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CF373–Mecânica Quântica II

Teoria Quântica do Espalhamento por um Potencial

2022–1

Márcio H. F. Bettega

Departamento de Física
Universidade Federal do Paraná

bettega@fisica.ufpr.br
Espalhamento por um potencial

▶ Tópicos:
✓ Definições básicas: descrição do espalhamento; tipos de colisões; canais; seção de choque.
✓ Espalhamento por um potencial: equação de Schrödinger independente do tempo;
condição de contorno para a função de onda de espalhamento; densidade de corrente de
probabilidade; relação entre seção de choque diferencial (experimento) e amplitude de
espalhamento (teoria); o teorema ótico.
Definições Básicas: Descrição do Espalhamento
detetor
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1111111111111111111111 θ z
fonte (A) colimador
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alvo (B)
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▶ Vamos considerar o espalhamento das partículas do tipo A (partículas A) por partículas do


tipo B (partículas B):
✓ o feixe de partículas A é colimado e monoenergético (pequena largura em torno de uma
energia bem definida). A interação entre as partículas A pode ser desprezada (intensidade do
feixe);
✓ o alvo contém um grande número de partículas B (centros espalhadores), cujas distâncias
são maiores do que o comprimento de onda das partículas A (podemos ignorar efeitos de
coerência entre as ondas espalhadas pelos centros espalhadores);
✓ podemos considerar que cada partícula B atua como um centro espalhador independente.
Neste caso podemos olhar o espalhamento de uma partícula A por uma partícula B;
✓ queremos observar um certo número de eventos: contagem das partículas A espalhadas,
pelo detetor.
Definições Básicas: Tipos de Colisões

▶ Tipos de Colisões:
✓ espalhamento elástico: não há mudança na estrutura interna das partículas A e B,
A + B → A + B;
✓ espalhamento inelástico : ocorre mudança no estado interno das partículas A e/ou B,
A + B → A∗ + B∗ ;
✓ reação: as partículas A e B se decompõe em n ≥ 2 partículas,
A + B → C + D ou A + B → C1 + C2 + · · · + Cn .

▶ Ilustração: espalhamento de elétrons por moléculas de H2 (considerando apenas a estrutura


eletrônica).
✓ espalhamento elástico: e− + H2 → e− + H2
✓ espalhamento inelástico: e− + H2 → e− + H∗2
✓ reação (ionização): e− + H2 → 2e− + H+
2

✓ reação (“electron attachment” – possibilidade de ocorrer a dissociação molecular): e− +


H2 → H−2
Definições Básicas: Canais

▶ Um canal é um possível modo de fragmentação do sistema A+B (estado assintótico do


sistema A+B) durante a colisão.
▶ No caso do espalhamento de elétrons por moléculas de H2 discutido anteriormente, temos os
seguintes canais possíveis:
✓ canal elástico: e− + H2 → e− + H2
✓ canal inelástico (cada estado excitado final possível é considerado um canal
independente): e− + H2 → e− + H∗2
✓ canal de reação (ionização): e− + H2 → 2e− + H+
2

✓ canal de reação (“electron attachment”): e− + H2 → H−


2

▶ Iremos considerar aqui apenas espalhamento elástico.


Definições Básicas: Seção de Choque

▶ Os resultados de um processo de colisão são dados em termos de seções de choque (total,


elástica, diferencial etc).
✓ seção de choque diferencial (distribuição angular), fornece informações adicionais sobre a
colisão (interações, ondas parciais etc) e a partir da qual obtemos as seções de choque
integral e de transferência de momentum:


(E; θ, ϕ)
dΩ

▶ Referencial do centro de massa (centro de massa do sistema A + B em repouso) e referencial


do laboratório (partícula B em repouso antes da colisão); em ambos z é o eixo de incidência.
Espalhamento por um Potencial: Equação de Schrödinger

▶ Vamos considerar o espalhamento de uma partícula A por uma partícula B:


✓ vamos utilizar a mecânica quântica (λA ≳ d) não relativística (vA ≪ c), considerando que
as partículas A e B, ambas sem spin, não possuem estrutura interna;
✓ vamos assumir que a interação entre as partículas é do tipo VAB = V (rA − rB ) (V real e
de curto alcance).
▶ Com estas considerações, a equação de Schrödinger independente do tempo que descreve a
colisão (elástica) é

p2A p2
HΨ(rA , rB ) = EΨ(rA , rB ); H = + B + V (rA − rB ); pα = −iℏ∇α , α = A,B
2mA 2mB
Espalhamento por um Potencial: Equação de Schrödinger

