Você está na página 1de 15

05/05/2022

CONCRETO:Correspondência entre classe de agressividade e qualidade do concreto


Patologias x Durabilidade  NBR 6118:2014-Projeto de estruturas de concreto – Procedimento.  NBR 12655:2015-Concreto de Cimento Portland- Procedimento.

Habilidade de resistir as ações de intempéries, ataque


químico, abrasão, ou qualquer processo de degradação
preservando sua forma, qualidade e capacidade de uso
originais quando exposto ao ambiente de uso para o
qual foi projetado (ACI 318, 2014).

NBR 8953:2015-Concreto para fins estruturais.

Capacidade da edificação ou de seus sistemas de


desempenhar suas funções ao longo do tempo,
sob condições de uso e manutenção especificadas
no Manual de Uso, Operação e Manutenção (NBR
15575, 2013)

1 2

Patologias x Durabilidade-NBR 6118


Normalmente, a Vida útil é expressa em anos, sendo estabelecida pela maioria das Normas e Códigos do concreto Patologias x
uma vida útil de projeto (VUP) mínima de 50 anos para a maioria das estruturas e 100 anos para estruturas civis, como Manifestações
obras de infraestrutura, pontes, viadutos, barragens entre outras.
Patológicas
• Importante se conscientizar que não se vê
a patologia e sim se estuda patologia,
pois ela é uma ciência formada por um
conjunto de teorias que serve para
explicar o mecanismo e a causa da
ocorrência da MP.

• O que se enxerga em uma vistoria são as


manifestações patológicas, ou seja, os
sintomas que a edificação apresenta.

• Uma manifestação patológica é a


expressão resultante de um mecanismo
de degradação.

3 4
1
05/05/2022

Projetando baseado na durabilidade


Patologias

Patologias nas estruturas de concreto


É muito comum observar um grande número de
edificações apresentando manifestações
patológicas de toda sorte e precocemente. Este fato,
muitas vezes, é resultante das diversas modificações
introduzidas na construção, sem a devida
experimentação ou comprovação prática.

5 6

Patologias nas
estruturas de concreto

• Insatisfação dos proprietários e usuários;

Patologias nas estruturas de concreto • Recursos em processos de recuperação


Mecanismos de deterioração e envelhecimento (nem sempre bem sucedidos);

Armadura: Estrutura: • Pendências judiciais;


Concreto:

Corrosão por carbonatação Ações mecânicas, movimentos


• Dentre outros transtornos.
Lixiviação =água, chuva acida e ácidos
Corrosão por cloretos térmicos, impactos, ações cíclicas,
Expansão=sulfatos e RAA retração, fluência e... fator humano
Poluição= fungos, pó, etc

7 8
2
05/05/2022

MATERIAIS

Patologias nas  Produção do Cimento:


 Tipos de Cimentos:
estruturas de  Cimento Portland Comum (CP I);

concreto  Cimento Portland Composto (CP II-(%<));


 Cimento Portland de Alto-Forno (CP III);
• Causas mais comuns da patologia
são:  Cimento Portland Pozolânico (CP IV);
 Cimento Portland de Alta Resistência Inicial (CP V-ARI);
O uso inadequado de materiais, aliado  Cimento Portland Resistente a Sulfatos (RS);
à falta de cuidados na execução e
mesmo adaptações quando do seu  E outros especiais.
uso, tudo isto somado à falta de
manutenção.
 Principais compostos do cimento:
 Silicato tricálcico (C3S)  Aluminato tricálcico (C3A)
H20
 Silicato dicálcico (C2S)  Ferroalm. tetracálcico (C4AF)

9 10

Estrutura interna do concreto Estrutura interna do concreto


 O concreto tem uma Estrutura Heterogênea e Complexa;  O concreto tem uma Estrutura Heterogênea e Complexa;
 Dificuldade em estabelecer modelos exatos para prever o comportamento do material com segurança;  Dificuldade em estabelecer modelos exatos para prever o comportamento do material com segurança;
 A relação estrutura interna/propriedades ainda não estão bem definidas.  A relação estrutura interna/propriedades ainda não estão bem definidas.
 A relação estrutura interna/propriedades constitui a essência da ciência dos materiais.  A relação estrutura interna/propriedades constitui a essência da ciência dos materiais.

