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RESPIRAÇÃO, GROUNDING E CONSCIÊNCIA DO


EU: PRINCÍPIOS DA PSICOTERAPIA CORPORAL

Maria José Correia1

Nenhuma palavra é tão clara quanto a linguagem da expressão corporal

Alexander Lowen.

Resumo
As percepções do mundo, de nós mesmos e daqueles que nos cercam são intermediados
pelas nossas reações corporais. Somos encarnados em um corpo real que se encontra em
constante mutação, que cresce, se excite, se apavora, fantasia, vibra, se esconde, se
revela, pulsa. Como um campo fértil de conflitos psíquicos atravessada por muitas
histórias esquecidas, dores não choradas, no interior do corpo foi formado e mantidas
estruturas de resistência ou zonas de tensão corporal, que Reich (1945) chamou de
“armadura de caráter”. Para ele estas estruturas corporais, atuam como um processo
mobilizador de energias biológicas e o equilíbrio mente, corpo. Essa visão de Reich
sustenta de que todo fenômeno psicológico tem seu correlato somático, de tal forma que
toda ocorrência fisiológica, somática, emocional, cognitiva tem seu correspondente no
corpo.
Wilheim Reich e considerado o criador das terapias corporais seus seguidores
desenvolveram abordagens psicocorporais reconhecidas mundialmente como:
bioenergética, biodinâmica, biossíntese, biossistêmica, todas elas procuram trabalhar o
corpo como um reservatório de herança cultural, fatores sócias e genéticos. O processo
terapêutico destas terapias procura o equilíbrio entre mente corpo e o texto social em
que a pessoa está inserida.
Para a Analise Bioenergética respiração, grouding e consciência corporal, é a
principal forma de trazer para o corpo a alma desconectada de si, utilizando-se da tríade
corpo, alma, sensações corporais internas, este caminho um portal de soltura e resgate
para liberação das energias de memorias impressas, represadas no corpo por longos dos
anos.
Alexander Lowen e John Pierrakos em 1955 criaram a análise bioenergética - uma
abordagem psico corporal e uma jornada de autodescoberta em um mundo afetado pela
falta de significado do corpo, que produz confusão e agitação. Trabalhar com o corpo é
uma forma de auto regulação, coerência com o que sinto no aqui e agora. Lowen
conecta os eventos da história pessoal com o desenvolvimento corpo de cada um, com a
nossa biografia corporal: «A vida de um o indivíduo é a vida do seu corpo "(Lowen,
1975, p. 35).

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Psicóloga, formada pela Faculdade Santo Agostinho. Pós graduanda em Psicoterapia Corporal –
CENSUPEG.
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A proposta desse trabalho é ressaltar o papel da respiração, corpo e o movimento


corporal (grouding) como mediadores de processo do encontro com o nosso eu, nossa
essência.

Palavras-chave: Analise bioenergética, respiração, grouding, corpo, consciência do eu.

