.

Taylor sustenta-se na ideia da maximização da eficiência industrial como base na


maximização de cada uma das tarefas elementares. Isto é, a melhoria da eficiência
de cada operário, provocaria a melhoria em toda a empresa. Ele ilustra que a
organização e a administração devem ser estudadas e tratadas cientificamente e não
empiricamente.

Frederick Taylor foi a primeira pessoa a fazer uma análise completa de trabalho
inclusive dos tempos e movimentos; estabeleceu padrões de execução, treinamento
dos operários, especialização do pessoal, em fim, é primeira pessoa a assumir atitude
metódica ao analisar e organizar a unidade fundamental do trabalho, adaptando este
critério até ao topo da organização(Maximiano, 2000).

A Administração Científica é uma combinação de ciência em lugar do empirismo;


harmonia em vez de discórdia; cooperação e não individualismo; rendimento máximo
em lugar da produção reduzida; desenvolvimento de cada homem, afim de alcançar a
maior eficiência e prosperidade.

Buscava-se na administração científica “máxima prosperidade Patrão –


empregado”. O princípio da máxima prosperidade para o patrão – empregado, deve
ser o fim da administração. Portanto, deve existir identidade de interesses entre o
empregador e o empregado.

A tentativa de substituir os métodos empíricos e rudimentares pelos métodos


científicos foi denominada de “Organização Racional do Trabalho – ORT”. A
organização Racional do Trabalho fundamenta-se no seguinte:

 Análise do trabalho e estudo dos tempos e movimentos;


 Estudo da fadiga humana;
 Divisão do trabalho e especialização do operário;
 Desenho de cargos e de tarefas;
 Incentivos salariais e prémios de produção;
 Conceito do homo ecenomicus;
 Condições ambientais de trabalho, como iluminação, conforto,
segurança, etc;
 Padronização de métodos e maquinas;
 Supervisão funcional.
O estudo dos tempos e movimentos tinha como objectivos:

 Eliminação de todo o desperdício do esforço humano;


 Adaptação dos operários à própria tarefas;
 Treinamento dos operários para melhor adequação aos seus
trabalhos;
 Maior especialização de actividades;
 Estabelecimento de normas detalhadas de execução do trabalho.
O estudo dos tempos e movimentos permite que haja a racionalização dos métodos
de trabalho e a fixação dos tempos padrões para a execução das tarefas e traz
algumas vantagens como:

 Elimina os movimentos inúteis e os substitui por outros mais


eficazes;
 Racionaliza a selecção e treinamento do pessoal;
 Melhora a eficiência do operário e o rendimento da produção;
 Distribui uniformemente o trabalho para que não haja períodos de
falta ou de excesso de trabalho;
 Oferece base uniforme para salários equitativos e prémios de
produção.

Apesar do elevado sucesso,os métodos tayloristas fomentaram dispensas e


despedimento dos operários menos produtivos, o que provocou uma reacção negativa
dos trabalhadores e sindicatos na época. Essa resistência dos operários provocou
uma greve em 1912 na Watertow Arsenal, em Massachussets. Este acto forçou a
convocação do Taylor para explicar e esclarecer as suas ideias e técnicas no
congresso norte-americano. Tanto no seu depoimento como em suas obras, Taylor
baseou a sua filosofia em quatro princípios básicos:

 O desenvolvimento de uma verdadeira administração, de modo


que pudesse ser determinado o melhor método para realizar cada
tarefa;
 A selecção científica dos trabalhadores, de modo que cada um
fosse responsável pela tarefa para a qual é bem sucedida;
 A Educação e desenvolvimento do trabalhador;
 A cooperação íntima e amigável entre a administração e os
trabalhadores.

Na visão do Taylor, o sucesso desses princípios exigia uma completa “revolução


mental” dos empregados e dos administradores. Ao invés de discutirem sobre os
lucros, as duas partes deveriam aumentar a produtividade. Ele considerava a
administração científica como uma verdadeira “revolução mental”, a partir do momento
em que se demonstrava como uma revolução na maneira de encarar o trabalho e as
responsabilidades em relação à empresa e aos colegas. Promoveu um movimento
cujos princípios e técnicas, em essência, procuravam aumentar a eficiência dos
trabalhadores por meio da racionalização do trabalho (Maximiano, 2000). O aumento
da eficiência dos trabalhadores garante e assegura a prosperidade da empresa e do
patrão.

De modo geral, o sistema administrativo adotado por Taylor caracterizou-se em cinco


eixos fundamentantais: análise do trabalho; Padronização de ferramentas;
selecção e treinamento dos operarios/funcionários; supervisão e planeamento
e por fim pagamento por produção/por peça.

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