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AS PRINCIPAIS CAUSAS QUE IMPEDEM O INGRESSO DOS VESTIBULANDOS


CONCLUINTES DO ENSINO MÉDIO NA UNEB- CAMPUS XIX EM CAMAÇARI
Ademário Angelo Pereira Santos1

Catiana Socorro Oliveira2

Clara Santos Gregorio da Silva3

Daniel Victor Lisboa de Santana Monteiro4

Evelyn Carvalho Medeiros de Farias 5

Isabelle Silva Santa Rosa6

RESUMO
O artigo científico tem por objetivo geral analisar quais são as principais causas para o
ingresso dos vestibulandos concluintes do ensino médio na Universidade do Estado da Bahia
(UNEB) no campus XIX em Camaçari (Ba). De modo com que o acesso à educação de
qualidade no ensino superior garanta a cidadania de todos. A metodologia utilizada na
pesquisa desse projeto, foi uma pesquisa de campo com a distribuição de um questionário em
redes públicas e privadas o qual gerou dados quantitativos e qualitativos para a análise das
hipóteses relatados, pesquisas bibliográficas e o grande apoio da Constituição Federal de
1988. O questionário foi distribuído para vestibulandos de Camaçari. Foi constatado que 27
pessoas queriam ingressar na UNEB independente dos problemas existentes (como a falta de
transporte, a falta do sentimento de pertencimento a cidade, a falta de condições financeiras
para se manter na Universidade, a falta de diferentes cursos e a falta de recursos para realizar
o vestibular exigido) e, os outros 83 relataram que não tinham interesse, utilizando a
justificativa principal de que não existem cursos diversos a serem ofertados, além do curso de
Direito e de Ciências Contábeis, dentre outros pontos mencionados. Por isso, na tentativa de
resolver o problema pontuado, cabe a gestão da Universidade investir na comunicação com a
população de Camaçari para a divulgação da existência desse campus e além disso,
possibilitar que a pesquisa sobre o interesse do público em ampliar a rede de ensino, inserindo
cursos variados para graduação.
Palavras-chave: Causas de impedimento ao ingresso no campus XIX. Cidadania.

SUMÁRIO: 1 INTRODUÇÃO 2 DEMOCRACIA E CIDADANIA 3 DIREITO À


EDUCAÇÃO COMO DEVER PÚBLICO 4 AS PRINCIPAIS CAUSAS QUE
IMPEDEM O INGRESSO DOS VESTIBULANDOS CONCLUINTES DO ENSINO
MÉDIO NA UNEB- CAMPUS XIX EM CAMAÇARI 4.1 RESULTADO DA PESQUISA
4.2 A RESPOSTA À PROBLEMÁTICA 5 CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS.
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1
Bacharelando em Direito na UNEB; Contato: ademario2003@yahoo.com.br
2
Bacharelanda em Direito na UNEB; Contato: csoba03@gmail.com
3
Bacharelanda em Direito na UNEB; Contato: Clarasgregorios@gmail.com
4
Bacharelando em Direito na UNEB; Contato: danielvictormonteiro5@gmail.com
5
Bacharelanda em Direito na UNEB; Contato: evelyncarvalho978@gmail.com
6
Bacharelanda em Direito na UNEB; Contato: isabellessrosa7@gmail.com
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS. REFERÊNCIAS.

