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1. Introdução
A busca por uma construção sustentável tem motivado o uso de soluções econômicas que
racionalizem o aproveitamento de espaço, materiais e mão de obra. A construção industrializada
presente no Brasil tem buscado a racionalização em vários níveis do processo construtivo.
As estruturas metálicas têm sido utilizadas desde o século XVII, na forma de tirantes e pendurais
de ferro fundido para estruturas de madeiras em pontes. No início da segunda metade do século
XIX começaram a aparecer os edifícios de múltiplos andares e a partir dos anos de 1900 até os
dias de hoje, houve grande desenvolvimento no estudo do comportamento de estruturas de aço,
principalmente no que diz respeito à instabilidade e à plasticidade. Estas estruturas são
amplamente utilizadas na indústria da construção civil e atualmente, devido ao aperfeiçoamento
das técnicas construtivas, tem-se investido em pesquisas de novos materiais com a intenção de
deixar as estruturas mais leves e esbeltas, garantindo a estética.
A exposição de elementos estruturais feitos de peças metálicas pode manifestar problemas como
a corrosão e a perda de resistência em presença de altas temperaturas. A difusão da
industrialização na construção civil traz uma mudança de paradigma que objetiva uma transição
para o desenvolvimento sustentável e a redução de impactos ambientais. Com isso, tem-se
provocado um aumento da utilização do aço inoxidável na engenharia estrutural.
O aço é uma liga metálica constituída basicamente de ferro e carbono, obtida pelo refino do ferro-
gusa – produto de primeira fusão do minério de ferro. O aço inoxidável é o nome dado a uma
família de aços resistentes à corrosão e que contém pelo menos 10,5% de Cromo (Cr) em sua
composição. O Cr aumenta a resistência mecânica à abrasão, à corrosão atmosférica e melhora
o desempenho do aço sob temperaturas elevadas.
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1.2. Fabricação
Os aços inoxidáveis podem ser fundidos ou forjados. O processo de fabricação garante que não
há perda de propriedades. Peças menores podem ser feitas por metalurgia como:
Placas
Tubos
Barras
Parafusos, porcas, arruelas e chumbadores
Os produtos mais comuns disponíveis são os perfis de chapa dobrada – formados a frio – e
possuem alta eficiência em aplicações estruturais leves. As seções laminadas são, geralmente,
feitas sob encomenda e ainda não possuem dimensões padronizadas no Brasil.
1.3. Aplicações
Os aços inoxidáveis podem ser fabricados pelas técnicas disponíveis comumente utilizadas na
engenharia, possuem diversas aplicações e podem ser totalmente reciclados no fim de sua vida
útil. Geralmente são utilizados em ambientes agressivos – como regiões litorâneas ou altamente
poluídas – por possuírem resistência a corrosão, ao fogo – devida a adição de Cr – e à baixas
temperaturas. Sua alta ductilidade garante também resistência às cargas sísmicas, uma vez que
uma maior dissipação de energia é possível – melhora na tenacidade.
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Esses aços são frequentemente usados em estruturas industriais, mas podem ser empregados
em diversas áreas da construção civil apresentando vantagens como grande capacidade de
conformação, durabilidade e baixo custo de manutenção.
Outro exemplo de estrutura construída com uso de aço inoxidável é a passarela para pedestres e
ciclistas Celtic Gateway Bridge em Holyhead – UK (Figura 2). Ela possui cerca de 160 metros de
comprimento total e 7 metros de largura.
O aço inoxidável também apresenta uma alta resistência mecânica, portanto, podem-se executar
estruturas mais leves e com alto apelo estético, como é o caso da passarela de pedestres Trumpf
Footbridge (Figura 3) localizada em Ditzingen, distrito de Ludwigsburg, na Alemanha.
O aço inoxidável, por não corroer quando usado corretamente, não adentra o meio ambiente. Isso
pode ser observado em estudos interdisciplinares que demonstraram sua inocuidade mesmo sob
condições de chuva ácida pesada em superfícies recém-desgastadas1. Além disso, seu valor
1BERGGREN, D.; BERLING, S.; HEIJERICK, D.; HERTING, G.; KOUNDAKJIAN, P; LEYGRAF, C.; WALLINDER, I.
O. Release of Chromium, Nickel and Iron from Stainless Steel Exposed Under Atmospheric Conditions and the
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intrínseco de conteúdo de matéria-prima garante que, mesmo com o fim da vida útil de uma
estrutura, os elementos constituídos de aço inoxidável na estrutura sejam reciclados.
Environmental Interaction of These Metals – A combined field and laboratory investigation. European Confederation
of Iron and Steel Industries. 2004.
