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Trata-se de um movimento social e histórico que surge na virada do milênio e é resulta-
do do roubo por parte de laboratórios de biotecnologia, agências transnacionalizadas de
procedência de países desenvolvidos, dos conhecimentos tradicionais sobre identificação,
beneficiamento e uso dos recursos naturais. Neste contexto, a Amazônia é um dos
espaços geográficos alvo dos roubos de laboratórios biopiratas. A solução para o embate
foi reconhecer e legitimar a autoridade dos grupos sociais sobre os conhecimentos
tradicionais (Diegues e Arruda, 2001; Santilli, 2002; Almeida et alli, 2008).
antropológico e sociológico. Os «pesquisados» e suas demandas
apresentam às antropólogas/os a necessidade de refletirmos sobre
as implicações teóricas e metodológicas para o fato de estarmos
trabalhando junto a interlocutores e não com informantes (Cardoso de
Oliveira, 1998 e Bartolomé, 2003). Hoje, os sujeitos com os quais
intercambiamos conhecimentos, e junto aos quais produzimos relações
sociais e reflexivas, nos levam passo a passo a uma orientação simé-
trica para as relações em pesquisa (Latour, 1994)---.
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A estrutura desta relação foi compreendida desde uma perspectiva positivista –eurocêntrica
em sua forma hegemônica de controle da subjetividade/intersubjetividade (Quijano, 2000)–
enraizada nas origens das ciências em geral e da antropologia em particular.
damentalmente os enfoques teóricos e metodológicos negociados,
partilhados e disputados, por antropólogos e nativos, no marco da VIII
Reunión de Antropología del MERCOSUR, realizada na cidade de Bue-
nos Aires, Argentina, entre 29 de setembro e 2 de outubro de 2009,
coordenamos o Grupo de Trabalho «Antropologia dos nativos?:
estratégias sociais dos sujeitos na pesquisa» junto à Dra. Maria Helena
Ortolan Matos da Universidade Federal do Amazonas/UFAM (Brasil) e
o Dr. Carlos Alberto Casas Mendoza de la Universidad Autónoma de
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BIBLIOGRAFÍA CITADA