Definimos a coordenada relativa r e a coordenada do centro de massa R como


mA rA + mB rB
r = rA − rB ; R =
mA + mB
onde
mA mB
pα = mα ṙα , α = A,B → P = M Ṙ, p = mṙ; M = mA + mB , m =
mA + mB
Espalhamento por um Potencial: Equação de Schrödinger

▶ Fazendo as substituições, a equação de Schrödinger fica


 2
p2

P
+ + V (r) Ψ(rA , rB ) = EΨ(rA , rB )
2M 2m
ou

ℏ2 2 ℏ2 2
 
− ∇R + − ∇r + V (r) Ψ(rA , rB ) = EΨ(rA , rB )
2M 2m
onde agora é possível escrever

Ψ(rA , rB ) = χ(R)ψ(r)
o que fornece

ℏ2 2 ℏ2 2
 
− ∇R χ(R) = Ecm χ(R); − ∇r + V (r) ψ(r) = Erel ψ(r); E = Ecm +Erel
2M 2m
Espalhamento por um Potencial: Equação de Schrödinger

▶ Vamos discutir primeiro a solução da equação

ℏ2 2
− ∇R χ(R) = Ecm χ(R)
2M
que descreve uma partícula livre e cuja solução é uma onda plana

eiK·R
χ(R) = 3
(2π) 2
onde

ℏ2 K 2
Ecm =
2M
✓ o centro de massa do sistema A+B move-se como uma partícula livre;
✓ se mB ≫ mA → m ∼ mA e como consequência o centro de massa do sistema coincide
com a partícula B.
Espalhamento por um Potencial: Equação de Schrödinger

▶ O interesse está na solução da equação que contem a interação V

ℏ2 2
 
− ∇r + V (r) ψ(r) = Erel ψ(r)
2m
que representa o espalhamento de uma partícula de massa reduzida m pelo potencial V (r)
(de “curto alcance”).
▶ Na ausência de interação (fazendo V = 0), a solução é

eik·r
ψ(r) = 3
(2π) 2
com

ℏ2 k 2
Erel =
2m
Espalhamento por um Potencial: Equação de Schrödinger

▶ Na presença de V (r), a solução não é mais uma onda plana. Neste caso, podemos sugerir
uma condição de contorno (assintótica) para a função de onda quando as partículas A e B
estão "longe uma da outra". A proposta é:

eikr
 
ψki (r) −−−−→ N eiki ·r + fk (θ, ϕ)
(+)
|r|→∞ r
onde fizemos k = ki = kẑ (ẑ define a direção de incidência). A interpretação de cada termo
nesta expressão é (como estamos considerando apenas colisão elástica temos que
|ki | = |kf | = k)
✓ N : “constante de normalização”
✓ eiki ·r : onda plana incidente
✓ eikr /r: onda esférica emergindo do alvo (“outgoing”)
✓ fk (θ, ϕ): amplitude de espalhamento (depende da direção r̂ = (θ, ϕ) e da energia k)
Espalhamento por um Potencial: Amplitude de Espalhamento

▶ Vamos obter a relação entre a amplitude de espalhamento e a seção de choque diferencial.


Para isso, vamos considerar o esquema acima para o detetor colocado a uma distância
|r| → ∞ (fora do alcance de V ).
Espalhamento por um Potencial: Amplitude de Espalhamento

▶ Definição de seção de choque diferencial [dσ/dΩ(k; θ, ϕ)]dΩ:

A seção de choque diferencial é igual ao número de partículas espalhadas, por unidade de


tempo e por unidade de fluxo incidente, dentro do ângulo sólido dΩ em torno da direção
r̂ = Ω(θ, ϕ). É portanto igual ao fluxo emergente (“outgoing") de partículas espalhadas
através da superfície esférica r2 dΩ (considerando |r| → ∞) dividido pelo fluxo incidente.

✓ depende da direção de espalhamento (r̂ = Ω(θ, ϕ)), da energia incidente (k ou


E = ℏ2 k2 /2m), mas não depende de r (devido a condição |r| → ∞).

