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E DINÂMICA DE GRUPO
Profa. Dra. Regina Lúcia Félix de Aguiar Lima
xxxx, xxxxxxxxxxxx
xxxxxx xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx. –
Recife: UPE/NEAD, 2011
32 p.
ISBN -
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxxx
xxxxxxxx
REITOR
Vice-Reitor
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Pró-Reitor Administrativo
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Edição 2013
Impresso no Brasil - Tiragem 180 exemplares
Av. Agamenon Magalhães, s/n - Santo Amaro
Recife / PE - CEP. 50103-010
Fone: (81) 3183.3691 - Fax: (81) 3183.3664
TECNOLOGIA E EDUCAÇÃO
Profa Dra. Regina Lúcia Félix de Aguiar Lima Carga Horária | 60 horas
Ementa
Noções de grupo e dos fundamentos grupais. O
comportamento humano e a interação social. Co-
municação Humana. Vivência das técnicas de sen-
sibilização e de dinâmica de grupo e suas aplicabili-
dades na prática educativa.
Objetivo geral
Conhecer as características de grupo e os fatores
que contribuem, de forma decisiva, para as rela-
ções interpessoais e para a aplicação das técnicas
de dinâmica de grupo.
Apresentação
A prática pedagógica inclui, além do conhecimento técnico e pedagógico dos conteúdos, elemen-
tos como as relações interpessoais, pois o processo ensino-aprendizagem conduzido requer que o
professor tenha domínio sobre esse conteúdo também. A ação educativa do professor é realizada
com direcionamento para uma turma ou grupo de alunos, e as interações estabelecidas em gru-
pos humanos e os processos gerados por elas são campo de estudo que fazem parte do campo
de estudo da Dinâmica de Grupo. O conhecimento da teoria da Dinâmica de Grupo e o uso de
técnicas de Dinâmica de Grupo pelo professor podem facilitar a compreensão dos conteúdos pe-
los alunos e servir de estímulo na execução de tarefas e projetos propostos.
NOÇÕES DE
GRUPO E DOS
FUNDAMENTOS
GRUPAIS
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Conhecer a definição e a classificação de
grupo;
INTRODUÇÃO
O ser humano é um ser social, que se organiza em grupos. Estes são entidades dinâmicas das
quais os indivíduos participam e neles se desenvolvem. As atividades realizadas pelos grupos,
constituídos de indivíduos que interagem e trabalham, produzem o desenvolvimento da humani-
dade. A autoconsciência, a consciência do outro e as habilidades sociais são características impor-
tantes para a atuação dos indivíduos dentro dos grupos.
capítulo 1 7
1. primários ou secundários, conforme o tipo
de relacionamento entre os membros;
As várias definições de grupo existentes consi- Os grupos formais são constituídos formal-
deram que, de um modo geral, os membros de mente; possuem metas direcionadas a obje-
um grupo têm motivação para participar dele tivos explícitos e são de natureza geralmente
e concebem o grupo como pessoas interagin- secundária. De modo oposto, os informais
do de modo integrado para atingir um obje- evoluem naturalmente, no decorrer do tempo,
tivo. A interação entre os membros do grupo apresentam metas implícitas, geralmente vol-
possibilita a criação de identidade própria e o tadas para objetivos recreativos e de natureza
estabelecimento de relações de interdepen- interpessoal.
dência. Considerando que o grupo seja for-
mado no ambiente de uma sala de aula para Os grupos são classificados como homogêneos
realizar uma determinada atividade, dentre os ou heterogêneos com base no grau de seme-
fatores que motivam os alunos, tem-se: desta- lhança em relação a uma dimensão específica,
que por nota a ser obtida em determinada dis- à ideologia ou a características. Um grupo ho-
ciplina, premiação em feiras de conhecimento mogêneo inclui membros com alguns aspectos
ou olimpíadas, reconhecimento perante seus semelhantes, tais como idade, sexo, religião,
colegas e seus professores. grau de instrução, metas, enquanto no gru-
po heterogêneo, há variações significativas. A
Os indivíduos membros dos grupos são se- homogeneidade do grupo favorece as intera-
res únicos, e, no grupo, eles interagem com ções pessoais, e os grupos informais tendem a
outros indivíduos, com os quais estabelecem formar grupos homogêneos. Grupos homogê-
relações. Os grupos são estabelecidos por mo- neos podem apresentar heterogeneidades em
tivações variadas, e os indivíduos dentro dos relação a um aspecto, o oposto também pode
grupos buscam realização pessoal e, para isso, ocorrer, quando em grupos heterogêneos exis-
trabalham coletivamente. tirem alguma característica uniforme.