2 Disponível em newyork-forever.com. Acessado em julho de 2022.
3 Disponível em stayinwales.co.uk. Acessado em julho de 2022.
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2. Propriedades do Material
2.1. Classificação
Existe uma variedade de aços inoxidáveis que se diferenciam pela sua composição química e
tratamento térmico. Podem ser classificados em cinco tipos diferentes, de acordo com sua
microestrutura: austenítico, ferrítico, duplex, martensíticos e endurecidos por precipitação. Os três
mais utilizados na engenharia estrutural são os austeníticos, ferríticos e duplex.
2.1.1. Austeníticos
A adição de níquel confere às ligas austeníticas de aço inoxidável uma resistência a altas
temperaturas significativamente maiores do que outras ligas, particularmente a capacidade de
5 AISI. Specification for the design of cold-formed steel structural members. American Iron and Steel Institute, 1996.
6 MCGUIRE, M. Stainless steels for design engineers. ASM International. 2008. 304 p.
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2.1.2. Ferríticos
Os aços inoxidáveis ferríticos mais utilizados apresentam 10,5 - 18% de Cr e nenhuma – ou muito
baixa – adição de Ni e baixo teor de carbono resultando em uma limitada resistência mecânica. É
uma liga ferromagnética de ferro e cromo. Sua estrutura atômica é similar à dos aços carbono
(arranjo atômico cúbico de corpo centrado). A ausência do Níquel em sua composição torna-o
mais competitivo economicamente. Estes aços inoxidáveis são menos dúcteis e menos soldáveis
que os austeníticos, mas podem ser largamente utilizados em ambientes corrosivos.
2.1.3. Duplex
Os aços inoxidáveis duplex apresentam 10 - 26% de Cr, 1 - 8% de Ni, até 5% de Molibdênio e 0,05
- 0,3% de Nitrogênio em sua composição. Os aços duplex são caracterizados pela estrutura
combinada ferrítica-austenítica, ou seja, possuem microestrutura bifásica com proporções
similares de ferrita e austenita. Apresentam maiores resistências que os austeníticos e podem ser
amplamente utilizados em ambientes corrosivos; garantem boa ductilidade, facilidade de
soldagem, tenacidade e elevada resistência mecânica. Diferente dos aços inoxidáveis austenítico
e ferrítico, que só podem ser trabalhados a frio, os aços inoxidáveis duplex podem sofrer
tratamento térmico. A relação custo-benefício é satisfatória, já que a quantidade de Ni é reduzida.
Esses aços são muito utilizados na indústria naval e de óleo e gás. Pode ser ainda subdividido em
lean duplex.
7NICKEL INSTITUTE. Stainless steel for structural applications: The role of nickel. Disponível em nickelinstitute.org.
Acessado em agosto de 2022.
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necessário cuidado para selecionar o grau de aço inoxidável mais apropriado para uma
determinada aplicação. Geralmente, quanto maior o nível de resistência à corrosão necessário,
maior o custo do material. Os aços inoxidáveis duplex oferecem potencialmente maior resistência
à corrosão com um preço menor. Além disso, sua maior resistência pode permitir reduzir os
tamanhos das seções e, portanto, o custo do material. O aço austenítico na condição de trabalho
a frio tem uma resistência à corrosão semelhante à condição de recozido8. As razões mais comuns
para falha em relação à resistência à corrosão são:
2.3. Curva comparativa entre os principais tipos de aço inoxidável e o aço carbono
O comportamento mecânico é uma grande vantagem dos aços inoxidáveis em comparação com
o aço carbono. Enquanto o aço carbono apresenta um ponto bem definido para tensão de
escoamento do material, o aço inoxidável apresenta uma curva em que esse ponto não é definido.
O aço carbono apresenta tensão de escoamento menor que os aços inoxidáveis austenítico e
duplex e quando se trata de deformações, os aços inoxidáveis apresentam valores superiores em
relação ao aço carbono. A Figura 4 ilustra as curvas de tensão-deformação para os diferentes
tipos de aço na fase de escoamento e na Figura 5 são apresentadas as mesmas curvas até a
ruína do material.
8SCI. Design Manual for Structural Stainless Steel. 4th Edition. SCI No. P413. The Steel Construction Institute.
Reino Unido. 2017. 106 p.
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O aço inoxidável também apresenta anisotropia e assimetria em seu comportamento físico no que
diz respeito a tração e compressão. Com isso, se faz necessária a construção de curvas tensão-
deformação para diferentes direções de laminação.
