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O Sistema Solar e Tectonica de Placas (Tectónica Team)
O Sistema Solar e Tectonica de Placas (Tectónica Team)
Trabalho de pesquisa
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1. A teoria da nebulosa e o sistema solar actual
Shutterstock/Jurik Peter
Conceito artístico do Sistema Solar primordial, em que colisões no disco de acreção formaram
planetesimais (Imagem: Reprodução/NASA/JPL-Caltech)
Devido à rotação, grande parte da matéria foi para a parte central da formação, criando
um corpo esférico de uma protoestrela. Contudo, ainda levou 50 milhões de anos para
que essa estrela “bebê” alcançasse pressão e densidade do hidrogênio que fossem
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suficientes para conseguir realizar a fusão termonuclear, para finalmente dar origem ao
Sol. O restante deu origem ao chamado disco protoplanetário, em que poeira e gás
colidiram e se uniram para formar uma estrutura parecida com uma panqueca.
É possível que os gigantes gasosos do Sistema Solar tenham se formado em outras posições, mas
acabaram mudando suas órbitas (Imagem: Reprodução/ Daniel Roberts/Pixabay)
Em outro cenário, uma teoria propõe que Júpiter e Saturno migraram para perto do Sol,
o que fez com que Urano e Neptuno se afastassem. Existe também a possibilidade de
que Júpiter ficava perto da órbita de Marte, até que se afastou e alterou as órbitas dos
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outros mundos. De qualquer forma, as mudanças causaram o chamado "bombardeio
tardio", que foi um período de intensos e frequentes impactos de cometas e asteroides
nos planetas mais internos do Sistema Solar.
Um exemplo disso é um "berçário espacial" que existe a cerca de 1.300 anos-luz de nós.
Na constelação de Órion, o Caçador, existe uma área enevoada próxima da "espada",
composta por uma enorme nuvem de gás e poeira. Lá, fica a Nebulosa de Órion, que é
onde novas estrelas nascem. Imagens do telescópio espacial Hubble revelaram que
muitas delas estão envolvidas por gás e poeira aquecidos que, em alguns milhões de
anos, vão dar origem a planetas que vão se mover em torno destas estrelas.
Estrelas recém-nascidas na Nebulosa de Órion, envolvidas por camadas de gás e poeira (Imagem:
Reprodução/NASA/ESA, L. Ricci (ESO)
Além disso, simulações computacionais do processo, feitas com detalhes de como tudo
deveria acontecer, vêm mostrando que a formação do Sistema Solar a partir de uma
nuvem de gás é um caminho viável. Vale lembrar também que as próprias características
do Sistema Solar dão suporte à teoria, até porque ela nasceu a partir da observação da
nossa vizinhança. Primeiro, todos os planetas orbitam o Sol na mesma direção, sendo
que a maior parte das luas também acompanha o movimento, que são aspectos
esperados de objetos que vieram do mesmo disco de detritos.
Por fim, os planetas têm as características necessárias para terem se formado a partir de
um disco composto principalmente por hidrogênio, em torno de um Sol jovem e
bastante quente. Hoje, sabemos que os planetas próximos do Sol têm muito pouco
hidrogênio, já que o disco estaria quente demais para se condensar quando se formaram.
Já os planetas mais externos são compostos principalmente por este elemento, e são bem
mais massivos porque havia muito mais material para se formarem.
Entretanto, isso não significa que a teoria seja inquestionável. Embora esta seja, de fato,
uma das ideias mais aceitas entre os cientistas quando o assunto é o nascimento do
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Sistema Solar, ela ainda deixa abertura para algumas perguntas que, por enquanto, não
foram respondidas.
2. A acreção planetária e diferenciação do planeta terra
(fig. 1)
(Fig. 2)
A crosta foi a primeira zona terrestre a solidificar, devido à sua proximidade com as
baixas temperaturas do Espaço. No entanto, devido à ausência de atmosfera, continuava
a ser bombardeada por inúmeros meteoritos, cujo choque com a fina e recém-formada
superfície terrestre originava fenómenos de vulcanismo activo que libertavam grandes
quantidades de lava e de vapor de água. O vapor de água libertado, por condensação,
originou as primeiras chuvas do plane-ta, que deram início à formação dos oceanos
primitivos. Simultaneamente, iniciou-se a formação da atmosfera primitiva e
começaram a surgir as primeiras formas de vida nos oceanos primitivos.
Acreção
A acreção foi um dos processos que deu origem à Terra e a outros planetas no nosso
sistema solar. Esse processo deve-se ao facto de terem havido colisões de materiais que
andavam dispersos pelo espaço, materiais esses provenientes da nébula solar. A colisão
de materiais provocou uma acumulação de poeiras e gases, determinando uma
capacidade de atrair matéria devido ao aumento da sua massa e da força gravitacional,
dando origem ao crescimento de protoplanetas e de pequenos corpos do sistema solar.
