Teoria das Deformações

Artur Portela

!
UnB – Departamento de Engenharia Civil
 Teoria das Deformações
Objetivo:
Relembrar aspectos básicos da Teoria das deformações
 Introdução

Na Isostática considerou-se simplificadamente que

as estruturas eram constituídas por peças rígidas e
portanto indeformáveis. Consequentemente, o
estudo da Mecânica resumiu-se apenas à análise das
condições de equilíbrio que se estabeleciam na
configuração original, indeformável, da estrutura.
 Introdução

Num modelo mais próximo da realidade admite-se

que as peças estruturais se podem deformar. Assim,
considerando esta hipótese, justifica-se fazer o
estudo da Cinemática.
 Mudança de Configuração

Configuração – posição ocupada por um corpo,

relativamente ao sistema de referência. Submetido
às ações exteriores, o corpo muda de configuração.
 Mudança de Configuração

Deformação - transformação que se

traduz pela variação da distância
entre 2 pontos de um corpo, numa
mudança de configuração.

Na mudança de configuração representada na Figura

há deformação se |PQ|<>|pq|,
o que implica derivadas dos deslocamentos não nulas,
como se mostra adiante.
 Mudança de Configuração
Exemplos

Mudança de configuração
sem deformação
 Mudança de Configuração

Quais as transformações envolvidas numa mudança

de configuração ?
• Movimentos de corpo rígido – translações & rotações;
• Deformações – que podem ter as seguintes componentes:
• Extensão – variação de comprimento (1D), superfície
(2D) ou volume (3D), sem variação de forma;
• Distorsão – variação de forma, do ângulo entre 2
segmentos (2D) ou superficies (3D), sem variação de
comprimento, superfície ou volume.
 Mudança de Configuração

As deformações podem ser:

• Médias – relativas a uma medida inicial do corpo;
• Infinitesimais – relativas a um ponto do corpo,
com pequenas deformações e deslocamentos;
• Finitas – relativas a um ponto do corpo, com
grandes deformações e deslocamentos.
Deformação infinitesimal

Deformação média
 Mudança de Configuração

Na mudança de configuração, a deformação pode ser:

• Média – relativa a uma medida finita;
• Infinitesimal – relativa a uma medida infinitesimal, isto
é a um ponto.
Média: Infinitesimal:
 Mudança de Configuração

Exemplos
Examples of Continuum Motion & Deformation
Configuração final
sem deformação,
com movimento
Configuração inicial (Rigid Body Rotation)de corpo rígido
(Undeformed Element)

(Vertical Extension) (Shearing Deformation)

(Horizontal Extension)
Configurações finais com Configuração final
deformações de extensão com deformação de
distorsão
 Componentes da Deformação

A deformação carateriza-se com duas grandezas

adimensionais: extensão & distorção
Componentes da Deformação
Componentes da Deformação
 Componentes da Deformação
Exemplos

Extensões & distorção positivas ex>0, ey<0 & gxy<0

 Componentes da Deformação

Em resumo: as deformações caraterizam-se com duas

grandezas adimensionais:
• extensão (deformação linear)
• distorção (deformação angular)

Mudança de
configuração
Estado de Deformação
Extensometria
Extensometria
Extensometria
Extensometria
 Extensometria

Rosetas de
extensómetros
Monitoring Structures
 Tensor das Deformações

Matematicamente

Fisicamente
Tensores das Deformações
Tensores das Deformações
Tensores das Deformações
Tensores das Deformações
Tensores das Deformações

Tensor das deformações finitas

de Lagranje
 Tensor das Deformações
Tensor das deformações infinitesimais

〜 0, na hipótese dos
pequenos
deslocamentos
 Tensor das Deformações
Tensor das deformações infinitesimais

Significado das
componentes
da deformação
 Hipóteses das Pequenas Deformações & dos
Pequenos Deslocamentos
Na Engenharia Civil, as componentes da deformação raramente
excedem valores da ordem de 10-3, o que permite admitir:
a hipóptese das pequenas deformações – perante a unidade
são desprezáveis as componentes da deformação:
2
1+ εij ≈ 1− εij ≈ 1 1+ 2 εij ≈ 1+ 2 εij + εij2 = (1+ εij )

a hipótese dos pequenos deslocamentos – admite-se que são

pequenas as derivadas dos deslocamentos (taxas de variação
dos deslocamentos) o que permite desprezar produtos das
derivadas dos deslocamentos, em presença das próprias
derivadas:
ui, j +u j,i + uk,i uk, j ≈ ui, j +u j,i
 Linearidade Geométrica
As duas hipóteses, pequenos deslocamentos e pequenas
deformações, são de natureza geométrica e definem a hipótese
simplificadora da linearidade geométrica, que implica nas
seguintes simplificações:
• Análise do equilíbrio na configuração não deformada,
visto serem pequenas as taxas de variação dos
deslocamentos;
• Tensores das deformações e das rotações linearizados,
desprezando-se os produtos das derivadas dos
deslocamentos.

Nota – o princípio da sobreposição dos efeitos só é válido

perante a hipótese da linearidade total – física e geométrica
Significado Físico das Componentes de
Deformação e de Rotação Infinitesimais
Significado Físico das Componentes de
Deformação e de Rotação Infinitesimais

ui,j
Taxa de variação do deslocamento
na direção i, de um segmento
inicialmente na direção j
Significado Físico das Componentes de
Deformação e de Rotação Infinitesimais

ui,j
Taxa de variação do deslocamento
na direção i, de um segmento
inicialmente na direção j
Significado Físico das Componentes de
Deformação e de Rotação Infinitesimais
Significado Físico das Componentes de
Deformação e de Rotação Infinitesimais
Significado Físico das Componentes de
Deformação e de Rotação Infinitesimais
Significado Físico das Componentes de
Deformação e de Rotação Infinitesimais
Significado Físico das Componentes de
Deformação e de Rotação Infinitesimais
Significado Físico das Componentes de
Deformação e de Rotação Infinitesimais
 Teoria da Elasticidade
o dia
Próxim
 Muito obrigado pela atenção

Modelos Discretos de Aproximação