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PROPOSIÇÕES

- Há uma relação intrínseca entre a


Liberdade e a Responsabilidade?
- Aceitar a existência da primeira é
aceitar, necessariamente, as
consequências da segunda?
- As circunstâncias da vida possuem
ligações com as responsabilidades das
escolhas?
- Segundo Sartre: a existência precede a
essência.
·         Isso significa que as escolhas do indivíduo vêm antes de seu
projeto de personalidade.
·         Isso significa que o ser humano não possui essência
determinada.
·         Isso significa que o ser humano é obrigado a agir sem
natureza prévia (sem projetos e formas prévias).
·         Isso significa que o homem é principalmente consciência
(consciência = com + ciência). 
·         Toda consciência é consciência de alguma coisa (Edmund
Husserl 1859-1938). 
- Objetivo da Consciência é atingir a plena
identidade para consigo mesmo.
·         A consciência que é um ato, procura tornar-se
uma coisa, um ser, uma essência.
·         A plenitude não é possível, porque enquanto
houver liberdade (consciência), haverá
possibilidades de se deixar de ser o que se é no
momento.
·         Um homem jamais será como Deus, ou seja,
um ser que já existe de forma absoluta em sua
essência.
- Por não haver natureza humana (algo pré-definido), a
consciência (ato/liberdade) deverá escolher o que vai ser.
·         Sem uma essência e/ou uma natureza humana, o
homem se vê obrigado a assumir sua condição de
liberdade de plena responsabilidade.
·         O homem está condenado a ser livre (não
escolher é, também, uma escolha).
- A liberdade e suas três condições fundamentais: a
angústia, o desamparo e o desespero (escolhas sem
parâmetros).
·         Angústia: isso ocorre em razão
das inúmeras possibilidades de
escolhas 
·         Desamparo: isso ocorre em razão
da liberdade encontrar-se no processo
decisório.
·         Desespero:  isso ocorre em razão
do fato de não se ter certeza de que a
escolha feita foi a melhor.
- O homem e a Situação: o quanto de nossas
vidas é de fato frutos de nossas escolhas.
·         Muitas das situações humanas não
foram escolhidas nem determinadas pelo
indivíduo.
·         Tempo e espaço, família, gênero,
história, etnia..
- O inferno são os outros: eis uma outra
situação que não se escolhe (a liberdade
alheia).
·         A liberdade do outro é tão radical
quanto a nossa.
·         Dentro dos elementos da situação é a
que mais “temerariamente” foge ao nosso
controle.
- Escolha como reação: mesmo não podendo
escolher a situação, podemos ao menos
escolher como reagir a isso.
·         O importante não é o que fazem com
você, mas o que você faz com isso.
- Meleua-Ponty nega que o homem possa ser pura
consciência separada do mundo.
·         Consciência e mundo formam uma espécie de
simbiose (uma interação).
·         O homem é a simbiose existente entre consciência
e mundo.
·         A consciência não é pura subjetividade, nem o
mundo é pura objetividade (o homem é consciência-
corpo).
·         Não existe um “EU” puro pensamento
(imaterial/subjetivo), nem um corpo puramente matéria
(objetivo).
- Para Ortega “Eu sou eu e a minha circunstância”.
·         A “vida” é a junção do eu com a circunstância, isso
seria própria realidade.
·         A vida não se reduz a um ser abstrato, viver é fazer
as coisas (é uma atividade).
·         Fazer algo é a realidade radical do ser humano (o
que a pessoa faz, o que acontece com ela).
·         As coisas do mundo não existem independentes
das pessoas, nem é pura subjetividade do pensamento
(nem realismo, nem idealismo).
·         A vida é a realidade primária, “eu” junto das coisas
(essa realidade radical é uma ação).
Vida pensada e vida vivida.
·         Quando tenho apenas consciências de minhas vivências como
lembranças, não estou vivendo.
·         Lembranças é o resultado de uma operação mental daquilo
que foi vivido.
·         Não se pode apreender a vida enquanto tal, a vida só se pode
viver.
·         A realidade radical não é uma essência, mas sim a vida do
homem (“eu” no mundo, essa é a realidade).
·         O mundo não é uma coisa, mas um cenário onde a vida ocorre
(dramas, tragédias, histórias).
·         Circunstâncias é tudo aquilo que não sou eu, mas com quem
me relaciono (circunstâncias inclui meu corpo e minha psiquê). 
- A vida como um projeto de vir a ser (ser
romancista da própria vida).
·         As circunstâncias que me foram dadas são
finitas, mas inúmeras devo “jogar” com elas.
·         A vida é antes de mais nada, pretensão de
ser.
·         O roteiro da vida é escrito por todos os
objetos das escolhas.
·         A liberdade, o pensamento que se reflete
sobre as possibilidades de escolha e a ação
formam uma equação chamada vida.

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