Você está na página 1de 81

Faculdade de Ciências do Tocantins

Curso de Odontologia
Prótese Parcial Removível

DELINEAMENTO

Responsável: Profa. Dra. Tatiana Ramirez Cunha


Araguaína
- 2023 -
Introdução

Sucesso das PPRs:

Prótese inserida e removida de sua posição sobre o


sistema de suporte, sem sofrer ou causar prejuízos de
qualquer ordem a esse sistema.
Quando solicitada em função deve ser mantida em
posição e estável.

RETENÇÃO ESTABILIDADE FUNÇÃO ESTÉTICA


Delineamento
Conceito
Conjunto de procedimentos de diagnóstico que visa obter
informações a respeito do padrão, forma e contorno dos
dentes pilares e tecidos adjacentes.
Delineamento
Responsabilidade do
cirurgião-dentista

Exame clínico
Exame radiográfico
Exame dos modelos de estudo:
No articulador semi-ajustável
No delineador
Delineamento
Objetivo

Definir a trajetória de inserção e


remoção da prótese e, por
consequência, obter o traçado
do equador protético (EP).
DELINEAMENTO

Paralelômetro

DELINEADOR Tangenciômetro
Paralelímetro
Paralelígrafo
Delineador
 Instrumento usado para:

Determinar o paralelismo relativo de 2 ou


mais superfícies de dentes ou outras partes do
modelo de uma arcada;

Identificar as superfícies paralelas e os pontos


de contorno máximo (EP).
Delineador

Baseia-se no princípio geométrico de que todas as


perpendiculares a um mesmo plano são paralelas entre si.
Delineador
Tipos de Delineadores

Microanalisador de Austenal Delineador de Dee

Delineador Robinson
Delineador da Degussa Delineador Bio-Art (Brasil)
Tipos de Delineadores
 1920 – Roth e Weinstein – construíram o primeiro
delineador desenhado expressamente para PPR, o qual foi
fabricado 5 anos mais tarde pela JM Ney Company
(USA).
Partes constituintes

O delineador é dividido em três


partes:

I. Delineador propriamente dito;

II. Platina ou mesa porta modelos;

III. Acessórios;
Partes constituintes
- Delineador propriamente dito -
Haste Horizontal Móvel
ou Fixa

Haste Vertical Móvel


Haste Vertical Fixa
(extensível ou não)

Mandril
Base ou Plataforma
Partes constituintes
- Platina ou mesa porta modelos-

Mesa porta modelos Parafuso das garras


e Garras (uma
anterior e duas
posteriores)

Base da platina e
Trava da junta
universal
Junta universal
Partes constituintes
- Acessórios -

Faca de corte
na extremidade
Faca de corte
na lateral Ponta
analisadora
Calha - Grafite

Discos Calibradores
( 0.25, 0.50, e 0.75mm)
Delineador

Essencial para diagnóstico,


planejamento e execução das
PPRs.
Aplicações do delineador
Análise preliminar do modelo de estudo para escolha da
técnica mais conveniente à determinação da trajetória de
inserção.
Aplicações do delineador

Inclinação do modelo látero-lateral e ântero-posterior até


obtenção de um maior número de paralelismos.
Aplicações do delineador

Determinação da trajetória de inserção e registro do plano


de inserção.
Aplicações do delineador
Identificação de paredes axiais paralelas entre si para esta
trajetória.
Aplicações do delineador

Localização e quantificação de áreas retentivas.


Aplicações do delineador
Localização de interferências e problemas estéticos.
Aplicações do delineador

Realização de fresagens sobre superfícies metálicas e de


porcelana.
Aplicações do delineador

Posicionamento de encaixes pré-fabricados ou de


estoque.
Trajetória
de
Inserção da PPR

Direção na qual o aparelho se move, do ponto inicial


de contato de suas partes rígidas com os dentes
suportes até o ponto de assentamento final, com os
apoios oclusais assentados e a base em adequada
relação com o rebordo residual.
(Applegate, 1959)
Trajetória
de
Remoção da PPR

Mesma direção da trajetória de inserção,


porém com sentido oposto.
A prótese se desloca desde sua posição final
de repouso até o momento que deixa de tocar
os dentes suportes.
Trajetória
Potencial de Deslocamento da
PPR

Perpendicular ao plano oclusal, qualquer que


seja a trajetória de inserção/remoção
definida. É ativada exatamente no início do
movimento de abertura da boca, durante a
mastigação, sempre que a prótese é
tracionada pela adesão de alimentos.
Traçado de linhas equatoriais

EQUADOR
PROTÉTICO

EQUADOR
ANATÔMICO
EQUADOR PROTÉTICO

Linha de maior contorno do dente


pilar, quando considerado
proteticamente
VARIÁVEL

Posição relativa do dente na arcada,


respeitando sua inclinação e relação
com demais elementos de suporte
EQUADOR ANATÔMICO

Linha sobre a área axial mais convexa


de um dente isolado
FIXO

Longo eixo do dente paralelo à haste


vertical móvel do delineador
Traçado de linhas equatoriais

Cone oclusal

Expulsivo

Zona expulsiva

Cone cervical

Retentivo

Zona retentiva

Esquema de Prothero
Trajetória de inserção

No delineamento, a
movimentação da
haste vertical
representa a
trajetória de
Inserção/Remoção
em relação ao
plano oclusal.
Trajetória de inserção

Altera as Trajetórias de inserção/remoção


Trajetória de inserção

Altera o traçado do Equador Protético


Trajetória de inserção

Geram discrepâncias
entre os lados no traçado
do Equador protético
Trajetória de inserção

