Você está na página 1de 79

© 2022 - Todos os direitos reservados

a Aldery Nelson Rocha

Categoria: Política e Cristandade.


Conscientização política segundo a Bíblia

Produtor:
Dr. Aldery Nelson da Silva Rocha
Autor da Bíblia Revelada Di Nelson
www.meujesus.com.br

Texto bíblico usado:


Bíblia Revelada Di Nelson 2011

Projeto Gráfico e Diagramação:


Aldery Nelson Rocha

DIREITOS AUTORAIS REGISTRADOS:

01
O PERFIL DO
PRESIDENTE

ALDERY NELSON ROCHA

03
03
Esta obra não foi patrocinada nem contratada por
nenhum partido político ou candidato a nenhum
cargo público. É um extrato dos meus comentários
com o fim de orientar o nosso povo cristão diante
das grandes decições que deve tomar nesta tão
importante Eleição-2022.

ÍNDICE

04
INTRODUÇÃO
A conscientização de que vivemos diante de
uma grande necessidade de mudanças nos falsos
valores e vícios que imperam nos núcleos da socie-
dade será o princípio da libertação da escravidão
brasileira, começando pela limpeza das ruas, pela
erradicação da malandragem e da cartolagem, da
insensibilidade dos líderes, do orgulho religioso,
do repúdio egoísta do silêncio conjugal hipócrita
e da estagnação que permeia a cultura pinchada
pela corrupção e costurada pelos credos religiosos
importados e carimbados como cultura brasileira.
O conjunto dos costumes gera os hábitos e o
conjunto dos hábitos gera a cultura, ou seja, o nú-
cleo da cultura são os hábitos e esta cultura forma
a sociedade brasileira. Os educadores estão nas es-
colas para educar cada estudante proveniente de
suas casas muitas vezes sem nenhuma instrução,
a não ser aquela que recebe pelas redes sociais,
pela pobre TV aberta, e pelos amigos deseducados
e grosseiros de suas ruas e guetos.
Fazemos parte de uma sociedade cuja massa
cerebral geralmente está cheia de exemplos de
maus costumes comunicados por palavras ou re-
cebidos como herança exemplar de seus pais, os
quais também herdaram os mesmos costumes e
hábitos de seus genitores. Isto quer dizer que se a
criança entende que é normal jogar uma lata de
coca-cola pela janela do ônibus porque o seu pai
não foi punido por isso, mesmo conhecendo os
prejuízos (provenientes daquele ato) que causa-
rão à sua sociedade, acabará fazendo o mesmo;
assim, todos farão o mesmo impunemente, trans-
formando aquele vício em uma cultura iníqua da
55
nossa sociedade; esse mau hábito será rapidamente transformado em uma
cultura daquela família e que logo se alastrará em todo o seu município,
estado e nação.
Assim, o libertador da sociedade brasileira deverá promover uma
poderosa mudança de costumes que, por sua vez, vai gerar mudança nos
hábitos, o que causará um poderoso impacto na cultura festeira e religiosa
brasileira, tão sofrida e tão enganada. A cultura brasileira não pode ser
representada por hábitos importados, por festas históricas mal contadas;
mas, por uma cultura fruto de uma contribuição de mentes sãs e abertas
para cooperar com a ciência, com a economia, com a política, resultante
de uma verdadeira fé sem charlatanismo vivida por um povo livre e sadio
de todas as maldições que recaem sobre a nossa nação, por falta de conhe-
cimento cultural, ético e de seu Criador.
A sociedade brasileira não pode ser conhecida apenas por suas culturas
vocacionais produzidas sob as lágrimas de esperança, mas pela ciência ins-
pirada nas suas vocações, pela estratégia da exploração industrial a nível
nacional e mundial, gerando recursos para as nossas cidades.
Os pedágios não podem ser fontes de renda de alguns governadores,
políticos e ex-políticos. Eles têm de ser tomados e redirecionados às Esco-
las, Hospitais e Creches das regiões onde eles imperam como assaltantes
dos proprietários de veículos que por elas passam. Esses valores devem ser
distribuídos em títulos transferíveis nos quais se registra o seu beneficiário
e o responsabiliza; da mesma forma as loterias, e todos os tipos de contri-
buição que hoje estão sendo administrados por alguns privilegiados: têm
de ser direcionados unicamente para benefício social.
E assim deve ocorrer em todas as outras áreas culturais que não são re-
conhecidas nem geram nenhum fruto. As igrejas de todos os tipos devem
contribuir com a sociedade. Para não serem taxadas, devem contribuir
de alguma forma para o bem do seu bairro, da sua cidade e do seu estado:
Creches devem ser uma contribuição social das igrejas; assistências sociais
devem ser o dever de cada denominação. Os templos ociosos devem ser
Casa de saber e de Instrução e apoio social.
A cultura brasileira não pode ser apenas admirada pela sua beleza ou
criticada pela sua falta de objetivos, mas também pela grandeza de seus be-
nefícios gerados em favor daqueles que a praticam; por isso, a cultura brasi-
leira deve produzir e revelar cientistas, mestres, campeões, especialistas,
produtores em todas as áreas da vocação nacional, a fim de acrescentar
sobre a nossa cultura profundamente religiosa e esportista uma nova van-
6 6
guarda econômica encontrada na disposição do
brasileiro genial e que pensa e sonha em ter ao seu
alcance outros meios técnicos para fazer aflorar
a sua vocação e transformar em dinheiro os seus
talentos, transformando os costumes, os hábitos
e a cultura da sua sociedade em resultados que
beneficiem e nutram as famílias, os municípios,
as cidades onde têm o seu berço.
Assim deixaremos de ser uma sociedade servi-
çal para ser uma sociedade protagonista, que dita
as ordens, que age e causa reação, que produz, ne-
gocia e não vive implorando visto para melhorar
de vida em outros países, porque o seu produto é
indispensável e irrecusável, em que não somente
dois ou três lucram, mas toda a sociedade ao redor.
Este é o Brasil que estamos vendo renascer das
cinzas, este é o Brasil dos sonhos dos brasileiros!
Esta foi a mentalidade de José durante o seu gover-
no. Ele mudou os costumes, assim ele mudou os
hábitos e implementou uma cultura com novos
produtores de provas que revolucionaram a men-
talidade, a ciência e a arte que, sendo sustentáveis,
geraram lucros, bênçãos e graça em favor da sua
nação, diante do povo e do seu Deus no meio de
um Egito onde todos os líderes, os políticos, os
sacerdotes e toda a sua gente desconheciam o
Jeová-Jiré, o Deus provedor, porque José aprendeu
a transformar talentos em bens duráveis.
Onde estão os homens hiatos entre José e Moi-
sés? Você pode ser um desses. Vamos aproveitar a
nossa oportunidade para escolher o homem que
Deus escolheu.

77
CAPÍTULO I
O HOMEM QUE DEUS ELEGE
Assim como o Brasil de 2018, quando Israel
pensava que seu serviço escravo perduraria para
sempre e que Deus havia se esquecido de suas
promessas, Deus lembrou-se de seu povo e veio
cumprir a sua promessa. Mas ele precisava de um
homem. Deus sempre precisa de um homem.
Cabe a nós fortalecê-lo ou rejeitá-lo, assim como
fizeram com Moisés no início de sua liderança
entre os seus irmãos do gueto egípcio. Na verda-
de, a atuação de nosso Deus neste mundo deve
ser através de um homem. Ele não quebra as suas
leis. Ele quer realizar um trabalho inteligente, não
mágico. Entre José e Moisés havia um hiato histó-
rico que resultou na escravidão de Israel no Egito.
Há um hiato moral no Brasil, e é hora de unirmos
nossos esforços e aceitar a liderança do homem
que Deus escolheu. Outras vozes aparecem para
tirar o nosso foco e enfraquecer as possibilidades
de tomarmos este governo para de fato governar
para o povo brasileiro e não para um partido nem
para uma ideologia primária e exclusivista.
Nunca o povo cristão brasileiro gozou de tantos
privilégios. Assim como o povo de Israel foi recebi-
do com pompas de filho amado, sendo-lhe dadas
as terras onde os rebanhos eram criados. Na terra
de Gósen, os filhos de Israel estavam protegidos.
Enquanto Israel tinha um José no governo, o povo
de Deus tinha segurança e voz. Mas agora, por
falta de um novo José, a escravidão havia chegado;
e Israel deixou de ser pastor de ovelhas para ser
fabricante de tijolos e construtor de cidades reais.
Isso já aconteceu na Venezuela, na Nicarágua, na
Rússia, na China, e quis acontecer bem perto de
nós, na Bolívia. Quatrocentos e trinta anos haviam
55
se passado, mas trinta anos depois do tempo prometido (Gn 15:13-16),
Deus ainda procurava o mesmo homem que havia escolhido oitenta anos
atrás. Agora, estava mais velho; longe do Egito, porém mais experiente, e
ainda mais preparado.
Êxodo 3:2: “E apareceu-lhe o Anjo do Senhor Jeová no meio de uma
chama de fogo, entre a sarça, e viu que a sarça ardia e, apesar do
fogo, não se consumia.”
Deus começou a trabalhar com o homem que havia escolhido. Ele
talvez ainda lembrasse alguma coisa relacionada ao seu chamado, depois
de muito tempo, mesmo tão envolvido com o seu trabalho profissional.
Deus trabalha com a curiosidade. Deus sabe como atrair o seu escolhido,
sabe como chamar a sua atenção pela curiosidade. Quando Deus quer
atrair um homem para si, sabe como trabalhar a sua curiosidade. Então,
ele curiosamente se aproximou do sarçal – dos espinheiros – para ver por
que a sarça não se consumia.
Êxodo 3:3: Então Moisés, intrigado, disse: “Me aproximarei para ver
melhor essa grande visão. Por que a sarça não se consome?”
Embora Deus trabalhe para atrair o homem que ele escolhe para cum-
prir o seu chamado no Egito, sua conversa particular é no tabernáculo da
sua presença. Ele nos chama ao Egito, mas conversa conosco no seu Lugar
santíssimo, porque o interior do sarçal era terra santa. Era lugar santo.
Todo homem que Deus escolhe tem primeiro um encontro pessoal com
Deus. Ele estava diante de seu Deus e não podia entrar sem transformação
radical. Ele seria enviado ao Egito, mas nada do Egito poderia estar nele.
Ele não poderia ser conhecido como o Moisés do Egito, nem como o Moi-
sés de Midiã!
Êxodo 3:4: E, quando o Anjo do Senhor Jeová viu que se aproxi-
mava para ver, do interior do sarçal o chamou: “Moisés, Moisés!” E
Moisés respondeu-lhe: “Eis-me aqui”.
O Deus vivo veio para lembrar àquele que ele escolhera que o tempo
para cumprir o seu chamado tinha chegado e isto era muito sério. Ele veio
definir o propósito que tinha para ele, pois não podia esperar mais. Então
Deus veio pessoalmente através do Anjo do Senhor. Uma das manifesta-
ções gloriosas de Deus é que onde ele estiver aquele lugar se transforma
em tabernáculo; onde Deus estiver ele estabelece limites santos. Não
pode qualquer um entrar nos limites estabelecidos por ele; somente o
homem que Deus escolhe. Quer saber por quê? Porque quando Moisés
6 6
chegou a Midiã ele tinha características de egípcio
e foi reconhecido como tal; mas, com o passar
dos anos, a sua vida foi sendo transformada. Deus
não se importa com a condição presente do seu
chamado no momento em que é chamado, ele
sabe para onde o conduzirá; ele sabe o que fazer
com o seu chamado e que tipo de transformação
estabelecerá para ele, se o seu chamado estiver
disposto a caminhar segundo os passos divinos.
Ao tirá-lo do Egito, onde fora rejeitado pelo seu
próprio povo, tinha preparado um lugar onde o
transformaria segundo o seu propósito. Depois
da Universidade de Midiã tudo nele era diferente:
As reações, a linguagem, o caráter. Mas nele ainda
havia algo que perdurava e não se separava dele,
ou seja, suas sandálias ainda eram do Egito.
Êxodo 3:5: E disse-lhe o Anjo: “Não te ache-
gues para cá. Tira as sandálias de teus pés,
pois o lugar onde estás é terra santa”.
A transformação do homem que Deus escolhe
começa no seu rosto e termina nos seus pés. Ele
tinha de aprender a temer a Deus. Não adiantava
colocar véus da hipocrisia para agradar os fieis e
os infieis, pois tinha uma responsabilidade prio-
ritária: representar o seu povo diante de Deus e
diante de Faraó, isto é, diante de Deus e diante
do Mundo. Esta é a mobilidade eclética do ho-
mem que Deus escolhe. Ele tem de aprender a se
mover em todas as circunstâncias. Quando Deus
chama o seu servo para liderar uma nação, ele
deve aprender a arte da verdadeira Diplomacia.
Ele não estava sendo chamado para ser pastor do
Egito, ele estava sendo chamado para ser pastor de
Israel e Juiz do Egito. Ele não representaria apenas
o povo diante de Deus, ele representaria Deus
diante do povo; ele não representaria o povo dian-
te de Faraó, mas representaria Deus diante de seu
77
opressor e o julgaria. O véu que Moisés usaria mais tarde era para falar com
o povo, pois trazia a glória de Deus sobre seu rosto. Mas, para Deus não po-
deria usar o véu, ele teria que deixar esse véu cair diante da sua presença,
pois o homem que Deus escolhe aprende a falar com Deus cara a cara. O
homem que Deus escolhe conhece a história do Deus dos antepassados
de seu povo, e isso se torna em uma senha inconfundível para ele.
Êxodo 3:6: E acrescentou: “Eu sou o Deus de teu pai, Deus de
Abraão, Deus de Isaque e Deus de Jacó”. E Moisés cobriu o seu ros-
to, pois temeu olhar para Deus.
Deus veio mostrar um relatório triste da situação do seu povo. Quando
Deus faz o relatório, não tem rasuras, não tem sensacionalismo. Ele diz
apenas: “ouvi o clamar do meu povo”. Não era o que Moisés sempre se
perguntava? Então, Deus veio responder-lhe pessoalmente e, ao mesmo
tempo, encarregá-lo como libertador do seu povo. Veja os verbos do texto
abaixo: Deus “viu”, “escutou” e “conheceu”; são estas as coisas que ele
faz em relação a seu povo.
Êxodo 3:7: E disse o Senhor Jeová: “Tenho visto a aflição do meu
povo no Egito, e escutei o seu clamor, por causa dos padecimentos
que os seus exatores o submetem, pois conheço as suas dores”.
Então, Deus desceu. E quando Deus desce, sempre realiza grandes coi-
sas. Não queira ser o alvo de Deus quando ele descer em busca de um servo
escolhido para ser o líder de seu povo. Quando ele desce realiza grandes
feitos, do Éden à encarnação, cada vez que desceu, grandes obras foram
realizadas; o homem foi criado, disciplinado, autorizado, dividido, inun-
dado e resgatado. Mas agora Deus desceu para levantar um libertador, e
não voltaria para sua Casa sem ele; o cálice dos amorreus (“os inimigos do
seu povo”) havia enchido, e isto não demoraria mais que setenta anos:
Uma geração. E o povo já estava atrasado trinta anos.
Êxodo 3:8: E desci para livrá-lo das mãos dos egípcios, e para levá-lo
dessa terra para terra boa e larga, terra que emana leite e mel, onde
vivem os cananeus, os heteus, os amorreus, os ferezeus, os heveus,
e os jebuseus.
Deus ouviu o clamor do seu povo; e veio atuar. Quando Deus ouve o
nosso clamor, ele age. Deus procurava o homem fugitivo. Ele tinha outros
no Egito, mas o homem que Deus escolhera estava na universidade de
Jetro, em Midiã. No relatório de Deus constava cada detalhe do sofrimen-
to de seu povo: procurar palha, cavar o barro, amassar o barro, arrancar a
8 8
lenha para os fornos, queimar os tijolos, assentar
os tijolos. Ele descreveu cada detalhe da opressão,
das ameaças, das chicotadas e das grosserias de
todos os gêneros.
Êxodo 3:9: Eis que o clamor dos filhos de
Israel chegou, agora, diante de mim, e vejo a
opressão que sofrem nas mãos dos egípcios.
O Deus do chamado agora convida; mas o seu
convite é uma ordem. Seu chamado era para tirar
o povo da escravidão do Egito. Nenhum homem
que Deus chama está pronto quando quer, mas
ele estará preparado quando Deus o transformar.
Êxodo 3:10: Vem, agora, que eu te enviarei
a Faraó para tirares o meu povo, os filhos de
Israel, do Egito”.
Uma das provas de sua transformação pessoal
era a falta de conhecimento de quem ele mesmo
era, quem era o Moisés? O homem preparado nas
grandes universidades do Egito (At 7:22), agora,
não sabia quem era. Quando perguntamos a Deus
quem somos, Deus responde-nos: Não és tu quem
vives! Sou eu quem vive em ti. Em mim irás, e Eu
sei quem Eu sou.
Êxodo 3:11: “E Moisés lhe respondeu: Mas
quem sou eu para ir a Faraó e livrar os filhos
de Israel do Egito?”
Toda a grande missão de um homem que Deus
chama para liderar uma Nação resume-se em tirar
o povo da condição de escravo e transformá-lo em
senhor das fontes de sua angústia, a fim de que o
livre, e o aproxime de Deus para que aprenda a
adorá-lo como seu Deus através dos líderes de sua
fé. A grande missão política de um homem é tirar
o povo da vida sem saneamento do Egito, da vida
sem assistência básica do Egito, sem sociabilidade,
sem educação, sem nenhum padrão de vida, que
infla a escravidão, e trazê-lo à vida social, a fim de
99
aprender desde a higiene que gera saúde até a descoberta de seu potencial
como cidadão de sua nação, para que em liberdade seja apresentado à pre-
sença de Deus, no seu monte, por seus sacerdotes; e ali Deus o orientará
sobre tudo com as suas leis civis, sociais, culturais, profissionais e educa-
cionais, onde todos, líderes, sacerdotes e o povo estão subordinados. Nisto
se resume a vida do homem que Deus escolhe.
Êxodo 3:12: E replicou-lhe o Senhor Jeová: “É que eu estarei conti-
go, e este será o sinal de que eu te enviei: Quando tiveres tirado o
povo do Egito, rendereis culto a Deus neste monte e então verão”.
Ser representante eficiente e eficaz diante de Faraó, e ser representante
de Deus diante do próprio povo não é tarefa fácil. Não é manejar uma reli-
gião, mas manejar a Lei para o povo. Moisés sabia que o povo, embora es-
cravo, era exigente. Por isso Moisés requeria uma garantia; então, nenhu-
ma garantia seria melhor do que o Nome de Deus. O homem que Deus
escolhe para governar uma nação como legislador deve conhecer o Nome
de seu Deus, pois o povo conhece a senha, e a senha estava no Nome. O
Nome continha uma senha que revelava o nome em três dimensões, em
três tempos, em um só; então, Deus lhe revelou a senha. O homem que
Deus escolhe para liderar uma nação conhece a senha do Nome.
Êxodo 3:13: “E disse-lhe Moisés: Está bem. Irei aos filhos de Israel
e lhes direi: O Deus de vossos pais me enviou a vós, mas se me per-
guntarem qual é seu Nome, que lhes direi?”
Quando Jesus ressuscitou dentre os mortos, recebeu o poder de usar
este Nome (Ap 1:8). Este Nome enviara Moisés a seu povo e a Faraó. O
homem que Deus escolhe para liderar uma nação não vai à luta sem nada
a temer. Ele tem a senha do Nome, e o Nome tem poder. Aquele que o
envia lhe dá o Nome como chave. Nenhum homem que Deus escolhe
para liderar uma nação pode entrar na luta contra Faraó sem a senha do
seu Nome, a mesma senha que Jesus usou quando se levantou dentre os
mortos, a mesma senha que lançou demônios ao piso, a mesma que der-
rubou os soldados de Roma ao solo. Se o povo de Deus, embora escravo
no Egito, souber que o seu libertador conhece o código do Nome, crerá na
sua mensagem e aceitará o desafio.
Êxodo 3:14: E Deus lhe respondeu: “O EU SOU O QUE SOU”. E
disse mais: “Assim dirás aos filhos de Israel: O EU SOU O QUE
SOU (“QUE ERA E QUE SEREI”) me enviou a vós”.
10 10
Este Nome era fruto de grande conquista. Ele
havia conquistado Abraão, Isaque e Jacó. Tinha
sido Deus de cada um deles. E neste Nome havia
poder, e Jesus Cristo honrou este nome, e cada
homem que Deus escolhe passa a representar este
nome, antes de representar o seu povo.
Êxodo 3:15: “E acrescentou: Assim dirás
aos filhos de Israel: O Senhor Jeová, Deus
de vossos pais, Deus de Abraão, Deus de Isa-
que, e o Deus de Jacó, enviou-me a vós. Este
é o meu Nome para sempre e este é o meu
Memorial de geração em geração”.
Deus chama o homem de sua escolha e revela
o seu sofrimento, pois o sofrimento de seu povo
é o seu sofrimento (Is 63:9). Os anciãos do povo
de Deus devem ser reunidos para saber que Deus
tem visitado o seu povo; e Deus conhece o que
tem acontecido com o seu povo no Egito. Quando
Deus faz uma visita, ele resolve. Quando visitou
o Éden, resolveu; quando visitou babel, resolveu.
Agora, ele visita o seu povo, e vai resolver.
Êxodo 3:16: “Vai e reúne os anciãos de Is-
rael e dize-lhes: O Senhor Jeová, Deus de
vossos pais, Deus de Abraão, de Isaque e de
Jacó, apareceu-me dizendo: Eu vos tenho vi-
sitado e contemplei o que vos tem sido feito
no Egito...”
Ao ler Gênesis capítulo quinze, entendemos
que o tempo prometido por Deus a Abrão era de
quatrocentos anos. Mas quando Moisés já tinha
quarenta, ainda faltavam dez anos para completar-
-se os quatrocentos anos da promessa, e Moisés
estaria pronto em mais dez anos. Com os acon-
tecimentos negativos que envolveram Moisés e
o egípcio muitas coisas mudaram e Moisés fugiu
de Faraó. Depois que ele fugiu para Midiã, o povo
teve de esperar mais quarenta anos, perfazendo-se
quatrocentos e trinta anos.
11
11
Êxodo 3:17: “...e vos tenho prometido: Eu vos livrarei da opressão
do Egito e vos levarei à terra dos cananeus, dos heteus, dos amor-
reus, dos ferezeus, dos heveus e dos jebuseus; terra que emana
leite e mel”.
Deus promete que o povo ouvirá a sua voz nestas condições. Ele
identifica-se com o seu Nome, diz que lhes apareceu. Faraó teria diante de
si um Nome. Esta era a ordem de Deus: Revelar o seu Nome. A libertação
consistia em sair do Egito caminho de três dias: Os dias que nos separam
do Egito são os dias da paixão de Cristo, os quais revelam nossa morte para
mundo e a nossa ressurreição para Deus. O homem que Deus escolhe
para liderar uma nação tem dois objetivos: Dar uma melhor condição
de vida ao povo e providenciar circunstâncias de liberdade para que este
povo busque a Deus. O homem a quem Deus escolhe deseja ardente-
mente tirar o seu povo das condições de escravidão e conduzi-lo a uma
condição de cidadania digna, e criar circunstâncias baseadas na liberdade
ética que o conduza a Deus voluntariamente, depois do exemplo de seus
líderes.
Uma das nações consideradas de Primeiro Mundo, a Inglaterra se
tornou hoje em um deserto espiritual. Abandonou o seu Deus e as crian-
ças deixaram de nascer. O povo deixou de crescer. Hoje, os indianos, os
africanos, os árabes estão povoando aquela nação, roubando a sua cul-
tura, porque inventaram leis que eliminam Deus de sua nação. Rejeitou
os homens que Deus escolheu, e agora, está pagando um alto preço por
sua pródiga vida. A Inglaterra está se chafurdando com os benefícios
estendidos a povos que não são o seu povo; a população heterogênica
faz filas em busca de benefícios, e isso está pesando nos pressupostos da
nação. Mas Deus está fora de seus propósitos; o povo tem benefícios, mas
nenhum líder conduziu aquela nação de volta a Deus. Não adianta pro-
curar estabelecer benefícios em favor de um povo, se o povo não quiser
seguir os seus líderes, a fim de comparecer ao encontro com Deus para
comungar com o seu Criador. Todos os líderes cristãos deveriam observar
esta palavra; não basta ter um líder temente a Deus se os seus assessores
sociais, educacionais e espirituais não o temem também.
Êxodo 3:18: “E ouvirão a tua voz e irão, tu e os anciãos de Israel,
ao rei do Egito e lhe direis: O Senhor Jeová, Deus dos hebreus, nos
apareceu. Permita-nos que vamos caminho de três dias pelo deser-
to, para que ofereçamos sacrifícios ao Senhor Jeová, nosso Deus”.
O homem que Deus escolhe deve ter em men-
te a sua dupla missão: tirar o seu povo da escravi-
dão e conduzi-lo a Deus. Então sua missão na terra
terá sido satisfatória.