Introdução

A Analise bioenergética é uma psicoterapia de base somática, centrada na


conexão mente corpo- isto é, abrange o trabalho com o corpo físico; emoções; os
sistemas de bioenergia do corpo e como eles se inter-relacionam. A Bioenergética é
uma abordagem psicológica de orientação somática centrada na impossibilidade de
separação dos processos cognitivos dos afetivos. Sua cartografia abrange o trabalho com
o corpo físico, emoções, os sistemas de bioenergia do corpo e como eles se inter-
relacionam. A Bioenergética tem seus primórdios com um aluno brilhante de Freud,
Wilhelm Reich, (1896 - 1957) um personagem de temperamento inquieto, questionador
que acreditava existir um aspecto energético no nosso ser que não dependia de
construções mentais, e que, esta energia estava também presente em todo processo de
criação e podia ser vista no ar, em tudo e todas as coisas e fluía por todo o mundo
naturalmente. A essa bioenergia, ele chamou de "orgone”.
A saúde psicológica para Reich era a experiência completa e desimpedida
dessa energia fluida pelo corpo. A patologia, ele descreveu, como uma energia
bloqueada espremida no corpo incapaz de liberar o estresse e a tensão contida no corpo.
Reich chamou esse congelamento de energia no corpo de "armadura de caráter “e
descreve estas armaduras como anéis, escudos que envolvem e protegem o corpo. Em
sua prática clínica Reich desenvolveu técnicas de respiração e toque para afrouxar essa
energia presa ao corpo uma vez que, os bloqueios dessa força vital originam as
neuroses. Ele acreditava que cada um de nós somos pessoas potencialmente natural e
completa e que nossa energia se comprimi e diminui por forças sociais e psicológicas
abusivas.
Da perspectiva Reichiana, o corpo-mente é visto como um todo e desde muito
cedo a linguagem corporal tornou-se o foco de sua atenção nos seus atendimentos
clínicos, onde passou a dar importância ao modo como seus pacientes expressavam suas
emoções. A partir de então, associou emoções com linguagem corporal não verbal, tom
de voz, respiração contida, maxilares apertados, mãos. Posteriormente Reich passou a
assinalar aos seus pacientes determinadas expressões e automatismo presentes no corpo.
Para Reich postura, movimento do corpo e a capacidade de experimentar emoções são
dois lados da mesma moeda.
Reich, assim como Freud acreditava que o tratamento do sofrimento psicológico
envolvia a descoberta de eventos dolorosos na infância. Reich, porém, vai mais além na
pesquisa do corpo e conclui - a repressão de cada um dos nossos sentimentos indesejáveis
leva a uma redução da respiração. Uma respiração reduzida agregada as defesas psíquicas
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e somáticas, tem a função de nos proteger da ansiedade causadas por memórias dolorosas
e traumas transformou a forma de trabalho de Reich.
Reich como precursor do “corpo em psicoterapia”, deixou um legado de
importantes discípulos e numerosas formas de terapia corporal uma delas foi a Analise
Bioenergética, fundada por Alexander Lowen e seu parceiro John Pierrakos.
Considerados os primeiros discípulos neo-reichianos, eles criaram uma abordagem
baseados nos princípios de Reich, mas, com configurações revistas e atualizados por suas
próprias pesquisas e métodos para afrouxar a energia. Para esta abordagem, a respiração
é a base energético reguladora de todas as funções orgânicas e físicas. Uma respiração de
qualidade determina a vitalidade do corpo.
O oxigênio nosso combustível vital nos fornece os mais importantes
componentes de nossa vitalidade. Sem uma respiração minimamente saudável o corpo
não pode funcionar de maneira satisfatória ou ter energia para completar suas tarefas
diárias deste a mais simples a mais complexa. A energia que coloca nosso corpo em
funcionamento é extraída de diversas fontes: da luz e do calor do sol, dos alimentos que
ingerimos, da água que bebemos, e, principalmente do ar que respiramos. A respiração
tem quatro funções gerais: 1) levar o oxigênio para o corpo 2) regular o nível de dióxido
de carbono no corpo, 3) iniciar e manter a pulsação no corpo e 4) equilibrar o sistema
nervoso autônomo simpático e parassimpático.
Respirar é o nosso primeiro contato com o mundo, é uma função corporal que
já nascemos com ela, mas, não aprendemos ou não podemos a faze-la corretamente. A
respiração é um é atividade, de interações complexa é constitutiva da nossa humanidade
cujo arcabouço de manifestação, é o corpo. É ela que participa de todas as nossas
vivências, sensações, movimentos, sentimentos e pensamentos. A respiração é o marco
central da vida e o cordão umbilical através do qual a vida flui dentro de nós.
A respiração é uma ponte entre o coração e o cérebro, entre a parte emocional e
a parte racional, ela é uma chave para acessar os labirintos do inconsciente. A
incapacidade de respirar de forma natural é o principal obstáculo para se recuperar a
saúde emocional. Sobre isto, nos fala Alexander Lowen o fundador da Analise
Bioenergética:

O indivíduo que não respira corretamente reduz a vida do seu corpo.Se


não se movimenta livremente, limita a vida de seu corpo. Se não se
sente inteiramente, estreita a vida do seu corpo e, sua auto expressão é
reduzida, o indivíduo terá a vida do seu corpo restringida. (Lowen,
1982, p.38)

Cada um de nós faz parte do universo e a ele está ligado através energia vital da
respiração. Inalar literalmente significa carregar dentro de si o espírito, a energia da
vida, da mesma maneira que exalar significa deixar a energia sair de nós e retornar ao
universo Para Alexander Lowen: a quantidade de energia que o corpo possui depende da
respiração plena e profunda. Nos adultos, a respiração tende a ser desorganizada e/ou limitada,
isso ocorre devido às tensões crônicas. A respiração aumenta a quantidade de energia do corpo,
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abre a garganta, ativa as emoções reprimidas e facilita a expressão dos sentimentos. (LOWEN e
LOWEN, 1985).

Nossa respiração revela quem somos e como vivemos, nossas resistência e


bloqueio emocional. Um conflito quando se estrutura corpo se manifesta na forma e na
mobilidade da nossa capacidade respiratória. Uma ligação entre energia vital, respiração
e emoções é uma realidade palpável, intensivamente estudada pela análise bioenergética
com o propósito de restaurar o fluxo de energia saudável dentro do corpo humano. Por
outro lado, o enrijecimento do corpo, bloqueia os impulsos saudáveis da vida, congela a
sensação do corpo. Estes blocos de resistência refletem a estrutura psicológica de estar
no mundo.
A respiração, na visão de Lowen, é uma das funções essenciais da existência,
implicando o tema fundamental da troca interna e externa: a primeira respiração é a
primeira forma de nutrição que recebemos da vida, daquilo que é "diferente de si
mesmo"
Qualquer dificuldade na respiração cria ansiedade, irritabilidade e tensão. A
supressão do sentimento ocorre através de uma contração muscular que coloca o corpo
em um estado de tensão que reduz a energia do corpo através da redução da respiração e
inevitavelmente leva ao colapso psicossomático (Lowen, 2001) A respiração sem
impedimentos de bloqueios energéticos é sinônimo de unidade, totalidade.