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Figura 4 – Curvas tensão-deformação para aços inoxidáveis e aço carbono em fase de escoamento9
Figura 5 – Curvas tensão-deformação para aços inoxidáveis e aço carbono até a ruína do material10
9 Adaptada de BADDOO, N. Steel Design Guide 27 – Structural Stainless Steel. American Institute os Steel
Construction
10 Adaptada de BADDOO, N. Steel Design Guide 27 – Structural Stainless Steel. American Institute os Steel
Construction
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2.5. Soldabilidade
A soldabilidade de aços inoxidáveis requer conhecimento na resposta do aço aos efeitos térmicos
e mecânicos do processo de solda.
A principal consideração da soldagem de aço inoxidável em relação ao aço carbono é que o Cr,
que torna o aço inoxidável, deve ser protegido da oxidação. Entretanto, ele permanece como um
elemento resistente a corrosão e não abriga óxidos refratários que diminuiriam a solidez da solda.
O aumento do Cr piora a soldabilidade.
Aços inoxidáveis austeníticos possuem, em geral, boa soldabilidade. Eles possuem menores
condutividade e maiores expansões térmicas que o aço carbono ou o aço inoxidável ferrítico o que
aumenta o potencial para tensões residuais. A maior limitação é apresentada nos aços ferríticos
por possuírem baixa expansão térmica, mesmo com boa condutividade térmica. A soldabilidade
em aços inoxidáveis duplex são melhores que nos ferríticos, mas geralmente não tão boa quanto
nos austeníticos. Esse tipo de liga solidifica em um modo completamente ferrítico garantindo uma
boa resistência às trincas no cordão de solda quente comparadas com os austeníticos. Metais de
preenchimento são especialmente projetados com altos níveis de Ni para produzir um equilíbrio
similar ao material base11.
2.6. Ductilidade
É sabido que o aumento do teor de carbono constitui a maneira mais econômica para obtenção
da resistência mecânica nos aços, atuando primordialmente no limite de resistência. Por outro
lado, prejudica sensivelmente a ductilidade e a tenacidade. A ductilidade permite redistribuição de
tensões locais elevadas, ou seja, grandes deformações.
11 OUTOKUMPU. Handbook of stainless steel. Otokumpu high performance stainless steel. Finlândia. 2013. 92 p.
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3. Dimensionamento
Apesar de haver uma ampla variedade de aços inoxidáveis, todos apresentam a relação tensão-
deformação caracterizada por uma curva em que o ponto de início do escoamento não é definido
de forma nítida como ocorre em alguns aços-carbono por possuir comportamento não linear para
baixas relações tensão-deformação.
Diversos modelos constitutivos podem ser utilizados para representar esses materiais
matematicamente, sendo os mais comuns baseados nas formulações complexas – para o cálculo
da resistência – de Ramberg-Osgood12, que tem originalmente propostas para simular o
comportamento do alumínio. O formato da curva, a deformação máxima, nível de ganho de
resistência por encruamento e a ductilidade são variáveis entre os aços. Além disso, a tensão de
escoamento – representada por fy ou σ0,2 – e a ductilidade são influenciadas também pelo processo
de fabricação dos perfis. As formulações de Ramberg-Osgood foram modificadas por Hill13 e assim
foi obtida a Eq. 3.1.
𝜎 𝜎
𝜀= + 0,002 ,𝜎 ≤ 𝜎 , (3.1)
𝐸 𝜎,
12 RAMBERG, W.; OSGOOD, W, R. Description of stress-strain curves by three parameters. Technical Note No. 902,
National Advisory Committee for Aeronautics. Washington, D.C., 1943. 29p.
13 Hill, H. N. Determination of stress-strain relations from offset yield strength values. Technical Note No. 927,
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ln 20
𝑛=
𝜎 , (3.2)
ln 𝑅 ,
O Eurocode 3-1-4 utiliza para a segunda parte da curva, as formulações de Rasmussen16, onde a
Eq. 3.3 representa o comportamento dos aços inoxidáveis após a tensão de escoamento a ser
atingida.
𝜎−𝑓 𝜎−𝑓
𝜀=𝜀 , + +𝜀 ,𝑓 < 𝜎 ≤ 𝑓 (3.3)
𝐸 𝑓 −𝑓
onde fy é a tensão σ0,2 e εu representa a deformação máxima, que pode ser definida por meio da
Eq. 3.4:
𝑓
𝜀 =1− ≤𝐴 (3.4)
𝑓
15 MIRAMBELL, E.; REAL, E. On the calculation of deflections in structural stainless steel beams: na experimental
and numerical investigation. Journal of Constructional Steel Research, 54. 2000. p. 109-133.
16 RASMUSSEN, K. J. R. Full-range stress-strain curves for stainless steel alloys. J. Constr. Steel Res. v. 59, 2003.
p. 47-61.
