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Manual do Estágio
(pequenos animais)
Por: @medvet.wild

@medvet.wild
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Dados do(a) estágiario(a)

Nome: ________________________________________________________

Telefone:_____________________________________________________

Email:_________________________________________________________

Todo o material do “Manual do Estágio (pequenos animais)” foi criado por


meio de conhecimentos adquiridos ao longo da faculdade, estágios,
palestras, livros informativos e artigos científicos. Fiz um compilado de
tudo que aprendi e estudei em um arquivo com 46 páginas de conteúdo,
com todo o amor e carinho. Espero ajudar um pouco na vida de cada um e
facilitar o dia a dia do estágiario.
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Sumário
SUMÁRIO 3

» LEGENDA: 9

ANAMNESE 10

EXAME FÍSICO 11

URINÁLISE DE CÃES E GATOS 12

PARÂMETROS CÃES 13

TEMPERATURA 14

PARÂMETROS FELINOS 15

PRESSÃO ARTERIAL 16

» PRESSÃO ARTERIAL SISTÓLICA 16


» PRESSÃO ARTERIAL DIASTÓLICA 16
» PRESSÃO ARTERIAL MÉDIA 16
» TÉCNICAS QUE PERMITEM ESTIMAR A PRESSÃO ARTERIAL 17
» EQUIPAMENTOS 17

CAUSAS DE HIPERTENSÃO SECUNDÁRIA 18

» EM CÃES 18

LACTATO 19

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TRÍADE NEONATAL: 19

» TEMPERATURA NEONATO 19

MUCOSA 20

» COR DA MUCOSA 20
» TESTE DE PREENCHIMENTO CAPILAR 20

CHOQUE HIPOVOLÊMICO 21

VALORES ACEITÁVEIS NOS PACIENTES RECUPERADOS DE CHOQUE


HIPOVOLÊMICO 21

EVOLUÇÃO DOS PARÂMETROS FÍSICOS DE PERFUSÃO DE ACORDO COM O GRAU


DE HIPOVOLEMIA 22

INTERPRETAÇÃO LABORATORIAL 23

TUBOS DE COLETA 24

HEMOSTASIA 25

» PRIMÁRIA: 25
» SEGUNDARIA: 25
» TERCIÁRIA: 25

HEMATOPOIESE 25

HEMOGRAMA 25

ÍNDICES HEMATIMIMÉTRICOS 26

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QUANDO HOUVER ANEMIA 26

TIPOS DE ANEMIA 27

» ANEMIA REGENERATIVA 27
» ANEMIA ARREGENERATIVA 27
» ANEMIA NORMOCÍTICA NORMOCRÔMICA 28
» ANEMIA MACROCÍTICA NORMOCRÔMICA 28
» ANEMIA MACROCÍTICA HIPOCRÔMICA 28
» ANEMIA MICROCÍTICA HIPOCRÔMICA 28

RETICULOCITOSE 29

ALTERAÇÕES HEMATOLÓGICAS 29

» LEUCOGRAMA 29
» DOENÇAS VIRAIS 29
» DESVIO À ESQUERDA 29
» LEUCOGRAMA DE ESTRESSE 30
» LEUCOGRAMA DE EXCITAÇÃO 30

TIPOS DE RECEITA MÉDICA VETERINÁRIA 31

EQUIVALÊNCIA DE MEDIDAS 32

» MEDIDAS DE VOLUME 32
» MEDIDAS DE PESO 32
» QUILOLITRO E LITRO 32
» LITRO E MILILITRO 32
» CALCULO DE DOSES 32

GASOMETRIA 33

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→ ACIDOSE: 33
» ACIDOSE RESPIRATÓRIA 34
→ ALCALOSE: 34
» ALCALOSE RESPIRATÓRIA 34
» ALCALOSE METABÓLICA 34