1 INTRODUÇÃO
A democracia e a cidadania são conceitos que andam entrelaçados, um complementa
o outro. Em vista disso, com a democracia é possível reconhecer que o cidadão tem direitos e
deveres previstos na Constituição Federal. Uma educação de qualidade é um dos direitos
destinados para toda a população, o qual está previsto no art. 205 da Carta Magna e, quando o
Estado garante, a comunidade brasileira tem a sua cidadania sendo exercida. A grande
motivação para a elaboração desse artigo científico é entender os obstáculos encontrados
pelos vestibulandos que residem em Camaçari e que demonstrem interesse em ingressar na
Universidade do Estado da Bahia (UNEB), no campus XIX em Camaçari.
Com o intuito de esclarecer o objeto de estudo deste artigo, foi adotada uma
abordagem acadêmica, apresentando premissas com conceitos e valores fundamentais para o
desenvolvimento da pesquisa. O artigo inicia-se no tópico 2, abordando a temática da
democracia e cidadania no contexto brasileiro, baseado nas perspectivas de diversos autores.
Em seguida, no tópico 3, é estabelecido o papel da educação no progresso da sociedade,
destacando-se a obrigação de uma nação em fornecer educação à sua população. Para embasar
essas discussões, são utilizadas tanto citações de obras e autores relevantes como Paulo Freire
com a obra "Pedagogia do Oprimido", discorrendo sobre os conceitos da educação e a
legislação brasileira.
Essa Universidade é criada com a proposta de ser multicampi, ou seja, se instalar em
diversas cidades do interior da Bahia para atender as demandas de formação superior da
população, garantindo, assim, o acesso à educação de qualidade. No entanto, há uma grande
preocupação no baixo ingresso dos residentes de Camaçari na UNEB no campus XIX. Com
isso, surge a ideia de construir uma pesquisa baseada em hipóteses sobre quais poderiam ser
os motivos que estão impedindo o ingresso desses alunos, tais como: a falta de conhecimento
sobre a existência do campus; a ausência de transporte público; a escassez de condições
financeiras para a permanência; a falta de recursos para realizar o vestibular que a
Universidade estabelece como requisito para cursar a área desejada; a insuficiência da
diversidade dos cursos, visto que o campus XIX apenas oferece os cursos de Direito e
Ciências Contábeis; e a inexistência do sentimento de pertencer à cidade e à comunidade de
Camaçari. A metodologia escolhida para a produção do trabalho, além da pesquisa de campo
com a aplicação do questionário, foi o método hipotético-dedutivo, dados de natureza
quantitativa e qualitativa, pesquisas bibliográficas e documentais. Com essa pesquisa, espera-
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se contribuir para uma melhor compreensão do cenário para revelar o principal motivo para o
baixo ingresso dos vestibulandos de rede pública ou privada, entre 16 anos ou mais e, a partir
disso, elaborar tentativas de resolução dos principais problemas enfrentados por eles.

2 DEMOCRACIA E CIDADANIA
A democracia é um sistema político governamental em que o cidadão possui
protagonismo para exercer a soberania determinando, através de eleições periódicas, seus
representantes legais, essa definição é retirada do “Glossário Eleitoral” (BRASIL, 2023, p. 1).
Em consonância com isso, o modelo democrático foi instaurado no Brasil em 1989 e
consolidada como organização política oficial do país, conforme estabelecido na Lei nº 9.709,
de 18 de novembro de 1998.
Ademais, nesse sistema governamental, o indivíduo possui direitos e exerce deveres
com a sua cidadania e é por meio dela que é possível assegurar igualdade desses direitos civis,
políticos e sociais no país, conforme garantido no artigo 5º da Constituição Federal.
A cidadania é um conceito que faz referência aos direitos, deveres e responsabilidades
que uma pessoa possui em relação ao local onde vive e à sociedade na qual está inserida.
Assim, é a efetivação do direito de ser considerado um membro ativo e participativo de uma
comunidade, que envolve a plenitude do exercício dos direitos civis, políticos e sociais,
determinados e garantidos pela Constituição. Além disso, implica respeitar as leis, dar a sua
contribuição para o bem-estar da coletividade, lutar pelos seus direitos e pelos direitos dos
outros, também de ser consciente de seus deveres e responsabilidades como parte do conjunto
social.
Segundo Madrigal (2016), no artigo “O exercício da cidadania no desenvolvimento da
sociedade”, a cidadania se refere aos compromissos e obrigações que uma pessoa tem com a
sociedade em que vive, juntamente com os direitos que lhe são concedidos. Dessa forma,
complementa com uma observação do desenrolar histórico da cidadania, observando que ela
tem sido associada principalmente aos direitos políticos, que possibilitam que um indivíduo
participe ativamente na tomada de decisões públicas do Estado, seja por meio de intervenção
direta ou indireta na administração e formação do governo.
Diante desse conceito sobre a cidadania, segundo o artigo “A concepção de cidadania
como conjunto de direitos e sua implicação para a cidadania de crianças e jovens” um dos
problemas discutidos é a representação da cidadania plena do indivíduo sendo, apenas, um
conjunto de deveres que o Estado impõe na sua população, desconsiderando os direitos como
um dos elementos essenciais que fazem parte da identidade do cidadão (MONTEIRO;
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CASTRO, 2008, p. 2). Ademais, ser cidadão é possuir um posicionamento jurídico-legal


