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necessidade de que o dispositivo protético seja inserido e removido de sua posição sobre o
sistema de suporte, sem que sofra ou cause a esse sistema prejuízos de qualquer ordem.
P
Também, que quando solicitado em função, possa ser mantido em posição e estável,
S
Para chegar a esse resultado satisfatório algumas questões básicas precisam ser
compreendidas: -U
- o que é delineamento? Segundo vários autores é o conjunto de procedimentos de
diagnóstico que visa obter informações a respeito do padrão, da forma e do contorno dos
desdentamento parcial, e essa variação acarreta a ocorrência, por várias razões, de dentes
FO
é fundamental que tais estruturas, dentais ou não, sejam estudadas para possibilitar o melhor
da prótese, até as fases mais posteriores e complexas, como nos procedimentos de fresagem,
posicionamento de encaixes, etc. Sua importância para a PPR pode ser comparada à do
articulador semi-ajustável para a Prótese Parcial Fixa. O delineador tem sua concepção
P
paralelas entre si.
S
-U
RP
Há vários tipos de delineador, dos mais simples aos mais complexos, sendo que
os mais utilizados são baseados no desenvolvido pela Ney Co., nos Estados Unidos.
FO
a) delineador propriamente dito => tem uma base plana, da qual parte uma haste vertical
Prótese Parcial Removível - Delineamento – Prof. Dr. Ricardo Faria Ribeiro - 3
fixa. Dessa haste vertical parte um braço horizontal, que pode ser fixo ou móvel, inteiriço
ou articulado, em ângulo reto (90º) e que sustenta, na extremidade, uma outra haste
vertical, móvel, chamada de haste analisadora. Esta haste vertical móvel é que possibilita
S P
-U
RP
cinzéis, que são usadas para identificar a melhor trajetória de inserção e remoção da
FO
PPR e permitem a realização de alívios que bloquearão áreas retentivas não utilizadas
lado da ponta utilizada para marcar o maior contorno dos dentes e outras estruturas; 3)
para o correto posicionamento das partes responsáveis pela retenção da prótese. São
P
c) platina ou mesa porta-modelos: na qual é posicionado o modelo a ser analisado.
S
É constituída basicamente de duas partes: a base e o suporte de modelos, unidas entre si
por uma articulação do tipo esferóide ou junta universal, que permite a inclinação do
-U
suporte, e consequentemente do modelo, para qualquer posição anteroposterior e/ou
retenção dos grampos em áreas retentivas é que garante a manutenção da prótese em posição
sobre o sistema de suporte, quando em função. Também, que conectando estes elementos
de retenção há partes da estrutura metálica que são rígidas, não podendo, portanto, ser
equador protético, definido como a linha de maior contorno do dente pilar quando
estruturas adjacentes, e que difere do equador anatômico, que considera cada dente
individualmente.
O equador divide o dente em duas áreas, uma retentiva, cervical ao traçado, e outra
não retentiva ou expulsiva, oclusal ao mesmo traçado. Este traçado do equador protético
P
é obtido pelo tangenciamento das paredes axiais dos dentes pilares com a ponta de grafite
ou cera, presas à haste vertical do delineador. Deve-se, sempre, ter o cuidado de posicionar
S
a extremidade da ponta traçadora ao nível da região cervical do dente pilar, permitindo
Equador
-U
RP
Equador protético
FO
modelos, que deve ser mantida, sempre, completamente apoiada na base do delineador,
S P
-U
Para entender o traçado do equador protético pode-se usar o seguinte raciocínio:
traçado bem próximo à face oclusal, na face vestibular, e bem próximo à cervical, na face
RP
lingual/palatina do dente pilar deste lado.
FO
Prótese Parcial Removível - Delineamento – Prof. Dr. Ricardo Faria Ribeiro - 7
Invertendo a inclinação do modelo para seu lado esquerdo e realizando novo traçado,
verifica-se que, na face vestibular, o traçado inicialmente oclusal passa a ser cervical, e que
S P
-U
RP
FO
compreender, com facilidade, que inclinações excessivas do modelo não são satisfatórias
pode-se afirmar que o equador protético somente deve ser identificado quando a trajetória de
inserção e remoção for definitiva para o caso em questão, passando a ser, então, o objetivo
P
final do processo de delineamento do modelo de estudo. Se para cada inclinação for feito um
traçado, em pouco tempo teremos vários equadores definidos e fica mais difícil identificar
S
aquele que está efetivamente sendo utilizado.
-U
RP
inicial da estrutura metálica com os dentes até o assentamento final sobre o sistema de
suporte. Com mesma direção, mas em sentido contrário, tem-se a trajetória de remoção.
S P
Pergunta-se, então, como definir esta melhor trajetória de inserção/remoção?