Equaliza as discrepâncias
entre os lados no traçado
Trajetória de inserção

Remanescentes
apresentam
inclinações normais

Menores
interferências

Traçados
menos
discrepantes COINCIDE COM A TPD
entre os lados
Trajetória de inserção

Posicionamento incisal da
área de retenção

Problema estético
Trajetória de inserção

POSICIONAMENTO CERVICAL

Exigência excessiva da capacidade de flexão do


retentor(área mais retentiva), gerando injúrias
ao tecido e à PPR;

Surgimento de interferências ao assentamento


da peça;
Trajetória de inserção

Diminuindo as
interferências geradas pela
inclinação do elemento dental;

Gerando uma área retentiva


adequada ao retentor e
esteticamente favorável;
Trajetória de inserção
TRAJETÓRIA DE INSERÇÃO
PERPENDICULAR AO PLANO OCLUSAL
OU
DE INCLINAÇÃO ZERO

Plano oclusal perpendicular à haste vertical do delineador


TRAJETÓRIA DE INSERÇÃO
IDEAL OU DEFINITIVA

Aquela individualizada, que contempla os 4 fatores seguintes:


PLANOS-GUIA, RETENÇÃO, AUSÊNCIA DE INTERFERÊNCIAS e
ESTÉTICA.
Trajetória de inserção
Trajetória de inserção

São faces proximais paralelas entre si, naturais ou criadas


por pequenas modificações, que GUIAM o deslizamento da
prótese sem causar danos, determinando a trajetória de
inserção/remoção.
Trajetória de inserção

Individualizam a
trajetória de inserção/
remoção

Removem áreas de
interferências

Auxiliam na obtenção
da reciprocidade
efetiva(estabilidade)
Trajetória de inserção

“3 pontos”
Plano oclusal
Modelo superior:

• Intersecção do terço
médio e incisal dos IC;
Técnica de Roach • Cúspide MV do 2º Molar.

Modelo inferior

• Incisal dos IC;


• Cúspide MV do 2º Molar.
Trajetória de inserção

Movimentação
antero posterior
do modelo na
platina
Trajetória de inserção

Quando as paredes axiais dos dentes não são


naturalmente paralelas entre si, é necessário
realizar alterações no modelo a fim de confeccionar
estas superfícies e depois transferi-las ao dente
natural.
São áreas em que se
posicionam as
pontas ativas dos
grampos de
retenção e,
localizam-se abaixo
do equador
protético.

Determinadas pelas pontas calibradoras


Ponta Calibradora

Haste do disco
tocando o equador
protético

Área Retentiva

Extremidade do disco na área


Equador Protético cervical do dente suporte
Movimentação
lateral da haste

0,25mm
0,25mm 0,50mm 0,75mm
Ligas mais rígidas Ligas mais rígidas Ligas mais
Co-Cr Co-Cr flexíveis
Ti
Marcação das áreas
retentivas

Onde irão se localizar


as pontas ativas dos
grampos
Em casos em que não há retenção, é necessário
a alteração de contorno com resina composta
para produzi-la.
São áreas mucosas, ósseas ou dentais que impedem o
assentamento da prótese em uma determinada
trajetória de inserção/remoção.

Excesso de retenção

Deformação ou fratura do
grampo

Não assentamento da peça


Identificação

 Remoção da interferência
• Cirurgia(tórus, hiperplasia)
• Desgaste axial ou coroas

 Modificação da trajetória de
inserção
É necessária a atenção no
aspecto estético.
Em casos de ausências
anteriores, onde irão se
posicionar retentores, é
possível iniciar a análise
pela estética, não
comprometendo, é claro, a
função.
Trajetória de inserção ideal é aquela que permite
a obtenção e a melhor combinação dos quatro
elementos :
TÉCNICA DE
DELINEAMENTO
1. Posicionamento do modelo de estudo com o

plano oclusal perpendicular à haste vertical do delineador

TRAJETÓRIA DE INSERÇÃO INICIAL ou de INCLINAÇÃO ZERO


1. Posicionamento do modelo de estudo com o

plano oclusal perpendicular à haste vertical do delineador

TRAJETÓRIA DE INSERÇÃO INICIAL ou de INCLINAÇÃO ZERO


2. Identificação de paredes dentais planas, paralelas
entre si para esta trajetória de inserção

PLANOS GUIA
3. Inclinação do modelo nos sentidos ântero-posterior e/ou látero-lateral
para localizar o maior número possível de planos guia.
4. Localização e Quantificação das áreas de

RETENÇÃO.

0.25mm 0.50mm 0.75mm


4. Localização e Quantificação das áreas de

RETENÇÃO.
4. Localização e Quantificação das áreas de

RETENÇÃO.
4. Localização e Quantificação das áreas de

RETENÇÃO.
5. Retorno ao passo 2, se localizadas

ÁREAS DE INTERFERÊNCIA à colocação da prótese


ou se houver comprometimento da ESTÉTICA.

6. Definição e registro da

TRAJETÓRIA DE INSERÇÃO IDEAL

para o caso.
7. Traçado do
EQUADOR PROTÉTICO
7. Traçado do
EQUADOR PROTÉTICO
7. Traçado do
EQUADOR PROTÉTICO
8. Registro da trajetória de inserção ideal

Cimentação de um pino rígido à base do modelo


8. Registro da trajetória de inserção ideal

Cimentação de um pino rígido à base do modelo


OBRIGADA!

Você também pode gostar