As tensões musculares crônicas impedem uma respiração naturalmente


plena, com consequente redução do nível energético do corpo, suas
dificuldades respiratórias se evidenciam em momentos de tensão, de
dois modos: na incapacidade de inspirar o ar em quantidade suficiente
ou na falta de recursos de internos para enfrentar a tensão. (Lowen
1982. P. 126.)

A respiração e o movimento determinam a percepção, um organismo só se auto


percebe com o movimento do corpo. Esta dualidade, respirar profundamente e mover-se
desaguam num modo livre de sentir-se plenamente. Os movimentos de expansão e
contração são sinais da força vital do organismo, sendo a respiração a principal
manifestação destes movimentos no ser humano. Em um indivíduo saudável, os
movimentos respiratórios se expandem através de todo o corpo, permitindo ao mesmo
sentir-se profundamente. (LOWEN, 1982)
Para Lowen, a respiração e o movimento desempenham um papel fundamental
no processo de construção do corpo. As práticas corporais, funcionam como
mobilizadoras de consciência para quem o pratica, levando-o a aprofundar-se em sua
história e seu funcionamento integral do ser nas dimensões sociais, mentais, emocionais
e espirituais.

O corpo
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O trabalho do corpo na Psicoterapia Bioenergética inclui tornar-se muito mais


consciente dos padrões de comportamento associados ao seu físico e vida emocional;
ajudando a trazer questões profundamente esquecidas para a consciência;
desenvolvendo maneiras de lidar e gerenciar as experiências emocionais; e formar a
base para uma profunda conexão consigo mesmo e com a vida ao seu redor
Lowen e Pierrakos usaram seus exercícios para ajudar a mobilizar e energizar o
corpo de seus pacientes, acreditando firmemente que o aumento de energia faria a
pessoa se sentir melhor e contribuiria para dissolver ou contornar os bloqueios
energéticos. Lowen e Pierrakos com o corpo foram na sua maioria em pé, para eles,
ficar em pé fortalecia as pernas e permitiam que o cliente 'resistisse' à emoção e se
defendesse.
No trabalho da corporal com a análise bioenergética, o foco é aprender a usar o
corpo como um recurso, como fonte de informações sobre como você está se sentindo,
como as experiências estão afetando você e o que você precisa a cada momento. Além
dos movimentos corporais específicos, técnicas de respiração, massagens, toques são
usados no corpo com o objetivo trazer consciente para áreas do corpo e do significado
emocional ligado a história corporal.
Na Análise bioenergética o corpo é visto como um organismo atravessado por
manifestações físicas e significados emocionais. Ele é o receptáculo das experiências
vividas desde a gestação até a morte. Tudo o que foi vivido no corpo, através de
sensações, permanece registrado. O corpo não esquece.
Na nossa cultura há “esquecimento do corpo". O corpo aparece apenas em certas
situações existenciais, uma doença grave, na crise da meia idade, ou na velhice – sendo
que neste último estágio da vida somos forçados a nos lembrar de que o tempo de nossa
vida não é ilimitado. A experiência de estar desconectado de si mesmo ou dos outros é
quase sempre é uma função protetora de base biológica para impedir que a psique seja
sobrecarregada com muita estimulação e desorganização.
Do ponto de visto bioenergético o homem moderno é profundamente inseguro,
devido à perda de sua ligação com o self, a terra, e o universo.

“ Ter o corpo condicionado a aprovação do nosso ego é, na verdade,


fincar-se numa base frágil de nossa existência. Lowen argumenta que a
chave para a saúde do corpo e da mente é viver plenamente a vida do
corpo. Viver a vida do corpo significa estar em contato com os
sentimentos e ser capaz de expressá-los” (Lowen, 2001, p.48)

Para algumas pessoas, o contato com o corpo é a principal maneira de encontrar


um equilíbrio psíquico e uma atitude saudável e alegre em relação à vida, neste modo de
“ser no mundo”, há uma aceitação da existência. Para outras pessoas, “ser no mundo” é
uma obsessão alienada e vazia, sem profundidade, sem contato com a terra há uma
“distração” dos valores autênticos da vida. Vejamos o que Lowen nos fala:
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“ Há uma grande diferença entre ter consciência do corpo e ter uma


consciência corporal. A consciência do corpo se coloca a serviço do
ego, da estética corporal, do aplauso, falta contato com o inconsciente,
falta integração, conexão somática. A consciência corporal é a
consciência de si mesmo, dos desejos, limitações do self. É o si
mesmo”. (Lowen 1982.p.277).