Macroestrutura: Microestrutura:
 Microscópio eletrônico (10 x)
 Estruturas visíveis à vista humana;
 Ciência dos materiais;
 Olho humano – 1/5 de milésimo
(200mm);  Zona de transição;
Duas Fases (agregado e ligante)  Três fases;
 Campo promissor.

11 12
3
05/05/2022

Importância do Conhecimento da Microestrutura Microscópio Eletrônico de Varredura-MEV Difratômetro de Raios-x

do Concreto
 Auxiliar na previsão e otimização das suas propriedades físicas e mecânicas;
 Prevenir manifestações patológicas nas estruturas;
 “Contribuir” para a durabilidade das estruturas e desenvolvimento de novos aditivos;
 Ensaio não-destrutivo e eficiente.

13 14

Patologias nas estruturas de concreto


Pasta endurecida
Água
Solvente universal, componente principal da matéria viva, muito importante
para as atividades físicas e químicas dos materiais.
Aluminatos Silicatos

𝐶 AF − Ferroaluminato tetracálcico 𝐶 S-Alita


Responsável pelas principais
Nem sempre é
𝐶 A-Aluminato tricálcico 𝐶 S-Belita para o bem!!
manifestações patológicas no
concreto.

Principais características: Principais características:


• Calor específico • Tensão superficial
• ±30% do cimento • ± 70% do cimento Propriedades Físico-Químicas da água:
• Enrijecimento inicial da • Taxa de desenvolvimento
• Poder de dissolução • Capilaridade
massa da resistência • Meio de transporte • Retração no concreto
• Pressão de vapor
Outros compostos em menor quantidade: Na2O, MnO, K2O, magnésio, enxofre, fósforo

15 16
4
05/05/2022

Patologias nas estruturas de concreto Patologias nas estruturas de concreto O que acontece?

Água Água Degradação


Calor específico Dissolução e Meio de transporte do concreto

O calor específico da água é muito alto, fazendo com que a água atue de forma importante no equilíbrio da A água solubiliza agentes agressivos ao concreto como ácidos, sulfatos e outros.
temperatura dos sistemas, impedindo mudanças bruscas de temperatura.
Com estes agentes dissolvidos, ela penetra nos poros do concreto.
O calor específico da água é o número de calorias necessárias para elevar 1 grama de água de 14,5°C para 15,5°C. Transporta substâncias para dentro ou para fora dos materiais sólidos, levando agentes agressivos para dentro e
arrastando os resíduos para fora.
É o valor mais alto entre os solventes comuns: H2O – 1,0 cal/g °C; Álcool – 0,58 cal/g °C
Aplicações na engenharia Ataque de sulfatos:
Agentes agressivos reagem com o hidróxido de cálcio da pasta de cimento endurecida, gerando uma reação expansiva.

Grandes massas de concreto, como barragens geram enormes quantidades de calor. Sulfatos (SO4) podem existir em: solos (gipsita), em efluentes industriais, em produtos para a agricultura (sulfato de
amônia) e na água do mar.
A concentração e dispersão deste calor é lenta e complexa, levando a formação de gradientes de temperaturas. Mais devastadora pois
decompõe os silicatos de cálcio
hidratados e reage com os
Surgimento de Estrutura pode aluminatos e o hidróxido de
cálcio.
tensões internas fissurar seriamente!

17 18

Patologias nas estruturas de concreto O que acontece? Reações com sulfatos geram um forte aumento de
volumes, com a consequente desagregação e lixiviação

Água Degradação
com perda de massa do concreto.

Ambiente industrial

Dissolução e Meio de transporte do concreto


A água solubiliza agentes agressivos ao concreto como ácidos, sulfatos e outros.

Com estes agentes dissolvidos, ela penetra nos poros do concreto.

Transporta substâncias para dentro ou para fora dos materiais sólidos, levando agentes agressivos para dentro e
arrastando os resíduos para fora.
Esquema de ataque do concreto por sulfatos
(Adaptado de CEB, 1989)
Ataque de sulfatos:
Agentes agressivos reagem com o hidróxido de cálcio da pasta de cimento endurecida, gerando uma reação expansiva.

