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Reflexões teórico-metodológicas sobre a etnopedologia

Júlia de Araújo Matosa

Guilherme Hissa Villas Boasb


a
Discente de Engenharia Ambiental da Universidade Federal do Rio de Janeiro

a
Docente do Departamento de Geografia da Universidade Federal do Rio de Janeiro

e-mail: juliaaraujo@poli.ufrj

Direitos autorais 2022, SBGFA: No caso da seleção do presente artigo pelo Comitê Científico do evento, após revisão das informações contidas no resumo submetido pelo(s) autor(es), os
mesmos autorizam a publicação, cientes de que ao se inscreverem, aceitaram a concederam essa faculdade aos organizadores do evento, em razão do caráter de atendimento ao
comunidade, sem fins lucrativos que o evento abrange.

RESUMO

Populações tradicionais reconhecem o solo como fonte de vida e sustento e seu conhecimento sobre este recurso abarcam diversos
aspectos da vida humana, sejam eles espirituais, cognitivos ou práticos. A disciplina etnopedologia fornece ferramentas que
possibilitam compreender esses saberes e dialogá-lo com o científico, uma vez que seu campo de estudo inclui a percepção,
classificação, avaliação, uso e gestão do recurso solo. Este trabalho tem como objetivo geral realizar uma revisão
teórico-metodológica sobre a etnopedologia com base na literatura disponível. Também buscou-se compreender o conceito de
etnopedologia e a realização de um levantamento das principais abordagens e metodologias etnopedológicas. Este trabalho realizou
uma revisão de literatura, em duas fases: primeiro buscou-se compreender as principais características das publicações
etnopedológicas nacionais e internacionais numa perspectiva quantitativa. Após essa fase foram analisadas as principais
características metodológicas empregadas nos artigos apreciados na etapa anterior. A maioria dos trabalhos sobre etnopedologia são
desenvolvidos por doutores em geografia e ciências agrárias e publicados majoritariamente em revistas científicas de Ciência do Solo
e Agronomia. Quanto ao objetivo do texto, 56,3% dos artigos publicados são estudos de caso, 23,4% são revisões bibliográficas e
20,3% foram identificados como etnopedologia aplicada Foram identificas três abordagens etnopedológicas que se diferem na escolha
das metodologias e tipos de análises as quais se propõe, foram elas: a abordagem etnográfica, abordagem comparativa e abordagem
integrada.

Palavras-chave: etnopedologia; pedologia; ciência do solo; conhecimento tradicional; metodologia

Keywords: ethnopedology, pedology; local knowledge; soil science; methodology

Introdução sustento, o que contribui para que o conhecimento


sobre esses recursos contemple diversos aspectos da
Povos tradicionais garantiram sua sobrevivência a partir vida humana, sejam eles espirituais, cognitivos ou
do desenvolvimento de conhecimentos, habilidades e práticos.
tecnologias resultantes de um processo de integração
com os ecossistemas em que estão inseridos e suas Seguindo uma racionalidade própria, os povos
respostas diante do uso e ocupação agrícola do solo tradicionais compreendem e classificam os solos a fim
(Altieri, 1990). Essas populações construíram sua de manejá-los com as práticas mais adequadas à
capacidade de observação e percepção das paisagem e aos seus objetivos. Essa classificação
componentes ambientais ao longo do tempo e de suas opera seguindo uma lógica própria e leva em
experiências, sempre buscando melhor aproveitamento consideração aspectos como cor, textura e fertilidade
dos recursos naturais (Barrera-Bassols & Zinck, 2003). natural. Nesse caminho, também são desenvolvidos
Em sua relação com as componentes da natureza, tais outros conhecimentos e nomenclaturas, a respeito da
populações reconhecem o solo como fonte de vida e paisagem, fauna, flora e práticas de manejo do solo. A
disciplina etnopedologia fornece ferramentas que
JULIA A. MATOS; GUILHERME H. VILLAS BOAS
possibilitam compreender diversos traços que produção etnopedológica e quais características
perpassam esses conhecimentos. permeiam a maioria dos estudos realizados neste
campo científico.
Este trabalho tem como objetivo geral realizar uma
revisão teórico-metodológica sobre a etnopedologia com II Fase avaliação das metodologias etnopedológicas
base na literatura disponível. Também buscou-se
compreender o conceito de etnopedologia e a realização Uma nova consulta ao Portal de Periódicos da Capes foi
de um levantamento das principais abordagens e realizada, utilizando os termos “Ethnopedology” e
metodologias etnopedológicas. “Ciência do Solo”. Com a avaliação de 16 novos artigos,
somados aos avaliados anteriormente, foi possível a
identificação de grupos com características distintas
quanto ao papel da etnopedologia no objetivo do texto e
Estratégia Metodológica as metodologias empregadas na obtenção e tratamento
dos resultados.
A construção deste trabalho, constituído por uma
revisão sistemática de literatura, foi realizada em duas Discussão de resultados
fases: no primeiro momento buscou-se compreender as
principais características das publicações O termo etnopedologia aparece pela primeira vez em
etnopedológicas nacionais e internacionais. Após essa Williams e Ortiz-Solorio (1981) onde é apresentada uma
fase foram analisadas as principais características visão abrangente sobre os campos de conhecimento
metodológicas empregadas nos artigos apreciados na contidos dentro da etnopedologia, em que estão
etapa anterior. As ferramentas e estratégias utilizadas inseridos: a percepção popular das propriedades do
em cada uma das etapas serão detalhadas adiante. solo, sua classificação e taxonomia, crenças populares
e explicações das propriedades do solo e suas
I Fase: Caracterização das publicações sobre dinâmicas, manejo, percepções das relações entre solos
etnopedologia e as plantas, comparação entre os saberes populares e
técnicos do solo e a avaliação do papel desses
Nesta fase, a primeira atividade realizada foi a revisão conhecimentos nas práticas agrícolas e demais
da literatura a respeito do tema Etnopedologia. Foi domínios comportamentais que envolvam o solo
utilizado o Portal de Periódicos da Capes, a fim de enquanto recurso cotidiano.
realizar o levantamento das publicações de cunho
etnopedológico, entre os dias 09 e 28 de julho de 2020.
A partir da aplicação do termo de busca
“Ethnopedology” foram encontrados 163 resultados que
incluíam capítulos de livros, artigos científicos e
resenhas. Contudo, esta análise buscou caracterizar
somente os artigos científicos, então, retirados os
demais formatos de texto, foram analisados 133 artigos.