diante das decisões tomadas pelo Estado, que detém o poder de modificar e afetar a vida dos
seus súditos, fazendo com que a comunidade use do seu posicionamento de soberano em um
governo democrático, a fim de levar as suas angústias e suas revoltas sobre as dificuldades
enfrentadas nas cidades para os seus representantes que estão no poder, no sentido de
melhorar essa realidade.
Outrossim, a condição de cidadania para Marshall (2002, p. 24) “é concedida àqueles
que são membros integrais de uma comunidade. Todos aqueles que possuem o status são
iguais com respeito aos direitos e obrigações pertinentes ao status”. Essa conceituação tem
como um dos seus princípios a igualdade entre os cidadãos, fazendo com que os deveres
exercidos e os direitos dados para o cidadão sejam iguais e uniformes, entretanto, com base
em dados disponibilizados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na
pesquisa intitulada “Pesquisa aponta redução do analfabetismo em todo o país” (BRASIL,
2018, p. 1), existe uma diferença entre pessoas alfabetizadas nas 5 regiões do território
brasileiro, fazendo com que o direito a educação não se torne absoluto para toda a população.
Além disso, para que os indivíduos de uma sociedade consigam exercer suas funções de
maneira correta e plena é preciso, antes, ter conhecimento sobre as mesmas, já que Carvalho
(2004, p. 11) considera a educação como um pré-requisito para exercer a cidadania.

Nos países em que a cidadania se desenvolveu com mais rapidez, inclusive na


Inglaterra, por uma razão ou outra a educação popular foi introduzida. Foi ela que
permitiu às pessoas tomarem conhecimento de seus direitos e se organizarem para
lutar por eles. A ausência de uma população educada tem sido sempre um dos
principais obstáculos à construção da cidadania civil e política.

Perante o exposto, vale a pena ressaltar que, no sistema democrático brasileiro, um dos
direitos do cidadão é o amplo acesso à educação, que infelizmente não é respeitado, já que,
com base nos dados que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE)
disponibilizou na pesquisa intitulada “Pesquisa aponta redução do analfabetismo em todo o
país” (BRASIL, 2018, p. 1), cerca de 8,3% dos cidadãos brasileiros são analfabetos,
possuindo 15 anos ou mais. Esses dados fazem com que os cidadãos não sentem que os seus
representantes estão realmente patrocinando uma educação universal no Brasil, fazendo com
que uma parte da população não consiga ter uma formação bem estruturada para poderem
usufruir plenamente dos seus direitos e deveres como indivíduo de um Estado.
Além desse fato, Diniz (2022, p. 174), em sua obra “Dicionário Jurídico
Universitário”, indica que a participação dos cidadãos é o elemento principal na definição do
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significado de democracia como forma de governo. Complementa nessa definição de