17 European Committee for Standardization. Stainless steels – Part 3: Technical delivery conditions for semi-sinished
products, bars, rods, wire, sections and bright products of corrosion resisting steels for general purposes. Bruxelas,
2014. 58p.
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𝑓
𝑚 = 1 + 3,5 (3.5)
𝑓
𝐸
𝐸 =
(3.6)
1 + 0,02𝑛 𝐸 𝑓
Ademias, há uma gama de estudos que foram realizados para levar em conta a influência da
conformação a frio nas propriedades de seções formadas por aço inoxidável.
No Eurocode 3 é indicado que para casos de análises elásticas deve-se assumir que o
comportamento tensão-deformação do material seja linear, independentemente do nível de
tensão. E de acordo com o Steel Design Guide 27 do American Institute of Steel Construction
(AISC) é convencionalmente adotada a deformação de 0,2%. Se a não linearidade do material é
considerada, ocorrem maiores deflexões devida a perda de rigidez do material. Ao ignorar a não
linearidade do material, os efeitos de segunda ordem são subestimados.
Estes modelos vêm sendo substituídos por um modelo bi linear consideração do encruamento, o
que facilita a sua utilização por projetistas e a inclusão nas normas.
Os critérios de dimensionamento vêm sendo atualizado nos últimos anos, sendo o Eurocode 3
(EN) e o Design Manual for Structural Stainless Steel (DMS) os mais utilizados. O EN possui
valores de esbeltez mais otimistas, enquanto o DMS, mesmo utilizando os valores de redução e
reproduzindo o sistema de classificação da seção do EN, fornece valores mais conservativos para
esbeltez quando se trata de flexão. No DMS também é indicado uma diferenciação no
dimensionamento entre elementos constituídos de aços inoxidáveis austeníticos e ferríticos.
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A norma europeia está passando por uma revisão em que incorporou elementos do DMS e o
método da resistência contínua em suas diretrizes. A revisão do Eurocode passa a contemplar os
diferentes grupos de aço inoxidável, assim como no DMS e, adicionalmente, alguns itens
específicos a respeito desses materiais. Foi incorporado também um item de análise estrutural
que propõe diretrizes para consideração de efeitos de segunda ordem, imperfeiçoes e métodos de
análises que consideram a não linearidade do material na fase elástica e na fase plástica, sendo
este último utilizando do método da resistência contínua.
A classificação da seção transversal, que antes era feita de forma similar aos elementos
constituídos de aço carbono tanto no antigo EN quando no DMS, passou a depender de um
parâmetro do material que é determinado de acordo com o tipo de aço inoxidável. A região de
encruamento da curva possibilita seções mais esbeltas, então passa-se a verificar o limite que
satisfaz a condição da seção ser de Classe 3 ou de Classe 4.
Nesta nova revisão, fora adicionado ainda, um item que contempla os estados limites de serviço
com coeficientes específicos considerando os diferentes aços para a determinação de flecha.
18 GARDNER, L.; FIEBER, A.; MARCORINI, L. Formulae for calculating elastic local buckling stresses of full
structural cross-sections. Structures. 17, 2-20.
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O método da resistência contínua (Constinuous Strength Method – CSM) é uma nova abordagem
de projeto que vem sendo desenvolvida na última década e ela é baseada no comportamento
físico do material. O método visa a garantia do alcance da deformação plástica do elemento
estrutural através de dois conceitos base19:
i) Uma curva base que define o nível de deformação que uma determinada seção
transversal consegue atingir em uma forma normalizada e;
ii) Um modelo que contempla o encruamento do material, e juntamente com o valor da
deformação, pode ser usado para determinar a resistência da seção transversal.
19 GARDNER, L. A New Approach to Structural Stainless Steel. Tese de doutorado. Department of Civil and
Environmental Engineering. Imperial College of Science, Technology and Medice. London, 2002
20 GARDNER, L. The continuous strength method. Proceedings of the Institution of Civil Engineers – Structures and
Buildings. v. 161(3). p. 127-133. 2008. (Awarded ICE Frederick Palmer Prize 2009)
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Os resultados obtidos através das equações propostas pelo Eurocode 3 eram conservadores e
limitavam a resistência à compressão da seção à tensão de escoamento do material. O método
fornece uma curva de projeto que apresenta uma relação contínua entre a capacidade de
deformação da seção transversal normalizada e a esbeltez da seção, ou seja, permite que a
esbeltez da seção seja calculada levando-se em conta toda a seção transversal e não apenas
cada elemento de maneira isolada. Essas curvas são estabelecidas com base em modelos
numéricos e experimentais. A capacidade de deformação da seção transversal é obtida de
maneira normalizada, de modo a compatibilizar com o modelo do material:
𝜀 𝜀
→ (3.7)
𝜀 𝜀
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