Findada a etapa anterior, foi criada uma planilha no


software Excel a fim de categorizar os artigos,
dividindo-os segundo os seguintes critérios: Título do
Texto; Ano de Publicação; Primeiro Autor; Gênero do
Autor; Área do Doutorado do primeiro autor; Área de
Conhecimento da Revista; Objetivo do Texto; As
variáveis Título do Texto, Ano de Publicação e Primeiro
Autor foram preenchidas para identificar os artigos, as
demais subdividiram os trabalhos em grupos com
características em comum. Também foi realizada uma
análise focada nos estudos de caso classificados quanto
Figura 1. : Formação da etnopedologia, adaptado de
ao objetivo do texto, onde foram observados a
Barrera-Bassols & Zinck (2003).
espacialização dos artigos internacionais e nacionais, e
quais grupos sociais são prioritariamente foco de estudo A etnopedologia pode ser entendida também como uma
da etnopedologia. No que diz respeito aos artigos disciplina híbrida forjada a partir da interseção das
nacionais, foi realizada a classificação com base no ciências naturais com as sociais, buscando analisar os
bioma em que o trabalho é executado e na região. sistemas de conhecimento do solo e da terra das
populações tradicionais, e como tal conhecimento
A partir dos resultados quantitativos foram realizadas
interage com a pesquisa científica nas ciências do solo,
análises qualitativas a fim de entender o perfil da
geografia física e rural, antropologia social,
JULIA A. MATOS; GUILHERME H. VILLAS BOAS
etnoecologia, agronomia e agroecologia Os artigos nacionais foram produzidos: 28,5% na
(Barrera-Bassols & Zinck, 2003), como descrito na figura Amazônia, 25% na Mata Atlântica, 25% na Caatinga,
1. Alves (2005, p. 07) também comenta a característica 18,8% no Cerrado e 3,1% no Pampa. Em relação às
interdisciplinar da etnopedologia, ao defini-la como “o regiões do país, 26,7% foram realizadas na região
conjunto de estudos interdisciplinares dedicados ao Norte, 26,7% no Nordeste, 23,3% no Sudeste, 20% no
entendimento das interfaces existentes entre os solos, a Sul e 3,3% no Centro-Oeste. No que tange os grupos
espécie humana e os outros componentes dos sociais, 57,2% dos artigos são desenvolvidos em
ecossistemas''. Pode-se entender então, a contato com agricultores tradicionais, 25%
etnopedologia como um campo do conhecimento que indígenas,10,7% com quilombolas e 7,1% com
busca apreender como populações tradicionais estudantes.
entendem, observam e lidam com o solo em diferentes
escalas espaciais e simbólicas. Estudos etnopedológicos vêm sendo realizados a partir
de diferentes perspectivas. Contudo é possível
estabelecer um padrão dentre as metodologias
escolhidas, onde são encontrados métodos
comparativos, integradores e etnográficos
(Barrera-Bassols & Zinck, 2003). O presente trabalho
identificou três abordagens etnopedológicas que se
diferem na escolha das metodologias e tipos de análises
as quais se propõe, foram elas: a abordagem
etnográfica, abordagem comparativa e abordagem
integrada.