TIPOS DE DESIDRATAÇÃO 36

» DESIDRATAÇÃO HIPOTÔNICA: 36
» DESIDRATAÇÃO HIPERTÔNICA: 36
» DESIDRATAÇÃO ISOTÔNICA: 36

REFERENCIAS (EM PORCENTAGENS) DO PACIENTE DESIDRATADO 37

POSSÍVEIS SOLUÇÕES DE DESIDRATAÇÃO 37

PLANO DE FLUIDOTERAPIA 38

1. CORREÇÃO: 38
2. PERDA/MANUTENÇÃO: 38

CÁLCULOS 40

CÁLCULO DÉBITO URINÁRIO 40


CÁLCULO TRANSFUSÃO SANGUÍNEA 40

ESQUEMA DE VACINAÇÃO 41

TABELA DE VACINAÇÃO PARA GATOS 41


TABELA DE VACINAÇÃO PARA CÃES 42

DOENÇAS INFECCIOSAS 43

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» BABESIOSE 43
» ERLIQUIOSE 43
» CINOMOSE 44
» PARVOVIROSE 44

DOENÇAS ENDÓCRINAS 45

» HIPOTIREOIDISMO EM CÃES: 45
» TIREOTOXICOSE/HIPERTIREOIDISMO 45

DIARREIA 46

» ENTERITE AGUDA 46
» INFECCIOSA E PARASITÁRIA 46

CORONAVIROSE FELINA 47

» CORONAVÍRUS ENTÉRICO (FECV) 47


» VÍRUS DA PERITONITE FELINA 47
HIPERTIREOIDISMO EM GATOS 48

COMPONENTES DA AGULHA 49

PRINCIPAIS CORES E TAMANHOS DE AGULHAS CONFORME OS CALIBRES 49

CORES E INDICAÇÕES DE CADA AGULHA 50

COMPONENTES DA SERINGA 51

PRINCIPAIS TAMANHOS E INDICAÇÕES 52

TIPOS DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS 53

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»INTRAMUSCULAR (IM) 53
»SUBCUTÂNEA (SC) 53
»INTRADÉRMICA (ID) 53
»ENDOVENOSA (EV) OU INTRAVENOSA 53
»INTRAVASCULAR (IV) 53

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» Legenda:
 Hb: hemoglobina
 Ht: hematrócito
 VGM: volume globular médio
 CHCM: concentração de hemoglobina celular média
 DRC: doença renal crônica
 MO: medula óssea
 Du: débito urinário
 Pa: pressão arterial
 PAD: Pressão Arterial Diastólica
 PAM: Pressão Arterial Média
 PAS: Pressão Arterial Sistólica
 SID = 1 vez ao dia
 BID = 2 vezes ao dia
 TID = 3 vezes ao dia

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Anamnese
 Identificação
 Queixa principal
 Histórico médico veterinário recente (HMVR)
 Comportamento dos órgãos (revisão dos sistemas)
 Histórico familiar
 Medicações
 Revisão dos sistemas:
 Ocular
 Auditivo
 Digestório
 Genital
 Urinário
 Locomotor
 Tegumentar
 Cardiorrespiratório
 Nervoso

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Exame físico
 Comportamento do animal
 Estado nutricional
 Hidratação
 Frequência cardíaca
 Mucosas / TPC
 Linfonodos
 Temperatura
 Ausculta cardiopulmonar
 Palpação abdominal

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Urinálise de cães e gatos


 Aspecto: Límpido
 Cor: Amarelo
 Ph: 6,0 a 7,0 (alcalina em animais que se alimentam com
rações comerciais)
 Proteínas biliares: (cão: traços)
 Urobilinogênio: Normal até 1:32
 Hemácias: até 4/campo400x
 Leucócitos: até 6/campo 400x
 Cristais: Raros de fosfatos nos felinos
 Células: De descamação raras
 Lipúria: Comum em felinos

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Parâmetros cães
 Glicemia: 100 a 190 mg/dl
 Freq. Cardíaca: 80 a 120 bpm
 Freq. Respiratória: 36 a 39 mpm
 Temp: 37 a 39°C
 Duração gestação: 58 a 63 dias
 Duração do cio: 15 a 20 dias
 Mat. Sexual: +ou- 10 meses
 Ciclo astral: 2 por ano (6 em 6m)
 Descida testículos: 5° mês
 PAS: 110 a 120 mmhg