-U
Recordando a análise experimental citada anteriormente, na qual foram determinadas
inclinações acentuadas do modelo de estudo, ora para o lado direito, ora para o lado esquerdo,
RP
é possível imaginar que uma determinada inclinação intermediária poderia equalizar o
traçado do equador protético obtido. Esta posição intermediária é a que mantém o plano
oclusal do modelo perpendicular à haste vertical do delineador. Fica determinada, assim, uma
ao plano oclusal).
FO
Roach ou dos 3 pontos. Sobre o modelo são determinados, e marcados com uma lapiseira de
dos terços incisal e médio dos incisivos centrais superiores e na borda incisal dos incisivos
cúspide mésio-vestibular do 2º molar, por exemplo. Caso haja a falta de dentes para
Prótese Parcial Removível - Delineamento – Prof. Dr. Ricardo Faria Ribeiro - 10
a determinação dos pontos, esta pode ser feita com base em planos de cera, determinando
S P
-U
A orientação deste plano oclusal perpendicular à haste do delineador é obtida quando
a ponta analisadora, numa mesma altura, toca os 3 pontos escolhidos, e é feita por tentativa
e erro.
RP
FO
dentes remanescentes, o traçado do equador protético obtido sobre os dentes anteriores para
uma trajetória de inserção perpendicular ao plano oclusal estaria posicionado próximo à face
adequadamente dosadas, portanto não tão distantes do equador protético, cria um transtorno
estético importante.
S P
-U
RP
FO
cervical do elemento de retenção, o que pode comprometer a função do retentor por superar
P
Desse modo, acompanhar a inclinação dos dentes, ou seja, inclinar o modelo para trás,
S
constitui solução mais favorável. A retenção final, determinada pelo posicionamento mais
cervical dos retentores, seria até maior que a necessária para manter a prótese em posição.
-U
RP
FO
remanescentes tiverem outra disposição, novas trajetórias devem ser analisadas até que se
localize a ideal.
potencial de deslocamento (TPD), sempre perpendicular ao plano oclusal, qualquer que seja
P
deslocamento é ativada exatamente no início do movimento de abertura da boca, durante
a mastigação, sempre que a prótese é tracionada pela adesão de alimentos (p. ex. balas
S
de caramelo).
Até agora, todas as análises feitas levaram em conta as áreas retentivas, mas
para a retenção da prótese por manter o correto posicionamento dos braços de retenção
estrutura metálica (p. ex. braços de reciprocidade) com paredes axiais dos dentes pilares. Essa
porção não retentiva da coroa dental. Em condições normais esta condição determina que o
P
contato destas partes rígidas da estrutura metálica com o dente ocorre apenas com a prótese
totalmente assentada, sendo que qualquer pequeno deslocamento vertical quebra a situação de
S
estabilidade. Isso fica evidente para os braços dos grampos: dada a situação natural de
contorno dos dentes, o traçado do equador protético nas faces vestibulares é mais cervical que
-U
nas faces linguais ou palatinas. Posicionados os braços dos grampos, e assumindo que a
relação entre eles é constante, pode-se facilmente visualizar que após um pequeno
sobre o dente. Verifica-se, portanto, que o princípio de reciprocidade, estabelecido para o bom
funcionamento dos grampos, não funciona efetivamente, havendo a geração de cargas laterais
S P
-U
RP
FO
encontradas paredes axiais dos dentes pilares, planas e paralelas entre si, a condição é outra,
estrutura/dente, com preservação da estabilidade. Ainda, este contato, por fricção entre
S P
-U
RP
FO
definidos como paredes axiais dos dentes pilares, planas e paralelas entre si e à trajetória de
inserção/remoção determinada. Sempre que possível deve-se usar o maior número de planos
guia disponíveis. O posicionamento dos braços de reciprocidade sobre planos guia permite
detectada, deve-se, durante a análise do modelo de estudo, identificar paredes axiais dos
S P
Voltando às áreas retentivas, como considerado acima, se forem grandes (muito
-U
cervicais em relação ao equador protético) podem representar INTERFERÊNCIA à
Desse modo, além de identificar as áreas retentivas dos dentes pilares, deve-se
quantificá-las para que possa ser determinada a exata localização das pontas ativas dos braços
posicionadas de modo que toquem lateralmente o dente pilar (no equador protético) e que
permitam o toque do disco calibrados, na sua extremidade inferior, no ponto exato da face
dental que apresenta a medida de retenção determinada pelo disco (0,25, 0,50 ou 0,75mm).
Para marcar o ponto exato da retenção localizada utiliza-se uma lapiseira de pontas finas,
cervicais das faces vestibulares, no mínimo 1mm acima da margem gengival livre.
