Anais do II CoBICET – Resumo simples

Congresso Brasileiro Interdisciplinar em Ciência e Tecnologia

Evento online – 30 de agosto a 03 de setembro de 2021

CLASSIFICAÇÃO DE UMA TRILHA DE LONGO CURSO PELO

MÉTODO RECREATIONAL OPORTUNITIES SPECTRUM

Iulo Pessotti Moro1, Marcus Vinicius Dutra Magalhães2, Priscilla Moreira Curtis
Peixoto2
1
Programa de Pós-graduação em Gestão Pública, Universidade Federal do Espírito
Santo, Av. Fernando Ferrari, 514, Goiabeiras, CEP 29075-910, Vitória – ES, Brasil
(iulo.floresta@gmail.com)
2
Programa de Pós-graduação Lato Sensu em Agroecologia e Sustentabilidade, Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Espírito Santo, Campus de Alegre, Rua
Principal s/n, Distrito de Rive – CEP 29.500-000, Alegre – ES, Brasil

Resumo: Os Parques são unidades de conservação de proteção integral que tem como objetivo
promover a utilização dos princípios e práticas de conservação da natureza no processo de
desenvolvimento sustentável regional a partir dos recursos naturais. Devido à crescente demanda
por atividades em áreas naturais e rurais, as Trilhas de Longo Curso (TLC) têm como
característica a beleza da paisagem natural conjugada à presença de atrativos agroturísticos,
ecoturísticos e geoturísticos. Buscando consolidar a importância do turismo de caminhadas como
ferramenta para o turismo sustentável, este estudo teve como objetivo classificar os setores da
TLC entre os Parques Estaduais Pedra Azul (PEPAZ) e Forno Grande (PEFG), a fim de avaliar o
potencial agroturístico, ecoturístico e geoturístico associados à trilha. A metodologia utilizada na
realização deste estudo foi estruturada no método de planejamento de recreação conhecido como
ROS (Recreational Oportunities Spectrum – Espectro de Oportunidades de Recreação). Este
método sugere que “as experiências recreacionais e os benefícios dela derivados aconteçam dentro
de um conjunto particular de eventos que podem ser vistos a partir de um gradiente, desde o
primitivo ao urbano”. Neste método as trilhas são classificadas gradualmente em primitiva,
semiprimitiva, natural, rural e urbana. As trilhas primitivas caracterizam-se por condições
selvagens, pouco manejo direto, quase ou nenhum desenvolvimento de infraestrutura. Ao passo
que as urbanas permitem paisagens alteradas, manejo visível e desenvolvimento de muita
infraestrutura. Dessa forma, com base no mapeamento realizado, a TLC PEPAZ-PEFG apresentou
uma extensão de 22,72 Km, e conforme a classificação ROS foram identificadas quatro classes,
sendo semiprimitiva, natural, rural e urbana. O setor classificado como semiprimitivo possui uma
extensão de 1,6 Km, o setor natural 1,9 Km, o setor rural 17,25 Km, e o setor urbano 1,97 Km.
Portanto, conclui-se que, a metodologia mostrou-se satisfatória para classificar os potenciais
turísticos presentes na TLC PEPAZ-PEFG, permitindo categorizar as experiências de visitação em
cada trecho do percurso. Esse método ainda possui limitações quanto ao uso em TLC, uma vez que
não é um processo completo de planejamento, mas uma ferramenta dentro de um procedimento
mais amplo, que auxilia na identificação das zonas de manejo.

Palavras-chave: Agroturismo; Ecoturismo; Geoturismo; ROS; Unidades de Conservação.