O documento discute três requisitos para a validade de contribuições de intervenção no domínio econômico. O terceiro requisito é a destinação das receitas arrecadadas, que deve estar ligada à finalidade que justifica o tributo. Alguns entendem que basta prever a destinação na lei, enquanto outros defendem que é necessário o cumprimento efetivo da destinação. A Suprema Corte considera este último requisito não fundamental, bastando prever a destinação e finalidade na lei instituidora.
O documento discute três requisitos para a validade de contribuições de intervenção no domínio econômico. O terceiro requisito é a destinação das receitas arrecadadas, que deve estar ligada à finalidade que justifica o tributo. Alguns entendem que basta prever a destinação na lei, enquanto outros defendem que é necessário o cumprimento efetivo da destinação. A Suprema Corte considera este último requisito não fundamental, bastando prever a destinação e finalidade na lei instituidora.
O documento discute três requisitos para a validade de contribuições de intervenção no domínio econômico. O terceiro requisito é a destinação das receitas arrecadadas, que deve estar ligada à finalidade que justifica o tributo. Alguns entendem que basta prever a destinação na lei, enquanto outros defendem que é necessário o cumprimento efetivo da destinação. A Suprema Corte considera este último requisito não fundamental, bastando prever a destinação e finalidade na lei instituidora.
Agora, vou dar seguimento ao que minha colega estava
discutindo sobre os requisitos que garantem a validade das contribuiçoes de intervençao no domínio economico.
O terceiro requisito esta relacionado a destinaçao das receitas arrecadadas.
Trata-se de um traço distintivo dessa categoria tributaria, uma vez que a conexao entre a contribuiçao e o uso de suas receitas para as finalidades que justificam sua criaçao e uma exigencia constitucional intrínseca a necessidade de intervençao na economia para criar esse tipo de tributo. Conforme a visao da professora Misabel Derzi, a destinaçao das receitas nesse contexto se torna o proprio gatilho da obrigatoriedade do tributo, ja que a sua finalidade esta intrinsecamente ligada a destinaçao do produto da arrecadaçao.
No entanto, vale ressaltar que uma parte da doutrina, como os professores
Sacha Calmon e Paulo de Barros Carvalho, entende que basta a previsao na norma legal da destinaçao do produto arrecadado a um fundo ou a uma finalidade específica para que a cobrança da contribuiçao seja valida. Seguindo esse entendimento, o posterior desvio dos valores arrecadados a título de CIDE seria questao de responsabilizaçao do gestor publico ou apenas de descumprimento de lei orçamentaria, mas nao de sua inconstitucionalidade.
Por outro lado, ha entendimentos doutrinarios, como a do professor Paulo
Ayres Barreto, no sentido de que a finalidade da CIDE so e alcançada se houver a efetiva destinaçao do produto da arrecadaçao para a intervençao estatal. De acordo com o ponto de vista desse professor, nao basta existir previsao legal de destinaçao nas normas de instituiçao, e necessario o seu cumprimento fatico, mesmo que postergado e decorrente do cumprimento de lei orçamentaria posterior ao exercício em que se deu a arrecadaçao. Nesse cenario, se a destinaçao que motivou a criaçao da CIDE nao for cumprida, nasceria para o contribuinte o direito a restituiçao do que foi recolhido. Para concluir minha apresentaçao eu gostaria de destacar que, de acordo com o entendimento da Suprema Corte, esse ultimo requisito nao e considerado fundamental para a validade de uma CIDE, bastando que sua lei instituidora tenha a previsao de sua finalidade e destinaçao, sendo que os desvios posteriores dos recursos arrecadados nao justificariam a sua declaraçao de inconstitucionalidade.