Para o criador da Bioenergética, no corpo haverá dor e tristeza, angústia e


medos, mas é de importância fundamental que esses sentimentos reais possam ser
experimentados e expressados pois para Lowen, capacidade de sentir dor também traz
consigo a capacidade de sentir prazer.
Weigand (2005) compreende o corpo é portador de valores culturais, para esta
autora ‘’estar inserido numa cultura e num grupo social implica enraizar-se.” A análise
bioenergética tem um olhar multidimensional que transcende o corpo biológico -o corpo
social e cultural. Corpo social é uma expansão do corpo biológico, o corpo cultural é
aquele que a história do imaginário humano idealiza e gera. Olhar o corpo sob a ótica
multidimensional, é ter acesso irrestrito as transformações e aos múltiplos aspectos
indenitários do ser, nas suas mais diversas concepções de família, mitos, crenças e
práticas religiosas vigentes nesse contexto.
"A linguagem corporal é chamada comunicação não verbal (...), a
expressão corporal nos permite coletar ou transmitir muita informação.
Muitas vezes, o tom de voz ou a aparência de uma pessoa tem um
impacto maior do que as palavras que pronuncia. (Lowen,1982, p.86)

A linguagem não verbal é de extrema importância e relevância entre terapeuta e


cliente. Esse tipo de linguagem é caracterizado por expressões quase sempre universal
como a qualidade da voz, das emoções ligadas a ela, da respiração, das expressões
faciais, e dos silêncios.
A descoberta do papel fundamental do corpo no processo terapêutico tem suas
raízes nas origens da história da psicanálise mais precisamente com, Wilhelm Reich que
propôs a análise da linguagem expressiva do corpo mediada do trabalho corpóreo.
Alexander Lowen, deu seguimento ao trabalho de corpo de Reich construção de uma
linguagem corporal, na teoria e na prática.
Não existe forma de existência mental independentemente da existência
física de uma pessoa (...). Mas essa afirmação não nega que a existência
física de um a pessoa tem um aspecto espiritual e também um aspecto
material "(Lowen, 1980, p.7).

Lowen, através das experiências terapêuticas que vivenciou, elaborou exercícios,


movimentos, temas e maneiras de compreensão do humano que conferiu maior
importância ao corpo e à sua intersecção com a mente.
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Grounding
O conceito de "Grounding" em bioenergética pode ser considerado, juntamente
com a respiração, um dos pilares da teoria e da prática bioenergética. A palavra
Grouding, termo em inglês que significa enraizamento, ou, na nossa língua portuguesa,
estar com os pés no chão, equilibrar-se, estar em si e consigo mesmo. A fundamentação
do conceito de Grouding em bioenergética tem um significado amplo que envolve uma
dimensão psicológica e uma dimensão corporal que literalmente significa, ter os pés,
firmemente no chão - também significa estar enraizados em sua própria verdade,
aceitando a si mesmos e suas próprias experiências.
Para descrever o conceito de Grouding, Lowen faz uma analogia dos seres
humanos com a arvores e escreve: A mãe terra ao corpo reduz a bioenergética
“Nós, seres humanos, somos como árvores: enraizados no chão com
uma extremidade, alcançando o céu com a outra, e quanto mais
pudermos alcançar, mais fortes são nossas raízes terrestres. Se
arrancarmos uma árvore, as folhas morrem; se arrancarmos uma pessoa,
sua espiritualidade se tornará uma abstração sem vida. Como criaturas
terrenas, estamos conectados ao chão com nossos pés e pernas. Se essa
conexão é vital, estamos aterrados "(Lowen, 1990.p.121)

No mundo contemporâneo, vivemos o processo inverso do estar em grouding,


pois estamos vivendo sob a égide de mudanças constantes numa extrema aceleração
tecnologia, de consumo exacerbado e pressões para ser, ter, é cada vez maior,
ascendendo seus patamares a níveis sempre maiores de exigência nos levando a um
nível de angústia, ansiedade e uma desconexão real dos pés, com a terra, com o planeta
o nosso habitat. Em sentido literal, todos temos os pés no chão, mas, em nível
energético, isto nem sempre acontece. Se a nossa energia não flui vigorosamente até os
pés, o contato energético com o chão fica seriamente limitado.
Estar em grouding é estar maduro, consciente, de estar no ego adulto que não
perde de vista o caráter da totalidade relacional com ele próprio, com o micro e o
macrocosmo. Estar em contato com o chão é estar sobre os próprios pés e pernas, é
poder sentir toda a intensidade da vida com os mais diversos sentimentos
No olhar de Alexander Lowen, a quantidade de energia disponível e o uso que
fazemos dela determinam como cada pessoa responde às situações da vida. Uma pessoa
com um forte sentimento de segurança em relação a vida é uma pessoa com os pés
ficados no chão. A ligação à terra representa o contato da pessoa com as realidades
básicas de sua existência; dessa forma, ela está "enraizada na terra, identificada com seu
próprio corpo, consciente de sua sexualidade, tendendo ao prazer. Qualidades que
faltam na pessoa que vive nas nuvens ou na cabeça, e não nos pés "(Lowen, 1990).
Não estar enraizado nos leva a estar na maioria das vezes, a ficar no "no ar", no
sentido metafórico significa viver com base em ilusões desconectadas da realidade e, a
valores distanciados do ego, a ponto de, não saber para onde estar caminhando. Para
algumas pessoas não estar no ar, pode ser uma maneira de compensar a sensação de
desenraizamento e insegurança.
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A perda da autoconsciência e da auto expressão se origina das primeiras