✓ tem dimensões de área, o que permite uma interpretação geométrica: as partículas do


feixe incidente que atravessam a área igual a [dσ/dΩ(k; θ, ϕ)]dΩ, colocada
perperdicularmente à direção de incidência, são espalhadas dentro do ângulo sólido dΩ e são
portanto registradas pelo detetor.
Espalhamento por um Potencial: Amplitude de Espalhamento

▶ Equação de Schrödinger (dependente do tempo):

ℏ2 2 ∂Ψ(r, t)
− ∇ Ψ(r, t) + V (r)Ψ(r, t) = iℏ
2m ∂t
tomando o complexo conjugado desta equação temos:

ℏ2 2 ∗ ∂Ψ∗ (r, t)
− ∇ Ψ (r, t) + V (r)Ψ∗ (r, t) = −iℏ
2m ∂t
multiplicando a primeira por Ψ∗ e a segunda por Ψ e subtraindo temos:

ℏ2  ∗ 2 ∂[Ψ∗ Ψ]
Ψ ∇ Ψ − Ψ∇2 Ψ∗ = iℏ


2m ∂t
Usando ∇ · (φ∇χ) = ∇φ · ∇χ + φ∇2 χ temos

ℏ2 ∂[Ψ∗ Ψ]
− ∇ · [Ψ∗ ∇Ψ − Ψ∇Ψ∗ ] = iℏ
2m ∂t
Espalhamento por um Potencial: Amplitude de Espalhamento

▶ Equação da continuidade:
Definindo


j(r, t) = [Ψ∗ ∇Ψ − Ψ∇Ψ∗ ] ; ρ(r, t) = |Ψ|2
2mi
temos

∂ρ
+∇·j=0
∂t
Note que:
  
ℏ ℏ 1 ℏ
j(r, t) = [Ψ∗ ∇Ψ − Ψ∇Ψ∗ ] = Im [Ψ∗ ∇Ψ] = Re Ψ∗ ∇Ψ
2mi m m i
Espalhamento por um Potencial: Amplitude de Espalhamento

▶ Associada à equação de Schrödinger (dependente do tempo), temos uma equação de


continuidade dada por

∂ρ(r, t)
+ ∇ · j(r, t) = 0
∂t
onde ρ(r, t) é a densidade de probabilidade e j(r, t) é a densidade de corrente de
probabilidade. ρ(r, t) e j(r, t) são definidos como


Im {Ψ∗ (r, t)∇Ψ(r, t)}
ρ(r, t) = |Ψ(r, t)|2 ; j(r, t) =
m
▶ No caso estacionário (V = V (r) → Ψ(r, t) = ψ(r) exp(−iωt); ω = E/ℏ)

∂ρ(r) ℏ
ρ(r) = |ψ(r)|2 ; = 0; ∇ · j(r) = 0; j(r) = Im {ψ ∗ (r)∇ψ(r)}
∂t m
Z I
∇ · j = 0 → dV ∇ · j = dS · j = 0
Espalhamento por um Potencial: Amplitude de Espalhamento

▶ Considerando a condição assintótica de ψk(+) (r):


i

eikr
 
ψki (r) −−−−→ N eiki ·r + fk (θ, ϕ)
(+)
|r|→∞ r
e lembrando que

∂ 1 ∂ 1 ∂
∇ = r̂ + θ̂ + ϕ̂ ; eiki ·r = eikz = eikr cos θ
∂r r ∂θ r sin θ ∂ϕ
temos (para o fluxo “outgoing” através de uma superfície unitária perpendicular à r̂)

(+)
( )
ℏ (+)∗ ∂ψki (r)
j(r) · r̂ = Im ψki (r)
m ∂r
e−ikr
  
ℏ ∗ −ikr cos θ ∗
= Im N N e + fk (θ, ϕ) ×
m r
eikr
 

× eikr cos θ + fk (θ, ϕ)
∂r r
Espalhamento por um Potencial: Amplitude de Espalhamento

▶ Temos então 3 termos: o termo incidente, associado à onda plana incidente, o espalhado,
associado à onda esférica modulada pela amplitude de espalhamento, e o de interferência,
envolvendo os termos cruzados entre as ondas plana e esférica.

✓ termo de incidência: jinc (r, t) · ẑ, onde

∂ ∂ ∂
N eiki ·r = N eikz ; ∇ = x̂ + ŷ + ẑ
∂x ∂y ∂z
O fluxo através de uma área unitária perpendicular à direção de incidência k̂i é

d[N e(ikz) ]
 
ℏ ℏk
jinc (r, t) · ẑ = Im N ∗ e−ikz = N ∗N
m dz m
Espalhamento por um Potencial: Amplitude de Espalhamento

▶ Termos out (considerando apenas o termo da onda esférica):

e−ikr ∂ eikr
  

jout (r) · r̂ = Im N ∗ fk∗ (θ, ϕ) N fk (θ, ϕ)
m r ∂r r
∗ ℏk 1 2
= N N |fk (θ, ϕ)|
m r2