8 capítulo 1
ESTRUTURA DO
COMPORTAMENTO
GRUPAL
Os grupos são formados por pessoas que estão
em constante estado de atividade e passando
por mudanças, assim são entidades dinâmicas.
De maneira geral, os grupos podem passar por
diferentes fases de desenvolvimento no de-
correr do tempo, num processo de desenvol-
vimento que inclui os estágios de formação,
erupção, normalização e realização. vidade pode envolver várias situações, como a
definição dos grupos formais ser feita tendo
No período de formação, os membros do gru- como base grupos informais, ou grupos for-
po são informados sobre a tarefa a ser realiza- mais podem reunir membros que não tenham
da, definem como será a liderança e estabe- afinidade entre si, ou ainda, grupos informais
lecem relacionamentos interpessoais e com a podem surgir dentro dos grupos formais. De
tarefa. qualquer forma, nas várias situações possíveis,
o professor deve orientar os grupos de traba-
No período de erupção, ocorrem conflitos en- lho para a manutenção do foco na realização
tre os membros que apresentam estilos indi- da atividade e no trabalho em grupo pautado
viduais e as abordagens concorrentes para a na ética e no respeito, pois, na vida profissio-
realização da tarefa. nal, nem sempre se pode escolher com quem
trabalhar, com quem compor grupos, mas
No período de normalização, os conflitos são sempre se tem que agir de modo profissional
superados pelo estabelecimento de normas, e ético.
desenvolvimento de coesão intragrupal (au-
mento no desejo de permanecer no grupo e Os grupos têm como características principais:
no compromisso com o grupo e com a realiza- a estrutura geralmente hierárquica, seja im-
ção da tarefa) e definição dos parâmetros para posta aos membros, seja estabelecida por eles;
a realização da tarefa. o estabelecimento de status e funções que
correspondem a ações ou comportamentos
No período de realização, após a resolução de específicos a serem desempenhados, confor-
todas as questões surgidas nas etapas anterio- me características ou talentos dos membros e
res, o grupo trabalha focado em atingir as me- a existência de normas explícitas ou implícitas
tas estabelecidas. para nortear a conduta dos membros. Na es-
cola, dependendo da fase de desenvolvimento
Essas fases podem ter períodos variáveis nos dos alunos, a vivência de atividades em grupo
diferentes grupos, desde passarem rapidamen- pode ser feita de forma a desenvolver, nos alu-
te ou se prolongarem demasiadamente. Cabe nos, as habilidades específicas da fase em que
ao professor acompanhar a evolução dos gru- se encontram.
pos, colaborando para o bom andamento do
processo e para a conclusão exitosa da tarefa.
Os grupos criados para cumprir tarefas espe- DINÂMICA DO
cíficas num período determinado de tempo
são denominados formais, e aqueles formados
COMPORTAMENTO
espontaneamente pelos membros motivados GRUPAL
por amizade ou interesses pessoais são deno-
minados informais. Os componentes principais de um grupo são
os insumos, sua dinâmica e os resultados. Os
No âmbito da sala de aula, a formação de gru- insumos incluem os membros do grupo, a
pos formais de alunos para a realização de ati- tarefa e o ambiente de realização da tarefa,
capítulo 1 9
de forma conjunta e produtiva. O tratamento
do líder para com os membros do grupo deve
ser igualitário, ético, respeitoso. Esse também
deve ser o tratamento entre os membros do
grupo. O líder deve respeitar os companheiros
de grupo e obedecer às regras, aos horários,
da mesma forma que todos os integrantes do
grupo. Os membros do grupo devem colabo-
rar com o líder, pois isso contribui para o su-
cesso e a sobrevivência do grupo. Os membros
do grupo devem tentar trabalhar em harmo-
que pode ser feita em atividades individuais ou nia, empatia e cordialidade. As colaborações
conjuntas. Os membros do grupo contribuem de todos devem ser ouvidas e valorizadas. O
para o grupo na realização de alguma ativida- líder e os membros do grupo são igualmente
de, mas também contribuem com a experiên- responsáveis pelo resultado da tarefa, seja pelo
cia e habilidades técnicas que possuem, com sucesso, seja pelo fracasso.