experiências da infância e resulta na falta de motilidade na idade adulta. Para Reich,
assim como, para Lowen às tensões crônicas presentes no corpo, levam a formação do
que Reich chamou de armadura de personagem. Estas armaduras, couraças, para ele,
estas armaduras, são processos crônicos da contratura muscular, que se formam na
ausência de interrupção de livre fluir da energia pelo corpo. Para os neorreichianos,
estes pontos estanques de energia levam à formação de pontos de tensão no corpo,
denominadas de couraça muscular.
Para Boadella, (1992) o eu biológico começa a existir durante a fase intrauterina,
desde a formação do embrião. O útero é o local onde o embrião se enraíza. O mundo
externo é o espaço disponível para a continuidade de novas raízes: o seio e o ventre da
mãe. Sem o primeiro aterramento, baseado no contato, na pele, presença, é difícil que o
trabalho postural possa construir raízes duradouras, capazes de apoiar o verdadeiro eu.
As pessoas que se sentem seguras e protegidas na idade adulta parecem ter tido
experiências iniciais que lhes permitiram desenvolver confiança, como serem seguradas,
aconchegadas embaladas. Pessoas que não tiveram estas experiências positivas de
nutrição, é exigido delas um aprendizado corporal para que aprendam a se auto nutrir, a
fim de se darem algumas das experiências que foram perdidas.
O grouding tem a função de descarregar o excesso de energia e excitação do corpo
e é semelhante ao aterramento de um circuito elétrico de alta tensão. Assim como em
um sistema elétrico, um acúmulo de carga no corpo pode ser igualmente perigoso se as
bases não forem suficientemente firmes. Nos humanos uma base firme em contato com
o solo permite, não apenas maior apoio, mas também uma maior capacidade de
sustentar e manter um estado de forte carga emocional sem entrar em um estado de
desproporcional excitação, ansiedade ou adoecimento. (Lowen, 1990)
Em condições normais e saudáveis, o nosso corpo vibra, essa vibração pode ser
sentida como uma descarga elétrica que começa nos pés e depois nas pernas se espalha
até a cabeça. A respiração é fundamental neste processo porque, se ela estiver
bloqueada ou limitada, a energia também será bloqueada e o movimento do corpo será
inibido. A vibração que percebemos em nosso corpo é devido a uma carga energética na
musculatura que pode ser comparada à corrente de um circuito elétrico quando
energizado.
Quando a vibração é limitada ou completamente ausente, significa que há um
bloqueio no circuito ou algo impede seu fluxo livre, geralmente causado por forte tensão
muscular ou por respiração limitada ou pouco fluida. Atividade vibratória é uma
manifestação de motilidade inata e espontânea do organismo.
Lowen, compara a vibração do corpo como as corredeiras de um rio que ao se
deparem com rochas ou outros obstáculos que impeçam o seu livre e uniforme fluir, elas
se recriam, não deixam de existir, apenas imprimem um ritmo mais lentos no seu
trajeto. Assim é caminho da energia no nosso corpo. Na impossibilidade de a energia
fluir corrente, uniforme, vibrações irregulares de excitação, fluem através dos músculos
contraídos ou em um estado de tensão crônica. Quando as tensões são relaxadas ou o
músculo relaxa, as vibrações se tornam mais sutis, quase imperceptíveis na superfície e
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sua presença são sentidas como uma rajada agradável de estremecimento no corpo.
Para Lowen, no entanto, é melhor estremecer do que não vibrar.
Para a Analise Bioenergética, o grouding do ponto de vista corporal é
caracterizado por uma respiração profunda e completa (torácico-abdominal) e atenção
às sensações que provém do contato do corpo com o chão. O que é experimentado
quando estamos em grouding é um fluxo de energia associado ao ritmo respiratório que
envolve todo o corpo. A espinha dorsal é mobilizada, de acordo com um ritmo que
envolve os três segmentos fundamentais do corpo: a cabeça, o tórax e a pelve.
Na bioenergética a condição de aterramento traz consigo, a ligação com à terra,
facilita a vivencia do prazer e alcança a consciência do eu - a experiência de se integrar
a todas partes de si mesmo, o uso de uma prática de vida consciente, estabelece o
equilíbrio, mente corpo, ajuda a nos tornar-se “presente” no aqui e agora.