13
CAPÍTULO 2
CONFORMISMO E FATALISMO?
“E estas coisas lhes aconteceram como em
figuras para nosso exemplo, e foram escri-
tas para admoestar-nos, porque para nós são
chegados os fins dos séculos” (1 Co 10:11).
José passou por uma grande prova até chegar
ao governo. A fartura e a fome aconteceriam de
fato e aconteceriam em tempos longínquos, mas
Deus trabalha sob planejamento e, desse modo,
antecipadamente, providenciou pontualmente o
administrador dos celeiros do mundo escolhendo
um de seus filhos, com o fim de abençoar o seu
próprio povo e o mundo de então.
Quando Deus escolhe um homem para dirigir
uma nação ele não somente abençoa o seu povo,
mas toda a nação. Cabe a esta nação requerer
dele a continuidade dessas bênçãos ou não. O ho-
mem que Deus escolhe muitas vezes é chamado
não porque já está pronto, mas porque Deus tem
poder para prepará-lo; mas, a preparação do seu
futuro ambiente de governo acontece antecipa-
damente.
O que seria melhor para José? Estar na casa
de seu pai, desfrutando o favoritismo de seu pai,
enfrentando as cenas criminosas do ciúme de seus
irmãos ou na cova onde foi lançado por causa da
inveja de seus parentes? O que seria melhor? Estar
na cova, de onde sairia nos carros dos midianitas
vendido como escravo ao Egito ou ser morto por
ANR

alguma fera? O que seria melhor para José? Ser


levado naquela tarde ensolarada, banhado de lá-
grimas inconsoláveis, e ser jogado no meio dos
frascos de bálsamos de Gileade, sentindo o galopar
dos camelos, indo em direção ao palco de seu pro-
pósito ou voltar para casa são e salvo de onde, nun-
ca mais, seria protagonista do propósito de Deus?
19
19
O que seria melhor para José? Estar na casa de Potifar e ali demonstrar a sua
habilidade na administração fiel de seu futuro súdito e aprender a como
triunfar sobre a concupiscência, ou morrer na cova da prostituição? O que
seria melhor para José? Ser levado à prisão, que era o último estágio de sua
preparação, onde interpretar sonhos seria a sua grande arma na escalada
de seus ideais, ou permanecer na casa de Potifar vivendo dissolutamente?
O que seria melhor para José? Estar na prisão, servindo ao carcereiro ou
avançar um pouco mais e tornar-se o governador do Egito? Todas essas
escolhas acontecem sequencialmente. E cada estágio gera uma escolha;
e cada escolha é uma aproximação da realização dos projetos divinos em
sua vida. Assim somos levados, mas somente sob plena obediência é que
entenderemos o propósito de Deus.
Ao perseguir a obediência encontramos a bênção. O homem que Deus
escolhe sabe honrar, sabe decidir, sabe escolher. O homem que Deus es-
colhe vai até onde a sua visão alcança, e o seu sucesso é determinado pela
visão que o inspira e pelo preço que está disposto a pagar. José chegou, en-
fim, à prisão. Ali, era o teste final: Recebeu as chaves do cárcere. Mas ele já
havia aprendido que quem nos liberta é Deus e não a nossa própria força.
O tempo que Deus utilizou para introduzir José no Egito foi o sufi-
ciente para amadurecê-lo. Quando José chegou ao poder, todos haviam
amadurecido, inclusive o seu pai e os seus irmãos. Deus trabalha simulta-
neamente com todos: com os oprimidos e com os opressores, sendo que
os opressores sofrem mais. Os opressores não sabem cantar e nos pedem
canções.
Depois de toda a grande obra que José fez no Egito, não foi levantado
um sucessor. José tampouco se interessou em discipular alguém. Não
creio que este foi o caso de José, mas alguns líderes amam tanto o poder
que jamais se preocupam com os dias do porvir; falo dos atuais líderes: o
poder político gera neles um sentimento de eternidade, mas são perenes
como a flor. Esta foi a grande diferença entre José e Moisés. Mas, onde es-
tava o “Josué” de José, e onde estava o “Eliseu” de Josué? Tanto José como
Josué não deixaram sucessores. Josué optou pela velha atitude de muitos
líderes na História: deixar o povo escolher o que quisessem; José esperou
que seus filhos crescessem, mas eles não quiseram o governo (embora
hoje, querendo ou não, o pai adicto da política geralmente obriga um de
seus filhos a dar continuidade à dinastia de seus prazeres mundanos sus-
tentados pela politicagem, impondo sem dó mais frustração ao povo que
diz representar, mesmo que ele não tenha nenhuma vocação para tal); os
20 20
filhos de José tinham vocação para a guerra, para
a conquista dos povos. Em outros casos, até há
sucessores, mas há também outros que anelam
o mesmo poder que estes e os procuram, os iden-
tificam e os matam no berço de sua preparação,
usando de suas artimanhas, conspirações e o que
há de similar a isso.
1 Coríntios 10:6,11: (Primeira vez) Mas es-
tas coisas aconteceram para nosso exemplo,
figuradamente, a fim de que não cobicemos
as coisas más, como eles cobiçaram. (Se-
gunda vez) E estas coisas lhes aconteceram
como em figuras para nosso exemplo, e
foram escritas para admoestar-nos, porque
para nós são chegados os fins dos séculos.
(Rm 13:11; Fp 4:5; Nm 11:4,34; Sl 106:14.)
Alguns justificam dizendo que Deus dirigia o
propósito do povo segundo uma determinação
fatalista e exigia do povo o conformismo e que
não havia em José uma intenção de continuida-
de governamental no Egito. Havia sim intenção
política no coração do grande governante José,
seja na terra da promessa ou fora dela. Vemos esta
intenção em José quando se entristece com o seu
pai quando este cruza as mãos para abençoar o
seu filho menor em lugar de seu primogênito. José
apenas se preocupa com a temporariedade de sua
estadia no Egito quando estava no leito de morte,
ao lembrar-se das palavras de seu pai; foi quando
chamou os anciãos do seu povo e rogou que não
o deixassem no Egito, que levassem os seus ossos
ANR

com eles. Verdadeiramente havia um tempo limi-


te para o povo permanecer no Egito, assim como
há também para cada um de todos nós que vive-
mos neste mundo; mas não é por isso que vamos
nos conformar com este século nem estabelecer
um conformismo religioso miserável em nome
de uma falsa fé nas mãos dos opressores e seus
21
21
partidos. Repito: havia um tempo limite para o povo estar no Egito, mas
não havia uma palavra determinante de que o povo seria escravo. É claro
que a presciência de Deus por amor a Abraão o avisou, mas não foi uma
determinação fatídica divina.
Ao cair no conformismo chegamos ao fatalismo, o qual proclama a
Deus como amante do sofrimento do seu povo, e isso não é verdade. Não
era propósito de Deus que o seu povo fosse escravo, isto aconteceu por er-
ros estratégicos de liderança ou pela falta dela, por causa do conformismo
e da doutrina do fatalismo que impera nos crentes de todos os tempos. Por
isso, a maioria deste povo sente inveja dos fieis que prosperam justa e cor-
retamente como Abraão, Jó, Davi, Barsilai, Obede, Zebedeu, Nicodemos
e José de Arimateia em sua vida comum, entre outros.
Não permitir o mal foi uma preocupação de Jesus para o seu povo do
NT. Esta foi a sua preocupação quanto ao seu povo de hoje. Por esta razão,
ele rogou ao Pai que não o tirasse do mundo, mas que o livrasse do mal;
mesmo que eles não fossem do mundo, pediu ao Pai que não os tirasse do
mundo (Jo 17:10-16). Aqueles que creem nisso, amém. Aqueles que pre-
ferem o conformismo, que saibam administrar o seu fatalismo. Eu prefiro
influenciar segundo a fé de Cristo. Ele tem um propósito temporário neste
mundo para o seu povo: a evangelização e esta deve ser feita sob a paz. Ele
não deseja que soframos sempre sob o poder do mal, embora o sofrimento
seja um grande empurrador de todos nós. Mas, se porventura ele permitir
que soframos é porque temos falhado em alguma faceta, e uma dessas
facetas é deixar de orar por nossos governantes para que tenhamos paz. A
nossa oração nos ajuda a escolher bons governantes. Pois Deus pode usar
um líder segundo o seu amor e mediante a sua paz para o nosso bem, mas
pode levantar um tirano que nos puna por nosso conformismo e falta de
propósito que glorifique o seu nome, e um deles é a evangelização de nossa
nação. Não sou com isso defensor do hedonismo, mas creio que sempre
haverá um grupo que não se dobrará a Baal.
Lemos em Êxodo que, no decorrer de sua história, houve alguns acon-
tecimentos que trouxeram um orgulho equivocado ao povo.
Êxodo 1:6-7: “E morreu José e também todos os seus irmãos e toda
aquela geração. E todos os filhos de Israel foram fecundos e se mul-
tiplicaram, fortalecendo-se cada vez mais, e o país se encheu deles”.
22 22
Embora tenhamos uma grande tipologia aqui
(1 Co 10:6,11), este texto também realça uma
grande falha do povo de Deus, ainda que sabemos
que Deus não facilita as coisas para os campeões.
O povo pensou que se crescesse e se tornasse po-
deroso em meio a uma nação que, no passado, foi
salva da fome por causa de um de seus grandes pa-
triarcas, estaria infalivelmente seguro. Cometeu
o mesmo erro que estamos cometendo hoje: A
igreja brasileira se multiplica de forma assustado-
ra, torna-se poderosa, e causa medo. Mas, assim
como Israel no Egito, a igreja brasileira está conde-
nada a tornar-se escrava de Faraó, se não tiver um
José. Não basta crescer, não basta se multiplicar:
Sem um José no governo, haverá escravidão. Está
acontecendo na China, na Rússia e na Nicarágua.
O povo evangélico teme honrar os seus heróis e os
confunde com ídolos. É como se Israel cuspisse na
estátua de Davi e dissesse que ele nada representa!
Um povo sem herói é um povo sem história e por
isso não pode ser respeitado. O povo de Israel não
divulgou o nome de seu herói, nem evangelizou
o Egito nos dias da sua grande fome, e o Egito ficou
sem saber a importância de José na sua história.
Apesar de tudo, vemos o conformismo no
meio do povo; eu entendo que, pelo tempo de
aflição, o povo acaba se conformando e aceitando
o sofrimento em nome da sua fé e por fim culpa
indiretamente a Deus pelo sofrimento de uma na-
ção; assim vivem dezenas de nações subjugadas
sob o poder de um tirano, de uma família ou de um
ANR