Não pode abaixo de 90 mmhg

Observação ↓

 Peq. (até10kg): 70 – 180 bpm


 Medio/grande ( +10kg): 60 – 140 bpm
 Filhotes (até 6 meses): até 220 bpm

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Temperatura
 41°C ou mais » Emergência (resfrie o animal)
 40,5°C » Febre alta
 40°C » Febre moderada
 39,5°C » Febre moderada
 39°C » Escala normal
 38,5°C » Escala normal
 37°C » Escala normal
 De 37,5°C a 35°C » Hipotermia branda
 Abaixo de 35°C » Emergência (aqueça o animal)

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Parâmetros felinos
 Glicemia: 120 a 250 mg/dl
 Freq. Cardíaca: 160 a 240 bpm
o Filhotes: 200 a 300 bpm
 Freq. Respiratória: 16 a 40 mpm
 Temp: 37,5° a 39,5°C
 Duração gestação: 58 a 70 dias
 Duração do cio: 2 semanas
 Mat. Sexual: 5 a 9 semanas
 Descida testículos: 1° a 2° mês
 PAS: 85 a 110 mmhg

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Pressão arterial
A PA está sujeita a inúmeras influências, especialmente:

 Fatores cardíacos
 Fatores vasculares
 Fatores hematológicos

 Pressão arterial sistólica


Cão 85 a 120
Gato 85 a 150
Coelho 90 a 120 – 130
Porq. Da índia 80 a 120
Hamster 120 a 150
Tartaruga 28 a 34
A pressão arterial sistólica (PAS) é determinada essencialmente pelo
VS do ventrículo esquerdo, a velocidade de ejeção e as propriedades
elásticas da aorta. Desta forma o sangue ejetado em cada sístole
produz uma onda de pressão que provoca uma distensão das
artérias

 Pressão arterial diastólica


A pressão arterial diastólica (PAD) é determinada pela duração da
diástole, pelo volume de sangue circulante e pela elasticidade
arterial.

 Pressão arterial média


A pressão arterial média (PAM) é a pressão média que ocorre
durante toda a duração do intervalo de ejeção.

 Pode ser calculada através da seguinte fórmula: PAM = PAD +


1/3 X (PAS – PAD)

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 Técnicas que Permitem Estimar a


Pressão Arterial
 Palpação digital
 Auscultação
 Pulsoxímetria

 Equipamentos
 Doppler
 Oscilométrico
 Oscilométria de alta definição
 petMAP

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Causas de Hipertensão Secundária


 Em gatos
Doença renal crônica e hipertiroidismo são causas mais comuns de
hipertensão em gatos.

Doenças endócrinas, tais como o hiperaldosterteronismo e o


feocromocitoma podem também dar origem a HÁ.

A cardiomiopatia hipertrófica é a doença cardíaca mais observada em


gatos, a taquicardia promove a origem de HÁ, levando para insuficiência
cardíaca congestiva

 Em cães
 Causas mais comum de HA são doenças renais, como:
 Glomerulonefrite
 Amiloidose
 Glomeruloesclerose
 nefrite intersticial crónica
 pielonefrite ou displasia renal
 doenças endócrinas, como:
 hiperadrenocorticismo (síndrome de “Cushing”)
 diabetes melittus
 feocromocitoma
 hiperaldonosterismo

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Lactato
 Normal: 2,5 mmol/L
 Elevada suave: 4,9 mmol/L
 ↑ moderada: 5,0 a 7,0 mmol/L
 ↑ severa: ↑ 7,0 mmol/L

Tríade neonatal:
1. Hipotermia
2. Hipoglicemia
3. Desidratação

» Temperatura neonato
 1° semana: 35° a 36°C
 Semanas seguintes: 37° a 38°C

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Mucosa

 Cor da mucosa
 Rosa: normal
 Pálida a branca: anemia ou choque
 Azul: inalação de fumaça ou asfixia
 Vermelha cereja brilhante: intoxicação por monóxido de
carbono ou insolação
 Amarela: problemas hepáticos

 Teste de preenchimento capilar


 1 – 2 seg: normal
 2 – 4 seg: moderado a fraco; possível desidratação ou
choque
 + 4 seg: emergência! Problema grave! Desidratação ou
choque.
 - 4 seg: emergência! Insolação ou choque