Ambiente marinho

19 20
5
05/05/2022

A influência da dosagem de cimento e do teor de C3A na


resistência do concreto ao ataque por sulfatos.
Ação preventiva (ABCP) Patologias nas estruturas de concreto
• Cimento Portland CP (RS)
Ácido clorídrico na limpeza de obras:
• Cimentos - CP II entre 60% e 70% de escória
granulada de alto-forno, Desincrustante, remove excessos de concreto e argamassas.

• Cimentos III, IV ou V-ARI podem ser resistentes


aos sulfatos, atendendo pelo menos uma das
condições:

• Teor de C3A do clínquer e teor de adições


carbonáticas de no máximo 8% e 5% em massa,
respectivamente;

• Cimentos do tipo alto-forno que contiverem entre


Aluminato Tricálcico: 5 a 10% 60% e 70% de escória granulada de alto-forno em
• Pega quase instantânea. massa;
𝐶 A • Pela intensidade de reação em curto espaço de tempo,
desenvolve alto calor de hidratação. • Cimentos do tipo pozolânico que contiverem entre
25% e 40% de material pozolânico, em massa;
• Resulta em composto de pouca resistência mecânica e baixa
resistência a ação de águas agressivas.
Aplicação excessiva e repetida ataca o concreto e corrói o aço.

21 22

Patologias nas estruturas de concreto Patologias nas estruturas de concreto


REAÇÕES ÁLCALI-AGREGADO (RAA ):

Tipos:
• Álcali-sílica;
Álcali-silicato (mais comum no Brasil);
• Álcali-carbonato.

Reações entre os álcalis (K2O e Na2O), na presença de água


reagem com a sílica ou os carbonatos presentes nos agregados
reativos, gerando resíduos muito expansivos.

Álcalis - origem:
Ataque ácido em indústria: • Cimento (0,2 a 1,5%);
Pequeno cobrimento de concreto expõe
armaduras a produtos químicos ácidos
• Externa - água do mar, lençol freático.
usados para branquear tecidos em
indústria têxtil.

23 24
6
05/05/2022

Patologias nas estruturas de concreto Patologias nas estruturas de concreto


REAÇÕES ÁLCALI-AGREGADO (RAA ): REAÇÕES ÁLCALI-AGREGADO (RAA ):

Reações álcali-agregado se desenvolvem de forma lenta, em geral levam anos


para que apareçam as primeiras manifestações.

A Velocidade destas reações varia com:

• Com a %Na2O equivalente presente no cimento, (Na2O equivalente = 0,628


%K2O + %Na2O);
• Reatividade dos agregados (agregados reativos a álcalis);
• Temperatura (temperaturas maiores aceleram);
• Tipo dos minerais de sílica e tamanho das partículas; Indicativos:
• A contribuição de fontes externas de íons alcalinos; Fissuração em forma de mapa ( em concreto sem armadura)
Fissuras orientadas (em concreto armado)
• Presença de água junto ao concreto. Exsudação de gel na superfície do concreto
Expansões visíveis.

25 26

Patologias nas estruturas de concreto Patologias nas estruturas de concreto


Método de Prismas de Concreto
REAÇÕES ÁLCALI-AGREGADO (RAA ): REAÇÕES ÁLCALI-AGREGADO (RAA ): É o mais confiável na atualidade, porque
A análise petrográfica é a análise visual, apresenta melhor correlação com os dados de
microscópica e estereoscópica para a identificação campo. Requer o período de um ano para a
dos minerais deletérios no agregado; é uma análise ....
primeira análise....
CP IV

Método Acelerado de Barras de Argamassa


Consiste na imersão de barras de argamassa em
solução alcalina (NaOH), numa temperatura de 80ºC,
por 28 dias – este método foi desenvolvido numa
Intervenções químicas (lítio) por aspersão, evitar a umidade (ventilação, impermeabilização, resinas epóxi...), tentativa para tentar resolver as discrepâncias entre
Tratamento Criação de juntas, cortes na estrutura, para aliviar tensões localizadas e direcionando; reforço estrutural. os dados de campo e os do laboratório.