partido.
Alguns sugerem que Deus já tinha decretado
para Abraão e para a sua descendência a escra-
vidão no Egito e que ela fazia parte do plano de
Deus. Minha resposta para esse conformismo é
esta: Deus não decretou nada, ele apenas avisou
a Abraão a respeito da aflição que o povo passaria
23
23
sem líder, depois de José. Ele apenas avisou que eles seriam (1) peregri-
nos, (2) oprimidos e (3) afligidos. A aflição sempre está presente quando
estamos longe da nossa terra. Justamente por isso que Deus lhe avisou.
Mas Deus não decretou essa escravidão, isto é, Deus não determinou
que eles fossem escravos, Deus avisou que falhariam no triunfalismo por
serem muitos e que ninguém os subjugaria; mas o inimigo viu aquele
crescimento como uma oportunidade de escravizá-lo; dessa forma, Deus
avisa Abraão com antecedência. Se fosse uma determinação, Deus teria
falhado, pois ele disse que seriam afligidos por 400 anos, mas de fato foram
430 (Gn 15:13; Êx 12:41-42). Há uma explicação para isso, pois Deus
jamais falha, especialmente quando decreta sobre algum tema. Houve,
sim, uma grande necessidade de um líder. A necessidade de um líder foi
tão grande que ele teve de ir buscar e chamar a Moisés em Midiã. É uma
pena que não entenderão esta parábola profética para o Brasil. Mas não
me importo, continuarei a profetizar.
O exclusivismo de Israel o escravizou, mesmo multiplicado, mesmo
forte, mesmo incontável como a areia do mar. Não devemos nos esquecer
de divulgar os nomes de nossos verdadeiros Josés nem deixar de levantar
os seus substitutos. O povo cresceu e se multiplicou crendo que os seus
números e que a sua força como povo eram suficientes para ser respeitado
ou para ser tomado em conta politicamente. Na verdade, pelo fato de não
ter um novo José para estar diante do novo rei, deu ao Egito a oportunidade
de transformá-lo em escravo.
Êxodo 1:8: “Entretanto, levantou-se no Egito um novo rei, que não
havia conhecido a José”.
Está claro que enquanto estamos na periferia do propósito não fazemos
frente ao reino das trevas; mas quando crescemos, e nos tornamos vistos
e temidos, necessitamos de um José. O medo do inimigo é a nossa liber-
dade em Cristo e as mudanças que podemos fazer com os nossos próprios
recursos, mas não adianta crescer no território do inimigo, sem ter um re-
presentante. Devemos entender que no Egito, em Babilônia ou na Pérsia,
necessitamos de um José, de um Moisés, de um Daniel, de um Neemias
ou uma Ester. Sem representantes não será vantajoso ao povo ser grande,
forte e numeroso. O poder da família de Deus, como o sal aspergido sobre
o Egito e sobre o mundo, ainda é fundamental. Israel tinha tribos, a Igreja
tem famílias. Por que o mundo teme o poder da família? Por que é contra
a família que todos os partidos de esquerda lutam? A maioria dos mili-
24 24
tantes de esquerda sente-se ofendida e frustrada
quando ouve falar da importância da família. Há
sempre um caso a lembrar que ressuscita traumas
não resolvidos na família deles e que muitos deles
odeiam. Mas, a família deles serve para ser laranja
de seus desvios financeiros quando estão no po-
der, isto é, de seus maus negócios.
Êxodo 1:9: E o novo rei disse a seu povo:
“Eis que o povo de Israel cresce cada vez
mais e tornou-se mais forte que nós”.
A BRDN descreve no seu comentário: “Dois
tipos de perseguição começaram. A perseguição
externa e a perseguição interna. Mas toda perse-
guição externa é benéfica, veremos por quê. O
medo do inimigo é a nossa liberdade. Mas a Histó-
ria já provou que a perseguição externa gera um
efeito contrário. Faraó reconhece a força do povo
de Jacó, mas também sabe que o povo de Deus,
geralmente, não tem heróis, nem representantes.
Por outro lado, a preocupação de Faraó é que o
povo de Jacó não seja liberto do Egito, pois é bom
como escravo em todas as áreas. Mas Faraó não
tem conhecimento de que é ele quem vai criar, na
sua própria casa, o libertador de Israel”. Quem lê
entenda a parábola.
Êxodo 1:10: Atuemos, pois, astutamente
com ele, a fim de impedir que siga multi-
plicando-se; não aconteça que haja guerra e
ele se alie com os nossos inimigos e peleje
contra nós e, depois de vencer-nos, consiga
retirar-se da terra”.
ANR

Mesmo sob perseguição, vejamos “como Deus


está transformando um povo agrícola, habituado a
tendas, em um povo construtor de cidades; como
Deus quer utilizar os nossos recursos para a sua
glória no amanhã; tudo valerá! Depois de algum
tempo, Faraó descobriu que a perseguição exter-
25
25
na não funcionou. E daí? Deus não vai cobrar todo o sofrimento imposto
sobre Israel? Sim, espere, será na saída do Egito. Faraó há de pagar nas
profundezas lamacentas do mar Vermelho, cada movimento dos escravos
israelitas sobre o barro, cada tijolo fabricado.
José criou os grandes armazéns, mas eles não se lembravam de José
por falta de memoriais. Um dos nossos perseguidores disse que não há
indícios de que José viveu no Egito, muito menos de que foi governador
ali. Ora, meu amigo, o estrago que Moisés e seu povo fizeram no Egito na
ocasião da primeira páscoa realizada em suas terras foi tão grande que eles
quiseram apagar da História a sua passagem por ali, da mesma forma que
o Anticristo o fará depois da saída da igreja-organismo deste mundo. Mas,
de qualquer forma, veja que falta nos fazem os nossos memoriais. Deus é
um Deus de memoriais, ele sabe por que os memoriais são importantes.
O povo de Israel havia se especializado na fabricação de tendas, porque
Deus tinham um propósito nisso futuramente.”
Êxodo 1:11: Então puseram sobre os hebreus arrecadadores de tri-
butos e maiorais de trabalhos forçados, obrigando-os a edificar cida-
des das tendas (“de armazenamento”) para o faraó, a saber, Pitom
(“a cidade de justiça”) e Ramessés.
Já há muitos anos militando grandes batalhas posso falar com auto-
ridade, mesmo sabendo que muitas são as justificativas, e até bíblicas,
continuarei lutando e procurando os Sete, os Enos, os Semitas, os Josués,
os Davis, os Natãs, os Salomões, os Eliseus, os Neemias, os Joões Batistas,
os Lucas, os Saulos, os Apolos, os Gaios, os Gamalieis, os Arimateias. Eles
existem, e estão no nosso meio e poderão fazer uma grande diferença
neste tempo do fim.

26 26
CAPÍTULO 3
QUEM TRIUNFARÁ SOBRE OS
ESPINHEIROS?