democracia que a escolha dos governantes é feita pelo povo no voto direto. Destaca-se
também outro ponto importante, é percebido que quando a mesma autora afirma ser a
soberania pertencente à totalidade da população, enquanto cidadão, quando a democracia é
vista como Estado político.
Tomando como base as afirmações acima, percebe-se que a democracia caminha
sempre de mãos dadas com o exercício da cidadania, pois a população tem sua participação
garantida de maneira fundamental nos regimes democráticos pela definição dos seus
representantes nas esferas de governo, podendo também influenciar nas decisões desses
governantes através de manifestações ou reivindicações populares, abaixo-assinados, dentre
outras formas.
Diniz (2022, p. 108) afirma que o referido termo tem relação direta com a qualidade
ou estado de ser um cidadão, implicando uma série de deveres e direitos políticos que ligam o
indivíduo ao Estado. Em resumo, a cidadania é a qualidade de cidadão relativa ao exercício
das prerrogativas políticas que são outorgadas pela Constituição de um Estado democrático. É
um conceito fundamental para entender a relação entre o indivíduo e o Estado em uma
sociedade democrática e participativa.
Concordando com a definição feita no parágrafo acima e fazendo a ligação com o
termo democracia tem-se o Estado Democrático, em que a cidadania é entendida como um
vínculo político que liga o indivíduo ao Estado e que gera para o cidadão uma série de deveres
e direitos políticos. Dentre os direitos políticos estão a capacidade de votar e ser votado nas
eleições, de participar de partidos políticos, de manifestar opiniões e ideias. E como deveres
políticos ligados à cidadania apresentam-se o respeito às leis e à Constituição do Estado, a
participação cívica na vida política e social da comunidade, o pagamento de impostos, entre
outros.
Cabe ressaltar que a democracia é ainda o regime político que melhor representa a
busca pela dignidade humana, embora esteja longe da perfeição. O sufrágio universal é fator
relevante para o processo democrático, contudo o papel do cidadão vai além do ato de eleger
os seus representantes. O poder emana do povo, logo, a sua função primordial é acompanhar
se os programas e projetos apresentados nas campanhas estão sendo cumpridos, é fazer o
controle social na Administração Pública.
“Para a teoria democrática ‘convencional’ a fundamentação do governo democrático
se dá por meio do voto. Dado que esse instrumento não é suficiente para legitimar a
democracia […]” (FARIA, 2010, p. 2). Em seu texto, a autora cita a teoria do discurso de
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Habermas para demonstrar que a democracia efetiva é construída por meio do diálogo entre
os diversos setores. Contudo, é necessário institucionalizar os procedimentos que promovam
tais debates e criem condições de comunicação entre esses variados grupos formais e
informais. Para a autora, os procedimentos e pressupostos comunicativos que geram a
formação liberal da vontade e da opinião popular legitimam o processo democrático, porque
se vinculam ao exercício do poder público na realização de seus programas a favor da
coletividade (FARIA, 2010, p. 3).
É importante destacar que cidadão é o indivíduo no gozo dos direitos políticos e civis
de um país, porém todas as pessoas têm direito a dignidade humana. Daí, a importância da
participação do cidadão na governança de uma nação, estabelecendo o direcionamento das
políticas públicas e do desenvolvimento nacional para o bem comum. No artigo “A Percepção
Sobre o Voto no Brasil: Direito ou Dever”, os autores também consideram que o exercício do
voto apenas não é suficiente para o desenvolvimento pleno da cidadania e consolidação da
democracia no país. É necessário que os eleitores possuam um certo grau de maturidade e
atuação na vida política para realizar as suas escolhas de forma consciente. Segundo os
autores, “Socialmente analisando, uma sociedade para estar preparada à democracia precisa
ter um nível cultural mínimo, e não só de alfabetização [...]” (SILVA; SILVA, 2015, p. 4).
No referido artigo, questiona-se a natureza do voto, se é um dever ou um direito. Sobre
esse assunto, há entendimentos divergentes na doutrina brasileira, porém os autores entendem
que, quando o voto é classificado como um dever pelo cidadão, o poder do Estado não está
nas mãos do povo de fato, a nação é quem exerce esse poder soberano. Portanto, o
entendimento do voto como direito enfatiza a soberania popular, pois ele expressa a vontade
de cada eleitor (SILVA; SILVA, 2015, p. 5).
Ademais, o artigo ratifica não só a importância da alfabetização, mas principalmente
da educação política para a formação de cidadãos ativos, conhecedores do funcionamento do
governo e participantes das políticas públicas do seu Estado (SILVA; SILVA, 2015, p. 6).
Quanto mais instruído e engajado politicamente for o cidadão, mais consciente será o seu
voto. A sua visão sobre o seu papel eleitoral passará cada vez mais de dever para um direito.
Contudo, essa realidade ideal só será possível por meio da educação, conforme estabelece o
art. 205 da Constituição Federal de 1988:

Art. 205. A educação, direito de todos e dever do Estado e da família, será


promovida e incentivada com a colaboração da sociedade, visando ao pleno
desenvolvimento da pessoa, seu preparo para o exercício da cidadania e sua
qualificação para o trabalho.
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Infelizmente, no contexto atual, o regime democrático brasileiro vive uma crise e o


voto está sendo banalizado. Os motivos passam pela falta de instrução da população e pela
corrupção, ocasionando uma visão de fragilidade das instituições do país e principalmente do
processo eleitoral, pois o despreparo dos cidadãos faz com quem votem de maneira
inconsciente. Diante desse contexto, Silva e Silva concluem o seguinte:

Devemos, por conseguinte, valorizar o papel do dever político, que só pode ser
despertado e difundido por meio da educação em conjunto com o devido trato com a
coisa pública, e aviltar o dever jurídico, que tem nos conduzido a uma realidade não
desejável para nenhum povo, ensejando uma verdadeira ruína dos ideais da
democracia e do sistema representativo. A tratativa de temas a respeito da
participação política e da escolha de representantes requer uma maior sensibilidade,
planejamento e empenho por parte do poder estatal, sob pena de incorrer no erro de
se formar seres alienados politicamente, ao invés de típicos cidadãos. (SILVA;
SILVA, 2015, p. 9)

Por fim, verifica-se que a democracia efetiva depende de cidadãos conhecedores e


atuantes na vida política do seu país, exercendo o seu direito de escolher os seus
representantes, participando do planejamento dos programas sociais e realizando o controle
social na Administração Pública para a garantia da dignidade humana.