Da terra ao corpo
Lowen frequentemente afirma, que a Mãe Terra e o ar realizam em comum a
tarefa de nos apoiar e nutrir com sua energia protetora. Uma maneira de criar um
sentimento mais profundo de unicidade com a Mãe Terra é ter de maneira consciente os
pés fincados na terra, lembrar-se de que não há separação entre nós e o planeta; somos
todos verdadeiramente um, pois a essência de todos os seres é a terra".
A Terra representa o arquétipo da Grande Mãe, e como tal, é um símbolo de
nutrição, fertilidade, hospitalidade, força, contenção e energia. Essa equivalência entre a
"mãe terra" e a "mãe biológica" é a base a partir da qual a análise bioenergética também
se desenvolve, onde se conectar à Mãe Terra significa permitir-se manter contato com
suas raízes, o qual chamamos grouding, aterramento, enraizamento, centramento. Para
ser aterrado, estar em grouding é necessário ter todo o pé tocando o chão. Imagine as
solas dos pés beijando a terra. As diferentes situações que causam a retirada de energia
da parte inferior do corpo, causando a perda do senso de enraizamento e conexão
podemos citar dentre outras causas, pessoas, que têm pés comumente chamados, pés
"chatos".
Por esta definição, Lowen quis dizer que os pés onde os arcos estão colapsados, o
peso corporal não é distribuído uniformemente na sola do pé, mas é movida para dentro.
A situação contrária, um arco o plantar muito alto mostra uma tensão crônica dos
músculos do pé, o que também não lhes permitem um contato próximo ao chão. Uma
pessoa bem plantada no chão requer equilíbrio e uma distribuição igualmente uniforme
entre os calcanhares e o peito do pé. O sentimento de pertencer, de ter raízes, deve estar
diretamente relacionado à sensação de contato íntimo entre os pés e o chão. Lowen
associa ter os pés no chão como sustentar seu espaço suas ideias, suas opiniões ter um
lugar na família, no mundo.
O que à primeira vista pode parecer uma experiência comum estar em contato
com a terra gradualmente, através do processo de auto percepção, o contato se torna
uma experiência fundamental, capaz de modificar a percepção do esquema corporal e
permitir que o corpo entre em contato com numerosas sensações as mais diversas como:
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instabilidade, fragilidade, rigidez, frio, dor, mas também solidez, segurança, auto apoio,
calor e prazer.
Para a Analise bioenergética estar em grouding, enraizado, é, um processo
relacional que podemos fazer com a Terra, com as pessoas e conosco, é um ciclo
energético que implica dar e receber. É uma conexão necessária e profunda de se tornar
e permanecer presentificado com o nosso corpo e nossa biologia, é um processo a
perder de vista, pois, passamos a vida inteira desenvolvendo e refinando o processo de
estar com o mundo a nossa volta. É um jeito próprio de ser e estar no mundo.
O que define um bom grouding é o contato correto com o solo e a realidade. Um
bom grouding também está relacionado à capacidade de integração do corpo, mente e
espírito; se não houver união entre as partes do corpo, o ser humano está parcialmente
integrado. Quando um corpo está perfeitamente integrado? Quando a cabeça, o peito e a
pelve estão em perfeita harmonia. Um homem aterrado, com os pés no chão, está em
contato com a realidade externa e interna, com sua própria realidade animal e com suas
próprias sensações: ele está presente a si mesmo.

As funções das pernas


Além da função de apoio, equilíbrio e enraizamento, as pernas também contêm as
estruturas atribuídas ao movimento do corpo. Do ponto de vista evolutivo funcional, os
pés e pernas correspondem à função de suporte e com a estrutura de sustentar o adulto.
Quando não há função de suporte nas pernas, pode ser esperada disfunção no
motilidade corporal. Joelhos pernas e pés, constituem uma tríade articulada na qual os
joelhos nunca devem estar travados, os joelhos precisam estar livres o tempo todo,
mesmo quando você fica parado, joelhos travados é impedimento para a energia descer
para as pernas, se há impedimentos há bloqueio da sua energia vital.
Medimos a motilidade das pernas pela capacidade do indivíduo de
balançar, movimentar sua pelve com liberdade, sem movimentar
qualquer parte do tronco. A articulação do joelho deve ser flexível e
relaxada, a área pélvica deve estar solta do tronco e todos os músculos
das pernas devem estar relaxados. (Lowen 1978)