Em relação aos benefícios a memória do povo é


muito curta e quanto aos malefícios a memória do
povo é “indeletável”, e Deus sabe disso. Diante de
um líder justo, o povo concorre à justiça, e diante
de um líder injusto, impera a injustiça. Gideão
foi um líder razoável em um tempo difícil, quan-
do todos rejeitavam a oportunidade de governar.
Os compromissos eram tamanhos não somente
diante da dívida pública bem como perante as
nações de quem Israel era tributária. Governar
era uma palavra pejorativa, e não se encontrava
um homem corajoso que tomasse as rédeas de
uma nação contaminada, corrompida no meio de
seus desejos de concupiscências. Os conformis-
tas, entre eles os “teólogos e mestres”, dizem que
aquela era a vontade de Deus e os fatalistas dizem
que tudo já estava profetizado e que não haveria
esperança de mudanças.
Juízes 8:33: E ocorreu que logo que Gideão
morreu, os filhos de Israel se perderam no-
vamente em busca de Baal (“senhor”) e fize-
ram de Baal-Berite (“senhor da aliança”) o
seu deus.
A falta de um profeta e de um líder nacional era
notória. E os grandes reis vitoriosos sempre gover-
naram com um profeta ou com um conselheiro.
Davi governou com dois profetas, como Natã e
Gade, e ainda com dois conselheiros: Aitofel e
Husai. Salomão tinha vinte e quatro conselheiros.
O Conselho é a força de um líder. O Conselho é
um grande elemento profético no governo; e ele
não é votado, é formado por pessoas que não estão
ali por serem amigas do governante, mas porque
27
27
são amigas íntimas de Deus. Às vezes um é necessário, às vezes dois. Mas
não deve faltar um conselho profético entre o líder e o povo. O profeta
caminha adiante do governo, assim como Elias ia adiante dos carros de
Acabe. O profeta vê o que o líder comumente não vê, e feliz é o líder que
tem ao seu lado um profeta e um conselheiro, e quando eles faltam: o povo
se corrompe.
Juízes 8:34: “E os filhos de Israel não se lembravam do Senhor Jeo-
vá, seu Deus, o qual os havia livrado de todos os seus inimigos em
todas as partes.”
A falta de reconhecimento e a grande ingratidão do povo foram as
marcas do povo desde os dias de Moisés. E este espírito perdurou em toda
a história. Se contarmos a história que envolve os dias dos juízes de Israel,
veremos que o povo viveu mais como escravo e tributário das outras na-
ções do que na liberdade que sonhava. A sua ingratidão era tamanha que
Deus os entregava continuamente nas mãos de seus inimigos. Não era
fatalismo, era o resultado do seu relacionamento com o seu Deus.
Juízes 9:1: E foi Abimeleque, filho de Jerubaal, a Siquém, aos irmãos
de sua mãe, e falou com eles, e com toda a família da casa do pai de
sua mãe, dizendo:
Os homens falsos procuram conselheiros sensatos; os homens menti-
rosos fazem campanhas buscando apoio na verdade, mas governam com
a mentira. A cidadania de Abimeleque era o seu trunfo, e a sua filiação era
a sua força. Como filho de Gideão, ele se sentia o próprio digno de toda
honra. É claro que entre os setenta havia quem pudesse governar, mas ele
se apregoava melhor do que setenta filhos de seu pai. O povo ressentido
é caidinho por líderes insensatos e loucos. A omissão de determinados
homens de bem abre a porta para as gangs do poder.
Juízes 8:35: “tampouco mostraram apreciação para com a casa de
Jerubaal (“deixe Baal contender”), a saber, de Gideão (“talhador”),
conforme a bondade que ele havia mostrado para com Israel”.
Em todas as nações sempre se apresentam alternativas maléficas com
caras benéficas. Elas não têm vergonha de fazer propostas indecentes.
Juízes 9:2,4,5: “Rogo-vos que faleis aos ouvidos de todos os homens
de Siquém: O que é melhor para vós, que reine sobre vós setenta
homens, todos os filhos de Jerubaal, ou que reine sobre vós um só
homem? Lembrai-vos também de que eu sou vosso osso e vossa
carne. E deram-lhes setenta siclos de prata da casa de Baal-Berite
28 28
(“senhor da aliança”) com os quais Abimele-
que pegou homens ociosos e levianos, que o
seguiram. E foi à casa de seu pai em Ofra e
matou a seus irmãos, filhos de Jerubaal, que
eram setenta pessoas, sobre uma mesma
penha, salvo a Jotam (“Jeová é perfeito”), o
filho menor de Jerubaal, que se escondeu.”
As mães dos governadores sempre tiveram
grande influência sobre a vida de seus filhos. As
mães hoje são representadas pela mídia. Eles
criam seus filhos candidatos para regerem segun-
do o seu conselho matriarcal e corrupto. Hoje,
quem tem mídia faz o seu eleitorado. Estas mães
são a internet, a rádio, a TV, e todos os instrumen-
tos de comunicação, especialmente os que ma-
mam nas tetas do Governo. Quem goza do po-
der dessas mães está a meio caminho do poder,
embora saibamos que o povo de hoje está bem
informado também e com a mídia alternativa nas
mãos. E o objetivo deste opúsculo é servir de con-
selho profético para o povo de Deus nesta hora
crucial, onde os “Moisés” do povo de Deus, que
representam a varonilidade do nosso povo, estão
sendo lançados vivos no “rio Nilo” sem arca e sem
o auxílio de Miriãs.
Os ímpios procuram ímpios e falsos justos que
procuram facilidades como o Levita de Juízes 21;
ímpios se entendem com ímpios. Os homens de
Siquém e os homens de Bete-Milo procuravam
um líder semelhante a eles. De certa forma eles
são um exemplo, pois sabem que se não se uni-
rem não estabelecerão os seus propósitos. Um dos
grandes exemplos dos homens de Babel foi a sua
união. Deus mesmo testemunhou dizendo: “Não
há resistência se eles estiverem unidos”. Grupos
29
29
de interesses unidos geralmente saem fortalecidos nas suas batalhas. Mas
o povo evangélico ainda não entendeu esta estratégia tão simples, e conta
com tantos exemplos na história bíblica.
Juízes 9:3: “E os irmãos de sua mãe falaram sobre ele aos ouvidos
de todos os homens de Siquém todas estas palavras, e seus corações
se inclinaram em seguir a Abimeleque, porque disseram: É nosso
irmão”.
O jogo político de Abimeleque é uma inspiração para os anticristos da
atualidade. Os homens com interesses espúrios sujeitos à sua própria im-
piedade estão mais dispostos a investir nos seus porta-vozes políticos que
eles encontram nos bares e nos mais diversos centros de antros do que o
povo de Deus na sua disposição em investir em homens de valor nascidos
das suas ramagens, ou em suas “oliveiras”, ou em suas “videiras”. Os
homens ociosos e levianos têm seus interesses e estão à procura de repre-
sentantes, os quais eleitos tornam-se seus escravos no poder.
Juízes 9:6: E se reuniram todos os homens de Siquém e todos os
homens de Bete-Milo (“casa do forte”), e fizeram rei a Abimeleque,
junto ao carvalho do pilar que havia em Siquém.
Mas quando há uma predição e um fiscal equilibrado e temperado
no conhecimento e na sabedoria, os ímpios não governam em paz. Eles
conhecem, embora ímpios, que há poder nas palavras de um homem que
tem conhecimento dos planos de Deus para a Nação. No meio de grandes
manobras, o Todo-Poderoso não fica sem testemunhas. Deus levantou
Jotam para profetizar a mais atual de todas as profecias políticas da Bíblia:
• A PARÁBOLA ATUALIZADA DE JOTAM E O BRASIL DE HOJE
Juízes 9:7: E quando disseram a Jotam, este subiu ao cume do monte
Gerizim (“cortes”) e dali gritou e disse-lhes: “Escutai-me, homens de
Siquém, para que Deus os ouça”.
Esta é uma parábola que apregoa a insensibilidade do justo brasileiro
diante da perseverança do ímpio nacional. As árvores representavam
nesta simbologia os diversos setores das tribos de Israel, e atualmente os
diversos ramos dos filhos da Direita justa desse País. Esta parábola fala do
descaso daqueles que conhecem a verdade e têm a graça de Deus para go-
vernar, mas que se acovardam ou se silenciam diante dos grandes desafios
de sua missão.
• 1. O DESCASO DA OLIVEIRA:
30 30
Juízes 9:8: “Uma vez as árvores foram ungir
um rei para si, e disseram à oliveira: Vem e
reina sobre nós;”
A oliveira produz azeite, e o azeite é o símbolo
da riqueza, da honra, da estabilidade e da glória de
uma instituição, de um líder ou de uma causa. Ela
se orgulha de ser cheia de graça pois é carismática;
mas não quer labutar sobre as outras árvores. Ela
serve somente no seu púlpito, mas não serve à
mesa. Ela se esconde na sua missão de oliveira e se
justifica pelo seu trabalho clerical justo ou religio-
so. Ela não se preocupa com mais ninguém além
de honrar a Deus e os seus associados, dentro das
quatro paredes de seu templo ou no interior de
sua sociedade. Labutar no meio das árvores quer
dizer lutar em favor de outros tipos de necessida-
des, além de sua própria missão. Era melhor para a
oliveira manter-se omissa atrás de sua vida ungida
e covarde.
Quantos servos há que somente labutam entre
as suas quatro paredes; quantos mestres mercená-
rios, quantos profetas da prosperidade fácil, quan-
tos apóstolos de conveniência? Quantos homens
públicos que não se importam em ver as ruas das
suas cidades sujas, as gangues tomando conta dos
guetos, as crianças correndo entre as valas, os en-
fermos sendo atendidos em cadeiras de plástico,
os velhinhos sendo mal atendidos, os bandidos
recebendo salário e os trabalhadores sem labor e,
quando o têm, não os alcança! Vivem sob o silên-
cio da oliveira socialmente estabilizada e egoísta
nos melhores bairros da cidade! Quantos cretinos
conformados com a sua gordura, dizendo “não se
metam em política, Deus não está nisso”. Deus
estava usando Jotam para conclamar as oliveiras
gordas a labutar entre as outras árvores, em assun-
tos que não lhe dizem respeito, mas que interessa
a outros! Mas a oliveira disse não! Deus queria que
31
31
a oliveira dissesse sim! Mas é assim que se justificam as oliveiras de hoje:
“Homens da unção não se metem em política; a sua gordura não serve a
não ser para as nossas sociedades religiosas, porque diante da política a sua
unção se esvai.” Foi por isso que o sacerdote da história do Bom Samarita-
no passou de largo ao vir o homem assaltado e jogado quase morto. Ele era
uma oliveira que disse não! Ele passou o dia cuidando dos elementos do
templo, inclusive dos logues de azeite, das libações de vinho, mas pregava
que não era certo andar com azeite pelas ruas a fim de curar feridos, a fim
de atar os moribundos da vida na cidade. Para nossa surpresa, o Samari-
tano, sem ter tradição de estocador de azeite, levava na sua bolsa o óleo
da consolação para levantar um moribundo que tinha caído nas mãos de
um espinheiro bandido; mas ele não era sacerdote. Oramos para que as
Oliveiras digam Sim.
Juízes 9:9: mas a oliveira respondeu-lhes: “Devo acaso deixar a mi-
nha gordura sabendo que, por mim, são honrados Deus e o homem,
para ir a labutar sobre as árvores?”
• 2. A NEGAÇÃO DA FIGUEIRA:
Os homens da doçura e donos da fertilidade de suas sementes, isto é, os
evangelistas do Bem foram convidados. Eles conhecem a verdade, estu-
daram em grandes escolas, mas nada sabem de sociologia, pois se afastam
dos publicanos, detestam os desviados, os drogados, as prostitutas, os ho-
mossexuais, os meninos de rua, os refugiados, os indoutos, os sujos; os as-
suntos sociais não lhe dizem nada: hospitais sem leitos, ruas sem higiene,
centros de saúde sem a mínima condição de uso não lhes quer dizer nada,
pois “oram” pelos enfermos, pregam, constroem templos. Eles têm um
grupo especial: Os que creem no que dizem e no que ditam. Mas não têm
nenhum interesse nas necessidades do povo. Os espíritas fazem mais que
estas videiras denominacionais quanto à assistência social. Eles dão pão,
roupa e habitação. Não toca o coração dessas videiras as necessidades dos
outros, desde que o adubo delas esteja garantido. As figueiras não querem
reinar, pois estão ocupadas na “obra”. Elas representam os propagadores
na sua doce oratória, na multiplicidade de suas campanhas. Eles andam
uma milha: dão alimento espiritual; a segunda milha social, as “videiras”
não se interessam, nem na fome real dos seus ouvintes; mas eles no fundo
conhecem que Jesus saciava ambas as fomes. As figueiras se conformam
em pregar Boas Novas aos homens de barriga vazia e corações cheios de
fé, onde o amor que vendem não tem nenhuma obra, e acabam matando
32 32
a única coisa que os seus ouvintes inocentes ainda
têm: a sua fé. A figueira temia perder a sua doçura
com aqueles corações amargos, e se justificava.
Oramos para que as nossas Videiras digam Sim.
Juízes 9:10-11: E as árvores disseram-lhe à
figueira: “Vem e reina sobre nós”; mas a fi-
gueira respondeu-lhes: “Devo acaso deixar
a minha doçura e meus bons frutos para ir
labutar sobre as árvores?” Então as árvores
disseram à videira: “Reina tu sobre nós”.
• 3. AS DESCULPAS DA VIDEIRA:
Agora, o profeta recusa o governo. Mas como
um profeta governa? Ele não governa no palácio
do Governo, ele se mantém ao lado aconselhan-
do, fiscalizando e mantendo a justiça. Na História,
o clero bebeu do vinho da meretriz e confundiu a
sua posição e permeou de vergonha o seu governo
até chegarmos a um Estado Laico. Que exemplo
temos desse estilo de governo? O de Samuel, o
de Gade, o de Natã. Deus soube levantar um ho-
mem que sabia trabalhar com o vinho sem nunca
se corromper. Samuel foi o último dos juízes de
Israel. Ele deixou a sua exclusividade e a sua pri-
vacidade vocacional, isto é, o vinho que alegrava
a Deus e aos homens, para servir à sua Nação, aos
homens e ao templo; e aceitou cuidar das neces-
sidades civis de seu povo. Em uma dessas situa-
ções, ele acabou encontrando com Saul. Porém,
ainda hoje, são muitas as justificativas das videiras
para não assumir o governo sobre as outras árvo-
res. Quando Elias foi arrebatado ao Céu, Eliseu
clamou: “Abi, Abi rerrev Israel uparashaiv” que
significa “Meu Pai, meu Pai, carros de Israel e seus
cavaleiros”. Mas este era um provérbio antigo em
Israel que queria dizer: “Meu pai, meu pai e os
carros de Israel e seus cavaleiros”? Ou seja, quem
se assentará sobre eles? Quem os dominará? Pois
33
33
esta foi a pergunta que Eliseu estava fazendo naquele momento, pois Elias
governava sem ser rei. Ele era o condutor da nação. Essa era a verdadeira
posição da Figueira. Como podemos provar isso? Veja que quando Eliseu
está no leito de morte, o próprio rei Joás vem ao seu encontro. Ele era o rei,
mas ele também sabia e reconhecia que Eliseu era o governador espiritual
da Nação. Por esta razão que quando Eliseu morre, o rei faz o mesmo
clamor: “Abi, Abi rerrev Israel uparashaiv”. Joás, o rei, pergunta o mesmo
que Eliseu perguntou: “Quem vai assentar-se nas carruagens de Israel?”
Voltamos a lembrar do sacerdote e do levita que trabalhavam com o vinho
no templo, mas nas ruas andavam sem esses elementos. Lá fora estão os
assaltados, os violentados, os necessitados esperando do seu vinho; mas
somente os bons samaritanos andavam com vinho terapêutico nas ruas
procurando as feridas a serem curadas! Oramos para que as videiras, hoje,
digam sim!
Juízes 9:12,13: Então, as árvores disseram à videira: Reina tu sobre
nós; mas a videira replicou-lhes: “Devo acaso deixar o meu vinho
que alegra a Deus e ao homem, para ir a labutar sobre as árvores?”
• 4. O ESPINHEIRO ACEITA O CONVITE:
Assim, a última opção dos homens acaba sendo o espinheiro. O espi-
nheiro é o símbolo do governo da impiedade.
Todo governante ímpio, ateu, antissocial, sórdido, adota como força
de governo a corrupção para obter apoio político no lugar da Integridade
que evita o efeito desmoralizador da incompreensão pública, que evita a
ingratidão dos beneficiários de sua justiça e evita a traição dos seus aliados.
Todo governante perverso, imoral, evita o Domínio próprio que evita que
o sucesso se torne em desespero com o fim de ultrapassar os limites de ou-
tros e produzir o fracasso. Todo governante doutrinado pela doutrina tradi-
cional de esquerda estabelece (no lugar da Justiça que bloqueia a tentação
de inclinar-se para o útil e fácil, e que não lhe permite angariar louros com
o que lhe é unicamente benéfico e conveniente) o Sacrifício Nacional que
elimina do seu povo a privacidade, a propriedade e elimina de seu governo
a obrigatoriedade de dar a cada cidadão de seu povo o que lhe pertence.
Esse é o típico espinheiro. Todo governante espinheiro evita a Prudência
que freia tudo o que é intempestivo, que se opõe à ação precipitada sob
um vento que se avizinha a uma tempestade e que evita atos de covardia.
34 34
Satanás entrou na terra quando o homem en-
tregou o seu domínio nas mãos dele por causa de
sua desobediência; então, os espinhos e os abro-
lhos apareceram como símbolo da presença do
governo do mal sobre a terra. Então, aqueles que
se sentiam ungidos como as oliveiras, aqueles que
se sentiam frutíferos como as figueiras, e aqueles
que se sentiam alegres como as videiras não quise-
ram se comprometer e covardemente se omitiram
com medo de perder os seus dons, entregando
aos espinheiros a legislação e o governo de seus
cidadãos! Por isso os espinheiros não têm páreo.
Aqueles que podiam vencê-los facilmente decli-
naram de suas missões públicas. Os espinheiros
não sabem o que fazer quando assumem a posição
que pertence genuinamente às oliveiras, ou às
figueiras ou às videiras!
Assim, os espinheiros assumiram o poder So-
cial, o poder Político e o poder Econômico. No
social eles estabeleceram a perversão nas escolas;
no poder político eles legislaram em causa própria
e distribuíram os seus emissários em cada Institui-
ção, em cada Departamento, a fim de agilizar as
suas decisões nefastas e nacionais. No poder eco-
nômico, eles pilharam as Instituições financeiras e
distribuíram o tesouro nacional entre os seus par-
tidos internacionais, arquitetaram planos usando
laranjas estrangeiros a fim de fazer desaparecer os
rastos de seus roubos e rombos. Eles misturaram
o dinheiro do narcotráfico nas contas dos bancos
de desenvolvimento para depois enviá-lo sob a
desculpa de ajuda econômica às nações necessi-
tadas. Os espinheiros são agentes do mal. Eles não
têm sequer uma ideia para melhorar a sua comu-
nidade; eles odeiam as Instituições de Justiça. Os
espinheiros reinam quando as oliveiras, as videiras
e as figueiras não querem assumir o seu papel.
35
35
Juízes 9:14: Então disseram todas as árvores ao espinheiro: “Vem e
reina sobre nós”.
• O ESPINHEIRO ODEIA OS CEDROS!
O espinheiro detesta os cedros do Líbano. O espinheiro não tem pacto
com os elementos úteis à fé nacional! O espinheiro promete o que não
pode cumprir: “Refugiai-vos debaixo de minha sombra”. Quem disse que
espinheiro faz sombra? Espinheiro não faz sombra. Para os que se adaptam
à miséria, têm coração frustrado, são rejeitados na família, perderam a
família, vivem da miséria dos outros, perderam o amor próprio, não têm
nada a perder, não têm voz nem voto, o espinheiro é a melhor opção. A fal-
sa opção de liderança do espinheiro facilmente é aceita. Assim tem vivido o
povo de Deus na mediocridade, pois não passa da média. Mas eu creio que
Deus há de mudar esta mentalidade. Rogo a Deus para que verdadeiras
oliveiras, fieis figueiras e preciosas videiras se levantem para desmascarar
o poder dos espinheiros! Mas, por que ele odeia tanto o Cedro do Líbano?
Ele não nasce nas mesmas terras das três árvores da doçura, ele nasce no
Líbano. Ele precisa ser exportado, ele é exemplo, ele é estrangeiro, ele é
fino, ele é de alto gabarito. É a primeira coisa que o espinheiro faz no seu
governo; ele não aceita exemplos de eficiência e eficácia de gestão. Ele
chama isso de imperialismo. Temos muito que aprender com as nações.
Quem diria que o Paraguai teria algo a nos ensinar? Pois hoje tem muito
a nos ensinar. Assim, muitas nações já conseguiram vencer o governo de
seus espinheiros e estão sendo exemplos em educação, em transporte
público, em eficiência nas áreas da saúde e da segurança pública. Os cedros
do Líbano também são tipos dos conselheiros proféticos que preveem as
tormentas mundiais, nacionais e locais. Eles estão ali, em comunicação
com a Videira, a Oliveira e a Figueira. O espinheiro sabe disso.
Juízes 9:15: E o espinheiro disse às árvores: “Se em verdade vais un-
gir-me como vosso rei, vinde refugiai-vos debaixo da minha sombra;
e se não, saia do espinheiro fogo que devore os cedros do Líbano.
Jotam era o que previa todas as tempestades morais nacionais. Ele
estava denunciando os males oriundos do governo do espinheiro, Abi-
meleque. Jotam era um Cedro do Líbano que Abimeleque queria matar.
Quando o espinheiro encontra oposição ele não tem lastro algum de pa-
ciência, nem conhecimento eclético para responder, nem exemplo para
36 36
calar os opositores. O resultado das suas reações
foi visto rapidamente: O seu pai Gideão pelejou
contra os inimigos, mas o espinheiro Abimeleque
guerreou contra os seus próprios irmãos.
Juízes 9:17-18: “Porquanto o meu pai pele-
jou por vós, e arriscou a sua vida, e os livrou
da mão de Midiã (“conflito”); [...] e haveis
feito a Abimeleque, o filho de sua criada, rei
sobre os homens de Siquém, porque é vosso
irmão”.
O governante espinheiro Abimeleque foi um
grande tipo do anticristo, pois governou apenas
três anos. Os governos da impiedade não chegam
muito longe. Deus trabalha na injustiça e estabe-
lece o seu Reino onde lhe dão lugar. Somente em
Cristo, a Videira Verdadeira, teremos o grande go-
verno mundial manifestado sobre os homens! Ele
vencerá o indomável espinheiro. Ele levou sobre
si a coroa de espinho, isto é, ele levou o símbolo do
governo de seu inimigo; o símbolo de seu inimigo,
o espinheiro, foi colocado sobre a sua cabeça, re-
presentando a sua vitória sobre ele. Agora, resta a
seu povo divulgar a sua vitória sobre o espinheiro!
(João 15). Que, a exemplo de Cristo, Deus possa
levantar videiras como Cristo, que não temam
enfrentar o poder dos espinheiros. Esta é a missão
daqueles que creem em Deus, o Criador, nesta
terra.
Juízes 9:22: E Abimeleque foi príncipe de Is-
rael durante três anos.