seus conhecimentos, valores e suas caracterís-
ticas de personalidade. Assim, a evolução do A dinâmica dos grupos pode ser descrita em
grupo está relacionada com a soma de carac- termos da evolução dos relacionamentos inter-
terísticas dos membros do grupo, das relações pessoais e se considera que os grupos passam
interpessoais que estabelecem e da evolução pelas fases de inclusão, controle, afeição e se-
pessoal dos membros do grupo, que ocorre no paração. A inclusão é a fase inicial de formação
período em que a tarefa está sendo realizada. do grupo, em que é estabelecida a confiança,
O ambiente de realização da tarefa inclui o sendo também um período de aceitação, em
ambiente social, cultural, econômico e político que a comunicação e o rendimento do grupo
em que o grupo está incluído e interagindo. são baixos. Na fase de controle, os membros
se comunicam mais e começam a assumir pa-
A dinâmica do grupo engloba os processos péis e funções no grupo. Na fase de afeição, o
que levam aos resultados pretendidos, ou seja, grupo já está consolidado, e os membros inte-
o que o grupo faz e como ele faz, incluindo ragem com confiança, respeito e aceitação e
elementos de comunicação entre os membros trabalham de forma produtiva e criativa. A se-
e os sentimentos, sejam eles positivos ou nega- paração do grupo ocorre após a conclusão da
tivos, gerados nos membros acerca do grupo tarefa. Nessa fase, os membros podem ter sen-
em que está inserido e da tarefa para a qual timentos, como satisfação, alívio ou tristeza,
está contribuindo. conforme os relacionamentos interpessoais es-
tabelecidos ou com as características da tarefa.
O desempenho de um grupo deve ser avalia-
do com base nos objetivos propostos, assim
a realização da tarefa com qualidade e com IMPACTO DO
satisfação plena dos membros do grupo é
conseguida por grupos com alto desempenho. COMPORTAMENTO
Grupos com bom desempenho geralmente GRUPAL
apresentam características como: coesão, en-
volvimento pessoal, afinidade, confiança, per- Os grupos podem afetar seus membros, de
cepção dos talentos pessoais dos membros, modo positivo ou negativo, com relação à sa-
capacidade de trabalho. tisfação e ao desempenho, à produtividade, à
qualidade da realização da tarefa.
A liderança do grupo de modo geral pode ser
exercida por qualquer dos membros; esse pa- A atmosfera grupal é o estado de ânimo, dis-
pel pode ser estabelecido por indicação de al- posição, emoção, que prevalece no grupo e
guém ou por escolha entre os membros. O líder permeia as relações pessoais e os acontecimen-
deve conduzir o grupo na realização de uma tos. Alguns dos fatores que podem influenciar
tarefa, possibilitando que os membros atuem na atmosfera grupal: o ambiente físico, o sen-
10 capítulo 1
timento de igualdade e conforto no grupo e o
clima da atividade grupal.
capítulo 1 11
A assertividade tem recebido conceitos diver-
sos no decorrer do tempo, mas, de um modo
geral, ela é relacionada ao exercício de direitos
pelas pessoas. A assertividade é a “afirmação
dos próprios direitos e expressão de pensamen-
tos, sentimentos e crenças, de maneira direta,
honesta e apropriada, de modo que não viole
o direito das outras pessoas”. A ação asserti-
va busca a manutenção ou reestabelecimento
da justiça, de normas e de equilíbrio em um
determinado grupo. Nesse contexto, os mem-
bros de um grupo devem reclamar quando as
regras e normas em um grupo, explícitas ou
não, não são observadas ou são desrespeita-
empática tem como requisito o conhecimento das. A ação assertiva ocorre com base no sis-
interpessoal, envolvendo a ética e o respeito tema de crenças do indivíduo e/ou do grupo
na relação. A capacidade de comunicação é em que ele está inserido. O sistema de crenças
medida pelo entendimento adequado da men- pode influenciar, de forma positiva ou negati-
sagem pelos membros e é influenciada pelos va, a aprendizagem do comportamento asser-
meios e pelas formas de comunicação utiliza- tivo. A assertividade não pode e não deve ser
das e pelas diferentes habilidades cognitivas e confundida com egoísmo, intolerância, gros-
sociais dos membros envolvidos. seria e agressividade.