27 28
7
05/05/2022

Patologias nas estruturas de concreto Patologias nas estruturas de concreto


REAÇÕES FORMADORAS DE PRODUTOS CARBONATAÇÃO DO CONCRETO

EXPANSIVOS: CORROSÃO DAS ARMADURAS: Em superfícies expostas, a alta alcalinidade do Ca(OH)2 liberado na hidratação é reduzido pela ação do CO2 do ar e
outros como SO2 e H2S, tendo como efeito a diminuição do pH.
Mais importante fenômeno quanto a durabilidade das estruturas, é a principal causa que leva a
falência e determina a necessidade de reparos estruturais. O processo costuma ocorrer em túneis e viadutos, por exemplo, e decorre de fissuras que permitem a entrada de
água no interior do concreto armado.
Corrosão é alavancada por outros fenômenos de decomposição do concreto.
A carbonatação em geral é condição essencial para o início da corrosão das armaduras.

É um fenômeno eletroquímico, necessita de: água como “eletrólito”, ar (fornecimento de O2), íons Processo de carbonatação é lento, atenuando-se com o tempo pela presenta de umidade, juntamente com os
negativos como Cl-, OH- e SO4- ou metais diferentes em contato com o aço, para formar a compostos da pasta de cimento, resultado nos produtos da carbonatação (CaCO3) em uma região do cobrimento,
“micropilha” ou célula de corrosão. com a constituição de uma camada que passa a ter uma alcalinidade significativamente menor do que aquela não
afetada por esse fenômeno.
• Concreto novo é um meio bastante alcalino (pH12,5)
• As armaduras estão passivas à corrosão.
• Com o tempo pode ocorrer a perda de passivação das armaduras por:
1.Carbonatação do concreto
2.Presença de íons cloreto

29 30

Patologias nas estruturas de concreto Patologias nas estruturas de concreto


CARBONATAÇÃO DO CONCRETO FATORES QUE ÌNFLUENCIAM A CARBONATAÇÃO DO
CARBONATAÇÃO DO CONCRETO
CONCRETO
DESPASSIVAÇÃO POR CARBONATAÇÃO DO CONCRETO Corrosão das armaduras de concreto armado
Para que a carbonatação aconteça, três fatores precisam estar dentro do concreto. São eles: umidade, gás
carbônico e oxigênio. A seguir, veja todas as etapas do processo de carbonatação do concreto: Corrosão das armaduras de concreto armado Tipo de cimento:
Influencia a velocidade de carbonatação já que a reserva
1. H2O entra nos poros do concreto pelas fissuras; alcalina é função da composição química do cimento e
das adições.
2. Forma-se uma fina camada de água;
3. A água dissolve o Ca formando Ca(OH)2;
4. CO2 entra no poro pelas fissuras;
5. CO2 reage com H2O, formando H2CO3 (ácido carbônico);
6. H2CO3 reage com o Ca(OH)2 formando CaCo3 (cristais de carbonato de cálcio);
7. O consumo de Ca diminui o pH do concreto, deixando o aço exposto à corrosão GENERALIZADA.

Efeito Maior teor


empacotamento de
“sílica” Ca (OH)2

31 32
8
05/05/2022

Patologias nas estruturas de concreto Patologias nas estruturas de concreto


CARBONATAÇÃO DO CONCRETO FATORES QUE ÌNFLUENCIAM A CARBONATAÇÃO DO CARBONATAÇÃO DO CONCRETO
CONCRETO
DESPASSIVAÇÃO POR CARBONATAÇÃO DO CONCRETO Qualidade do concreto:
Corrosão das armaduras de concreto armado • Porosidade / Permeabilidade do concreto:

33 34

>750 m

Patologias nas estruturas de concreto Patologias nas estruturas de concreto


ATAQUE DE CLORETOS ATAQUE DE CLORETOS
• Os íons cloretos eram introduzidos intencionalmente nas estruturas de
Cloretos promovem a despassivação precoce do aço, mesmo em ambientes
concreto como agente acelerador de pega e endurecedor.
alcalinos.
Origem dos cloretos:
• Aparecem também através de agregado ou água contaminados.
• Difusão de íons a partir do exterior (atmosfera marinha)
• Aditivos aceleradores de pega (CaCl2) Ex: a/c 0,5 menor que 100 m e 0,6 • Em climas frios, podem vir através dos sais anticongelantes.
acima de 750m
• Areia ou água contaminada por sal (NaCl) • Também através de salmouras industriais e maresias.
• Tratamentos de limpeza com ácido (Ex:HCl)
Mecanismos de transporte dos íons dos cloretos (Cl-):
• Sal (NaCl) como agente anticongelante. • Absorção capilar
A absorção capilar é a primeira porta de entrada dos íons cloreto, provenientes,
por exemplo, de névoa marítima. Depende da porosidade, viscosidade e tensão
superficial do líquido.

• Permeabilidade
A permeabilidade é um dos principais parâmetros de qualidade de um concreto e
representa a facilidade de um líquido penetrar no seu interior através da pressão
Areia marinha hidrostática
contaminada
com cloro

35 36
9
05/05/2022

Patologias nas estruturas de concreto Patologias nas estruturas de concreto


ATAQUE DE CLORETOS ATAQUE DE CLORETOS > C3A, menos problema com cloreto. No entanto, possui ALTO
• Os íons cloretos eram introduzidos intencionalmente nas estruturas de calor de hidratação.
concreto como agente acelerador de pega e endurecedor.
• Adsorvido na superfície dos poros capilares ZONA DE AGRESSIVIDADE MARINHA
• Aparecem também através de agregado ou água contaminados. • Combinados com o C3A e C4AF, iniciam processo
corrosão-ataca película passivante do aço.
• Em climas frios, podem vir através dos sais anticongelantes. • Livres (dissolvidos na solução dos poros) Em regiões costeiras, todo o processo
agressivo sofrido pelas estruturas de
• Também através de salmouras industriais e maresias.
concreto que não se encontram
Mecanismos de transporte dos íons dos cloretos (Cl-): diretamente em contato com a água do
mar, no que se refere ao ingresso de
• Difusão iônica cloretos, inicia-se pela formação do
A absorção capilar ocorre na superfície do concreto, sendo que a difusão iônica é aerosol marinho e seu transporte em
o principal mecanismo de transporte no interior da estrutura, em meio aquoso. direção à costa;

• Migração iônica O termo aerosol pode ser utilizado para o


Os íons cloretos por serem cargas negativas, promovem migração iônica, o qual
conjunto de ar e partículas carreadas sob
pode se dar pelo próprio campo gerado pela corrente elétrica do processo
eletroquímico, como por ação de campos elétricos externos.
forma coloidal.

> Tem ataque por cloreto, mas não corrosão (falta oxigênio)

37 38

Patologias nas estruturas de concreto Patologias nas estruturas de concreto


ATAQUE DE CLORETOS > C3A, menos problema com cloreto. No entanto, possui ALTO ATAQUE DE CLORETOS
calor de hidratação.
• Adsorvido na superfície dos poros capilares Barra de aço revestida com tinta epóxi corroída devido a
CUIDADOS penetração de cloreto no concreto. Qualquer dano na
• Combinados com o C3A e C4AF, iniciam processo
pintura, ocorrido durante o processo da montagem,
corrosão-ataca película passivante do aço. • Maior Adensamento E menor a/c permite o contato do cloreto com o aço.
• Livres (dissolvidos na solução dos poros) • Maior cobrimento e IMPERMEABILIZAÇÃO
• Proteção da superfície do concreto:
revestimentos
• Armaduras especialmente passivas:
– Aços revestidos (epóxi, galvanização)
– Aços inoxidáveis
• Cuidados no uso de aditivos que contenham em
sua fórmula o cloreto de cálcio;
• Cuidados especiais se o concreto
estiver sujeito à correntes elétricas;

> Tem ataque por cloreto, mas não corrosão (falta oxigênio)

39 40
10
05/05/2022

Patologias nas estruturas de concreto Patologias nas estruturas de concreto


ATAQUE DE CLORETOS MEDIDAS ESPECIAIS

•Revestimento da estrutura – cerâmicas, argamassas, ...