37
37
38 38
CAPÍTULO 4
UM GRANDE
INVESTIMENTO
EM JOSÉ
Quando Abraão chorava inconsolado naquela
tarde, em frente aos campos das imensas terras
de Canaã, onde era considerado peregrino, preo-
cupado com a fama de guerreiro invencível, pois
havia triunfado sobre reis famosos, não sendo ho-
mem de guerra desde a sua juventude, Deus es-
tava esperando a sua pergunta principal: “Quem
será o meu herdeiro?” Então Deus veio e no meio
daquele altar, onde depositou a oferta antecipada
pela sua vitória, e lhe fez promessa:
Gênesis 15:13-15: E disse a Abrão: “Saiba
com certeza que a tua semente será pere-
grina em terra alheia, e será martirizada na
escravidão, e será afligida por quatrocentos
anos. E também eu julgarei a nação à qual
hão de servir; e depois sairão livres com
grandes riquezas. Tu, porém, irás em paz a
teus pais; em boa velhice serás sepultado.
Quatrocentos anos era o tempo da promessa.
Nestes quatrocentos anos tudo poderia acontecer,
mas dependia da obediência de sua descendência.
Gênesis 15:16: E na quarta geração, porém,
voltarão para cá; porque a medida da iniqui-
dade dos amorreus não está completa”.
Nestes quatrocentos anos o cálice nacional que
media o juízo dos cananeus estava por se encher
com as suas maldades e blasfêmias (Levítico 18:1-
5). Cada nação tem o seu cálice diante de Deus.
Cada líder tem uma balança. As nações são livres
ou condenadas dependendo de como enchem ou
esvaziam o seu cálice diante de Deus. As nações
cananeias estavam a ponto de derramar o seu cáli-
39
39
ce. Da mesma forma Belsazar, no futuro seria condenado porque os seus
atos como líder foram pesados na balança de Deus (Daniel 5:26,27), e
ele foi achado em falta. Sua balança o condenou e o seu reino foi dado por
terminado. Assim, as nações cananeias e os seus reis estavam condenados
no julgamento de Deus, como muitos governantes hoje em dia. Deus lhes
dá tempo para que pelo arrependimento esvaziem os seus cálices, como
aconteceu com Nínive, depois que ouviu a mensagem do profeta Jonas
e se arrependeu, e a geração daquela nação deixou de ser ré para ser juíza
nos dias finais (Lucas 11:32). Deus pode mudar a sorte de um líder e de
uma nação, e esta é a minha fé pessoal e de meu povo! Por isso estamos
incumbidos de orar pelos nossos governantes, e ao mesmo tempo de
batalhar para ganhar almas para Cristo, pois cremos que Jesus Cristo é o
Senhor do Brasil.
A promessa havia sido feita. Jacó foi trabalhar na casa de seus parentes
e voltou de lá com a herança que Eliezer havia deixado nas mãos de Labão
desde os dias em que Rebeca foi levada para Isaque (Genesis 24). Labão
nunca imaginou que Deus viria prestar contas dos seus talentos! Todo
aquele ouro que Labão havia pedido no passado das mãos de Eliezer, ago-
ra, estava de volta nas mãos de Jacó. Algumas vezes pensamos que somos
os donos do ouro, mas na verdade somos apenas os banqueiros. Deus
sempre tem um Jacó para cobrá-lo. Mas tudo estava acontecendo sob a
promessa. Deus estava no controle de tudo.
Jacó voltou e passou com as suas quatro companhias pelo vau de Jabo-
que. Mas ele ficou só. Ali Deus veio tratar pessoalmente com ele. Os vinte
e um anos na casa de Labão o transformaram em um homem poderoso,
mas o seu caráter ainda era o mesmo. O caráter não se transforma com
riquezas nem com pobrezas, mas transforma-se cara a cara com Deus
em Peniel. Todo líder de um povo necessita subir a Peniel e marcar uma
audiência com Deus.
Ali, naquela noite fria, onde o medo era o seu grande desafio, de re-
pente, o Anjo do Senhor desceu em trajes de luta. Os dois se agarram e
começam a lutar. A noite inteira houve luta. O anjo tinha força, mas Jacó
perseverança. A força marca, mas a perseverança agarra e não solta, e o
anjo não esperava por isso. Quem tem perseverança não solta, não larga,
não desiste! E isso maravilhou o anjo. A alva estava chegando. Os anjos
tinham que voltar e apresentar-se diante de Deus; deveriam voltar. Com o
sol marcando no horizonte o novo dia, um novo homem estava nascendo
em Peniel. Então o Anjo perguntou a Jacó: “Qual é o teu nome?” Será que
40 40
o Anjo não sabia o seu nome? É claro que sim. Mas
o Anjo esperava que ele dissesse: “Meu nome é
Esaú”. Mas ele não o disse. Ele se revelou: “Meu
nome é Jacó”. Então o Anjo pensou: “Ele está
bem. Podemos investir nele.” Sem transformação
não há investimento divino. E os investimentos
celestiais são duradouros. Ali Jacó era o tipo de sua
nação. Ali representava toda a sua descendência.
E Jacó passou no teste. Deus poderia continuar o
seu processo.
Em direção a Siquém, Jacó marca a sua con-
versão a Deus e, pela primeira vez, proclama que
Deus é o Deus de Israel (Gênesis 33:20). Mas
Deus o lembra que deverá voltar à Betel. Ele não
queria voltar, mas com os acontecimentos que en-
volveram Simeão e Levi, com respeito à sua filha
e o filho do rei de Siquém, ele tem que voltar para
Betel. Ele havia marcado um encontro com Deus
em Betel quando voltasse das terras de Labão.
Deus não esquece as nossas promessas. Deus usa
as circunstâncias adversas para cumprir propósi-
tos. Se dissemos que voltaremos a Betel, o lugar da
coluna e do pacto, não há como adiar nem como
esquecer.
Quando Jacó chegou em Betel Deus já estava
lá e renovou as suas promessas (Gn 35:9-12). En-
quanto isso, seu irmão Esaú cresce e se multiplica
na terra. No próximo capítulo daquela linda histó-
ria José aparece como o favorito de seu pai e seus
irmãos têm inveja dele por quatro motivos: (1) O
invejavam por causa do amor de seu pai por ele.
(2) O invejavam por causa de seus sonhos. (3) O
invejavam por causa de suas palavras de fé. (4) O
invejavam por causa das interpretações que eles
mesmos davam a seus sonhos.
Gênesis 37:4-5: E vendo seus irmãos que
seu pai o amava mais do que a todos eles,
odiavam-no, e não lhe podiam falar pacifi-
41
41
camente. José teve um sonho e o contou a seus irmãos; os quais o
odiaram ainda mais.
Gênesis 37:8-11: Responderam-lhe os seus irmãos indignados: “Tu
em verdade hás de reinar sobre nós? Tu em verdade terás domínio
sobre nós?” Por isso ainda mais o odiavam, tanto por causa dos seus
sonhos como por causa das suas palavras. Teve José ainda outro so-
nho, o qual contou a seus irmãos, dizendo: “Tive ainda outro sonho;
e eis que o sol, e a lua, e onze estrelas se inclinavam perante mim”.
E o contou a seu pai e a seus irmãos, mas o seu pai o repreendeu:
“Que sonho é esse que tiveste? Porventura, eu, tua mãe e teus ir-
mãos viremos e nos inclinaremos com o rosto em terra diante de
ti?” Assim seus irmãos o invejavam; mas o seu pai guardava o assun-
to no seu coração.
Quando Deus está no controle da situação e houve promessas, todas as
coisas protagonizarão os grandes eventos de seu propósito original. Mas
aqueles que fazem parte de seu propósito são premiados, muito bem satis-
feitos. Bem aventurados são aqueles que se tornam parte de seu propósito!
José não tinha idéia o que era melhor para ele, mas Deus sabia. Deus o avi-
sou; não o deixou sem saber quê! Deus ainda fez-lhe ouvir a interpretação
pela boca de seus próprios irmãos: “Reinarás sobre nós?” Deus não viola a
nossa vontade, ele pede emprestada a nossa vocação e paga com talentos
que se transformam em honra e riquezas.
Desde a casa de seu pai, a cova foi apenas uma parada. Os transporta-
dores midianitas (não podia ser diferente) viriam e o levariam. Na casa de
Potifar, recobrou a dignidade por um tempo, para não ir direto à prisão.
Deus sabe como nos fortalecer. Tendo deixado duas capas: A capa do
favoritismo e a capa da concupiscência, ele foi parar na prisão. Agora
somente faltava uma: A capa do passado, e dali em diante estava pronto
para os mantos governamentais. As paradas de nossa vida nos limpam ou
nos sujam. Depende de como agimos. José foi cada vez mais purificado.
Vivendo naquela masmorra, muito mais abaixo do que qualquer um, ele
foi eleito chefe. Não importava o nível onde ele vivia, se era chefe para o
chefe. Onde ele chegava era o chefe. Isso era o sinal da presença de Deus
na vida dele. A confiança estava nos seus olhos. Todos confiavam nele,
mesmo diante da grande acusação que o levou à prisão.
Agora, os dias do grande relógio dos quatrocentos anos estavam che-
gando... Os anjos começaram a trabalhar, enquanto José estava vivendo os
seus dias naquela masmorra. Ali ele lembrou-se da cova onde seus irmãos
42 42
o prenderam. Deus prepara tudo. Nada ele faz
sem nos avisar. Ele faz assim para mostrar-nos que
está no controle e nós devemos apenas sossegar e
confiar.
Em uma manhã fria chegam dois novos ami-
gos. Homens de confiança. Com a masmorra era
destinada apenas para os prisioneiros de confian-
ça, José agora está acompanhado. E o que você
crer que aconteceu? Eles tiveram um sonho. Não
podia ser diferente. José era especialista nisso. Mas
em sonhar, não em interpretar. Mas ali, ele com o
poder do Espírito de Deus interpretou os sonhos
de ambos. Os sonhos se cumpriram. E ambos sa-
íram dali. Um foi morto e outro voltou a seu pos-
to. Ao sairem, José quis dá uma ajudinha a Deus,
dizendo a um deles: “Lembra-te de mim quando
chegares lá...” Ele não se lembrou dele. O tempo
de Deus não é o nosso tempo. Meses e meses se
passaram e José continuava ali. Enquanto isso,
Deus estava trabalhando em outras partes para
manter em conjunto o propósito.
José tornou-se o governador, e o novo grande
episódio era uma grande fome sobre o mundo de
então. Fato que propiciou a vinda de seus pais e
de seus irmãos para o Egito. Nesse tempo, seus
irmãos e seus pais viviam emoções diferentes. Seu
pai motivado pela falta de seu filho foi definhando
e morrendo aos poucos. Toda a sua riqueza foi
perdendo o seu valor, e ele todas as noites dormia
com aquela túnica que foi manchada de sangue de
algum animal. Ele creu na mentira durante anos.
E assim vivem milhares de pessoas: Se apegam
a uma mentira como se fosse verdade e passam
a morrer e perdem a graça da vida e deixam de
ser bênção para os demais. Seus irmãos viviam
o grande remorso que vivem todos aqueles que
levantam uma mentira. A palavra “Egito” era-lhes
um pesadelo. E quando a fome os alcançou, e era
43
43
necessário ir ao Egito, eles se entreolharam e pensaram a mesma coisa:
“Chegou a hora da verdade”. Eles tinham um mesmo pressentimento e
muitos pesadelos: um dia a verdade se revelará. Naqueles anos o remorso
e o medo, as atitudes de seu pai, as palavras da mesa, e a consciência foram
moldando cada um, até chegarem o ponto que Deus queria. Até que as
carruagens de José chegaram e estacionaram na frente de sua tenda, em
cujas portas estava escrito o nome de José: “José está vivo e é o governador
do Egito”.
Que coisa! Posso imaginar Jacó lançando fora aquela capa da mesma
forma como José lançou a sua velha roupa de prisioneiro!
Chegando ao Egito, toda aquela gente estava feliz. José se manifestou
a seu pai como havia feito com os seus irmãos, depois de testá-los um por
um. Todos passaram no teste do caráter. Haviam sido transformados,
como ele. Mas ele lhes avisou: “Mesmo sendo governador do Egito, eu
sou José”; continuava José. A glória não havia subido à sua cabeça.
Os cereais agora estavam sob o seu comando. E o relógio estava funcio-
nando. Os próximos anos estavam garantidos. José estava vivo. O povo
tinha um representante. Mas até quando duraria aquele respeito, aquela
honraria? Valia a pena crescer? Valia a pena se multiplicar?
Muito embora a glória do Egito parecesse infinda, Jacó os avisou:
“Quando eu morrer levem-me para as terras da sepultura de meus pais”.
Mesmo com a glória do Egito, devemos sempre ter em mente que nossas
terras continuam sendo as terras de nosso Deus. Devemos garantir a nos-
sa estada lá eternamente, mesmo que no Egito tenhamos poder, bens ou
fama. O nosso Jacó é Cristo, e ele já foi primeiro para nos atrair a ele. E disso
devemos estar certos.
José morreu, e toda aquela geração. E o novo Faraó não conhecia José.
O que houve? Algo de errado aconteceu...

44 44
CAPÍTULO 5
O NOVO JOSÉ NÃO VEM DA
PRISÃO. SERÁ CRIADO NO
PALÁCIO DE FARAÓ

Agora chegaram os tempos de angústia. José e


toda a sua geração estão mortos, mas a descendên-
cia de Jacó ainda está viva e no território do Egito.
Esta descendência havia se multiplicado, havia
crescido e era poderosa na terra, mas não tinha
representante diante da corte real do Egito.
Êxodo 1:6.7: E morreu José e também to-
dos os seus irmãos e toda aquela geração.
E todos os filhos de Israel foram fecundos
e se multiplicaram, fortalecendo-se cada vez
mais, e o país se encheu deles.
O sentimento que temos é que tudo foi em vão;
que Deus esqueceu-se de seu povo. Tudo cami-
nhava bem, dava sinais de grandes bênçãos, mas,
de repente, o povo sentiu-se desanimado, e todos
aqueles momentos de glórias tornaram-se em
apenas lembranças. Eu lembro-me das grandes
vitórias que a bancada evangélica experimentou
no Congresso, dos grandes cultos que juntos tes-
temunhamos quando ali tivemos o privilégio de
visitar, antes da grande crise que assolou a muitos
de nossos representantes. Lembro-me do respei-
to que havia em torno da nossa bancada, como
éramos fortes! Foi duro o revés, duras foram as
circunstâncias. Hoje nos sentimos iguais aos filhos
de Israel, depois da morte de José, após a sua gran-
de vitória como governador. Mas agora, o povo
estava espalhado, com medo e sem esperanças, e
vivia uma longa escravidão. Se alguém chegasse
45
45
diante dele e lhe profetizasse que algo grande aconteceria para o seu bem,
não poderia crer. Mas como Deus faria uma obra tão grande assim para
bem de seu povo?
O Faraó que não respeitava o povo, porque não conhecia José, agora, é
um grande inimigo do povo.
Êxodo 1:9: E o novo rei disse a seu povo: “Eis que o povo de Israel
cresce cada vez mais e tornou-se mais forte que nós.
Faraó levantou dois tipos de perseguições e o fim de cada uma era des-
truir os filhos do povo de Deus. Mas ele não sabia que toda perseguição
externa e qualquer perseguição interna são benéficas, e há muitas razões
para isso. A perseguição externa gerou um efeito inesperado. Faraó é o
tipo do inimigo do povo de Deus e este reconhece a força do povo de Deus,
mas também sabe que o povo de Deus, geralmente, não tem heróis, nem
representantes. Por outro lado, a preocupação de Faraó é que o povo de
Deus não seja liberto do Egito, pois é bom como escravo em todas as áreas.
O único fato que me deixa perplexo com Deus é que ele jamais perdeu
o controle de tudo, pois Faraó não imaginava que Deus iria salvar um
menino do meio daqueles tantos que foram lançados no rio Nilo e criá-lo
dentro de seu palácio como seu neto, sem imaginar que o próximo José, o
tirado das águas, o Moisés, seria criado no seu palácio. Isso me deixa estar-
recido, pois Deus é capaz de qualquer coisa para cumprir a sua palavra. Ele
não tinha mais tempo para conduzir outro José pelos mesmos caminhos
de José, usando a cova, a casa de Potifar, a prisão, as interpretações. Ele
tinha pressa, então por que não colocar o menino dentro do palácio de
uma vez? Esta é a obra de nosso Deus. Faraó há de criar o próximo “José”.
Êxodo 1:10: Atuemos, pois, astutamente com ele, a fim de impedir
que siga multiplicando-se; não aconteça que haja guerra e ele se alie
com os nossos inimigos e peleje contra nós e, depois de vencer-nos,
consiga retirar-se da terra”.
Ao mesmo tempo em que Deus trata com Moisés em Midiã, está tra-
tando como o povo no Egito. Como eles deveriam passar quarenta anos
no deserto, necessitavam se especializar em construir e montar tendas.
Então Faraó os obrigou a construir tendas. Deixaram de ser pastores de
ovelhas para serem fabricantes de tijolos, construtores de tendas especiais.
O tabernáculo seria uma necessidade premente. E Deus sabia disso. Deus
sabe utilizar os nossos recursos de hoje para usá-los para louvor da sua
glória, amanhã.
46 46
Quando aceitamos os desafios de Deus, ele
vai conosco. Ele assume as nossas necessidades e
triunfamos com ele.
O libertador de seu povo, o novo José nasceu
no ano trezentos e cinquenta dos quatrocentos
anos prometidos por Deus! E no ano trezentos
e noventa estava com quarenta anos. Faltavam
apenas dez anos para Deus trabalhar na sua vida
com respeito a sua comunhão. E Deus saberia
como fazê-lo. Ao ser apresentado a seu povo,
como quem o guardava, foi recusado. E as formas
como ele utilizou para isso eram semelhantes ao
modelo egípcio. Ao ser rejeitado pelo seu povo,
Deus aproveita a ocasião para levá-lo a Midiã e
prepará-lo completamente. Assim, ao fugir, para
Midiã, na casa de seu futuro sogro, ele aprenderia
(1) como cuidar de ovelhas no deserto; (2) como
sacrificar animais a seu Deus; (3) como regressar
a sua postura de servo, de hebreu, de homem de
Deus; (4) como estabelecer leis justas. Todos estes
ensinamentos as grandes universidades do Egito
jamais o ensinariam (Atos 7:22). Grande parte
do entendimento geral de Moisés foi ministrado
por Jetro durante quarenta anos de sua vida ali em
Midiã. Deus usa todos os nossos recursos quanto
tem um grande propósito para nós. Homens des-
preparados envergonham o seu povo. Homens
preparados honram o nome de seu povo e de seu
Deus.
Êxodo 2:11-13: Aconteceu que, sendo já
grande, Moisés saía para ver os seus irmãos,
e assim podia ver a opressão com a qual
padeciam. E um dia viu como um egípcio
maltratava a um hebreu, um de seus irmãos.
Olhou para todos os lados e, ao verificar que
não havia ninguém perto, matou o egípcio e
47
47
o ocultou na areia. E saiu também no dia seguinte, e viu como bri-
gavam dois hebreus entre si, e disse ao agressor: “Por que maltratas
a teu próximo?”
Ao invés de dar-lhe boas-vindas, o povo lhe denunciou. Ambos estavam
no erro. Moisés, por sua precipitação e o povo por rejeitar o seu juiz e liber-
tador. Mas Deus estava no controle de tudo. Na rejeição de Moisés, Deus
aproveita para prepará-lo. Ninguém pode culpar a Deus por atraso, mas
sim ao povo por recusar o seu libertador que estava ali dez anos antes dos
quatrocentos anos se completarem. O único problema era que o tempo da
possessão de Canaã tinha um prazo de setenta anos. Este era o prazo. Não
podemos brincar com os prazos de Deus. A geração que nasceu para ser
completamente vencida estava atuante na terra de Canaã, e Israel estava
atrasado por trinta anos; e somando-se mais quarenta anos no deserto:
totalizava-se setenta anos. Moisés tinha idéia disso (Salmo 90:10-12).
Este pensamento profético quero passar à nossa igreja: Não podemos
esperar mais. Este é o tempo de entrarmos e assumirmos a nossa posição
como povo de Deus. Não haverá outra oportunidade. Este é o tempo, e
necessitamos aprender a eleger os nossos representantes. Outros candi-
datos têm as suas motivações e os seus compromissos. Necessitamos crer
naqueles homens que Deus tem levantado no nosso meio. As “Oliveiras”,
as “Figueiras” e as “Videiras” precisam dar resposta certa aos espinheiros.
Pois foi do meio do espinheiro que Deus falou com Moisés: “Moisés,
Moisés”.
Ele foi criado por Faraó para ser um príncipe, mas Deus permitiu que ele
fosse criado no palácio para ser guardado e aprendesse toda ciência, pois
a linguagem das leis, dos estatutos e dos preceitos de Deus era científica,
civil, legal, profissional. Moisés não era dono de si mesmo, mas era um
servo de Deus, o qual nasceu para um propósito eterno.
Nem todos entendem esta palavra, mas somente aqueles a quem ela
é dada. Jesus mesmo disse: “Esta palavra não é para todos”; mas àqueles
a quem lhes é dada esta palavra, causará um grande efeito. Não somente
para os chamados, mas para aqueles que sabem apoiar os chamados de
Deus. Deus está levantando um grupo de homens de todas as igrejas para
apoiarem e fortalecerem a representatividade de seu povo neste tempo
do fim.
Ele sabe como tirar os Josés da sua parentela, mas ele também sabe
colocar um grande líder em forma de bebê nos palácios de Faraó.
48 48
Onde quer que você esteja, Deus está lhe cha-
mando para realizar uma grande obra, ou para ir à
batalha ou para guardar a bagagem de seus guer-
reiros. Quanto ao botim da vitória, será repartido
tanto pelos que foram como pelos que ficaram
guardando a bagagem.
Êxodo 2:10: Assim, o menino foi crescendo,
até que um dia, o levou à filha de Faraó e
este foi para ela como um filho. E deu-lhe o
nome de Moisés (“tirado das águas”), por-
que disse: “Das águas o livrei”.