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Choque hipovolêmico

Valores aceitáveis nos pacientes


recuperados de Choque hipovolêmico
Parâmetro Valor

Estado mental Alerta

Membranas mucosas Rosadas


Tempo de preenchimento
<2s
capilar
 Gatos: 180-220bpm
 Cães peq.: 100-
Frequência cardíaca (bpm)
160bpm
 Cães G.: 60-100 bpm

Frequência respiratória 20-40 mpm

Pressão arterial sistólica >100 mmHg*

Pressão arterial media >80-100 mmHg*

Pressão venosa central 5-10 cmH2O

Lactato <2,5 mmol/L

Debito urinário Ao menos 1-2 mL/Kg/h

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Evolução dos parâmetros físicos de perfusão


de acordo com o grau de hipovolemia
Sinais Choque Choque Choque
clínicos hipovolêmico hipovolêmico hipovolêmico
descompensad descompensado
o precoce tardio
Estado Alerta ou Depressão Depressão
mental depressão marcada
moderada
Temperatura Normotermia Hipotermia Hipotermia grave
Frequência 130 – 150 bpm 150 – 170 bpm 170 – 220 bpm
cardíaca (gatos: possível (gatos: possível (gatos: possível
(bpm) bradicardia) bradicardia) bradicardia)
Membranas Rosadas ou Rosadas ou Brancas ou
mucosas congestas pálidas acinzentadas
TPC < 2s >2s >2s
Amplitude Aumentada Diminuída Muito diminuída
do pulso
Duração do Ligeiramente Diminuída Muito diminuída
pulso diminuída
Pulso Facilmente Palpável Não palpável
metatarsian palpável
o
Pressão Normal: Diminuída: Muito diminuída:
arterial  PAS >100  PAS: 80-  PAS <80
(mmHg)
 PAM>80 10  PAM<60
 PAM:
60-80
Lactato 3-5 5-8 >8

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P á g i n a | 23

Interpretação laboratorial
Células Diminuição / causas Aumento / causas
Não existe. Normal não os Basofilia, neoplasias,
visualizar na circulação, limite processos parasitários,
inferior para basófilos é 0. processos alérgicos, processos
Basófilos inflamatórios, doenças do
trato gastrointestinal, doença
do trato respiratório.
Eosinopenia, estresse, Eosinofilia, processos
processo inflamatório agudo, alérgicos (asma, atopia,
anaplasmose, dermatite alérgica a pulgas,
granulocitotrópica canina alergia alimentar), processos
Eosinófilo (hipertireoidismo apenas para parasitários, neoplasias,
feliz e 20 % dos casos) complexo granuloma
eosinofílico (gatos),
gastreterite / colite
eosinofílica.
Linfopenia, processo Linfopenia, processo
inflamatório agudo, processo inflamatório agudo, processo
indeccioso, quimioterapia, infeccioso, quimioterapia,
Linfócitos drogas imunossupressoras drogas imunossupressoras
(glicocorticoides), processos (glicocorticoides), processos
virais virais
Monocitopenia, limite inferior Monocitopenia, limite inferior
para monócitos é 0, estresse para monócitos é 0, estresse
por glicocorticoide * por glicocorticoide *
hiperadrenocorticismo * hiperadrenocorticismo *
Monócitos processo inflamatório agudo processo inflamatório agudo
* *
*exceto no cão *exceto no cão
Hipertireoidismo (apenas Hipertireoidismo (apenas
para feliz e 20 % dos casos) para feliz e 20 % dos casos)
Neutropenia, processo Neutrofilia, induzida por
infeccioso (fungos, bact., glicocorticoides, doenças
protozoários, vírus); doença crônicas, intoxicações,
imunomediada, aplasia ou respostas fisiológicas,
Neutrófilos hipoplasia de medula, choque excitação, estresse e medo.
endotóxico, hiperesplenismo, Neoplaias, processos
induzido por drogas (por infecciosos (fungos, bact..,
exemplo: sulfato protozoários, vírus), trauma.
trimetoprim).