3 DIREITO À EDUCAÇÃO COMO DEVER PÚBLICO


A educação é o fundamento da constituição da vida humana como cidadão, que é
capaz de pleitear por seus direitos. Assim, a luta pela democratização ao acesso à educação é
vista, desde os primórdios da história, como forma de libertação da opressão sofrida pela
grande população em massa.
Consonante a perspectiva histórica, brevemente, nota-se os relatos deixados pela coroa
portuguesa, a qual buscou inserir a educação básica para parte dos povos que habitavam as
terras brasileiras. Por intermédio da Companhia de Jesus, que utilizava da escolástica como
meio de ensino, os resquícios da implantação da educação de forma oficial são observados na
medida chamada “redizima”, que correspondiam a 10% dos impostos, sendo que, parte desse
valor era ofertado à educação. Entretanto, o “avanço” da educação trouxe consigo
ambiguidade, pois não abrangia a todos, logo, mesmo sendo considerada uma educação
pública religiosa, ela excluía mais da metade de toda a população que vivia no Brasil colonial.
Conclui-se esse pensamento com base em pesquisas, sobre a qual foi denominada essa fase
historio como período heroico (MATTOS, 1958).
Nesse ínterim, a relação oprimido e opressor transpassa a perspectiva de libertação,
haja vista a história mostram os indícios coercitivos com que a educação era posta para a
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sociedade. Outrossim, a dicotomia existente entre as classes sociais apontava a hierarquização


do acesso à educação como um direito incomum, que contraditoriamente, era condescendente
e seletiva.
Contudo, o desejo pela superação dessa condição de opressão apenas é subjugado pela
vontade de fazer do oprimido, segundo o exposto pela teoria do pedagogo Paulo Freire,
apenas por intermédio dele, o oprimido, a sua libertação é garantida, assim, o estado de
inércia da educação fragilizada é vencida.
Dessa forma, a aplicação da educação horizontal é perpassada pelas gerações, a fim de
que, a construção do entendimento humano, intrinco aos seus direitos e deveres prevaleçam.
Seguindo essa lógica, a qual é fundamentada por Paulo Freire afirma-se que “[...] o educador
já não é o que apenas aquele que educa, mas o que, enquanto educa, é educado, em diálogo
com o educando que, ao ser educado, também educa” (FREIRE, 1968, p. 96). Sendo assim, a
educação é uma ferramenta cíclica que em constante movimento é capaz de sobrepor as
desigualdades existentes na sociedade, pois, o ato de ensinar corresponde a ter humildade,
como também, aprender. Dessa maneira, molda-se o processo de aprendizagem, baseado em
experimentos pedagógicos, que visam agregar e disseminar as diversas formas de educar o ser
humano.
Portanto, a incumbência contida nos parágrafos do Direitos Humanos é,
primordialmente, prezar pela valorização da vida do ser humano como pessoa revestida de
direitos básicos a educação. Desse modo, conforme o artigo 26 da Carta das Nações Unidas,
na Declaração Universal dos Direitos Humanos é assegurado que:

§1 Todo ser humano tem direito à instrução. A instrução será gratuita, pelo menos
nos graus elementares e fundamentais. A instrução elementar será obrigatória. A
instrução técnico-profissional será acessível a todos, bem como a instrução superior,
está baseada no mérito.
§2 A instrução será orientada no sentido do pleno desenvolvimento da personalidade
humana e do fortalecimento do respeito pelos direitos do ser humano e pelas
liberdades fundamentais. A instrução promoverá a compreensão, a tolerância e a
amizade entre todas as nações e grupos raciais ou religiosos e coadjuvará as
atividades das Nações Unidas em prol da manutenção da paz (ONU, 1948).

Tendo em vista o que é imprescindivelmente inafastável, a colocação da Organização


das Nações Unidas detém o dever, por meio do Estado e da família, de cumprir com
fidelidade as entrelinhas do artigo, que é assegurado a todo ser humano. Sendo assim, os
parâmetros de acesso à educação devem ser desburocratizados de modo a se tornar acessível a
toda sociedade, tendo em vista a constante luta para a disseminação pétrea do direito à
educação.
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Nessa perspectiva, a educação é capaz de transformar a vida de crianças, adolescentes