49
49
CAPÍTULO 6
O GOVERNO LEGÍTIMO DE
CRISTO SOBRE O MUNDO
Muitos governantes serão envergonhados
diante de Cristo, pois tiveram a chance de fazer a
diferença na História e acabaram se corrompendo
com os espinheiros, enquanto poderiam plantar
Oliveiras, Figueiras e Videiras na sua nação, por
todos os lados. Ao finalizar este opúsculo estou
orando a Deus para que Deus levante Oliveiras
verdadeiras, Figueiras verdadeiras e Videiras ver-
dadeiras, cujo o agricultor é o Pai Celestial, e que
não temam aos espinheiros deste tempo.
Homens como José de Arimatéia continuavam
no seu serviço no sinédrio, mas reconheciam a
Jesus Cristo como Senhor; Jesus nunca pediu a
Arimateia que ele deixasse o seu lugar no Sinédrio
para segui-lo. Ele estava estrategicamente posi-
cionado; seu trabalho foi fundamental na ocasião
de sua morte! Ele tinha entrada e saída diante de
Pilatos, e por isso foi responsabilizado pelo sepul-
tamento de Cristo, depois de pedir que o seu corpo
fosse retirado da cruz. Quem dos discípulos de
Jesus que andavam lada a lado com Cristo tinha
essa autoridade? A cidade de Gadara não queria
a Cristo ali; na verdade ela o expulsou dali, e nem
tampouco Jesus pediu ao jovem liberto que o se-
guisse; embora este fosse o seu desejo. Ele ficou ali
estrategicamente sob as ordens de Cristo. Uma
semente de Cristo em algum lugar é uma projeção
profética para o seu futuro. Quando Jesus chamou
a Levi, não estava interessado na sua oratória, mas
na sua influência. Tinha tantos amigos! Jesus já ha-
via observado como eram as suas noites, como sua
casa se enchia de amigos e como ele influía sobre
51
51
os seus amigos! Ao chamá-lo, todos os seus amigos o seguiriam também.
Jesus era um grande líder e sabia como transformar o ambiente de sua
época e plantação de oliveiras, figueiras e videiras.
Gostaria de terminar este opúsculo transportando-me para os dias do
julgamento de Cristo, a fim de provar que o objetivo de Cristo era o seu
governo sobre o mundo. Quando lemos em Apocalipse que “os reinos do
mundo vieram a ser de Cristo”, entendemos melhor a pergunta de Pilatos:
“Tu és rei?”
A resposta dada por Jesus Cristo a Pilatos é digna de causar um impacto
no coração de Roma. Sob o poder de Pôncio Pilatos Jesus respondeu: “O
meu Reino, agora, não é daqui”. A importância deste “agora”, retirado
de muitas versões modernas é tão grande como o próprio Reino. Ele quis
dizer “agora o meu Reino não é daqui, mas o será em breve”. Satanás tinha
oferecido-lhe os seus reinos falidos, na ocasião da tentação no deserto.
Mas aqueles reinos não lhe interessavam. Ele já era Rei de um reino que
jamais passaria.
Quando Jesus voltar, eu quero ver os rostos dos grandes governantes
mundiais, cheios de justificativas como as oliveiras da parábola de Jotan,
justificando a sua atitude ao enterrar talentos, ao destruir propósitos e ao
fechar a porta do Reino de Deus àqueles que queriam entrar nele: gover-
nantes que espiritualizaram o Evangelho e não deram pão a seu povo; que
deixaram os Lázaros comendo migalhas; que deixaram o coxo à beira do
tanque de Betesda. Será duro para eles quando entenderem que os reinos
do mundo vieram a ser de Cristo; então, eles terão uma ideia de como é
que se governa; porque de fato nunca governaram, nem mesmo nas suas
próprias casas.
Jesus tem direito ao governo sobre os homens. No comentário da
BRDN, a Bíblia diz que “enquanto preparavam a coroa de espinhos,
provavelmente aqui, neste intervalo, segundo o relato que temos dos
evangelistas, Herodes começou o seu julgamento antes de entregá-lo a
Pilatos novamente. Este assunto que envolve a coroa de espinhos é muito
interessante. Deveria ser por iniciativa romana, pois Roma era o Império
da época. Reconhecer o trâmite da coroação era sua jurisprudência. Para
os soldados romanos era um jogo, uma brincadeira pesada, mas para
Deus era uma realidade. O impostor do governo humano estava entre-
gando o seu poder ao vencedor (1 Cr 10:5; Gn 3:15). O perdedor estava
entregando a sua coroa com as marcas de seu poderio quando entrou no
mundo, os espinhos! Quando Satanás entrou na terra, o sinal da presença
52 52
de seu governo foram os espinhos e os abrolhos.
Os espinhos eram o símbolo de sua autoridade
na terra. Era costume naqueles dias entre os reis
que se enfrentavam numa guerra, que o perdedor
pusesse publicamente a sua coroa na cabeça do rei
vencedor (1 Cr 20:2). Neste momento eles brin-
cavam, mas tudo o que estava acontecendo era
muito sério no mundo espiritual. O grande usur-
pador da humanidade estava perdendo a guerra
e a sua coroa.”
João 19:2: E os soldados, tecendo com espi-
nhos uma coroa e a puseram sobre a cabeça,
e lhe vestiram um manto de púrpura real.
Ao gritarem, depois de o coroarem, eles, sem
saber o que faziam, o reconheciam oficialmente
rei sob o poder do Império Romano, o último Im-
pério da Terra.
João 19:3: então, chegando-se a ele, diziam:
“Salve o rei dos judeus!” E lhe feriam com
bofetadas.
Quando Pilatos tratava com ele, sabia que tra-
tava com um homem e não com Deus. Jesus era
Deus, mas sua divindade estava depositada no
altar do Pai. Ele tinha se humilhado da sua divin-
dade (Filipenses 2:5-8). Por isso Pilatos disse: “Eis
aí o homem!” O comentarista do livro de João na
BRDN nos diz “um recado para o usurpador deste
mundo. Está aqui o homem! Poderia tê-lo apre-
sentado como o seu Deus, como o acusavam, mas
ele profeticamente anuncia: eis aqui o homem!
A natureza humana caída e rejeitada no Lugar
santíssimo ganha um aliado no qual será coroada
de glória e de honra. Todo o trabalho do inimigo
com o fim de roubar do homem a sua comunhão
com Deus, e a sua oportunidade de eleição eterna,
caiu por terra. Jesus assume a natureza humana e
53
53
a eleva à destra de Deus”, mas ele voltará para governar sobre a terra. Ele
não abre mão disso. Ele mesmo virá para exterminar o grande espinheiro,
o Anticristo, o presidente da terra.
João 19:5: “E Jesus saiu para fora trazendo a coroa de espinhos e o
manto de púrpura. Então Pilatos lhes disse: Eis o homem.”
Ainda explicando o poder real de Cristo na sua paixão o comentarista
da Bíblia Revelada Di Nelson diz: “Aquele que entrou em Jerusalém ain-
da conhecido como filho de José, agora está no alto da cruz sobre o lugar
chamado Caveira. Para alguns, está derrotado, para outros está no lugar
certo, no campo de batalha onde a Caveira representa o poder das trevas
(Sl 68:21). Quem o viu como rei ali? Nenhum dos seus discípulos. Somen-
te um ex-ladrão, também pendurado ali ao seu lado, em uma dessas visões
que o homem natural não entende, percebeu. Ele o viu e creu. O único
que realmente creu naquela placa que anunciava que Cristo era rei. Seus
discípulos o tinham visto dias antes na Transfiguração, onde seu rosto bri-
lhou como o sol; quando as suas vestes eram verdadeiramente sacerdotais;
quando estava no meio dos representantes dos profetas e da lei. Mesmo
assim, não se lembraram daquele precioso referencial. O ladrão, sem ter
participado daquela apoteose compreendeu logo. Era a sua chance. Não
podia mudar o seu passado, mas naquela hora percebeu que era a única
oportunidade para mudar o seu futuro.”
João 19:19: E também Pilatos escreveu um título, e o pôs no alto da
cruz; e no título estava escrito: “JESUS O NAZARENO, O REI DOS
JUDEUS.”
Grego era a língua universal daqueles dias. Latim a língua intelectual.
Hebraico era a língua local. O alcance do evangelho está profetizado nos
três idiomas. Não era algo exclusivista e nacional. Era o poder de Deus
para a salvação de todos aqueles que nele creem. Os gentios estavam na
lista do propósito de Deus; era também um anuncio de seu poder interna-
cional e da veracidade de seu futuro domínio. Ele vai governar o mundo
literalmente.
João 19:20: E muitos dos judeus leram este título; porque o lugar
onde Jesus estava crucificado era próximo da cidade; e estava escri-
to em hebraico, em grego e em latim.
54 54
Alguns mestres dos atuais líderes espirituais
não queriam que Jesus fosse reconhecido como
rei. Posso ouvir a mesma desculpa de sempre:
“Sacerdote está bem, profeta ficaria bem. Mas rei,
isto já é mais trabalhoso, a corrupção é grande e ele
não teria poder para vencê-la...”.
João 19:21: Então os príncipes dos sacer-
dotes dos judeus diziam a Pilatos: “Não es-
crevas: O rei dos judeus; mas sim o que ele
disse: Sou rei dos judeus.”
O comentarista nos diz que “a placa como foi
colocada era um reconhecimento oficial de Roma
na pessoa de Pilatos. Herodes, o grande, não ou-
saria colocar aquela placa na manjedoura, pois os
reis que vieram de longe já sabiam; por isso eles
perguntaram a Herodes onde estava o rei dos ju-
deus. Herodes não aceitaria que lhe dessem aque-
la placa. Pilatos pensou: “Está morto, deixem-no
que morra como rei”. Para Pilatos Roma não se
importaria com aquela placa de reconhecimento
se ele estava morto. Mas ele reinou alguns minu-
tos oficialmente na terra”, logo em seguida da sua
ressurreição; mas ele voltará para tomar o poder
que lhe foi dado no Céu e na Terra! “Sua morte
não retira a realeza de Cristo. Seu poder real será
reivindicado na terra. Esta placa é uma profecia.
Os sacerdotes queriam colocar as palavras na sua
boca para condená-lo. Mas Roma lhe deu a túni-
ca, a coroa e o título.” Mas, pensemos melhor: O
que era mais veraz? Se Pilatos escrevesse ou se ele
mesmo, o Verbo de Deus o dissesse?
João 19:22: Respondeu Pilatos: “O que es-
crevi, escrevi.”
Por isso ele voltará para tomar o que lhe perten-
ce, e muitos de nós estamos perdendo a oportuni-
dade de treinar este domínio em favor da salvação
de milhares de almas (Lucas 16:9).
55
55
CAPÍTULO 7
ELEJAMOS AS NOSSAS OLIVEI-
RAS, AS NOSSAS FIGUEIRAS E
AS NOSSAS VIDEIRAS
Amós foi o profeta de grande influência po-
lítica. Ele influenciou a sua geração contra as
atrocidades de Jeroboão. Mas há uma caracte-
rística em Amós que me chama a atenção: Ele era
plantador de figueiras bravas. Os plantadores de
figueiras têm visão. Embora ele não entendesse
por que plantava figueiras, não deixava de plan-
tá-las! Quem planta figueiras pode até não saber
que um dia Zaqueu o agradecerá, pois através
delas ele alcançaria o Cristo. Como exportador
de figueiras bravas, isto é, sicômoros, Amós sabia
investir em pessoas. Estamos orando para Deus
levante plantadores de figueiras, de oliveiras e
de videiras. Como plantamos figueiras, olivei-
ras e videiras? Dando educação adequada e aos
nossos filhos em casa, na escola, nas universi-
dades e nas associações que educam de alguma
forma. Hoje, o Brasil tem plantado, pelas mãos
de professores ateus disseminados nas escolas
de bem, espinheiros que são bem nutridos com
as ideologias ateístas, antissemitas e anticristãs.
As nossas figueiras, oliveiras e videiras crescem
raquíticas para não darem fruto. A qualidade
da escolaridade brasileira é vista claramente nas
redes sociais, incluindo os “universitários”; de
100 postagens, 5 são bem escritas, 95 revelam o
que fizeram com as nossas figueiras, oliveiras e
videiros nos últimos 28 anos.
Homens que plantam videiras são invejados,
e podem sofrer, mas não se vendem. Acabe quis
comprar a vinha de Nabote (1 Reis 1:1-16) mas
ele não quis vendê-la. A vinha de Nabote era uma
57
57
grande herança; era uma herança de seus pais. A vinha estava ao pé da
sua casa. Quando Deus levantar plantadores de vinhas, de figueiras e de
oliveiras, tais plantadores deverão ter a mesma fidelidade de Nabote.
Aqueles que plantam vinhas, vides e figueiras devem estar de olho na sua
plantação. Cremos que nestes últimos dias Deus levantará homens pro-
dutores de azeite de acordo com as oliveiras, produtores de alegria como
as videiras e produtores de novos discípulos de acordo com as figueiras.
Deus levantará homens que se comprometam com a sua cidade e
com a sua fé, como Neemias:
1) Homens que se preocupem com as portas das casas das famílias
(Neemias 1:3b; 3:1-32).
2) Homens que chorem, lamentem e atuem diante de seus gover-
nantes por causa da miséria de sua Cidade (Neemias 1:3).
3) Homens que se preocupem com as injustiças que os nobres esta-
belecem sobre os pobres (Neemias 5:9).
4) Homens que tenham autoridade para implantar organização e
eficiência na sua Cidade (Neemias 4:1-6)
5) Homens que queiram ver a sua Cidade afastada da escravidão da
violência, das drogas e dos mercadores de vidas (Neemias 13:16)
6) Homens que não se sintam ameaçados pelas promessas malignas
externas (Neemias 1:3)
7) Homens que tenham carta de seus governantes para atuar (Nee-
mias 1:3)
8) Homens que saibam usar as verbas governamentais nos seus mu-
nicípios (Neemias 4:7)
9) Homens que se oponham à opressão dos governantes que abu-
sam de seu poder (Neemias 5:15).
10) Homens que influenciem a todos, nobres e magistrados e o res-
to do povo para edificar a sua Cidade (Neemias 5:19).
11) Homens que se preocupem com a segurança de sua Cidade
(Neemias 4:22).
12) Homens que denunciem a injustiça (Neemias 13:29).
58 58
13) Homens que defendam a família como a
grande célula–mãe da sociedade e permitam
que o povo tenha alegria e prazer (Neemias
7:5; 8:10-12), compartilhando com o povo a
gloria de sua Cidade.
14) Homens que conheçam o valor das por-
tas e dos muros de sua Cidade (Neemias
13:20).
15) Homens que estejam interessados nos
interesses de seu povo (Neemias 13:16,19).
16) Homens que tenham abusado do poder
sobre as coisas públicas (Neemias 13:7)
17) Homens que se interessem no pagamen-
to em dia do assalariado (Neemias 13:10).
18) Homens que exaltem o nome de Deus
sobre a sua Cidade, diante dos seus magis-
trados (Neemias 12:13).
Assim, para que estes tipos de homens pos-
sam influenciar a sua cidade, o seu estado e a sua
nação, nós, com o poder de nosso voto, preci-
samos colocar estes homens no poder. Este é o
poder do cidadão cristão: Levantar as Oliveiras,
as Figueiras e as Videiras que não se amedron-
tam diante dos espinheiros! O cidadão cristão
já sabe que o seu poder inclui céu e terra. E assim
viveremos a realidade profetizada pelo grande
governante Salomão:
“Quando o ímpio governa, o povo padece,
mas quando justo governa, o povo se ale-
gra.”
Esta realidade foi tão visível nos dias de Ne-
emias que o povo saiu com as gorduras de seu
governo (Neemias 8:10-12). Ninguém melhor
do que o cidadão cristão para conhecer os que
podem ser eleitos nesta terra, pois já está eleito
para a vida eterna:
59
59
Somente pela graça podemos ser enviados, pois com ela vai a provi-
são. Quem é enviado pela graça sai com riquezas e provisões. Na hora da
reedificação, Judá é a primeira a ser abençoada. Quem foi chamado para
adorar deve ser o primeiro a ser abençoado
Neemias 2:5: respondi ao rei: “Se parece bem ao rei, e se o teu servo
achou graça diante da tua presença, peço-te que me envies a Judá, à
cidade dos sepulcros de meus pais, e eu a reedificarei”.
É de grande importância que todo líder fixe um prazo para a reali-
zação de seus projetos, comprometendo-se. Mesmo que este líder não
atinja os seus objetivos no final do prazo, ele terá percorrido um longo e
positivo caminho, podendo estabelecer um novo prazo para concluir a
sua obra. Prazos são importantes, e os homens informais não agradam
as autoridades. Autoridades trabalham com prazo. Josué trabalhou com
prazo. Quando percebeu que sua obra não havia terminado, pediu mais
prazo, e Deus lhe deu prazo: o Universo inteiro parou para que concluís-
se a sua obra. Somente os grandes líderes honram prazos.
Neemias 2:6: Então, o rei, estando a rainha assentada ao seu lado,
me disse: “Quanto tempo durará a tua viagem, e quando regressa-
rás?” Foi do agrado do rei enviar-me e, fixando um prazo, me per-
mitiu partir.

