Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
CABEDELO
2014
JOSÉ RODOLFO DA SILVA SANTANA
Orientadora:
Raquel Rebouças Almeida Nicolau
CABEDELO
2014
SUMÁRIO:
1. INTRODUÇÃO 6
2. JUSTIFICATIVA 7
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 8
3.1 Medo em crianças 8
3.2 Embalagens para o público infantil 11
3.3 Design emocional no Design de Embalagens 11
4. OBJETIVOS 12
Geral 12
Específicos 13
5. METODOLOGIA 13
5.1 Método Seragini 13
5.2 Método Löbach 15
5.3 Método a ser Aplicado 16
6. DESENVOLVIMENTO DO PROJETO 17
6.1 Identificação do tipo de problema e Planejamento Preliminar 18
6.1.1 A empresa: Malwee 18
6.1.2 Levantamento de embalagens e produtos infantis 18
6.1.3 Painel Semântico 19
6.2 Desenvolvimento Estrutural, Formal e Gráfico 21
6.2.1 Análise das Alternativas 24
6.3 Implantação e Embalagem Operando 27
6.3.1 Forma e Material 28
6.3.2 Desenvolvimento Gráfico 29
6.3.3 Cores 32
6.3.4 Tipografia 33
6.3.5 Carta 33
6.3.6 Cartelas 35
6.3.7 Dimensões 39
6.4 Avaliação e Correção de Falhas 41
7. CONCLUSÃO 40
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 41
1. INTRODUÇÃO
6
*www.malwee.com.br
Os medos infantis atingem as crianças de todas as
idades e devido ao imaginário fértil característico a essa fase
da vida, podem causar consequências negativas para o cres-
cimento e desenvolvimento social dos pequenos. O medo
de escuro, em especial, costuma ser o mais persistente nas
crianças. Como afirma Ilgs e Ames (1974):
2. JUSTIFICATIVA
7
A criança que tem medo do escuro aos três anos
e de bichinhos aos três anos e meio, muito pro-
vavelmente pode transferir seu medo para ani-
mais selvagens aos cinco anos e meio; para ho-
mens embaixo da cama aos seis anos (meninas
especialmente manifestam esse temor); para la-
drões e fantasmas aos sete anos (ILGS e AMES,
1978, p.105).
3. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
3.1 Medo em crianças
8
cial de medo nas crianças, como deixa claro Jersild (1971) em
seu livro Psicologia da Criança:
9
no Albert”, ou seja, tentava descobrir se era possível eliminar
o medo em crianças. Jones aplicou uma variedade de técni-
cas, sete ao total, e relatou suas descobertas em um artigo
de 1924. Os métodos que obtiveram sucesso na redução do
medo incluíam as seguintes ações (WIER, 2005):
10
3.2 Embalagens para o Público Infantil
11
ral, comportamental e reflexivo. O primeiro nível, o visceral, é
pré-consciente, está ligado à aparência e à estética. Já o nível
comportamental se refere ao uso, desempenho, e usabilida-
de. Enquanto o nível reflexivo diz respeito ao “significado das
coisas, às lembranças pessoais que algum objeto evoca”. O
visceral e o comportamental são mais imediatos e superficiais,
enquanto o reflexivo é construído a longo prazo, em uma re-
lação mais profunda com o produto. Na maioria das experiên-
cias reais de interação com objetos, há o envolvimento dos
três níveis, o que difere é a forma e a intensidade de como são
estimulados em cada produto.
Uma embalagem, por exemplo, quando seduz o con-
sumidor pela sua aparência, está atingindo prioritariamente
o nível visceral. Quando esta proporciona satisfação na sua
performance, está envolvendo o nível comportamental. Já
quando, por algum motivo atinge o nível reflexivo, significa
que a embalagem estimulou um vínculo com o usuário, sendo
capaz de despertar memórias boas, por exemplo.
A linha de embalagens a ser criada precisa cativar as
crianças. A partir deste primeiro atrativo, a interação das crian-
ças com as embalagens desenvolvidas poderá servir de estí-
mulo no desenvolvimento social e cognitivo infantil, e, no caso
deste projeto, na abordagem do medo de escuro.
No nível visceral, o projeto poderá fazer uso de perso-
nagens ou outras formas de fácil identificação pelo público in-
fantil. Já para estimular o nível comportamental, a embalagem
necessita cumprir suas funções de invólucro, além de interagir
com a criança através brincadeiras, jogos, ou outras ativida-
des. E na abordagem do nível reflexivo, espera-se envolver a
criança afim de promover uma relação de afeto e superação.
4. OBJETIVOS
Geral:
12
Específicos:
5. METODOLOGIA
13
um dos precursores no estudo e pesquisa de embalagens no
Brasil, e desenvolveu um método com sete estágios, descritos
a seguir:
2) Planejamento preliminar:
3) Desenvolvimento estrutural:
14
Este estágio tem como foco o desenvolvimento das etapas
estrutural e gráfica da embalagem. São definidos o formato,
cores, ilustrações e tipografia de acordo com os conceitos pré-
-estabelecidos do projeto. É um dos estágios que permite a
aplicação da mensagem a ser transmitida no projeto, além da
comunicação do teor psicológico e de outros aspectos que de-
vem envolver a criança com o objetivo de superação do medo.
É a tradução gráfica e estrutural da essência do projeto.
