O documento discute a decisão do STF no julgamento do ADC 58 que estabeleceu parâmetros para correção monetária e juros de mora em ações trabalhistas. O STF determinou que (1) na fase extrajudicial devem ser usados os índices IPCA-E e os juros da Lei 8.177/1991 e (2) na fase judicial a Taxa SELIC deve incidir sobre os débitos judiciais como juros moratórios.
O documento discute a decisão do STF no julgamento do ADC 58 que estabeleceu parâmetros para correção monetária e juros de mora em ações trabalhistas. O STF determinou que (1) na fase extrajudicial devem ser usados os índices IPCA-E e os juros da Lei 8.177/1991 e (2) na fase judicial a Taxa SELIC deve incidir sobre os débitos judiciais como juros moratórios.
O documento discute a decisão do STF no julgamento do ADC 58 que estabeleceu parâmetros para correção monetária e juros de mora em ações trabalhistas. O STF determinou que (1) na fase extrajudicial devem ser usados os índices IPCA-E e os juros da Lei 8.177/1991 e (2) na fase judicial a Taxa SELIC deve incidir sobre os débitos judiciais como juros moratórios.
https://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=5526245) fixou os parâmetros de correção monetária e juros de mora nas ações trabalhistas. Diante disto questiona-se: a) o que é correção monetária e juros de mora? B) Explique os parâmetros estabelecidos pelo STF para aplicação nas ações trabalhistas. R.: Conforme é cediço, a correção monetária e os juros de mora não possuem conceitos coincidentes. Isto porque, enquanto a correção monetária é entendida como atualização do valor da moeda em comparação à inflação decorrente do decurso do tempo, os juros de mora funcionam como uma espécie de compensação destinada ao credor como forma de reparar atraso do pagamento, de responsabilidade do devedor. Na ADC 58, que tratou especificamente da incidência da correção monetária e dos juros de mora nos débitos de natureza trabalhista, o Pretório Excelsior, conferindo interpretação conforme à Constituição aos arts. 879, § 7º e 899, § 4º, ambos da CLT, pacificou o entendimento de que até que sobrevenha legislação específica sobre o tema, deverão ser aplicados à atualização dos créditos decorrentes de condenação judicial e à correção dos depósitos recursais em contas judiciais perante a Justiça do Trabalho os mesmos índices de correção monetário e de juros de mora vigentes para as hipóteses de condenações cíveis em geral, previstas no art. 406 do CC/02, à exceção das dívidas da Fazenda Pública, que deverão observar o regramento específico a ela inerente (art. 1º-F da Lei 9.494/1997). Na mesma decisão, assentou-se a ideia de que, na fase extrajudicial - aquela que antecede o ajuizamento da ação trabalhista -, deverá ser utilizado como critério indexador da incidência da correção monetária o IPCA-E acumulado no período de janeiro a dezembro de 2000, e, a partir de janeiro de 2001, deverá ser utilizado o IPCA-E mensal. Além disso, deverá ser utilizado, para fins de incidente de juros, aqueles previstos no art. 39, caput, da Lei 8.177/1991. Já na fase judicial, o Supremo Tribunal Federal determinou que sobre os débitos judiciais deve haver a incidência da atualização dos valores utilizando-se a Taxa SELIC, haja vista ela incide como juros moratórios dos tributos federais, por força do que dispõe os arts. 13 da Lei 9.065/95, 84 da Lei 8.981/95, 39, § 4º, da Lei 9.250/95, 61, § 3º, da Lei 9.430/96 e 30 da Lei 10.522/02, vedado, de forma expressa, a cumulação da Taxa SELIC com outros índices de atualização monetária.