O crescimento de protoplanetas
Os protoplanetas foram formados a partir da acumulação de matéria, e, durante essa
acumulação, houve um aquecimento interno resultante de: Bombardeamentos
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meteoríticos, contração gravitacional e desintegração radioactiva; levando, à
diferenciação dos planetas em camadas.
Protoplanetas
Os protoplanetas durante o seu crescimento, tinham baixa densidade, resultado da sua
composição essencialmente gasosa, à base de hidrogénio e hélio. Estes gases foram
retidos pelos protoplanetas mais distantes do Sol (chamados de planetas gigantes),
enquanto nas zonas interiores da nébula solar as temperaturas muito elevadas os teriam
afastado, dando origem à concentração de elementos mais densos (chamados de
planetas telúricos).
Diferenciação
É o resultado da diferença e variação de densidades após a fusão e aquecimento dos
materiais, esse fenómeno deu origem às várias camadas que o nosso planeta tem, essas
camadas estão dispostas da periferia para o interior, de acordo com densidades
crescentes. Nas imagens seguintes podemos ver as várias etapas desse processo.
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3. A estrutura e composição interna e externa da terra
O planeta Terra possui três grandes camadas:
Crosta terrestre;
Manto;
Núcleo.
O estudo das camadas da Terra, comumente empregado na Geografia, na Biologia e na
Geologia, é realizado por meio de sondagens subterrâneas. Porém, como é sabido, a
grande espessura das camadas, assim como as dificuldades técnicas de exploração
impossibilitam um maior conhecimento dessas estruturas, em especial do manto e do
núcleo. Desse modo, os cientistas procuram alternativas viáveis para uma melhor
compreensão das camadas terrestres, como o estudo das ondas sísmicas internas do
planeta, que permitem, a partir das suas medições e análises, traçar hipóteses sobre a
formação, a espessura e a composição de cada uma dessas camadas.
Crosta terrestre
A crosta terrestre é a camada mais externa do planeta Terra. É considerada a camada
terrestre mais importante, uma vez que é na crosta que são desenvolvidas as atividades
humanas, assim como são registradas as ocorrências dos diferentes fenômenos
geográficos.
Ela é a menor camada em espessura, quando comparada com as demais, e o seu
tamanho é variável, podendo chegar até 40 quilômetros de profundidade. A sua
composição é predominantemente de material rochoso, sendo as rochas da crosta
formadas por minerais, como a sílica e o alumínio.
A crosta pode ser dividida entre partes continentais e oceânicas, e a sua estrutura é toda
fragmentada, formando as chamadas placas tectônicas. Essas placas flutuam sobre o
manto, mais precisamente na astenosfera, camada de transição entre a crosta e o manto
superior. A partir da movimentação dessas placas na astenosfera, ocorrem diversos
fenômenos geológicos, como os terremotos. A separação entre a crosta terrestre e o
manto é dada pela Descontinuidade de Mohorovicic.
Manto
Logo abaixo da crosta, há a camada do manto terrestre. O manto é a camada mais
profunda do planeta e é comumente dividido em manto superior e manto inferior. As
temperaturas no manto podem chegar até a 2.000 ºC.
Essa camada é composta basicamente por rochas com densidade intermediária,
compostas por minerais como silício e magnésio. No caso do manto superior, essas
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rochas possuem um estado pastoso, em razão do calor que irradia do manto inferior e do
núcleo. É a partir do manto superior que o magma é expelido pelos vulcões. O manto
superior é responsável ainda pela movimentação das placas tectônicas que formam a
crosta.
Já em relação ao manto inferior, a sua estruturação é basicamente líquida, uma vez que
as rochas presentes nessa camada se dissolvem, em razão do calor proveniente do
núcleo. A Descontinuidade de Wiechert-Gutenberg marca a passagem do manto inferior
para o núcleo.
Núcleo
O núcleo é a camada mais interna do planeta Terra. Ele é basicamente formado por ferro
e níquel, sendo dividido em núcleo externo e interno. A parte externa do núcleo possui
temperaturas próximas a 3.000 ºC e possui uma composição líquida, em razão das altas
temperaturas registradas no interior da Terra. Já o núcleo interno, apesar de registrar
temperaturas de até 6.000ºC, é sólido, devido à alta pressão no ponto mais interno da
Terra.
Essa é a camada menos conhecida do planeta, já que, em razão das suas características
naturais e de limitações técnicas, é a mais difícil de ser estudada. O núcleo é apontado
por muitos cientistas como o ponto de origem do magnetismo terrestre, uma vez que a
sua movimentação gera uma corrente elétrica, resultando na formação de um campo
magnético.
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(Fig. 3)
Os antecedentes
Talvez uma das maiores descobertas da geociência foi a fragmentação da litosfera
terrestre em cerca de 12 partes, não iguais, que se movimentam em direções opostas,
(divergente) na mesma direção, (convergente) ou horizontalmente (transformantes).