Abordagem etnográfica

Numa abordagem etnográfica o principal objetivo é


reconhecer sistemas cognitivos de classificação e
sistematização dos solos a partir da racionalidade
Figura 2.: Área de conhecimento das revistas própria dos agricultores tradicionais e de sua
perspectiva cultural (Conklin, 1957), pautada
A maioria dos trabalhos sobre etnopedologia são principalmente no sistema k-c-p, onde kosmus,
desenvolvidos por doutores em geografia e ciências (sistemas de simbolismos), corpus (sistema cognitivo) e
agrárias e publicados majoritariamente em revistas práxis (práticas de manejo) descrevem como esse
científicas de Ciência do Solo e Agronomia (figura 2). conhecimento local se estrutura. Neste tipo de estudo,
Quanto ao objetivo do texto (figura 3), 56,3% dos artigos as informações tradicionais sobre os solos não são
publicados são estudos de caso, 23,4% são revisões necessariamente comparadas com suas características
bibliográficas e 20,3% foram identificados como pedológicas. Birmingham (2003), por exemplo,
etnopedologia aplicada, onde esta disciplina forneceu acompanhou duas tribos situadas em ecossistemas
ferramentas para etnografias. Ao destacar o grupo dos distintos, ambas na Costa do Marfim. A partir da
estudos de caso é perceptível que a maioria dos utilização de entrevistas semiestruturadas e observação
trabalhos internacionais são realizados na América do participante no período de 1 ano, foi possível o
Norte, em África e na América do Sul. 62,2% dessas reconhecimento da racionalidade por trás da
investigações foram realizadas com agricultores classificação dos solos por essas tribos. Os Bété
tradicionais, 35,6% com povos originários e 1,1% com descreveram 12 tipos de solos baseando-se na
pescadores. presença de cascalho, textura e cor, enquanto que os
Senufo utilizaram esses mesmos critérios somados à
propensão à inundação, indicando a existência de
racionalidade própria na escolha dos atributos que
compõe o conhecimento do solo dessas populações.
Etnografias costumam descrever também a
etnopedologia a partir do registro de critérios linguísticos
sobre atributos do solo, práticas de manejo e sistemas
locais de classificação (Fernandes et al., 2017; Perdana
et al., 2018; Barreau et al, 2019; Lezama-Núñez et al.,
2018). Alguns estudos buscaram relatar também a
compreensão das características do solo por
Figura 3.: Objetivo dos artigos
agricultores e povos tradicionais, porém como uma
JULIA A. MATOS; GUILHERME H. VILLAS BOAS
componente de uma compreensão própria da paisagem diferença observada na racionalização desse saber é
desenvolvida por esses grupos. que a classificação local não apresenta relações
exclusivas de pertinência taxonômica e que os
Shaefer e Éden (1995) realizaram um trabalho a fim de agricultores estabelecem melhor diferenciação a partir
descrever o meio físico no estado de Roraima, Brasil, a do manejo dos solos para a produção agrícola do que
partir das relações dos povos indígenas Macuxis e com seus processos naturais no desenvolvimento da
Ingarikós com ambiente; nesse processo eles paisagem.
identificaram que essas comunidades dominavam o
meio físico e biótico em que estavam inseridos Nessa abordagem outras disciplinas como a geografia e
demonstrando uma coevolução que possibilitou o agronomia se fazem mais presentes, “emprestando”
desenvolvimento dos seus saberes a respeito do seus métodos. Então existe a coleta e análise
funcionando da natureza, demonstrando que existem pedológica científica de amostras do solo; a cartografia
diferentes ecologias humanas em cada grupo. As social e sistemas de informação georreferenciada para
principais metodologias empregadas nesses estudos compartimentação do território e da paisagem, a fim de
são elaboradas a partir de Métodos Participativos facilitar os estudos e sofisticar a análise; Os métodos
oriundos da antropologia, onde são utilizadas as participativos também se fazem muito presentes porque
entrevistas semiestruturadas; a observação participante; por meio deles ocorre a interlocução entre as formas de
reuniões, debates e discussões com informantes das saber que estão se relacionando ali; bem como a busca
comunidades; caminhadas transversais pelas áreas por técnicas alternativas para estratificação e
produtivas; procedimentos que auxiliam no diagnóstico, racionalização da classificação tradicional do solo são
compreensão e formalização do conhecimento dessas primordiais para construção de uma taxonomia que una
populações. Nesta abordagem, busca-se principalmente as duas realidades, porque em alguns momentos pode
um registro da racionalidade dos agricultores. ser complicado o estabelecimento de links diretos entre
nomenclaturas e níveis de classificação entre as duas