60 60
CAPÍTULO 8
CARTAS PARA NEEMIAS
Ninguém entra em um governo sem empre-
ender luta contra mundo espiritual invisível a fim
de edificar uma obra sem saber que entre o km
0 do seu destino e o alvo do seu desafio há forças
espirituais da malda que tratarão de impedi-lo na
sua constante luta para alcançar o êxito. Todos os
líderes políticos, religiosos e profissionais preci-
sam de cartas. Quando um governante eleito se
levantar para edificar o seu projeto deve ter em
mente que a sua primeira luta é espiritual e todos
que desprezam esta batalha invisível saem enver-
gonhados de seu posto.
Neemias estava em Susã, capital da Pérsia (um
dos domínios dos principados que impediam a
oração de Daniel, Dn 10:12-15), e precisava de
uma carta do rei para atravessar o grande e miste-
rioso rio Eufrates (Ap 9:13,14) e chegar ao seu des-
tino, Judá. Ele precisava de uma autorização junto
aos governadores para atravessar as fronteiras e ir
mais adiante. Presidente, Deus lhe deu uma carta
espiritual (autorização nas regiões celestiais) para
que pudesse passar pelo vale territorial do princi-
pado que atua sobre o Brasil desde antes do ano
1500. E os sete poderes que atuam sobre o Brasil,
são:
Mostro aqui a visão completa dos poderes de
Satanás, quando lemos a respeito dos dez chifres
e das sete cabeças da visão de João no Apocalipse.
E o governo atual deve está atendo aos aconteci-
mentos hodiernos. Os países que hão de contri-
buir com a nova construção de um governo mun-
dial serão os mesmos que formarão os dez blocos
de nações que governarão sobre as demais e de
onde sairá o Anticristo, o governador e presidente
61
61
de todo o mundo. Todo o mundo será reorganizado em dez supernações.
Como foi propagado anteriormente de forma precipitada, a Comunidade
Europeia de nações não representa os dez dedos da estátua da visão dada
a Nabucodonosor, registrada no livro do profeta Daniel. O plano de reor-
ganizar as nações do mundo em 10 supernações será o cumprimento. Al-
guns concordam que haverá uma reorganização em dez blocos de nações,
como dois dedos polegares fortes, um no Ocidente e outro no Oriente;
hoje vemos que os EUA estão incluídos na Zona de Livre Comércio da
América do Norte, chamada NAFTA, proposta pelo ex-presidente Bush,
e que foi aprovada no Congresso e no Senado e, hoje, já é uma realidade.
Ela engloba o Canadá, os EUA e o México, mas quer outras nações para
engrossar o caldo.
Outros blocos de nações estão sendo formados em vários continentes,
que incluem nações do mundo inteiro. A América Latina (com os rumores
do Mercosul, liderado pelo Brasil e Argentina) está formando o seu bloco,
e o bloco forte do Oriente é encabeçado pela China, mas estão sendo for-
mados outros blocos ainda não revelados.
Apocalipse 12:1-3 diz que a Besta (que representa o Anticristo, o
presidente mundial) terá sete cabeças e dez chifres. Os estudiosos
sempre tiveram dificuldades em explicar essa profecia. No entanto,
considere que o plano para a criação da Nova Ordem Mundial do
Anticristo está sendo encabeçada por duas forças, uma Ocidental
e outra Oriental. Mas, quando isto acontecer, os dez dedos da es-
tátua, de cujos pés os EUA, Brasil e México disputam a posição de
polegar, a Comunidade Européia poderá brigar com a China e uma
pequena nação ainda desconhecida, por outro polegar; mas um fato
é certo: estes blocos já são uma realidade bem visível na Terra.
Um grande evento se dará sobre a terra. A Igreja-organismo (não a
igreja-organização) será retirada de forma sobrenatural da terra, mas
ainda testemunhará muitos destes acontecimentos que são chamados
princípios das dores, e que não passarão de sinais preliminares que foram
previstos antes do acontecimento profético.
Daí em diante, o cenário político será dividido entre os filhos de Abraão
e as nações da terra. E os filhos de Abraão não são somente os israelitas e
judeus, mas os árabes, os chineses, os japoneses, a nova Etiópia e muitos
outros dos filhos de Quetura (Gn 25:1-3). Nações renascerão nestes últi-
mos dias e neste novo tempo em que será introduzida a Ordem Mundial,
sem contar que ainda ouviremos falar de uma Nova Roma Revivida e de
62 62
pequenas outras nações que assustarão a huma-
nidade, pois será chegada a hora dos pequenos
chifres proféticos, segundo a visão apocalíptica,
que falam blasfêmia, mas por pouco tempo.
O Dragão, seus chifres e suas cabeças: O Dra-
gão é Satanás. Ele terá à sua disposição dez cabeças
que correspondem, ao mesmo tempo, aos dez
blocos de nações destes últimos dias, que também
correspondem aos dez dedos da estátua vista por
Nabucodonosor, o grande rei da Babilônia. Estes
sete poderes atuam em todas as nações até hoje,
inclusive no Brasil; eles são:
1. O principado da Enfermidade, o espírito far-
macológico: Este poder atua internacionalmente
nos hospitais, nas clínicas e antros. Ali a serpente
constantemente come pó, isto é, opera a morte
física.
2. O poder de Belzebu, outro principado que
trabalha com o espírito de enfermidade, é entre-
gar as pessoas nas mãos do principado hospitalar,
tempo de todas as enfermidades. Os hospitais de-
pendem sumamente do espírito farmacológico.
Quem trabalha nesta área luta constantemente
contra o principado hospitalar, que está por trás
de todo sistema hospitalar mundial. Ele manti-
nha Bartimeu nas ruas; ele fazia a sincronia entre
a mulher com fluxo de sangue e a filha de Jairo.
Ele mantém os pobres nas portas das igrejas. Eles
estão sempre desafiando poder de Deus e o poder
governamental de todas as nações. Por isso, Jesus
disse: Ide pelas ruas e valados, “curai enfermos.
Entrem nos domínios de Belzebu e dos espíritos
de enfermidades e curem em meu nome!” Estes
dois principados atuam sempre juntos, de dois
em dois, imitando as coisas de Deus. E Jesus disse:
“Ide, de dois em dois”.
63
63
3. O principado da Religião: Os poderes que envolvem a religião no
mundo são de causar admiração e espanto. Nenhum poder dos sete
montes ou principados é maior do que este poder. Ele se esfacela, se une,
se desagrega, mas continua forte e dominante. Suas diversas doutrinas e
filosofias têm na porta o amor, o bom samaritano, mas logo na garganta
vemos o seu objetivo: o poder. A dominação religiosa, que é operada pelo
“espírito de Balaão”, um profeta que a princípio foi bom, mas no fim se
tornou mau; a respeito dele João também fala em Apocalipse. Eles estão
por trás dos falsos obreiros religiosos, eles tentam entrar nos Conselhos de
Ministros, Conselhos de Pastores, Convenções, Concílios, Conclaves, Or-
dens, etc. As portas que se abrem para o domínio do espírito de Balaão são
simples: rebelião, desejo de vingança e disputa territorial religiosa. Muitos
tipos de instituições assim não têm a Cristo como Senhor, são apenas de
fachada, mas os seus objetivos políticos são uma realidade. A maioria deles
começa com facções e desejos de vingança. O espírito de Balaão opera nos
falsos ministros de Deus, nas falsas igrejas, e até no meio das verdadeiras
denominações em pessoas que ali se infiltram buscando cargo e poder.
Instituições deste tipo raramente se reúnem para ouvir e estudar a Palavra
de Deus, para suprir aquilo que falta na vida espiritual dos seus associados
ou membros. O espírito de Balaão quer honra sem santidade, quer poder
sem humildade, quer glória humana sem louvor a Deus, riqueza fácil,
pedras que se transformam em pães, mas é uma rápida e invisível presa de
“Ninrode”, o Espírito do Anticristo. Quando lemos Apocalipse, temos ali
a Mulher montada sobre a besta. O desejo de Satanás é transformar esta
mulher como sinal para a sua geração, vestida de sol, em uma “mulher
vestida de púrpura e de escarlate, e adornada de ouro, pedras preciosas e
pérolas; e tem nas mãos um cálice de ouro, cheio das abominações, e da
imundícia da prostituição; e na sua fronte está escrito um nome simbólico:
A grande Babilônia, a mãe das prostituições e das abominações da terra”.
4. Junto a ela, presidente, sempre estará o principado da Politicagem:
A vida política, que é operada pelo espírito de Ninrode, foi o primeiro
grande rebelde da história, mas o espírito que estava sobre ele ainda existe,
gerando rebelião, corrupção e impunidade, abusando da negligência dos
“religiosos” (e o espírito do Anticristo). Sem religião não há política. Se a
política tirar a religião de foco, é enfraquecida regional, nacional e inter-
nacionalmente. A vinda do Anticristo, o presidente mundial, será com a
ajuda da Religião. Seu poder será religioso e político. A liderança religiosa
se servirá utopicamente do poder político e vice-versa. Assim, os dois sem-
64 64
pre trabalharam. Assim foi que a Igreja primitiva
perdeu o seu poder, dando entrada no seu seio ao
poder de Ninrode, o poder político. A posição da
igreja deveria ser vista sempre no vaticínio proféti-
co e social. Este era o seu papel, mas se corrompeu
e deu o seu poder ao espírito do Anticristo. Esta é
outra cabeça do dragão, contra quem a mulher
vestida de sol estará em luta constante.
5. O principado da Sedução: Esta é a outra ca-
beça do Dragão, o deus do presidente mundial,
e é muito atuante nos dias de hoje. O seu templo
são os meios de comunicação e as redes sociais. A
vida de comunicação, que é operada pelo espírito
de Jezabel, é um cálice de vinho estonteante que
é oferecido a todas as nações e instituições, apre-
goando o prazer, o hedonismo, e a vitalidade sem
regras, sem leis, sem cabrestos. Esta cabeça imita
as atitudes de prostituição da mulher de Apoca-
lipse 17. Ela opera pelo controle político imposto
pela corrupção de todos os tipos, e seu templo é a
vida social da cidade, nos clubes sociais, teatros e o
mundo dos famosos. Ela usa as associações secre-
tas e abertas, das quais também se utilizam os co-
merciantes, os políticos e as autoridades notáveis
religiosas de todas as camadas sociais, para operar.
O espírito de controle é um espírito que se apro-
veita de feitos desonrosos de seus inimigos para
dominá-los sem movê-los de seu poder aparente,
mas, na verdade, são dominados pelo espírito de
Jezabel. “Mas tenho contra ti que toleras a mulher
Jezabel, que se diz profetisa; ela ensina e seduz os
meus servos a se prostituírem e a comerem das
coisas sacrificadas a ídolos” (Ap 2:4). Jezabel não
existia mais, mas ele falava que “a mulher Jezabel”
era o mesmo espírito de controle sensual (dos dias
de Elias) que ali operava. Ela opera através da sen-
sualidade política, mas seu objetivo é o controle.
65
65
6. Ela (o espírito de controle Jezabel) trabalha em conjunto com o es-
pírito de Diana, o mesmo espírito contra quem Paulo lutou nos seus dias.
O principado da Sensualidade corporal: O templo do espírito de Diana é
dividido com o templo do espírito de Jezabel, isto é, os canais de comu-
nicação em massa, incluindo rádio, televisão, telefonia fixa ou celular,
Internet. Através destes templos ela estabelece o seu culto: dissoluções,
desvio da moralidade, confusões, comércio de fofocas, más notícias, falsas
notícias, blasfêmias de todos os gêneros e o sexo ilusório e frustrante da
bestialidade e pornografia. A vida de sensualidade, que é operada pelo
espírito de Diana, usa todo tipo de perversão das leis e dos bons costumes,
tratando de pervertê-las para estabelecer o governo mundial único, isto é:
destruindo a moralidade e a unidade familiar, e todas as instituições que
promovem a legalidade, a moralidade e institucionalidade da paz e da
felicidade, como a família, escolas, poderes legislativos, judiciário. Esta
cabeça trata de implantar o relativismo, o liberalismo, cultuando o huma-
nismo, afastando todas as instituições de Deus, e Deus das instituições,
aquelas que promovem a ordem. Ela implanta a perversão do homem e da
mulher, na perversão da educação infantil e infanto-juvenil, da educação
secundária e superior, dos meios de comunicação, da falsa moralidade,
da destruição da família através das novelas, etc. 7. O principado das Fi-
nanças e da Economia: A vida financeira e econômica que é operada por
Mamon, o deus das riquezas, é dirigida por esta cabeça. O único meio da
mulher vestida de sol triunfar sobre esta cabeça é estabelecendo dentro de
seu lar a fidelidade a Deus através de suas primícias. A única forma de sair
debaixo dos poderosos domínios de Mamon é apregoando a ressurreição
de Cristo. Mamon opera o desequilíbrio entre as finanças e a economia.
Se ele triunfar uma vez, domina a sua presa para sempre, a não ser que
esta abra seu coração para servir a Deus. Ele promove o amor às riquezas,
e sabe que Deus tem leis para isso, pois onde o homem põe o seu coração,
ali estarão as suas riquezas! Por isso, Mamon exerce o seu domínio a
partir do sentimento humano, pois da mesma forma que o homem trata
as suas riquezas, trata os seus sentimentos. É aqui que Mamon domina
os homens. E esta é a mais importante luta de uma mulher vestida de sol,
triunfar contra esta cabeça avarenta que quer derrubá-la de sua posição
de glória, deixando-a pobre e miserável
Apocalipse 12:3: Viu-se outro sinal no Céu: eis um grande dragão
vermelho que tinha sete cabeças e dez chifres e, sobre as suas cabe-
ças, sete diademas; (Ap 13:1; Dn 7:7; Ap 19:12)
66 66
Agora, o governante eleito por Deus e pelo
povo tem grande desafio. Os sete poderes de Sa-
tanás estavam tomando posse de cada instituição
para destruir os filhos varonis do povo de Deus.
Mas já se compreendeu que não basta crescer, não
basta multiplicar-se. Necessitamos ter os nossos
Josés no poder legislativo, no poder executivo e
no poder judiciário da Cidade, assim como José,
como Débora, como Neemias, como Elias, como
Elizeu, como Ester, como Daniel e como Arima-
téia. Assim, Neemias, nos dias de seu serviço ao
rei medo-persa, pediu com sabedoria uma licen-
cia para atender o seu povo em Jerusalém. Todo
governo é um pedido de licencia à vida; aqueles
que querem se perpetuar no poder morrem en-
vergonhados:
Neemias 2:7: E disse ao rei: “Se ao rei pa-
rece bem, que se me deem cartas para os
governadores das províncias do outro lado
do rio Eufrates, para que com a sua franquia
me permitam passar para Judá.
Neemias levava uma carta para os governado-
res estabelecidos na terra e que, espiritualmente,
simbolizam as regiões celestiais e os poderes de
impedimento legais, burocráticos e protocolares.
Mas, ele também precisava de uma carta de auto-
rização para o recebimento dos recursos necessá-
rios para cumprir a sua missão. Deus sempre nos
concede duas cartas para o nosso projeto. Recebe-
mos poder e autoridade: “É-me dado todo poder
no céu e na terra” (Mt 28:18). Quando nos dis-
pomos em obedecer aquele que nos chama para
cumprir a nossa missão, todas as coisas concorrem
para o nosso bem:
Neemias 2:8: E outra carta para Asafe (“co-
brador”), guarda do bosque do rei, para que
me dê madeira para construir as portas da
67
67
cidadela do Templo, para as muralhas da cidade, e para a casa na
qual me alojarei”. E o rei mas concedeu, porque a mão do meu Deus
estava sobre mim.
O Senhor, nosso Deus, não só nos dá cartas para serem apresentadas
aos governadores do mundo físico e espiritual, como, também, envia os
capitães dos exércitos e seus cavaleiros para a nossa escolta nos quatro
ventos (Sl 91:9-12). Todo governador deve aprender imediatamente após
o momento em que assume o poder que a nossa luta não é contra a carne
e o sangue, e sim contra principados e potestades, nas regiões de impedi-
mento, que são as regiões celestes:
Neemias 2:9: Então, fui aos governadores das províncias do outro
lado do rio Eufrates, e lhes entreguei as cartas do rei; além disso, o
rei enviou comigo uma escolta de capitães do exército e soldados
da cavalaria.
Como acontece com todo tipo de liderança em seus grandes desafios,
Neemias jamais imaginava que a sua maior luta seria travada contra (1)
os principados (impedimentos internacionais) e (2) potestades (recur-
sos nacionais), bem como a falta de recursos materiais; esta ainda seria
deflagrada contra (3) os inimigos regionais da terra (Tobias e Sambalate,
os grandes inimigos de Neemias). Aqueles que estão infiltrados no meio
do seu povo, os inimigos da fonte; eles são os primeiros a se apresentar na
posse de um governante:
Neemias 2:10: Quando se inteiraram Sambalate (“força”), o horoni-
ta, e Tobias (“Jeová é bom”), o servo dos amonitas (“tribal”), desgos-
tou-lhes ao extremo que alguém viesse a procurar o bem-estar dos
filhos de Israel. (Ne 6:1)
Os três dias no governo: Um princípio espiritual muito forte envolve
esses “três dias”. Com certeza, o Senhor Jesus Cristo leu este texto. Abraão
viu a terra em três dias (Gn 22:1-3). Davi soube escolher as opções proféti-
cas apresentadas por Deus pelo profeta: três dias. Jesus, Neemias, Abraão
e Davi nos ensinam a enfrentar de uma vez os três primeiros dias que edi-
ficam, que salvam, que transformam, que nos fazem triunfar. Qualquer
um sabe quando o nosso rosto manifesta o firme propósito de desprezar a
afronta para alcançar o prêmio proposto:
Neemias 2:11: E quando cheguei a Jerusalém, permaneci ali três
dias.
68 68
Deus trabalha no turno da noite, enquanto
dormimos. A importância do silêncio do líder.
Neemias levantou-se na madrugada e, com ele,
poucos homens. Ele entrou na cidade de Jerusa-
lém devastada, vencida pela miséria, cujos muros
estavam destruídos, nada diferente de nossa na-
ção brasileira; assim, montado em um jumento,
para não chamar a atenção de ninguém Neemias
fotografou o estado precário da sua cidade. Vemos
aqui o plugue profético do Espírito Salvador da
Cidade na vida de Neemias! Em três dias, termi-
nou a sua observação, tendo entrado na cidade da
mesma forma que Jesus, na sua entrada triunfal
(Mt 21:2):
Neemias 2:12: E me levantei à noite, eu e
poucos homens comigo; e não informei a
ninguém acerca do que Deus me inspirara a
fazer por Jerusalém; e nenhum animal esta-
va comigo, exceto o que eu montava.
Pelo lixo de uma cidade sabemos como está a
sua situação econômica. Neemias começou por
baixo, pela porta do Vale e pela porta do Lixão. O
verdadeiro líder precisa contemplar as suas verda-
deiras necessidades. Ele observou toda a muralha
e as suas doze portas principais. Observando as
portas queimadas a fogo, ele notou as suas pedras
derrubadas e caídas. Elas ainda estavam ali. Per-
cebeu também as pedras que estavam em meio ao
pó. Algo muito grande iria acontecer:
Neemias 2:13: Saí de noite pela porta do
Vale, e me dirigi à fonte do Dragão, até à
porta do Muladar (“Monturo”), e estive ob-
servando atenciosamente as muralhas de
Jerusalém, que estavam derribadas, e as por-
tas, que estavam destruídas pelo fogo.
69
69
(1) Quando as portas não tiverem espaço para a humildade, algo de
errado está acontecendo naquele lugar. Na porta da Fonte ou no Açude do
rei, deve sempre haver espaço para a humildade passar. A porta da Fonte
dava acesso ao tanque de Siloé.
(2) Por causa da miséria situada no lugar e do pequeno espaço que res-
tava, devido às pedras caídas, a situação era desastrosa.
(3) Neemias teve dificuldades para passar com seu animal. Muitas
vezes, o orgulho e a vergonha pela simplicidade do lugar onde estamos
geram limitações e impedimentos para a inspeção da misericórdia em
nossa vida. É duro quando queremos restaurar, mas o orgulho impede a
restauração:
Neemias 2:14: E passei depois pela porta da Fonte e pelo açude do
rei, mas como não havia espaço para eu passar com a minha caval-
gadura,
Todo Governador deve pedir um levantamento geral sobre todas as
instituições e legados deixados pelo seu antecessor. Neemias terminou
onde ele havia começado; deu uma volta completa sobre aquelas ruínas.
Teve uma visão total do problema, do seu grande desafio. Ele tinha uma
carta para a madeira, para a provisão, e precisava saber com exatidão a
quantidade de material necessário e o tempo previsto para a realização
da obra. Neemias trabalha à noite. Os líderes bem-sucedidos trabalham
quando todos dormem:
Neemias 2:15: subi à noite pela torrente (“de Cedron”), sem deixar de
observar os muros; logo dei a volta e entrei pela porta do Vale, e regressei
sobre os meus passos.
Neemias contemplou a realidade da situação e teve uma visão total do
problema ao dar a volta na cidade. Mas, Neemias guardou em seu coração
toda a visão e as estratégias que Deus lhe tinha dado. Todo governante
deve saber que o líder silencioso é mais temido do que o líder falador.
Abraão, Jacó, Moisés, Samuel, Elias, Elizeu, Maria, a mãe de Jesus, e Ma-
ria, irmã de Marta, tinham estas qualidades:
Neemias 2:16: Os oficiais não souberam aonde eu fora, nem o que
fizera, pois nada fizera saber aos judeus, nem aos sacerdotes, nem
aos nobres, nem aos oficiais, nem aos demais responsáveis.
Simbolicamente, vemos aqui por que Jesus chamou os seus doze discí-
pulos, representando, cada um, como uma das portas de Jerusalém. Isto
vemos estabelecido na Nova Jerusalém Celestial (Ap 21:12,19). Cada
70 70
porta equivalia a uma das doze tribos de Israel.
Isto significava que cada uma das doze tribos es-
tava queimada a fogo. Ao levantar cada uma das
portas com suas fechaduras e trancas, ele estava
estabelecendo a nação novamente. As portas da
cidade estavam queimadas, o que significava o
declínio dos valores morais, civis e espirituais de
toda a nação.
As doze portas estavam em ruínas, queimadas,
e todo acesso à cidade não estava sendo vistoria-
do. Todo tipo de mal entrava e saía daquele lugar
que havia sido uma das grandes maravilhas do
mundo. Os muros estavam destruídos, demons-
trando a fragilidade daquele povo e a total falta de
segurança:
Neemias 2:17: Então, disse-lhes: “Vós es-
tais vendo a triste situação em que estamos;
eis que Jerusalém está em ruínas e as suas
portas destruídas pelo fogo. Vinde, e reedi-
fiquemos a muralha de Jerusalém, e já não
seremos mais objeto de escárnio”.
O governante eleito por Deus e pelo povo, ao
demonstrar a situação de seu povo, inspira os seus
liderados a estabelecerem pactos de reedificação.
As nossas mãos devem ser fortalecidas com âni-
mo, economia e material. Isto é o que o povo quer
dizer: “Ponham material nas nossas mãos”, “nos
liderem”; “nos deem um plano”; “nos deem tra-
balho”
Neemias 2:18: E logo lhes declarei como a
mão do meu Deus estivera comigo, e tam-
bém lhes comuniquei as palavras que o rei
me dirigira. Então, exclamaram: “Levante-
mo-nos e comecemos a construção”. E for-
taleceram as mãos uns dos outros para esta
importante tarefa.
71
71
Se na arbitrariedade dos atos de Joroboão, sabes
que podes levantar novo dispenseiro, o qual servi-
rá de sinal contra a impiedade,
Se no local de teu labor, vês a sarça arder entre
os gritos angustiantes do teu povo encarregado
dos fardos pesados de Faraó, e sabes que a sarça te
atrai, e desejas a mesma imunidade,
Se sentes sobre ti a mesma opressão que pesa
sobre o teu povo e que isto também te importa?
Que a fábrica de tijolos sob trabalho forçado de
Faraó deve falir, pois é hora das obras de Deus,
Se sabes que o teu sonho não pode mais ser
engavetado, e que três meses é muito tempo na
sala de espera,
Se és um prisioneiro da esperança, então volta
à tua fortaleza, e serás fortalecido; pois chegou o
teu tempo. Agora é a tua vez e eu te abençoarei em
dobro.