Esta descoberta começou a ser estudada por Alfred Wegener que em seu livro “The
Origins of Continents and Oceans” o qual mostrou evidencias de rochas, de mesma
composição, (feições geológicas) e fósseis em diversos continentes, principalmente no
Americano e Africano, depois divulgou o que ele chamava de Pangéia um continente
unificado. Wegener como sabemos não estava errado na deriva continetal, mas errou em
outros aspectos como a velocidade e o que movia os continentes, isso fez com que sua
teoria fosse desacreditada pelos cientistas da época.
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Distribuição geográfica dos fósseis gondwânicos.
Em 1965 o geólogo J Tuzo Wilson disse pela primeira vez a palavra placa para
descrever o a litosfera que forma o globo. Com o avanço da tecnologia pós 2º guerra os
estudos foram cada vez sendo mais persuasivos sobre a existência das placas no planeta,
eram usados submarinos sondas, aviões e supercomputadores para época, com isso de
várias explorações congressos e reuniões entre a década de 50 e 60 os cientistas
adotaram no começo da década de 70 esta teoria para a explicar diversos fenômenos.
Hoje sabemos que a grande atividade geológica está nos limites de placas, nelas
podemos encontrar vulcões, cadeia de montanhas, terremotos, riftes entre outros, isso
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ocorre devido a cada tipo de movimento que acontece nos limites estes movimentos são
divididos em três categorias:
Evidências
Argumentos
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Distribuição de quatro grupos fósseis do Permiano e do Triássico, usados como evidências
paleontológicas da deriva continental
Limite Divergente
Nesse tipo de limite, ocorre um afastamento das placas tectônicas. Assim, essa
movimentação, comumente de separação entre duas ou mais placas, gera consequências
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(Fig.5)
Limite Convergente
Nesse tipo de limite, ocorre uma aproximação das placas tectônicas. Logo, há um
choque entre uma placa e outra, que provoca movimentos de afundamento e/ou
ascensão de uma determinada placa. Essa movimentação tem como consequência a
formação de dobras, fossas e montanhas. Esse tipo de limite explica, por exemplo, a
formação dos chamados dobramentos modernos.
(Fig. 6)
Limite Transcorrente
Nesse tipo de limite ocorre um contato lateral das placas tectônicas. Portanto, esse
contato lateral, em que há um deslize de uma placa em relação a outra, não provoca a
destruição e/ou criação de novas placas. A consequência mais comum dos limites
transcorrentes é a formação de falhas.
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(Fig. 7)
Fenómenos Geológicos
A movimentação das placas resulta na formação de:
Montanhas- é uma forma de relevo que se caracteriza pela elevada altitude.
Fossas oceânicas- é uma grande depressão que se forma no oceano em consequência
dos movimentos convergentes das placas tectônicas.
Atividades vulcânicas- libertação de matéria líquida, sólida e gasosa do interior da
terra para a superfície.
Terremotos- são abalos da terra produzido por forças que actuam no interior do planeta.
Tsunamis- ondas de grande energia geradas por abalos sísmicos.
Convecção Mantélica
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A convecção no manto terrestre é considerada a principal força motriz por trás das
tectônicas de placas. O manto é aquecido pelo núcleo interno da Terra e,
consequentemente, o material aquecido se torna menos denso e sobe em direção à
superfície. À medida que o material se resfria na superfície, ele se torna mais denso e
afunda de volta para o manto. Esse movimento de ascensão e descida cria correntes de
convecção, que arrastam as placas tectônicas.
(Fig. 8)
Forças de Cisalhamento
Nas regiões de limites transformantes, como as falhas geológicas, as placas deslizam
lateralmente uma em relação à outra. Esses movimentos horizontais são causados por
forças de cisalhamento. O atrito entre as placas ao longo desses limites pode causar
tensões acumuladas, que eventualmente são liberadas como terremotos quando ocorre
um deslizamento repentino.
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(Fig. 9)
Conclusão
A teoria da tectónica de placas parte do pressuposto de que a camada mais superficial da
Terra está fragmentada numa dúzia ou mais de grandes e pequenas placas que se movem
relativamente umas às outras, sobre um material viscoso, mais quente.
Concluímos por fins, que o Sistema Solar surgiu através do Big-Bang, que foi uma
grande explosão que deu origem ao Universo. O Sistema Solar é um conjunto de
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planetas, satélites e outros fragmentos do espaço que orbitam o sol. Os planetas são
corpos celestes sem luz própria que giram ao redor do Sol.
Referências
Teoria da nebulosa
https://canaltech.com.br/espaco/o-que-e-a-teoria-da-nebulosa-solar-181927/ Acessado
aos 12/06/23
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A acreção planetária e diferenciação do planeta terra
https://portfolio-eli.webnode.pt/news/a%20terra%20-%20acre%C3%A7%C3%A3o
%20e%20diferencia%C3%A7%C3%A3o/ Acessado aos 12/06/23
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