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Jean-Paul Sartre (1905-1980)

Martin Heidegger (1889-1976)


O existencialismo
• Existencialismo: Nascido no século XIX, através das ideias
do filósofo dinamarquês Soren Kierkegaard, esta vertente
filosófica e literária conheceu seu auge na década de 50,
no pós-guerra, com os trabalhos de Heidegger e Jean-
Paul Sartre.
• A contribuição mais importante desta escola é sua ênfase
na responsabilidade do homem sobre seu destino e no
seu livre-arbítrio.
• Para os existencialistas, a existência tem prioridade sobre
a essência humana.
• O existencialismo pressupõe que a vida seja uma jornada
de aquisição gradual de conhecimento sobre a essência
do ser.
• Nesta obra, Heidegger recoloca a
questão sobre o sentido de ser e
faz a sua análise do ser.
• O homem é chamado de ser-aí
(em alemão, dasein).
• Somente o dasein pode colocar a
1927 questão do ser e refletir sobre
ela.
• Heidegger evita nomear o dasein
com palavras do tipo: homem,
sujeito, indivíduo, etc.
• Segundo ele, são palavras
preconceituosas, predefinidas.
• O ser-aí não possui nenhuma
determinação de essência.
• Heidegger não define o que é o ser-
aí. Ele defende que o ser-aí não
possui nenhuma essência ou
característica essencial.
• É a existência que lhe confere
essência e características possíveis.
• O ser-aí é um ser-no-mundo. E o
1927 mundo é o limitador do ser, dita as
normas de como se deve ser.
• Dasein é um ser de possibilidades,
que se faz no mundo, enquanto é
também feito pelo mundo, numa
relação dialética.
• Deste modo, cada pessoa está
condenada ao mundo, pois não há
como se separar dele.
• Segundo Heidegger, na maioria
das vezes, vivemos de modo
inautêntico, pois somos
repetidores de comportamentos
preestabelecidos.
• Se vivemos em um mundo em
1927 outras circunstancias, talvez
seríamos totalmente diferentes.
• Não fazemos o que bem
entendemos, fazemos o que o
mundo permite e nos possibilita.
• Enquanto ser lançado no mundo,
cada dia é dia de escolher o que
queremos ser. Podemos ser o que
queremos (vida autêntica), ou ser
o que os outros querem (vida
inautêntica).
• A ênfase de Sartre se volta para
a liberdade humana.
• Cada um faz o que bem
entender da sua existência.
• O único culpado de ser o que
eu sou é o próprio sujeito. Não
há desculpa.
• Somos condenados a ser livres.
Nos objetos fabricados pelo
homem, a essência precede a
existência.

No próprio homem, a
existência precede a essência.

Portanto, são as nossas


escolhas, decisões e ações que
definem o que somos. Elas
constituem a nossa essência.
Para Sartre, primeiro o
homem existe no mundo e
somente depois ele se
constrói e se define. Sua
essência é o que ele é em si
mesmo, é a sua natureza.
Dessa forma, enquanto ser
em constante transformação,
a essência de um homem só é
conhecida com a sua morte.
• Responsabilidade e angústia
• Sartre afirma que somos
responsáveis por nossos atos.

• A lei que determina os nossos atos


é somente do sujeito da ação.

• Toda ação minha tem


consequência para tudo e todos
que estão ao meu redor.

• Escolher a si mesmo é escolher


toda a humanidade.
• Responsabilidade e angústia

• A angústia é o sentimento do
enorme peso de nossa
responsabilidade sobre nós
mesmos e os outros seres
humanos.

• Diante das escolhas, diante da


responsabilidade para com o outro,
o ser humano se angustia. SOMOS
CONDENADOS A ESCOLHER.
• A má-fé
• É o mesmo que fingir que não
temos escolha ou liberdade.
• Podemos fingir que não
somos livres, mas isso
equivale a mentir para nós
mesmos e esconder de nós a
verdade inescapável de que
somos condenados a ser
livres.
• A má-fé são as desculpas da
vida por aquilo que nós
somos ou nos tornamos.

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