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Tubos de coleta
» Roxo:
 Edta
 Hemograma, plaq.
» Vermelho:
 Seco.
 Bioquímica e imonologia
» Amarelo:
 Ativador de coágulo com gel.
 Bioquímica imonologia
» Azul:
 Citrato de sódio.
 Mecanismo de coagulação
 Silvestres
» Verde:
 Heparina.
 Bioquímica em plasma
 Silvestres
» Cinza:
 Fluoreto de sódio.
 Glicose

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P á g i n a | 25

Hemostasia

» primária:
 Vasos sanguíneos
 Plaquetas
 Fatores de adesão/agreção

» segundaria:
 Fatores de coagulação

» terciária:
 Fibrinólise
 Anticoagulação

Hematopoiese
Todas as células produzidas na medula óssea

 Eritropoietina (EPO): rim

Estimula crescimento diferente dos prog. Esteroides e


megacariócitos

 Trombopoetina (TPO): fígado e rim

Estimula prod. De megacatriócitos e plaquetas

Hemograma
 1° eritrograma: (Ht,Hb,morfolog.)
 2° leucograma: (leucócitos totais e diferencias, morfolog.)
 3° plaquetas

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P á g i n a | 26

Índices hematimimétricos
 Vcm: volume corpuscular média (tamanho da hemácia)
 HCM: quantidade de Hb
 CHCM: concentração de hb corpuscular média (Hb dentro da
He > não mais que 36%)

Quando houver anemia


» VCM:

 Macrócitica (desidratação)
 Normacítica
 Microcítica

» HCM e CHCM:

 Hipercrônica (interf; aglutin; corp de Heinz).


 Normacrônica
 Hipocrônica

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P á g i n a | 27

Tipos de anemia

 Anemia regenerativa
Pouco eritrócito, medula ainda responde.

 ↓ CHCM Causa extra medular


 ↑ VGM

→ Hemorragia, hemólise.

Presença de eritroblastos

 Anemia arregenerativa
Pouco eritrócito, mas medula NÃO responde.

 VCM = normal Causa intra ou extra medular


 CHCM = normal

→ DRC; aplasia medular; carência de Fe; defic. Hormonal.

Ausência de eritroblastos

» Tempo de aparecimento dos sinais de regeneração em uma perda


sanguínea

Espécies Tempo
Cão/gato 3 dias
Bovino 10 dias
Equino 15 dias

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 Anemia normocítica normocrômica


- indica M.O ineficaz (depressão/exaustão)

 Primarias: hipoplásicas/oplasicas
 Secundárias: IR; medicamentos (croranfenicol,
fenilbutasona;estrógeno) neoplasias.
 Arregenerativa (?)
 Inflamação crônica
 Processos infecciosos

 Anemia macrocítica normocrômica


 Deficiência de vit. B12
 Deficiência de ac. Fólico
 ↓ ritmo da mitose
 ↓ fatores de reprodução
 FeLV

*Gatos com macrositose, com anemia ou não, testar para FELV*

 Anemia macrocítica hipocrômica


 Indica intensificação da eritropaiese
 Perdas agudas (hemorragia/hemólise).
 72h a 96h (eritrócitos imaturos).

 Anemia microcítica hipocrômica


 Deficiência fatores da síntese de Hb  Predisposição
 Ferro; cobre; vitB6 genética: chow
 Intoxicação por molibdênio chow (akita, shar
 Hemorragias crônicas pei / shiba).
 Desvios portassistêmicos congênitos
 Processos inflamatórios

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P á g i n a | 29

Reticulocitose
 Reticulócito = hemácia jovem
 Certeza de anemia regenerativa apenas com contagem de
reticulóse
 Respostas fisiológicas

Pouquicitose: células de formatos diferentes

Alterações hematológicas

 Leucograma
 Leucocitose: estresse, excitação, processos inflamatórios,
infecciosos, Fiv, hipertireadismo.
 Leucopenia: doenças virais, infeções bacteriana, neoplasias
de MO, toxoplasmose, Leishmaniose, uremia.

 Doenças virais
 Sem infeção bacteriana secundária
 Enterite infecciosa felina
 FIV, FELV
 Hepatite infecciosa canina
 Infeção pelo parvovírus canino.