Abordagem Comparativa epistemologias.
Parcela considerável dos estudos etnopedológicos Abordagem integrada
busca estabelecer comparações entre o conhecimento
local das características do solo e sistemas científicos Existe também a possibilidade de uma atuação
de classificação. Este tipo de análise não leva, integrada, fruto da união de aspectos culturais e dados
necessariamente, em consideração o sistema k-c-p, se científicos para auxiliar na gestão de recursos naturais
atendo às possíveis correlações entre os dois sistemas levando em consideração contextos culturais, sociais,
racionais de organização da informação. Esta econômicos e ecológicos (Barrera-Bassols & Zinck,
abordagem é utilizada para o desenvolvimento de 2003). Essa abordagem fornece novas perspectivas e
taxonomias do solo próprias de populações tradicionais. estratégias de adaptação de práticas para um
Araújo et al. (2009) descreveu pedoambientes agrícolas desenvolvimento da agricultura a partir da combinação
identificados por indígenas residentes da terra indígena do conhecimento local com o conhecimento formal
Mbya em Ubatuba (SP); a partir de métodos (Grobben, 1992). Esta ótica integrada equaliza ambas
etnográficos foi observada uma classificação própria epistemologias, porque não busca impor modelos
relacionada com o potencial agrícola: yvy porã, para as científicos ao conhecimento tradicional (Weinstock,
terras boas, utilizadas para agricultura e yvy vaikué, 1984). A agricultura tradicional, como dito anteriormente,
para as terras ruins, não utilizadas para lavouras; o foi desenvolvida ao longo de milhares de anos, a
potencial de 3 yvy porãs escalas de acordo com a adaptação e seleção foram os principais mecanismos
fertilidade pelos indígenas foram analisadas segundo o para a gestão de recursos naturais durante esse tempo,
sistema de Avaliação de Aptidão Agrícola das Terras, tendo total capacidade para orientar projetos de
que foi incapaz de diferenciar esses três diferentes sistemas agrícolas mais sustentáveis (Flannery et al.,
solos, evidenciando o potencial combinação desses 1967), porque a estrutura e características funcionais
diferentes saberes nos métodos de avaliação da terra. desses agroecossistemas tradicionais são o resultado
Vale Junior et al. (2007) indica que indígenas Uapixana de uma consistente base de conhecimento. Matos et al
diferenciam o solo não só a partir da cor, textura, (2014) relacionou saberes tradicionais sobre o solo e
profundidade e vegetação, como também pela sua agroambientes na comunidade residente no território
vocação agrícola e uso do solo, de forma que possibilite quilombola de Brejo dos Crioulos com os saberes
correlação entre o sistema taxonômico Uapixano e pedológicos formais. Essa abordagem une as duas
Sistema Brasileiro de Classificação dos Solos. anteriores dando funções práticas para a busca da
conexão entre as duas epistemologias a partir de
Rainey (2005) trabalhou com seis comunidades métodos participativos em conjunto com técnicas
tradicionais das “terras altas” da Guatemala para buscar científicas de análise de diversos aspectos da paisagem
complementaridades entre o sistema científico de e dos agroecossistemas.
classificação de solos e o tradicional. A principal
JULIA A. MATOS; GUILHERME H. VILLAS BOAS
Considerações Finais Oaxaca: Physiographic features and water-control techniques
contributed to the rise of Zapotec Indian civilization. SCIENCE,
v. 158, n. 3800, p. 445-454, 27 out. 1967
A etnopedologia é uma disciplina que nasce da união
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entre o saber tradicional e o produzido na academia a
study of a farming systems research (FSR) project in Java.
respeito dos solos, forjada pelo diálogo entre diversas
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áreas, o que fornece, além da identificação e
valorização do conhecimento tradicional, novos insights
LEZAMA-NUÑEZ, P. R.; SANTOS-FITA, D.; VALLEJO, J,R..
para a gestão dos recursos naturais. Herding Ecologies and Ongoing Plant Domestication
Processes in the Americas. Front. Plant Sci., v. 9, n. 649, 17
As abordagens etnográficas, comparativas e integradas maio 2018.
estão presentes na etnopedologia porque são
desenvolvidas a partir do seu caráter interdisciplinar. MATOS, L. V.; KER, J. C.; CARDOSO, I. M.; LANI, J. L.;
Elas têm como objetivo abranger todos os aspectos que SCHAFER, C. E. G. R.. O conhecimento local e a
permeiam os saberes tradicionais sobre recurso solo, etnopedologia no estudo dos agroecossitemas da comunidade
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aspectos que são fundamentais para o estabelecimento
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