A habilidade social é uma forma de conduta O pensamento assertivo irá resultar da com-
pautada no equilíbrio entre a busca de satis- preensão das relações interpessoais e intergru-
fação pessoal e o cuidado com os relaciona- pais, sendo a habilidade assertiva relacionada
mentos, para que sejam mantidos e os outros ao sistema de crenças, ao conhecimento sobre
envolvidos também se realizem. A habilidade sociedade, aos direitos e à justiça; é necessário
social inclui ainda habilidades, como assertivi- que seja incluída e treinada no contexto esco-
dade e empatia. lar. Assim, os alunos podem incorporar, na sua
conduta, o exercício da assertividade.
A empatia é uma habilidade mental, uma for-
ma de comunicação afetiva, que está relacio- A habilidade social e a empatia que os mem-
nada com a capacidade humana de sentir e bros do grupo possuem ou que eles desenvol-
compartilhar a situação, os sentimentos, as vem no período em que o grupo está em ati-
emoções vivenciados pelo outro, com base no vidade envolvem capacidade de comunicação,
conhecimento intrapessoal ou em experiências concentração e processamento das informa-
próprias. Além da percepção do outro e do ções. A presença dessas habilidades ou carac-
autoconhecimento, os conflitos de interesse, a terística nos membros dos grupos irá represen-
disponibilidade de tempo para interação e o tar um diferencial positivo para um grupo.
significado variável que as diferentes situações
podem ter para os indivíduos são obstáculos O ambiente escolar deve ser favorável ao de-
para a habilidade empática. senvolvimento de habilidades sociais pelo alu-
no, pois possibilitará a este ter uma formação
Os indivíduos empáticos apresentam capaci- adequada a sua conduta nos diferentes grupos
dade de percepção de sinais sociais, que são que irá integrar na sua vida adulta. Nesse con-
indicativos do que o outro precisa ou quer. texto, a atuação do professor pode colaborar
Essa característica diferencial pode favorecer decisivamente para o desenvolvimento social
positivamente o futuro profissional, pessoal e do aluno.
social do indivíduo. Desse modo, as habilida-
des empáticas se configuram como um com-
ponente importante para o desempenho social
do indivíduo e dos grupos.
12 capítulo 1
RESUMO
Os grupos são conjunto de indivíduos, que se
associam e interagem para realizar uma tare-
fa. As fases de desenvolvimento do grupo são:
formação, erupção, normalização e realização.
Os grupos podem ser classificados em primá-
rios ou secundários, formais ou informais, ho-
mogêneos ou heterogêneos, temporários ou
permanentes. Os componentes principais de
um grupo são os insumos, sua dinâmica e os
resultados. A empatia e a assertividade são ha-
bilidades sociais importantes no grupo.
Atividades
REFERÊNCIAS
Antunes, C. Manual de Técnicas de dinâmica
de grupo de sensibilização de ludopedagogia.
Rio de Janeiro: Vozes, 2002.
capítulo 1 13
O COMPORTAMENTO
HUMANO E A
INTERAÇÃO
SOCIAL
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Estudar como o comportamento huma-
no pode ser influenciado pela interação
grupal;
Profa. Dra. Regina Lúcia Félix de Aguiar Lima
• Conhecer os quadrantes da Janela de
Johari e sua importância no estudo da
personalidade.
Carga Horária | 15 horas
INTRODUÇÃO
A identidade do ser humano vai evoluindo e se consolidando à medida que ele se desenvolve e
estabelece convívio com outros indivíduos. O convívio possibilita o desenvolvimento de habilida-
des sociais e de interações sociais, que norteiam a integração do indivíduo nos diversos ambientes
sociais dos quais faz parte. O ambiente escolar contribui para a socialização do indivíduo por
possibilitar e promover encontros e interações em contextos diversos.
capítulo 2 15
em idade escolar ocorre tanto no ambiente
escolar quanto fora dele, contudo a escola
oferece condições para o desenvolvimento da
autoimagem, competência social e emocional,
participação em grupos diversos, sejam eles
formais ou informais, e também possibilita o
estabelecimento de relações igualitárias com
adultos.
16 capítulo 2
sociais e pessoais dos indivíduos, embora não
tenha papel determinante.
