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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ – UESC

COLEGIADO DE PEDAGOGIA
DOCENTE: José Everaldo O. Santos

DICENTE : Luciane Brandão Mendes

Resumos

A INTERDISCIPLINARIDADE NA FORMAÇÃO DE PROFESSORES:


POSSIBILIDADES E DESAFIOS
Raquel Karpinski

O texto trás uma discussão sobre os desafios da interdisciplinaridade na formação de


professores em nível superior. Nessa concepção, o estudo analisa as experiências específicas de
formação no curso de Pedagogia das Faculdades Integradas de Taquara, focando na busca do
viés interdisciplinar na formação dos educadores. Trata da responsabilidade que a formação
interdisciplinar deve ter em todas as áreas, não ó nas ciências humanas, que é a área mais
preocupada como essa preocupação.

Para haja um entendimento e reconhecimento da importância da interdisciplinaridade, texto


trás seu conceito, apontando sequência, limites e possibilidades como estratégia de produção
de conhecimento. Os aspectos metodológicos estão voltados à análise qualitativa, com detaque
na pesquisa participante, descrevendo conceitos e vivências relacionados à temática, como
forma de expor a teoria, relacionando-a com a prática. Entende-se que cabe ao processo da
educação fundamentar a interdisciplinaridade por meio do diálogo entre os sujeitos nele
envolvidos, para que o fazer interdisciplinar seja a pedagogia utilizada como prática no meio
acadêmico. Assim afirma-se, uma educação significativa, indispensável na formação dos
profissionais que atuarão na área da educação. Os resultados da pesquisa apontam que há um
movimento institucional no sentido de efetivar a interdisciplinaridade como prática pedagógica,
mas ainda há um longo caminho a ser construído por professores, alunos e comunidade
acadêmica nessa direção. Por isso, é necessário um cuidado especial para que a
interdisciplinaridade não seja apenas um jargão, um recurso teórico. “A formação de
professores na contemporaneidade: perspectivas interdisciplinares adotado pelas universidades
para se adequarem de forma artificial às demandas de formação social. É preciso que as
universidades trabalhem efetivamente de forma interdisciplinar, principalmente na formação
de professores, para que estes possam transmiti-la de maneira eficaz para seus futuros alunos.
A universidade precisa e deve começar por ela mesma a ser agente das transformações que
pensa e pretende para a sociedade. Formar professores de forma interdisciplinar é o caminho
para a construção de uma educação básica de qualidade, comprometida com a transformação
da realidade vivida pelos educandos e educadores.”
Identidade docente e formação continuada: um estudo à luz das teorias
de Zygmunt Bauman e Claude Dubar
Fernanda RossiI, Dagmar Hunger

A pesquisa realizada com professoras da educação infantil e do ensino fundamental, das áreas
de Educação Física, Pedagogia e Artes. Considerado a identidade como fenômeno sempre em
mutação, fundamentando que a formação continuada pode ter papel diferenciado na
construção da identidade profissional. Um dos ponto levantados no texto foi a dimensão da
profissão estreitamente relacionada com a constituição da identidade docente, onde o
professores entendem como um elemento que possibilita acompanhar as rápidas mudanças
sociais em curso e assim garantir o reconhecimento social de sua função. Um outro ponto
tratado no texto como integrador da formação com a identidade foi o espaço e tempo, que
permitiu considerar coletivamente saberes e novas concepções sobre o que é ser professor(a).
Para o grupo pesquisado, a desvalorização social da profissão e da própria educação escolar,
marcante nos últimos tempos, impacta os significados da identidade docente, bem como a
própria ação de educar. Ponto trazido pelo grupo também é refrente a desvalorização da
instituição escolar, tanto do estudantes quanto do governo. As professoras indicaram, ainda, a
necessidade de oportunidades para fortalecer seus laços profissionais, consolidando o coletivo
docente e a noção de pertença a um grupo específico na sociedade, sendo reconhecidas como
portadoras de uma identidade própria – a identidade docente. Entretanto, a configuração atual
da instituição escolar e os modos de trabalho não proporcionam momentos para construir tal
objetivo de modo consistente. Uma ponto interessante pontudo foi referente as professoras de
Educação Física e Artes da educação infantil e dos anos iniciais do ensino fundamental não se
sentem portadoras de uma identidade coletiva, na medida em que executam seu trabalho, em
grande parte, individualmente. “Embora tenhamos consciência de que o pertencimento e a
identidade não são sólidos como uma rocha ou imutáveis coletiva”, conforme nos lembram
recorrentemente Bauman e Dubar. As múltiplas dimensões que envolvem a profissão docente,
como os diferentes contextos sócio-históricos, as relações estabelecidas entre o profissionais, as
experiências individuais, o sentimento de pertencimento e as representações, precisam ser
levadas em conta.

Afirma ainda que as ações de formação desenvolvidas na perspectiva crítica e colaborativa, são
propícias para a construção de identidades mediante processos de socialização, promovendo o
alcance da dimensão, mesmo que não sendo o alcance desejado. A construção de uma
identidade coletiva, encontrando as razões e os modos de viver a profissão docente em
conjunto e favorecendo o sentimento de pertencimento profissional. As ações de formação
embora não sejam a única fonte, evidentemente, são propícias para a construção de
identidades mediante processos de socialização, gerando sentidos e significados à condição de
ser professor(a). A percepção das professoras sobre o significado do exercício da docência
atualmente está norteada pela crise do campo educativo, exposta em processos de
desvalorização da profissão. Ser professor(a) significa superar cotidianamente os desafios
contemporâneos.

Os professoras pesquisada reconhecem poucas experiências de formação continuada que


tenham como objetivo gerar espaços de reflexão crítica em torno da docência, entretanto, essa
dimensão da formação de professores(as) é um espaço propício para fortalecer os laços sociais
e coletivos na docência, desde que se disponha a tal propósito.

Texto trás uma reflexão que toda identidade pode ser construída, e reconstruída, que as
necessidades contemporâneas estão postas, dificuldade vão existir e surgir, que é preciso ter
esse reconhecimento, diante da multiplicidade de significações e representações sobre o ser
humano e a sociedade, o sujeito se confronta com inúmeras identidades possíveis de se
reconhecer e muitas outras a serem inventadas.

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