Prótese Parcial Removível - Delineamento – Prof. Dr. Ricardo Faria Ribeiro - 18
Pode acontecer, para dentes com coroas clínicas longas, que, a partir do equador
protético, sejam identificadas as três calibrações de retenção. Da mesma maneira, para dentes
com coroas clínicas curtas, pode não haver a identificação de retenção correspondente ao
mínimo aceitável (0,25mm). Retenções acima de 0,75mm não são consideradas em hipótese
alguma. De qualquer modo, cada ocorrência deve ser identificada no modelo de estudo para
P
área: P – pequena; M- média; G- grande; N- sem retenção).
S
-U
RP
FO
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toque lateralmente o dente pilar, mas o disco não, verifica-se que a retenção encontrada é
maior que aquela indicada pelo disco. Ao contrário, se o disco toque o dente pilar e a haste da
ponta calibradora não, identifica-se que se encontra retenção menor que aquela indicada pelo
disco.
S P
-U
A quantidade de retenção também é determinada pelo ângulo de retenção ou de
maior for o ângulo de retenção, maior a efetividade do braço retentivo. O maior ângulo
a distância percorrida desde o primeiro contato com o dente pilar até a posição final
FO
de assentamento.
O ideal é que a distância de ação do braço de reciprocidade seja igual ou maior que
já descritas (retenção muito grande ou obstáculo propriamente dito), é possível que sejam
sela na região anterior, implicará na confecção de grandes alívios que acabarão por
P
comprometer o assentamento natural do lábio superior, com evidente prejuízo estético e
funcional. Neste caso, a escolha de uma trajetória de inserção inclinada em relação ao plano
S
oclusal, acompanhando a inclinação da vertente do rebordo, permitirá íntimo contato
Outro fator não menos importante a ser considerado é a ESTÉTICA. Toda atenção
é necessária neste sentido, porque embora seja extremamente dependente de fatores culturais,
a estética não pode ser relegada a segundo plano. De nada adiantaria oferecer ao paciente
Analisando todos estes fatores, conclui-se, então, que a trajetória de inserção ideal
- PLANOS GUIA
- RETENÇÃO
- AUSÊNCIA DE INTERFERÊNCIAS
- ESTÉTICA.
P
Didaticamente pode-se assumir, então, a existência de duas trajetórias de inserção:
S
DEFINITIVA: aquela que contempla os quatro fatores acima.
Para grande número de casos, especialmente quando os dentes pilares são naturais,
-U
a trajetória de inserção inicial também é a ideal. No entanto, nem sempre é assim que
ocorre.
possibilitar o correto funcionamento da prótese. Como dito no início deste capítulo, permite
Com base nestas considerações, a trajetória de inserção ideal pode, então, ser
definida como sendo aquela que melhor combinar os quatro fatores determinantes
Determinada, a trajetória de inserção ideal para o caso deve ser registrada para
a cimentação de um pino rígido à base do modelo analisado. Com o modelo ainda sobre a
mesa porta-modelos, um pino rígido (p. ex. um prego) é fixado ao mandril da haste
delineadora e posicionado num orifício feito na base do modelo em área que não
P
feita com gesso, cimento fosfato de zinco, Super Bonder, etc.
S
-U
RP
FO
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deve ser posicionado na mesa porta-modelos; a junta universal deve estar totalmente solta;
o pino de registro deve ser preso ao mandril da haste delineadora. Ao apertar o mandril a
P
Complementando o estudo deste ponto há uma última questão a ser respondida:
S
inclinar o modelo durante o delineamento cria retenção?
-U
Hipoteticamente imagine-se uma situação na qual, para a trajetória de inserção inicial
(perpendicular ao plano oclusal ou de inclinação zero) não se localizam áreas retentivas, tanto
RP
nos pilares do lado esquerdo quanto do direito.
FO
do pilar esquerdo. Tal situação indicaria o posicionamento de braços de retenção nestas faces,
P
Deve-se lembrar, no entanto, que uma vez instalada, a prótese estará sujeita à ação
S
Voltando à situação original, para a trajetória inicial, perpendicular ao plano oclusal, não
Inclinar o modelo para criar retenções é, portanto, um dos maiores e mais frequentes
retentivas, fossem encontradas paredes axiais dos dentes pilares, oposta, planas e paralelas
somente seria possível por esta trajetória inclinada, eliminando a ação da trajetória potencial
de deslocamento.
S P
-U
RP
FO
Considere-se, no entanto, que embora válida para o esquema proposto, tal situação é
dos planos guia, haja vista que braços de reciprocidade posicionados em faces vestibulares
perpendicular ao plano oclusal, como recurso para melhor distribuir áreas retentivas, só
P
3. inclinação do modelo nos sentidos Anteroposterior e/ou látero-lateral para localizar
S
4. localização e quantificação das áreas de RETENÇÃO;
Referências bibliográficas:
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FO
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P
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S
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RP
FO