e adultos, formar seres “pensantes”, seres críticos que conquistam a sua autonomia na
sociedade. Segundo Yuval Harari (2018, 231), grande parte dos indivíduos não são capazes de
perceber os reais problemas do mundo atual, por estarem submersos num mundo de muitas
informações, mas sem uma criteriosa seletividade. Analogamente, uma das principais
características da educação é justamente fazer com o que esses indivíduos que estão alienados
saiam dessa “bolha”, construam o senso crítico e o discernimento sobre todos os problemas
que a sociedade brasileira enfrenta cotidianamente, principalmente, tomar decisões sobre suas
próprias vidas.
O sistema educacional além ser uma ferramenta responsável por gerar oportunidades
para milhares de crianças, jovens e adultos, ele consegue tornar um cidadão capaz de
reconhecer os seus deveres e lutar pelos direitos exercendo o papel da cidadania. O ingresso
no ensino superior proporciona a evolução do cidadão no meio profissionalizante promovendo
uma melhor qualidade de vida (incluindo resultados financeiros) e, além disso, o país
consegue se desenvolver por uma grande parcela de pessoas escolarizadas, com
conhecimentos específicos, proporcionando um avanço científico em todas as áreas e
tornando-se um fator primordial para o crescimento econômico de um território De certa
forma, a educação traz diversas evoluções e essa é uma das suas consequências. No entanto,
uma nação com um sistema capitalista, tem o grande foco é ter mão de obra especializada de
acordo com cada setor econômico e, ao dar muita ênfase a apenas esse quesito, o verdadeiro
sentido da educação acaba sendo deixado de lado.
Diante desse contexto, no artigo 205 da CF/88, estabelece que o Estado e a família têm
o dever de garantir esse direito à educação a todos os cidadãos brasileiros, sem distinção, ou
seja, a educação é um dever público a qual deve ser fornecida com qualidade e de maneira
democrática. Além disso, a garantia desse direito fundamental permite que o ser humano
tenha dignidade ao exercer a sua cidadania, tendo a consciência dos seus direitos enquanto
cidadão. Infelizmente, na atualidade grandes Instituições de ensino estão sendo construídas
com o foco da mercantilização do ensino, ou seja, deixam para trás a construção de uma
educação de qualidade e acessível a todos. A educação passa a ser acessada por poucos (o que
contraria o art. 205) podendo disseminar a visão de que esse bem de direito de todos deve ser
comercializado, e não dado de forma gratuita para todos os cidadãos brasileiros.
Para além do panorama da educação básica como incentivo ao ensino superior, a
primazia da educação universitária inicia-se com a fundamentação dos conceitos
estabelecidos na escola. Tendo em vista os percalços vivenciados pelos jovens e adultos para
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inserir-se na rede de educação superior, urge então a necessidade de viabilizar esses


transtornos (econômico, social e ambiental). A Base Curricular Comum busca, desde os
primórdios da inserção da escolaridade, reconstruir o cenário de mudanças a qual os jovens
estão submetidos de maneira coesa, por isso a reforma do ensino médio é uma possibilidade,
pois visa moldar a perspectiva dos estudantes, esse ideário está baseado nas prerrogativas do
Conselho Nacional de Educação, contido no documento Diretrizes Curriculares Nacionais
para o Ensino Médio, logo, afirmam que:
Com a perspectiva de um imenso contingente de adolescentes, jovens e adultos que
se diferenciam por condições de existência e perspectivas de futuro desiguais, é que
o Ensino Médio deve trabalhar. Está em jogo a recriação da escola que, embora não
possa por si só resolver as desigualdades sociais, pode ampliar as condições de
inclusão social, ao possibilitar o acesso à ciência, à tecnologia, à cultura e ao
trabalho (DCNEM, 2011).
Diante do exposto, a Base Curricular Comum almeja redirecionar esses aspectos,
precisamente contidos na competência 5 (a etapa do ensino médio). Assim, é urgente que
medidas sejam aplicadas na vivência desses jovens que procuram transformar o futuro com o
alicerce na educação, tais como: o protagonismo estudantil, a diversidade e o projeto de vida
(BRASIL, 2018, p. 463). Conforme a Lei de Diretrizes e Bases da Educação “[...] a
preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando, para continuar aprendendo, de
modo a ser capaz de se adaptar com flexibilidade a novas condições de ocupação ou
aperfeiçoamento posteriores” (LDB, Art. 35, parágrafo II). Por isso, a análise dos obstáculos
ao qual os estudantes estão submissos é inafastável, assim como rever os aspetos da condição,
moradia, território e oportunidades possibilitam o acesso à educação a todos que a almejam.