Sentimentos de segurança e independência estão intimamente ligados à função das


pernas e pés e influenciam fortemente a sexualidade. Se as pernas estiverem bem
ancoradas ao chão, os braços poderão se estender para fora e para cima em direção ao
céu sem "voar”. (Lowen, 1977)
Os pés e os olhos são duas extremidades de contato com o mundo e conectam
realidades interna e externa. Enquanto os olhos trazem a percepção do mundo externo,
pés e pernas bem enraizados são importantes para organizar essas percepções e
devolve-las ao cérebro com informações sobre equilíbrio, organização espacial,
segurança, confiança, possibilidades. (Weigand, 2005)
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Em muitas pessoas a falta de vida sensível nas pernas e pés e compensada por um
exagerado desenvolvimento do ego. O ego busca segurança em sucessos em encubram
sua segurança aos olhos de todos, mas a sensação interna de não ser bom o suficiente
permanece. Nossas tensões musculares nos mantêm rígidos e nos dão a ilusão de sermos
fortes. Enquanto na realidade eles nos tornam insensíveis e nos privam da possibilidade
de fazer contato com o solo e com a nossa realidade.
Lowen descreve três condições principais que dificultam essa mobilidade chave
das pernas: 1- fraqueza, 2-solidez, 3-rigidez (Lowen, 1977.Pg 101-102).
1. Indivíduos com músculos subdesenvolvidos das pernas, tornozelos fracos e pés
chatos terão grande dificuldade em deixar sua pélvis balançar livremente.
Especialmente porque há uma incapacidade de controlar ou "sentir" os músculos
envolvidos, sem contar, que estas pessoas se cansam com muita facilidade nestes
exercícios.
2. Em indivíduos com pernas muito sólidas e coxas pesadas ou gordas, existe uma
grave falta de motilidade. Pode-se dizer que essas pessoas "têm chumbo nos pés". O
acúmulo de gordura ao redor das nádegas e coxas deve ser interpretado bio-
energeticamente como resultado de energia estagnada na região devido à motilidade
inibida.
3. Pessoas com pernas rígidas, os músculos são tão espásticos e contratos que até
a função do equilíbrio é danificada. A rigidez deve ser considerada uma compensação
aos sentimentos subjacentes de fraqueza. (Lowen, ibidem.)
A Bioenergética reconhece que nossas experiências criam impressões físicas
desde os primeiros dias da infância. Nossas respostas fisiológicas a eventos passados
são armazenadas em nossas células e músculos, bem como em nossas mentes, criando
bloqueios energéticos.
Experiências traumáticas na gestação, infância, bloqueiam o contato entre os pés
e o chão e influenciam no bom fundamento do indivíduo com a realidade: estar
enraizado significa estar totalmente em contato com a realidade da própria existência,
ter os pés firmemente plantados no chão é poder ficar em suas próprias pernas. O
contrário, pessoas que não estão enraizadas “andam nas nuvens", ou seja, vivem nas
ilusões.
Para a abordagem bioenergética, a pelves está ligada aos seus instintos
primordiais, que representam a sexualidade, a sobrevivência, o prazer de existir e a
vontade de agir. O peito, tórax é a sede dos pulmões e do coração; esses órgãos estão
conectados à capacidade de expressar afetividade, amor, o prazer de amar e ser amado.
A cabeça é a sede principal do pensamento e da consciência; portanto, está estritamente
conectado à possibilidade de compreensão, elaboração de pensamento a criação e da
boa comunicação
As maneiras pelas quais uma pessoa coloca os pés no chão é, portanto, um aspecto
da personalidade importante dentro da estrutura geral e da história de vida do paciente.
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Atenção plena do eu
O processo terapêutico na Analise Bioenergético se sustenta num processo de
mudança holística, integral da totalidade do ser, na sua unidade psicofísica, em sua
experiência de ser humano que possui um corpo que é capaz de respirar profundamente,
sentir-se plenamente conectado com a mobilidade, expressividade natural do organismo.
Neste processo da autoconsciência, a auto expressão, autocontrole são mediados pelo
papel da respiração.
A bioenergética é baseada na proposição simples de que cada pessoa é seu próprio
corpo. Ninguém é nada além do corpo vivo em que tem existência própria e através da
qual se expressa e se coloca em relacionamento com o mundo ao seu redor "(Lowen,
1975, p. 44)
Capacidade expressiva ou auto expressão para Lowen é essencial, pois representa
a possibilidade de ser espontânea e coordenada, seguir com novos movimentos,
podendo também desprender-se aos poucos, por exemplo, de posicionamentos mais
rígido. A motilidade do corpo é diretamente influenciada pelo nível de energia. Quando
a energia do corpo está baixa ou exaurida, a motilidade, o movimento e a expressão
diminuem. Lowen expõe este conceito por meio desta linha sólida interconectada:
Energia - Motilidade - Sentimento- Espontaneidade - Auto expressão.
Lowen (1982, p. 40) refere que a energia envolve o “[...] movimento de todas as
coisas, tanto vivas quanto inertes” e a personalidade se relaciona aos processos
energéticos do corpo, “[...] a energia está envolvida em todos os processos da vida, nos
movimentos, sentimentos e pensamentos, e que os mesmos chegariam ao fim se a fonte
de energia para o organismo se esgotasse. ” Assim a personalidade que um sujeito
possui, se relaciona à quantidade de energia que possui e de como faz uso desta.
O maior fluxo de energia gera níveis maiores de pulsação faz com que haja mais
vida em nós, em nossas ações; permite maior envolvimento com as atividades que nos
cabe realizar; e é o equilíbrio entre expansão e contração, abertura e fechamento que
gera essa possibilidade de mais vida.