O isolamento físico, social, cultural impede que A Janela de Johari foi desenvolvida para favo-
o indivíduo vivencie os processos de interação recer o autoconhecimento e o conhecimento
na sociedade e pode produzir efeitos nocivos do outro. Nela estão representados, de modo
aos indivíduos. geral, todos os aspectos da personalidade. As
subáreas da janela representam características
A cooperação é o trabalho feito em grupo, de da personalidade conhecidas ou desconheci-
forma deliberada ou não pelos membros do das pelo eu e pelo outro.
grupo. Os membros cooperam geralmente
para atingir objetivos maiores, grupais, embo- A área 1, denominada eu aberto, representa
ra seus interesses pessoais estejam inseridos no o comportamento geral de um indivíduo; são
objetivo do grupo. características que podem ser conhecidas pelo
indivíduo e pelo outro, como o modo de falar
No ambiente escolar, o professor deve prezar e de vestir.
pelo estabelecimento e pela manutenção da
cooperação entre os alunos. Para isso, pode A área 2, denominada eu cego, representa
propor atividades grupais que possibilitem aos características do comportamento de um in-
alunos convívio social e trabalho coletivo. divíduo perceptíveis pelo outro, mas que são
desconhecidas do indivíduo, como tiques ner-
vosos, modo de demonstrar alegria ou raiva.
JANELA DE JOHARI A área 3, denominada eu secreto, representa
A Janela de Johari é um modelo de comunica- características do comportamento de um indi-
ção, no qual há trocas de informações; as pes- víduo, conhecidas por ele, mas que ele busca
soas fornecem ou recebem informações sobre manter desconhecidas dos outros. Os exem-
elas mesmas ou sobre outras pessoas. Foi de- plos dessa área podem ser bastante variáveis.
senvolvido a partir de estudos dos psicólogos
Joseph Luft e Harry Ingham; o nome da janela Na área 4, denominada eu des-
deriva dos nomes desses pesquisadores. conhecido, estão inclusas caracte-
rísticas do comportamento de um
Características de Características de indivíduo, das quais ele não tem
comportamento comportamento consciência e também são desco-
conhecidas pelos não conhecidas
outros pelos outros nhecidas dos outros.
capítulo 2 17
librado, autêntico e empático. Esse comporta-
mento pode suscitar, no outro, desconfiança
em alguns grupos ou no início do relaciona-
mento, mas, em longo prazo ou em grupos
maduros e produtivos, pode resultar no esta-
belecimento de parceria baseada na franqueza
e na confiança.
18 capítulo 2
REFERÊNCIAS
Antunes, C. Manual de Técnicas de dinâmica
de grupo de sensibilização de ludopedagogia.
Rio de Janeiro: Vozes, 2002.
capítulo 2 19
COMUNICAÇÃO
HUMANA
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Conhecer os processos da comunicação
Profa. Dra. Regina Lúcia Félix de Aguiar Lima humana;
INTRODUÇÃO
A comunicação é um processo fundamental, que serve de base para grande parte das atividades so-
ciais humanas, sendo contínuo e constante na sociedade humana. Os membros de um grupo quando
não estão motivados realizam suas tarefas de forma limitada, pois não coseguem ir além do que
está estabelecido para seu papel. As habilidades sociais do líder podem favorecer o surgimento e a
manutenção da motivação nos membros do grupo. Nesse caso, a comunicação e o relacionamento
interpessoal são ferramentas importantes.
capítulo 3 21
garantia do estabelecimento de comunicação
eficaz, que só acontece quando a informação
chega ao destino final e é entendida corre-
tamente. Nesse caso, todos os elementos do
processo colaboraram adequadamente para a
comunicação com exatidão, ou seja, uma in-
formação foi codificada, transmitida na forma
de uma mensagem, que foi recebida e inter-
pretada corretamente.
22 capítulo 3
mundo que os cercam e o compartilham usan-
do símbolos verbais ou não.
capítulo 3 23
REFERÊNCIAS
Antunes, C. Manual de Técnicas de dinâmica
de grupo de sensibilização de ludopedagogia.
Rio de Janeiro: Vozes, 2002.
RESUMO
A comunicação pode ser definida como um
processo de troca de informações entre um
transmissor e um receptor, que envolve tam-
bém a compreensão do significado entre os
indivíduos. A comunicação é constituída de
quatro elementos básicos: informação, trans-
missor, receptor e interpretação da mensa-
gem. A comunicação interpessoal e a intergru-
pal são importantes no contexto social.
Atividades
24 capítulo 3
VIVÊNCIA DAS
TÉCNICAS DE
SENSIBILIZAÇÃO
E DE DINÂMICA
DE GRUPO E SUAS
APLICABILIDADES
NA PRÁTICA
EDUCATIVA
OBJETIVOS ESPECÍFICOS
• Conhecer o conceito de dinâmica de
grupo;
Profa. Dra. Regina Lúcia Félix de Aguiar Lima
• Conhecer as técnicas de dinâmica de
grupo e os contextos em que devem ser
Carga Horária | 15 horas aplicadas.