4 AS PRINCIPAIS CAUSAS QUE IMPEDEM O INGRESSO DOS


VESTIBULANDOS CONCLUINTES DO ENSINO MÉDIO NA UNEB- CAMPUS XIX
EM CAMAÇARI
A Universidade Estadual da Bahia (Uneb) foi criada no modelo multicampi com foco
na descentralização do ensino, localizada em diversos locais do interior da Bahia, com o
objetivo de garantir o acesso à educação para todas as pessoas, conforme é estabelecido no
art. 211 da Constituição Federal de 1988, no dever de assegurar a equalização de
oportunidades educacionais e um padrão mínimo de qualidade do ensino. Com essa
característica de ser multicampi, o município de Camaçari recebeu em 1998 um campus XIX
da Universidade do Estado da Bahia que surge com a intenção de garantir a dignidade e a
cidadania de todos os moradores de Camaçari, ao fornecer uma oportunidade de cursar um
ensino superior de qualidade. Especificadamente, o campus XIX oferece apenas cursos de
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bacharelado em Direito e Ciências Contábeis, os quais podem gerar grandes benefícios para
os camaçarienses. Todos os programas realizados no campus são direcionados para a melhoria
do desenvolvimento da cidade, das mesas de debates, discussões e palestras são realizadas em
prol da comunidade.
Contudo, percebe-se que nos cursos do campus XIX muitos alunos vieram de outras
cidades e poucos de fato são nativos da cidade de Camaçari. Diante disso, surgiu a
necessidade de investigar e questionar o (s) motivo (s) dos vestibulandos do ensino médio
(público e privado) de Camaçari não ingressarem com frequência na Universidade local. A
partir da coleta e análise dos dados, será possível afirmar que existem muitos impedimentos
para o ingresso de jovens e adultos nos cursos do campus XIX da Uneb, gerando, assim, a
possibilidade de elaborar um plano com alternativas para aumentar o ingresso desses
indivíduos nesta Universidade.
Diante desses fatos, um questionário foi criado no Google Forms e aplicado em
determinadas escolas públicas e privadas localizadas na cidade de Camaçari. A pesquisa foi
elaborada contendo questões objetivas referentes à faixa etária, tipo de escola (pública ou
privada), se o respondente tinha interesse em estudar no campus XIX (UNEB) e uma questão
com sugestões de possíveis motivos que prejudicam a entrada desses alunos na Universidade
foco da pesquisa. Cabe ressaltar que nessa questão também havia uma opção aberta
denominada “outros”, para o caso de o respondente desejar informar outra razão diversa
daquelas contempladas no formulário, permitindo uma maior abordagem das causas que serão
objeto desse estudo. Ademais, o intuito dessa coleta e reunião dos dados foi para investigar o
porquê os vestibulandos nativos dessa cidade não ingressam no campus XIX da Universidade
do Estado da Bahia (Uneb).

4.1 RESULTADO DA PESQUISA


O questionário foi respondido por 110 estudantes de instituições de ensino público e
privado da cidade de Camaçari. Ao final da pesquisa foram obtidos os seguintes resultados:
Gráfico 1- Perfil etário dos respondentes
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Fonte: Pesquisa 2023


O gráfico acima demonstra que a faixa etária predominante dos entrevistados era
composta de jovens entre 16 até 18 anos, o que correspondeu a quase 71% (setenta e um
porcento) dos participantes. Verifica-se que tal público é formado por concluintes do ensino
médio.
Gráfico 2 - Perfil da rede escolar dos respondentes

Fonte: Pesquisa 2023


O segundo gráfico apresenta que dentre os 110 estudantes, 80 pertencem à rede
pública de ensino (72,7%) e somente 30 estudam em escolas privadas (27,3%). É importante
registrar que houve uma grande dificuldade de retorno dos questionários por parte das redes
privadas.
Gráfico 3 - Avaliação do interesse em ingressar na Uneb Camaçari
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Fonte: Pesquisa 2023


Com relação à pergunta se tem o interesse em estudar na UNEB pertencente a
Camaçari, constatou-se que 80% (75,5%) dos entrevistados não pretendem ingressar no
referido campus.
Vale ressaltar que os 27 alunos (24,5%) com interesse em ingressar nos cursos
oferecidos pela Uneb em Camaçari pertencem à escola pública. Nenhum aluno da rede
privada tem interesse em fazer parte da comunidade discente dessa universidade. Portanto,
fica evidente a falta de interesse em estudar no campus de Camaçari da Uneb tanto nos alunos
da escola pública e ainda mais os alunos da escola particular.
Outra informação importante constada na pesquisa foi que, dos 78 estudantes que
afirmaram possuir a idade entre 16 até 18 anos (70,9%), 54 não possuem interesse em fazer
parte dessa instituição educadora na cidade de Camaçari. Esse resultado também ocorreu entre
os 32 indivíduos entrevistados maiores de 18 anos (29,1%), pois 29 pessoas não possuem o
desejo de ingressar na faculdade em questão.
Gráfico 4 – Motivo principal para falta de interesse em estudar na Uneb Camaçari

