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2022/2023
É importante realçar que, apesar de ser um documento proposto pela Comissão
que pretende atualizar certos protocolos e estruturas de funcionamento nos sistemas de
ensino europeus, é de realçar que tudo isto é facultativo de cada Estado-Membro dentro
do EEE, destacando, portanto, a extrema importância que cada Estado-Membro tem
para a implementação desta proposta, sendo que só se verá resultados efetivos caso as
instituições da UE colaborem em conjunto com os restantes atores, sejam estes os
Estados-Membros ou outras instituições distintas que procurem, também, combater a
deterioração do sistema de ensino europeu.
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escolar, entre outros, a fim de posteriormente apresentar propostas de soluções para
estes problemas. Após isso, o documento apresenta-nos estatísticas alarmantes,
resultado do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA), onde é explicitado
importantes características relacionadas ao insucesso escolar, mas onde se realça que o
contexto socioeconómico afeta fortemente o desempenho dos alunos e as suas
expectativas académicas na maiorias dos países da UE (Comissão, 2022, Pág. 5), visto
que logo em seguida, através de uma pesquisa do Estudo Internacional sobre Literacia
Informática e da Informação (ICILS), se vê claramente que estudantes provenientes de
lares humildes sem grandes posses económicas demonstram uma menor proficiência em
competências digitais básicas. Por fim, é nos apresentado um último estudo realizado
pela Estratégia Europeia sobre os Direitos das Pessoas com Deficiências 2021-2030
sobre a disparidade do nível educacional desenvolvido pelos jovens com deficiência, em
comparação com os restantes, problema este que existe devido à falta de inclusividade e
acessibilidade do sistema de ensino. Todas estes dados são somados aos resultados mais
recentes do PISA, que evidenciam problemas adicionais e igualmente preocupantes: o
sentimento de pertença e bem-estar dos alunos na escola diminui cada vez mais e a
intimidação/ciberintimidação demonstra um índice de aumento exponencial. A
Comissão conclui, portanto, após a recolha e análise de todas as condicionantes
anteriores, que o contexto socioeconómico dos aprendentes e da sua família continua a
ser o fator mais determinante dos resultados escolares (Comissão, 2022, Pág. 6), sendo
que a crise de COVID-19 foi responsável por intensificar este panorama.
Em seguida, a Comissão reforça ainda a ideia de que esta proposta
complementa, e é coerente, com diversas outras ações da Comissão e trabalhos já em
desenvolvimento a nível internacional, como são os Objetivos de Desenvolvimento
Sustentável (ODS) das Nações Unidas para 2030, a Convenção das Nações Unidas
sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, a UNESCO.
Finalmente, é descrito no documento uma série de instrumentos diferenciados de
apoio à execução desta Recomendação, baseando-se sempre nas aprendizagens retiradas
de programas anteriores. As principais ferramentas seriam: Um acompanhamento
constante do painel de indicadores sociais através de relatórios, uma troca de
experiências e informações entre os atores, um financiamento da UE através de
programas, a criação de um conjunto de ferramentas e métodos práticos e atualizados
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para auxiliar as escolas europeias, o auxílio de um grupo de peritos sobre estratégias
para criar ambientes propícios à aprendizagem destinados aos grupos em risco de
insucesso, com o objetivo de favorecer o bem-estar na escola, e a criação de um
laboratório de aprendizagem destinado ao investimento em educação e formação de
qualidade.
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Referências bibliográficas
Comissão Europeia (2021) – Proposta de RECOMENDAÇÃO DO CONSELHO
sobre percursos para o sucesso escolar. Bruxelas: (COM2022) 316 final, 30 de Junho
de 2022. Retirado de: https://ec.europa.eu/transparency/documents-register/detail?
ref=COM(2022)316&lang=pt
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