•Pinturas hidrofugantes – permitam a saída e não entrada de água - silicones, siloxanos;
•Revestimento das armaduras – pintura epóxi, galvanização;
•Armaduras especiais – aço inox, armaduras de fibras de carbono;
•Proteção catódica – ânodos de sacrifício;

41 42

Patologias nas estruturas de concreto Patologias nas estruturas de concreto


MEDIDAS ESPECIAIS MEDIDAS ESPECIAIS

•Revestimento da estrutura – cerâmicas, argamassas, ... •Revestimento da estrutura – cerâmicas, argamassas, ...
•Pinturas hidrofugantes – permitam a saída e não entrada de água - silicones, siloxanos; •Pinturas hidrofugantes – permitam a saída e não entrada de água - silicones, siloxanos;
•Revestimento das armaduras – pintura epóxi, galvanização; •Revestimento das armaduras – pintura epóxi, galvanização;
•Armaduras especiais – aço inox, armaduras de fibras de carbono; •Armaduras especiais – aço inox, armaduras de fibras de carbono;
•Proteção catódica – ânodos de sacrifício; •Proteção catódica – ânodos de sacrifício;

Direciona a corrosão
para um metal (ânodo)
de sacrifício

43 44
11
05/05/2022

Patologias nas estruturas de concreto Patologias nas estruturas de concreto


MEDIDAS ESPECIAIS
• Fissuras: < 1 mm
•Revestimento da estrutura – cerâmicas, argamassas, ... • Trincas: 1< x < 3 mm
•Pinturas hidrofugantes – permitam a saída e não entrada de água - silicones, siloxanos; • Rachaduras: > 3 mm
•Revestimento das armaduras – pintura epóxi, galvanização;
•Armaduras especiais – aço inox, armaduras de fibras de carbono;
•Proteção catódica – ânodos de sacrifício;

Quando se instala um ânodo de sacrifício (pastilha ou


tela), se cobre esta região com concreto com o mesmo
traço do concreto anterior, o metal anódico empregado
estará enviando corrente para a armadura, retornando a
corrente para o anodo através dos arames de fixação.

45 46

Patologias nas estruturas de concreto Patologias nas estruturas de concreto


A retração é o processo de redução de volume que ocorre na massa de concreto, ocasionada principalmente pela
saída de água .

Retração plástica
Ocorre pela perda de água do concreto por exsudação, em seu estado fresco. Este processo é
acelerado pela exposição de sua superfície às intempéries como vento, baixa umidade relativa do ar e
aumento da temperatura ambiente. COMO EVITAR?

Retração por secagem ou hidráulica • Cura eficiente para evitar a perda rápida da água e o
Ocorre da mesma maneira que a retração plástica, porém com o concreto já no estado endurecido. aparecimento das tensões causadoras.

Retração química • Pode-se atuar também preventivamente, ou seja, com


Ocorre devido à redução de volume desde o momento que se inicia a hidratação, pois os produtos uma quantidade reduzida de água no traço do
gerados neste processo têm volumes menores que àqueles materiais que deram origem à reação concreto;
(cimento e água).
• Fibras e Bioconcreto;
Retração térmica
É a retração provocada pelo calor liberado na reação de hidratação. Esta reação é exotérmica e o calor • Utilização de expansores-Al, que têm a função de
liberado expande o concreto em um primeiro momento. Ao se resfriar ocorre uma redução de volume aumentar o volume da massa e, assim, equilibrar a
denominada retração térmica. redução provocada pela retração.

47 48
12
05/05/2022

Patologias nas estruturas de concreto Patologias nas estruturas de concreto


GELO-DEGELO BIOLÓGICA
Solução: Ar incorporado (50 a 200 um) Causado por microorganismos que provocam ácidos e lixiviação,
• Aumenta a fluidez e durabilidade;
promovendo a desintegração do concreto.
• Aumenta abatimento sem água –aditivos IAR (incorporadores de ar)
• Incorporação de ar também é utilizada para resistência ao fenômeno gelo-
degelo-9%.