Fonte: Pesquisa 2023


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Pelo gráfico acima, identificou-se que a maioria dos participantes da pesquisa, 39


estudantes (45,9%), afirmaram que a falta de uma diversidade de cursos para a graduação é o
principal empecilho para não terem interesse no ingresso a essa instituição. O segundo maior
motivo selecionado por 16 alunos (18,8%) foi o desconhecimento da existência do campus
XIX da Uneb.
Ademais, 11 estudantes (12,9%) argumentaram que a falta do sentimento de
pertencimento com a comunidade e a cidade de Camaçari os impediam de querer estudar
nessa universidade. Nove estudantes (10,6%) apresentaram motivos diversos, tais como: a
Uneb está na posição 101° de qualidade do ensino; a estrutura e qualidade do ensino não
atende ao desejado; é uma Universidade sem estrutura e "esquecida"; e não vejo como uma
Universidade reconhecida.
Além disso, outros motivos que foram sinalizados no questionário, mas não foram
expressivamente marcados pelos alunos foram: falta de transporte público para o acesso ao
compus XIX (9,4%), falta de condições financeiras para a permanência na universidade
(7,1%) e falta de recursos para realizar o vestibular (3,5%), sendo que apenas nove
vestibulandos não possuem problemas para adentrarem nessa escola superior (10,6%), mesmo
não justificando, alegam falta interesse em ingressar na Universidade.

4.2 RESPOSTA À PROBLEMÁTICA


O questionário foi criado para responder o problema de pesquisa, que consiste em
saber quais fatores contribuem para o não ingresso nos cursos ofertamos na UNEB – campus
XIX de Camaçari. Com base nos dados coletados, percebe-se que uma maioria de 83 alunos
de um total de 110 não possuem interesse em estudar na Uneb de Camaçari, pelos principais
motivos de não ter uma diversidade de cursos para a graduação, pela falta de conhecimento
acerca da existência da faculdade e pela falta do sentimento de pertencimento com a cidade de
Camaçari e a comunidade.
De acordo com os resultados obtidos, concluiu-se que o campus XIX da Uneb precisa
melhorar a comunicação com a comunidade de Camaçari, principalmente com os jovens
estudantes do ensino médio. A instituição deve fomentar a maior interação com o seu público
alvo por meio dos diversos canais de comunicação (as escolas particulares e públicas; os
cursos pré-vestibulares; as mídias sociais; entre outros meios de acessibilidade ao público),
atuando mais nas redes sociais e promovendo eventos em parceria com as escolas da cidade.
Tal iniciativa tende a proporcionar maior divulgação da universidade, melhorando a sua
imagem e permitir a realização de consultas públicas para saber quais os cursos de nível
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superior são de interesse dos alunos de Camaçari. A partir daí, será possível fazer um
planejamento para ampliação das formações acadêmicas do referido campus.

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente artigo teve como objetivo principal pesquisar sobre as principais causas
que impedem o ingresso dos vestibulandos concluintes do ensino médio na Universidade do
estado da Bahia, campus XIX – Camaçari (BA). Para atingir a meta traçada buscou-se como
referenciais a democracia, a cidadania e o direito à educação; refletiu-se sobre a importância
dos conceitos de democracia e cidadania como fundamentos constitucionais indispensáveis no
Estado Democrático de Direito brasileiro; e analisou-se o dever do poder público de garantir o
direito à educação a todas as pessoas da população como uma obrigação pública inafastável
dos deveres governamentais.
Criou-se um questionário para coletar as causas do aparente impedimento ao ingresso
dos estudantes concluintes do ensino médio em Camaçari no campus XIX da UNEB. A
amostra populacional pesquisada foi de 110 estudantes de instituições de ensino público e
privado da referida cidade, sendo 80 alunos da rede pública e 30 da rede privada,
correspondendo a 72,7% e 27,3%, respectivamente. Observou-se que a grande maioria não
tem interesse de ingressar no campus XIX da Uneb devido a não ter uma diversidade de
cursos de graduação, falta de conhecimento da existência da referida universidade e pela falta
do sentimento de pertencimento com a cidade de Camaçari e a comunidade, dentre outros
fatores.
Constata-se a necessidade de uma melhoria na comunicação do campus XIX da Uneb
com a comunidade de Camaçari, buscando uma maior interação com sociedade local,
especialmente os jovens, para ser mais conhecida e valorizada. E é importante também,
planejar uma ampliação das formações acadêmicas.

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