Essa sequência também funciona ao contrário, se a expressão de um indivíduo é


bloqueada, sua espontaneidade é reduzida (Lowen, 1982. p.232). Em bioenergética um
corpo com pouco carga energética não tem consciência corporal, emocional, é limitado
em sua capacidade perceptiva. As defesas que nos foram impostas na nossa cronologia
de vida na sua maioria ocorridas na infância quebram as correntes energética do corpo,
seja na forma de colapso ou contração. Este mecanismo de atuar na vida nos impede de
acessar as memórias do corpo. Quanto menos centrado no ‘'eu, é uma pessoa, mais
afastada ela está do contato com o corpo, menos enraizada na sua realidade interna e
externa. Sem "os pés no chão" e, na medida em que não está enraizada, tem uma vida
irreal, falta pé no chão, alta vida. (ibidem, 1982.)
Estar vivo é inversamente proporcional à rigidez, um indivíduo fundamentado,
mantém o elo com a realidade básica de sua vida, sabe quem ele é e onde está, e pode
reconhecer e aceitar sua própria vulnerabilidade. Para Lowen, o papel do autocontrole,
isto é, a capacidade de permanecer em harmonia de quem somos e em contato com a
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realidade, é um caminho de olhar para si em conexão com qualquer parte da essência


seja ela luz ou sombra, desenvolvido ou não desenvolvido, ferido, saudável, físico,
emocional, mental ou espiritual e, é sustentar essa conexão em plena atenção e aceitação
de si mesmo. Centrar, se auto organizar é a maneira que auto apaziguadora, consciente
de todas as diferenças partes que clamam por nossa atenção.
Para a Analise Bioenergética, a autoconsciência, capacidade de se expressar e o
autocontrole são os três pilares do eu corporal. Sem estas três forças organizadas,
equilibradas enfraquece os esforços individuais para encontrar a alegria e paz que dão
satisfação à vida e seu significado mais profundo.
Saber quem somos é recuperar os sentidos, portanto, significa suavizar as
contrações do corpo e confortar as partes colapsadas, restaurando uma certa capacidade,
de consciência e domínio expressivos. A autoconsciência, é um jeito único de
organizamos a experiência do nosso eu – nossas dores, medos e alegrias, padrões de
pensamento, energia e nosso senso de essência de alma. É um caminho rumo ao
encontro de si mesmo.
A autoconsciência está conectada à nossa experiência perceptiva e inclui
orientação no espaço e contato com a realidade. Consciência é um comportamento
dinâmico, é uma experiência conectada ao presente e ao fluxo do momento. Embora
todos os fenômenos psíquicos estejam relacionados aos processos corporais, a
respiração é essencial para a produção de energia corporal e sua restrição serve para
reprimir nossas emoções intoleráveis. A respiração saudável vai mais longe e mais
profundamente do que apenas o corpo e suas sensações físicas. Ela é uma atividade
expansora da consciência e ao mesmo tempo provocadora de um estado excitação
perceptiva da mente e corpo.

Considerações finais

A Análise Bioenergética é uma abordagem orientada ao processo expressiva do


corpo linguagem, explorada junto com o paciente. Ela também trata de vivenciar
estratégias de enfrentamento, para promover a consciência corporal, a experiência
corporal como uma experiência do eu e da expressão psicocorporal.
Alexander Lowen morreu em 2008, partiu, mas suas ideias estão muito vivas no
campo das terapias corporais. Seus livros e o movimento bioenergético que ele e John
(Pierrakos) geraram é provavelmente a abordagem centrada no corpo de maior
relevância no campo das psicoterapias corporais.
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Bibliografia
BOADELLA, D. Correntes da vida. São Paulo: Summus. 1985.
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Lowen & Lowen, Exercícios de Bioenergética: o caminho para uma saúde vibrante. 8a
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Lowen, A. O Corpo em Terapia: a abordagem bioenergética. São Paulo: Summus, 1977.
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______. O corpo traído. São Paulo: Summus , 1979.
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_____. A linguagem do corpo. 1978. - ebooks
______. Prazer: uma abordagem criativa da vida. 6.ed. Filho. São Paulo: Summus,
1984,
PIERRAKOS, John C. Energética da Essência (Core Energetics): desenvolvendo a
capacidade de amar e curar. São Paulo: Pensamento, 1993
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Bioenergética - Conhecendo as Práticas Integrativas e Complementares em Saúde.
Brasília - DF 2018
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de atualização. Mestrado em Psicologia. Pontifícia Universidade Católica de São Paulo.
São Paulo ,2005
OLIVEIRA, Joviniano. CORPOSOFIA: ANÁLISE BIONERGÉTICA PARA SENSIBILIZAR
QUESTÕES FILOSÓFICAS. TESE DE DOUTORADO. UNIVERSIDADE ESTADUAL DE
CAMPINAS FACULDADE DE EDUCAÇÃO 2019.

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