Tensões internas da água Diminui


decompõe o concreto-ciclo gelo-degelo resistência

Provocam desgaste superficial e aumentam peso das


estruturas (organismos-moluscos, algas-aderem a
estrutura.
Algas- Negativo: produzem ácido carbônico e
compostos sulfurosos; Positivos: selar superfície,
podendo melhorar durabilidade.

49 50

Patologias nas estruturas de concreto Eflorescência


: carbonato de
Patologias nas estruturas de concreto
ÁGUA AGRESSIVA cálcio
Lixiviação é quando uma substância (hidróxido de cálcio — Ca(OH)2) é extraída de um meio sólido através de sua dissolução Desgaste superficial: abrasão-Atrito seco de detritos e tráfego contra o concreto.
em um meio líquido. Na Engenharia Civil esse processo ocorre no concreto e é uma patologia bastante comum em
edificações. É causada basicamente através de infiltrações. Pavimentos.

Quando a lixiviação ocorre em pequenas quantidades somente a estética da estrutura é prejudicada. Quando o processo de
lixiviação começa a progredir, removendo demasiadamente os sólidos do concreto, a preocupação já é maior. Com mais
espaços vazios na estrutura, a mesma fica submetida à ação de agentes nocivos auxiliando no processo de carbonatação do
concreto e abrindo espaço para os ataques de cloreto presentes na atmosfera e influi diretamente na resistência mecânica
do material.

51 52
13
05/05/2022

Patologias nas estruturas de concreto Patologias nas estruturas de concreto


Desgaste superficial: Erosão: Causada pelo movimento relativo do líquido e/ou o atrito de Desgaste superficial: Erosão: Causada pelo movimento relativo do líquido e/ou o atrito de
partículas sólidas em suspensão neste contra a superfície de concreto. Canais, dutos , partículas sólidas em suspensão neste contra a superfície de concreto. Canais, dutos ,
vertedouros pilares de pontes. vertedouros pilares de pontes.

53 54

Patologias nas estruturas de concreto Patologias nas estruturas de concreto


Desgaste superficial :Cavitação: “Implosão” de minúsculas bolhas, formadas por AÇÃO DO FOGO
redução da pressão local de vapor, fluxos sob alta velocidade.
Concreto material incombustível - sob temperaturas elevadas, alguns componentes se decompõem.
Incêndios, atingem temperaturas superiores aos 1.000°C,
Fatores afetam a resistência do concreto armado ao fogo:

Na pasta de cimento:

•Temperatura >100°C decompõe a etringita,


• 500 a 600°C decompõe Ca(OH)2,
• A 900°C decompõe C-S-H.
• Quanto mais água dentro do concreto (menor idade),
mais lento será o crescimento de temperatura, a 100°C
Água preenche velozmente os pequenos vazios e pressões altíssimas são atingidas em aparecem gases causando lascamento.
área infinitesimais. Com a repetição do fenômeno resulta no desgaste superficial.

55 56
14
05/05/2022

Patologias nas estruturas de concreto CONCRETO


AÇÃO DO FOGO CONCEITOS E GENERALIDADES
PRINCIPAIS CARACTERISTICAS
Nos Agregados : Estado Fresco:
Alguns são mal condutores de calor retardando o crescimento das temperaturas, outros Trabalhabilidade;
Habilidade de resistir as ações de intempéries, ataque
tem coeficiente de dilatação muito diferente da pasta – fragiliza a zona de transição. Tempo de pega; químico, abrasão, ou qualquer processo de degradação
Vicat
Nas estruturas: Coesão; preservando sua forma, qualidade e capacidade
Peças mais volumosas, mais lento será o seu aquecimento, diminuindo a profundidade Segregação/Exsudação. de uso originais quando exposto ao ambiente de uso
para o qual foi projetado (ACI 318, 2014).
da decomposição do material. -Lixiviação: água, chuva acida e ácidos
Estado Endurecido:
No concreto armado: -Expansão: sulfatos e RAA
Resistências mecânicas; -Poluição: fungos.
Coef. dilatação do aço não é igual ao do concreto, condutibilidade térmica do aço é
Deformabilidade;
superior. Acima dos 100°C a diferença aumenta muito.
Aço perde significativa resistência acima de 700°C. Durabilidade.
A água nos poros do concreto forma do vapor, que cria tensões internas Fator de compactação;
elevadas dentro das argamassas e do concreto. A pressão de vapor dentro
destes materiais leva ao lascamento.