5) Implantação:
6) Embalagem operando:
1) Análise do Problema:
2) Geração de Alternativas:
16
Com o estudo da metodologia, foi observado que os
processos de Löbach e de Seragini continham fases seme-
lhantes, e que quando agrupados eram capazes de propor-
cionar um melhor caminho para o presente projeto. O quadro
abaixo mostra como as etapas foram agrupadas, para o de-
senvolvimento deste trabalho:
6. DESENVOLVIMENTO DO PROJETO
18
Figura 5: Painel com embalagens e ilustrações direcionadas ao público infantil
19
6.1.3 Painel Semântico
a) Conceito I
Figura 8: Conceito I
21
A primeira opção foi a de uma embalagem formada por
duas partes. A primeira parte é a cabeça de um monstrinho
que serviria para acondicionar as peças de roupas. Enquanto
o compartimento inferior, feito de polipropileno (translúcido o
suficiente para a passagem de luz), serviria como abajur. O
polipropileno com acabamento fosco proporcionaria a difusão
suave da luz LED. As duas partes seriam independentes e a
criança poderia brincar com a parte da cabeça sem o risco de
danificar a parte inferior. A cabeça teria elementos acoplados
posteriormente à embalagem, para permitir a participação da
criança na montagem do brinquedo.
b) Conceito II
Figura 9: Conceito II
22
c) Conceito III
d) Conceito IV
23
No quarto conceito, temos a representação de uma TV,
que viria acompanhada de uma história. A história seria con-
tada enquanto fossem girados os botões laterais, mudando
assim a imagem da tela. As imagens seriam cartões com re-
cortes, o que proporcionaria, juntamente com a luz interna da
embalagem, projeções em uma parede ou um anteparo.
24
Figura 12: Evolução do conceito do urso
*http://www.jornalfolhadosul.com.br/noticia/2013/06/05/entenda-porque-
-as-criancas-tem-medo-do-escuro
25
Figura 13: Evolução do design na carta
26
Figura 14: Evolução dos desenhos da preguiça e da coruja.
29
acessórios, conseguindo assim, uma experiência mais próxi-
ma com a temática. A embalagem visa entreter e acompanhar
a criança, distraindo-a em um ambiente escuro. Este é o mé-
todo de distração, que consiste no desvio da atenção da crian-
ça (WIER, 2005).
30
Figura 20: Embalagem do urso
31
6.3.3 Cores
32
Figura 24: Paleta de cores do bicho-preguiça
6.3.4 Tipografia
6.3.5 Carta
33
Figura 24: Paleta de cores do bicho-preguiça
34
tuações de medo de escuro. As três cartas seguem o mesmo
modelo, a única modificação diz respeito a espécie do animal.
O texto diz:
“Olá caro amigo, meu nome é _____________ eu sou um urso de óculos.
Os outros animais falam que eu sou muito esperto, pois ajudo a todos.
Você sabia que até os mais durões têm medo de alguma coisa? Já ajudei
aves com medo de gatos, elefantes com medo de ratos e até humanos
com medo de escuro! Falando em problemas com o escuro, trouxe um
presente para você: uma lanterna para lhe ajudar a perceber que não há
nada demais com o escuro. Basta deixá-la ligada nas minhas mãos ou
apontar para qualquer lugar no meio da noite, isso vai lhe ajudar a perce-
ber que não há nada no escuro. E que somos mais fortes quando enfren-
tamos nossos medos. Tenha bons sonhos!”
O potencial da carta está ligado ao hábito de pais le-
rem histórias para as crianças antes de dormir. Além disso, em
geral, as crianças demonstram interesse em histórias onde
animais falam, usam roupas, ou agem como humanos. A carta
cumpre a função de apelo verbal (WIER, 2005), por se co-
municar com a criança com o intenção clara de apoiá-la na
superação do medo.
6.3.6 Cartelas
35
Figura 27: Embalagem do urso com acessórios
36
Figura 29: Embalagem da coruja com acessórios.
37
Figura 31: Embalagem do bicho-preguiça com acessórios.
38
6.3.7 Dimensões
113,43 mm
148 mm
39
6.4 Avaliação e Correção
7. CONCLUSÃO
40
O designer precisa ter a sensibilidade para desenvol-
ver projetos que venham suprir as necessidades das pesso-
as. Desta forma, possui consigo uma grande responsabilidade
que envolve critérios econômicos, ecológicos, sociais, políti-
cos e éticos.
Na maioria das vezes, a embalagem trata do primeiro
contato do produto com o consumidor. É nela que se encon-
tra a identidade da empresa, e a mensagem que ela deseja
passar para os clientes. Esta mensagem é traduzida em fotos,
ilustrações, textos, formas, cores, recortes e outros artifícios
gráficos. É um item de grande influencia e um fator decisório
de compra.
O presente projeto é um exemplo de design direcio-
nado às necessidades específicas de um perfil de usuários.
Tal abordagem demandou estudos e pesquisas a respeito do
universo infantil, design emocional, design de embalagens e
o medo em crianças. Acrescentar aos conceitos clássicos da
função da embalagem técnicas que possam vir a aliviar a ten-
são da criança em estar no escuro e aliar design a psicologia,
foram os objetivos iniciais deste projeto. Foi essencial estar
atento às necessidades de mercado, além da proximidade
aos ideais da Malwee. Pensou-se também em maneiras de
reuso para produtos que normalmente são descartáveis (boa
parte das embalagens), como uma forma de estender o perío-
do de uso e assim, contribuir com o meio ambiente.
O resultado final do projeto, com as embalagens do
urso, preguiça e coruja, atendem aos requisitos traçados no
início da pesquisa. O produto desenvolvido pretende ajudar
as crianças alimentando sua imaginação e incentivando a su-
peração, trabalha a temática do medo, “abraça” a postura da
empresa Malwee e, intrinsecamente, atende as expectativas
de uma embalagem pensada para o público infantil.
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
41
JERSILD, Arthur T. Psicologia da Criança. Belo Horizonte:
Editora Itatiaia, 1971.
ILGS, Frances L. e AMES, Louise Bates. Qual é o problema
do seu filho?. São Paulo: IBRASA, 1969.
42
1997.
43