INTRODUÇÃO
A educação formal nas instituições de ensino é conduzida de forma coletiva, onde crianças, jovens
e adultos são organizados em grupos de convívio quase diário, nos quais ocorrem interações so-
ciais diversas que podem ser entendidas no contexto dos processos grupais ou dinâmica de grupo.
As técnicas de dinâmica de grupo podem ser ferramentas importantes na educação, pois seu uso
adequado no ambiente escolar pode favorecer aspectos individuais dos alunos, como o desenvol-
vimento cognitivo, emocional e social, aspectos grupais na turma, como o desenvolvimento de
espírito de equipe, criatividade, capacidade de inovação, habilidades de comunicação assertiva e
empática e lidar com situações diversas e adversas.
capítulo 4 25
que favorecem o entendimento dos objetivos,
das atividades e relações no ambiente de um
grupo.
26 capítulo 4
do conhecimento científico pela manipulação,
pelo compartilhamento, pela criação e recria-
ção do conhecimento.
capítulo 4 27
coordenador. O primeiro modo de formação
do grupo tem como aspecto positivo a exis-
tência de conhecimento e afinidades prévias
entre os membros, isso torna o grupo mais
coeso e forte, porém tem como aspecto nega-
tivo diminuir as possibilidades de os indivíduos
conhecerem melhor e estabelecerem interação
com outras pessoas. Nesse caso, também há
chances maiores de conflitos. Assim, é interes-
sante que os dois modos de formação sejam
adotados, pois além dos aspectos destacados,
na sociedade nem sempre se escolhe de que
grupo se participa.
A constituição dos grupos é feita pela deter- O fechamento dos trabalhos é feito com a fi-
minação da quantidade de membros que cada nalização da discussão, do fornecimento de
grupo deve ter e pela distribuição dos mem- explicações e do parecer final sobre o desem-
bros. Os grupos podem ser constituídos por penho dos grupos.
escolha dos membros ou por determinação do
28 capítulo 4
TIPOS DE TÉCNICAS
GRUPAIS
As técnicas de dinâmica de grupo podem ser
classificadas pela finalidade que representam.
capítulo 4 29
TÉCNICAS DE DINÂMICA
DE GRUPO NA PRÁTICA
EDUCATIVA
Segundo Perrenoud (2000), os professores pre-
cisam desenvolver competências para orientar
o ensino, organizar e conduzir situações de
aprendizagem e tornar os alunos sujeitos da
sua aprendizagem e capazes de trabalhar em
grupo.
Os membros de grupo já adultos possuem ex- O estudo de caso envolve a discussão em gru-
periências e vivências que lhes dão certa auto- po de questões específicas, reais ou fictícias,
nomia para que o processo de aprendizagem apresentadas pelo professor, possibilitando
seja mais eficiente; o ritmo de aprendizagem que os alunos desenvolvam capacidade de re-
requer o uso de metodologias participativas, alizar análise científica/crítica e de resolver situ-
com experiências significativas e linguagem ações pela tomada de decisão ou proposição
clara. Nesse caso, o coordenador (professor) de solução. Essa técnica permite a revisão de
precisa usar de sensibilidade, coerência, paci- conceitos e conteúdos e o estabelecimento de
ência, percepção empática e estabelecer uma relação entre os conteúdos teóricos e as situa-
comunicação eficiente. Ele também deve ter ções práticas.
consciência do seu papel na relação, de suas
responsabilidades e de seus compromissos, A dramatização permite que o aluno vivencie
logo deve criar condições para a participação diferentes situações como também estimula o
dos membros do grupo (alunos) no processo raciocínio e favorece a assimilação de conte-
de aprendizagem, valorizando as contribui- údos e o desenvolvimento da comunicação e
ções individuais e coletivas. expressão e da interação social.
30 capítulo 4
O debate é uma técnica, que permite estimular
o raciocínio e o pensamento crítico e ampliar a
visão do aluno sobre temas específicos, discu-
tidos sob pontos de vista diversos.
capítulo 4 31
REFERÊNCIAS
Antunes, C. Manual de Técnicas de dinâmica
de grupo de sensibilização de ludopedagogia.
Rio de Janeiro: Vozes, 2002.
32 capítulo 4