 
∗ ℏ 1 ∗ ∂
jout (r) · θ̂ = N N Im fk (θ, ϕ) fk (θ, ϕ)
m r3 ∂θ

 
ℏ 1 ∂
jout (r) · ϕ̂ = N ∗N Im f ∗
k (θ, ϕ) fk (θ, ϕ)
m r3 sin θ ∂ϕ
Espalhamento por um Potencial: Amplitude de Espalhamento

▶ Por último, vamos considerar o termo de interferência jint (r) · r̂

eikr
  
ℏ ∗ −ikr cos θ ∂
jint (r) · r̂ = Im N e N fk (θ, ϕ) +
m ∂r r
e−ikr ∂ h ikr cos θ i

+ N ∗ fk∗ (θ, ϕ) Ne =
r ∂r

ℏ 1
= N ∗ N Im ik fk (θ, ϕ)e[ikr(1−cos θ)] +
m r

1
+ ik cos θ fk∗ (θ, ϕ)e[−ikr(1−cos θ)] + . . .
r

onde termos de ordem superior a 1/r foram desprezados.


✓ pode-se mostrar que os termos jint (r) · θ̂ e jint (r) · ϕ̂ são de ordem 1/r3 e portanto
podem ser desprezados no limite |r| → ∞.
Espalhamento por um Potencial: Amplitude de Espalhamento

▶ Note que jint (r) difere dos dois termos anteriores (inc e out), contribuindo apenas quando
θ ̸= 0, onde ocorre a interferência destrutiva (para garantir a conservação do númerto de
partículas) entre a onda plana e a onda esférica. Isso pode ser visto analisando a seguinte
integral, onde consideramos uma superposição de ondas planas com vetores de onda em um
intervalo ∆k em torno de ki .
Z k+∆k  k+∆k
1
dke[ikr(1−cos θ)] = e[ikr(1−cos θ)]
k ir(1 − cos θ) k

Para θ ̸= 0 a integral acima oscila, e neste caso


Z k+∆k
lim dke[ikr(1−cos θ)] = 0
r→∞ k

A figura ilustra a situação.


Espalhamento por um Potencial: Amplitude de Espalhamento
Espalhamento por um Potencial: Amplitude de Espalhamento

▶ A seção de choque diferencial pode ser escrita como

dσ |jout |r2 dΩ
(k; θ, ϕ)dΩ = = |fk (θ, ϕ)|2 dΩ
dΩ |jinc |
ou


(k; θ, ϕ) = |fk (θ, ϕ)|2
dΩ
Temos portanto uma relação entre a seção de choque diferencial (medida em laboratório) e a
amplitude de espalhamento (calculada, e que deve ser obtida a partir do comportamento
assintótico da função de onda de espalhamento). A partir da seção de choque diferencial
obtemos
✓ seção de choque total:
Z Z

σtot (k) = dΩ (k; θ, ϕ) = dΩ|fk (θ, ϕ)|2
dΩ
✓ seção de choque de transferência de momentum:
Z Z

σmt (k) = dΩ(1 − cos θ) (k; θ, ϕ) = dΩ(1 − cos θ)|fk (θ, ϕ)|2
dΩ
Espalhamento por um Potencial: O Teorema Ótico

▶ O teorema ótico diz que



σtot =
Imfk (θ = 0)
k
▶ Para demonstrar este teorema vamos considerar o arranjo ilustrado abaixo
δθ
r2 δΩ
ki
z

Integrando o termo de interferência entre θ = 0 e δθ temos


Z 1
eikr n −ikr o i
d(cos θ)e[ikr(1−cos θ)] = e − e(−ikr cos δθ) = + temos oscilantes
cos δθ −ikr kr
e portanto
Z Z 2π Z 1

dΩr2 jint · r̂ = dϕ d(cos θ)r2 jint · r̂ = −4πN ∗ N Imfk (θ = 0)
δΩ 0 cos δθ m
onde fk independe de ϕ na direção de incidência.
Espalhamento por um Potencial: Amplitude de Espalhamento

▶ Lembrando que
I Z
∇·j=0→ dS · j = dΩr2 j · r̂ = 0

que é a relação que expressa a conservação do número de partículas (como V é real, não há
fontes nem Rsumidouros). Fazendo j = jinc + jout + jint , integrando e considerando
|r| → ∞ e dΩjint · r̂ = 0 temos
 Z 

N ∗N k dΩ|fk (θ, ϕ)|2 − 4πImfk (θ = 0) = 0
m
ou, colocando em outra forma
Z

σtot = dΩ|fk (θ, ϕ)|2 = Imfk (θ = 0)
k
que é a expressão desejada.

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