72 72
CAPÍTULO 9
A ORAÇÃO DE ESTER
Nossa oração diante de Deus deve ser como a
oração de Ester diante do rei Assuero: Uma oração
de quem tinha interesse radical na salvação de sua
nação.
Se não tivermos uma atitude correta sob a ur-
gência das circunstâncias atuais e não entrarmos
na presença do Rei, não teremos como nos defen-
der dos ataques do Hamã com todas as suas ideo-
logias. Temos que ter humildade e entrar, e relatar
toda a nossa angústia; para isso, nós precisamos
conhecer os graus e os passos da intercessão:
“Ó rei! Se eu tenho alcançado o teu favor”.
A graça é a manifesta pela extensão do cetro
real que nos aceita. Quem se humilha exalta-se
a graça do rei. “E se parecer bem ao rei”. A in-
tercessão verdadeira sempre permite que Deus
continue a ser Deus. Temos aqui uma simbologia,
portanto, devemos aprender a exaltar a divindade
contínua do nosso Rei. Deixar Deus à vontade;
pois quem deixa Deus à vontade encontra a graça.
“Seja-me concedida a minha vida”.
Interceder é colocar-se à disposição do rei para
vida ou para morte. Entregar-se às mãos do rei.
“Eis a minha petição (mostrar-lhe o pedido), e
o meu povo (por quem se intercede) eis o meu
rogo”. Quem pede recebe:
Ester 7:3: “Então, respondeu a rainha Ester,
e disse: Ó rei! Se tenho alcançado o teu fa-
vor, e se parecer bem ao rei, seja-me conce-
dida a minha vida, eis a minha petição, e o
meu povo, eis o meu rogo”.
“Porque fomos vendidos”. Esta foi a grande
oportunidade do inimigo. Leis foram promulga-
73
73
das contrárias à vida do povo. Fomos vendidos a troco de nada. Ester, na
oração, se identifica com o povo. O intercessor deve se comprometer e se
identificar: “e o meu povo”. Quer dizer: “Eu não estou só aqui. Eu tenho a
quem prestar honra e reverência, eu tenho a quem prestar contas”. Disse
também qual era o fim das leis promulgadas pelos inimigos do povo: “Para
sermos destruídos”. Este é o desejo dos legisladores comprometidos com
ideais internacionais que se espalharam pelo mundo todo e têm uma base
internacional. Querem que sejamos “mortos”. Mas Ester, que foi eleita
para esta hora não aceita a morte do seu povo. Ester também avisou que o
seu povo está sendo eleito para ser “exterminado”. Mas não se extermina
o povo de Deus. Mas ela fazia parte de um grupo que não se curvava às
circunstâncias, ainda que o adversário não poderia compensar a perda do
rei. Embora sejamos um Democracia, o povo crê que o nosso Criador está
no comando de tudo e acima de todos.
Ester 7:4: Porque fomos vendidos, eu e o meu povo, a fim de sermos
destruídos, mortos e exterminados; se ainda por servos e por servas
nos tivessem vendido, eu teria me calado, ainda que ao adversário
não se lhe importa o prejuízo que terá o rei”. (Et 3:9; 4:7)

74 74
CAPÍTULO 10
O SALMO PARA O DIA DA SUA
POSSE
Este é um Salmo presidencial; é uma oração
que todo presidente deve fazer no dia da sua pos-
se. É feita ao Deus que abençoa os reis, que aben-
çoa os presidentes. Então, a grande bênção de um
líder governamental será o resgate da Justiça:
Salmo 144:9: Ó Deus, a ti cantarei um cânti-
co novo; com saltério de dez cordas cantarei
louvores a ti; (Sl 33:2,3)
Ele não será alcançado pela arma perigosa, pois
Deus o guardará como guardava a Davi no meio
da batalha; os seus inimigos não o viam no meio
da guerra:
Salmo 144:10: porque é ele quem dá salva-
ção aos reis e resgata a Davi, seu servo, da
espada perigosa. (Sl 18:50; 140:7)
Salmo do Amor de Deus quanto ao seu eleito, a
quem Deus estabelece como presidente:
(1) É uma oração do presidente bem-sucedido
de uma nação: Poderes econômicos mentirosos,
máfias, tráfico, juízes corruptos e que corrompem.
(2) Devocionalmente, o salmista preocupa-se
com a ação dos estrangeiros que trazem má dou-
trina, falso conhecimento, liberalismo e libertina-
gem para o campo da nação; ele pede livramento
das falsas previsões dos órgãos nacionais em cujas
mãos está a sua defensoria (a sua mão direita):
Salmo 144:11: Resgata-me e livra-me da
mão dos estrangeiros, cuja boca fala falsi-
dade e cuja destra é destra de perjúrio. (Sl
12:2; 44:20)
A oração do presidente que se preocupa com as
famílias do seu povo:
75
75
(1) Quando, nacionalmente, ele busca a bênção do respeito à família e
a bênção da herança familiar.
(2) Quando, moralmente, o presidente se preocupa com a condição
social do seu povo, incluindo homens e mulheres sadios emocional, moral
e vocacionalmente. Que as filhas sejam tratadas como pilastras lavradas
pela educação, pela preparação espiritual e ministerial (como Ester), a
fim de serem estabelecidas nos palácios da Nação segundo o propósito
que Deus; o seu Criador, tem planejado para cada uma delas. Elas serão
lavradas pela excelência da educação para servir em um palácio e não em
uma choupana dedicada à imoralidade.
(3) Ele busca a bênção para o ministério da educação: Aqui vemos o
pedido do estadista a respeito da bênção sobre o ministério da educação
(a) fundamental, sobre o (b) ensino médio e sobre o (c) ensino superior
(plantas viçosas, pedras angulares, pilastras lavradas de um palácio). As
bênçãos alcançam os produtos animais, vegetais e minerais:
Salmo 144:12: Que nossos filhos sejam como plantas viçosas que
crescem desde a sua juventude; e nossas filhas sejam pedras angu-
lares, como pilastras lavradas para um palácio. (Sl 128:3)
A oração do presidente clama em favor dos (1) campos da sua nação
abençoada: Por uma agropecuária abençoada com toda sorte de produtos
de exportação. (2) Por bênçãos para o ministério da economia, com toda
sorte de produtos agropecuários, frutos de grandes colheitas. (3) Em favor
de “celeiros cheios”, ovelhas produzindo aos milhares.
Salmo 144:13: Que os nossos celeiros sejam cheios de toda classe
de grãos; e nossos rebanhos se reproduzam por milhares e por dez
milhares em nossos campos;
O presidente ora por uma (1) nação abençoada: Cujo produto é de
primeira qualidade, onde não haja sequestros, nem fuga de divisas, nem
greves alarmantes e nem guerra civil. “Vacas prenhas” representam o
abastecimento da nação em todo o tempo: Bens de consumo (produtos ao
consumidor); produtos industriais (usados na produção de outros bens);
bens de conveniência (adquiridos frequentemente e com um esforço mí-
nimo); bens de impulso (compra por estímulo sensorial imediato); bens de
emergência (bens necessários imediatamente); bens de compra (alguma
comparação com outros bens); bens de especialidade (comparação ex-
tensiva com outros bens e uma longa busca por informações); bens não
procurados (cemitérios dignos); bens perecíveis (bens que se deteriora-
76 76
rão rapidamente mesmo sem uso); bens duráveis
(bens de múltiplo uso); bens não-duráveis (bens
que serão consumidos numa única oportunida-
de); bens de capital (instalações, equipamentos
e construções); partes e materiais (bens que são
agregados a um produto final); abastecimento e
serviços (bens que facilitam a produção); commo-
dities (bens como trigo, ouro, açúcar); produtos
intermediários (resultado da fabricação de outro
produto), enfim todos os produtos produzidos por
uma nação abençoada.
Salmo 144:14: que as nossas vacas estejam
sempre prenhes; nem haja assaltos, nem
fuga, nem gritos de queixa em nossas pra-
ças.
Nação bem-aventurada onde estas bênçãos
descritas acima acontecem. Todos os aconteci-
mentos de bênção, conforme as palavras do sal-
mista, mostram a bem-aventurança da nação
cujo o Senhor é o Deus Criador que está acima de
todos:
Salmo 144:15: Bem-aventurada a nação a
quem assim sucede; bem-aventurada a na-
ção cujo Deus é o Senhor Jeová. (Sl 33:12)

77
77
Bibliografia:
ConhecendoaDeus, ISH, Miami, Florida, Dr. A. N. Rocha - BRDN,
Bíblia Revelada, Versão di Nelson, 2010
Todo os textos são citações da BRDN, sob autorização. Pedidos da
BRDN - www.meujesus.com.br; www.familyhosanna.com

CONHEÇA NOSSOS LIVROS, ENCICLOPÉDIAS E BÍBLIAS CO-


MENTADAS OU BÍBLIAS-FERRAMENTAS PARA O SEU MINISTÉ-
RIO
www.meujesus.org - Nacional
www.familyhosanna.com - Internaiconal
www.hosannabibleschool.com - Cursos teológicos, Califórnia
draldery@gmail.com

78 78

Você também pode gostar