57 58

Patologias nas estruturas de concreto REFERÊNCIAS


Referências Bibliograficas: • CONCRETO: ciência e tecnologia . 1. ed. São Paulo: IBRACON, 2011. 2 v. + 1 CD-ROM ISBN
CONCRETO, ESTRUTURA, PROPRIEDADES E MATERIAIS, P. Kumar Mehta e Paulo J.M. Monteiro, 9788598576169 (enc. : v. 1).
São Paulo – Pini, 1994.
MANUAL PARA DIAGNÓSTICO DE OBRAS DETERIORADAS POR CORROSÃO DE ARMADURA, • CONCRETO: ciência e tecnologia . 1. ed. São Paulo: IBRACON, 2011. 2 v. + 1 CD-ROM ISBN
Maria Del Carmen Andrade, São Paulo – Pini - 1992. 9788598576169 (enc. : v. 2).
MANUAL PARA REPARO, REFORÇO E PROTEÇÃO DE ESTRUTURAS DE CONCRETO, Paulo
• PROPRIEDADES DO CONCRETO. (5Ed) Neville, A. M. Bookman.
Helene, São Paulo -Pini – 1992.
NBR-6118/2003 • FUSCO, Péricles Brasiliense. Tecnologia do concreto estrutural: tópicos aplicados. 2. ed. São Paulo, SP:
FISURAS E GRIETAS EM MORTEROS Y HORMIGONES – Sus Causas y Remédios, Albert Joisel, Ed. Pini, 2012. 199 p. ISBN 9788572662529.
Técnicos Asociados – Barcelona, España – 1972.
PATOLOGIA E TERAPIA DO CONCRETO ARMADO, Manuel Fernández Canovas, São Paulo - Pini - • BAUER, L. A. Falcão (Coord.). Materiais de construção. 5. ed. rev. Rio de Janeiro, RJ: LTC, 2000. 2 v. ISBN
1988. 9788521612490 (v. 1).
AÇÃO DO MEIO SOBRE O CONCRETO, Maria Alba Cincotto, Anais do Workshop sobre Durabilidade
das Construções, ANTAC –1997
• AZEREDO, Hélio Alves de. O edifício e seu acabamento. São Paulo, SP: E. Blücher, c1987. 178 p. ISBN
MANUAL DE INSPECCION, EVALUACION Y DIAGNOSTICO DE CORROSION EM ESTRUCTURAS 8521200420.
DE HORMIGON ARMADO, CYTED - Programa Iberoamericano de Ciencia y Tecnologia para el • AMBROZEWICZ, Paulo Henrique Laporte. Materiais de construção: normas, especificações, aplicação e
Desarrollo, Julio de 1998. ensaios de laboratório. São Paulo, SP: Pini, 2012. 459 p. ISBN 9788572662642.
MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO 1, L. A. Falcão Bauer, Rio de Janeiro, LTC – 1987.
CONCRETOS – MASSA, ESTRUTURAL, PROJETADO E COMPACTADO COM ROLO – ENSAIOS E • AZEREDO, Hélio Alves de. O edifício até sua cobertura. 2. ed., rev. São Paulo, SP: E. Blücher, 1997. 182 p.
PROPRIEDADES, Equipe de Furnas, Laboratório de Concreto, Walton Pacelli de Andrade, São Paulo: ISBN 85-212-0129-X.
Pini,1997.
Produtos da reação álcali-silicato em concretos de edificações da região do Grande Recife – PE, • Cement and Concrete Research ISSN: 0008-8846 (https://www.journals.elsevier.com/cement-and-concrete-
Pecchio, M.; Kihara, Y.; Battagin, A. F.; Andrade, T., IBRACON 2006, Rio de Janeiro. research/).
• ABNT NBR e ASTM.

59 60
15

Você também pode gostar