 Desvio à esquerda
Célula jovem de origem neutrofílica

Melócitos → metamielócitos → bastonete → neutrófilo

*sempre interpretar pelo n° absoluto*

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P á g i n a | 30

 Leucograma de estresse
Ação de corticoide

 Leucocitose
 Neutrofilia (não marginilização)
 Eosínopenia ( ↓ histamínica)
 Linfopenia (usa linf. Circulantes) e impede saída dos
linfonodos
 Monocitose (impede passagem p/ tecido)

*pico em 4-8 horas*

→ resolução em 2-3 dias

 Leucograma de excitação
Ação de epinefrina

 Leucocitose
 Neutrofilia
 Linfocítose

→ Resolução em 30 min.

Interpretação das alterações no leucograma

Processo agudo = leucopenia (processos virais).

Processo crônico = pode haver monocitose – multi-segmentação de


neutrófilos

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P á g i n a | 31

Tipos de receita médica veterinária


 Amarela (A1, A2): substâncias entorpecentes. Anfetaminas e
medicamentos opióides
 Amarela (A3): medicamentos psicotrópicos
 Azul (B1): medicamentos psicotrópicos
 Branca (C1): outras substâncias de controle especial
 Branca (C2): substâncias Retinóicas
 Branca (C4): substâncias Antirretrovirais
 Branca (C5): anabolizantes

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P á g i n a | 32

Equivalência de medidas

» Medidas de volume
 Solução a 12,5% = 125mg/ml
 Sol. 1:1.000 = 1mg/ml = sol. A 0,1%
 1 litro (L) = 1.000 mililitros (ml)
 1 gota = +/- 0,05 – 0,06 ml
 1 mililitro = 20 – 24 gotas (depende da densidade do liquido

» Medidas de peso
 1 parte por milhão (ppm) = 1mh/kg = 1mcg/g
 1 grama (g) = 1.000 miligramas (mg)
 1 miligrama (mg) = 1.000 microgramas (mcg)

» Quilolitro e litro
 1 KL = 1000L
 0,001 KL = 1L

» Litro e mililitro
 1 L = 1000ML
 0,001 L = 1ML

» Calculo de doses
Dose (mg/kg) x peso do animal

Concentração do fármaco (mg/ml)

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P á g i n a | 33

Gasometria
» 1° Ponto: acidose ou alcalose?

 Alcalose: pH > 7,4


 Acidose: pH < 7,3

» 2° Ponto: origem

 (metabólico x respiratório)

→ Respiratório (alteração na pressão de CO2 no sangue = pCO2

 Alcalose respiratória: aumento da eliminação respiratória de


CO2
 Acidose respiratória: prejuízo na eliminação respiratória de
CO2

*Pulo do gato: a alteração da CO2 se dá pelos problemas


respiratórios

 Metabólico (alteração no HCO3 = bicarbonato)


 Alcalose metabólica: elevação no nível plasmático de HCO3
 Acidose metabólica: diminuição no nível plasmático de HCO3

*Pulo do gato: a alteração do HCO3 se da pelos problemas


metabólicos

» 3° Ponto: causa do distúrbio gasométrico

→ Acidose:
Acidose metabólica: convém calcular o ânion – Gap que é a
diferença entre os cátions (sódio) e os ânions (bicarbonato e Cloro)
presentes no plasma sanguíneo e não mensurados.
Use a fórmula abaixo ↓

Ânion – Gap = Na – (Cl + HCO3)

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P á g i n a | 34

 Ânion – Gap normal para cães (8 – 25 m Eq/L)


 Ânion – Gap normal para gatos (10 – 27 mEq/L)
 Excreção tubular de ácidos
 Diarreia
 Hipoadrenocorticismo
 Reabsorção tubular de HCO3
 Cetoacidose diabética
 Insuficiência renal
 Ânio – Gap aumentado (>25)
 Ânio – Gap aumentado para gatos (>27)
 Caquexia
 Cetoacidose diabética
 Uremia / insuficiência renal
 Acidose láctica
 Acidose respiratória
 Doença pulmonar intrínseca (asma, pneumonia,
pneumotórax, tromboembolismo, edema pulmonar)
 Trauma torácico, pneumotórax.
 Hérnia diafragmática
 Anestesia – induzida por fármacos (opióides,
barbitúricos, anestésicos inalatórios).

→ Alcalose:
 Alcalose respiratória
 Hipoxemia
 Hiperventilação central (doença hepática, sepse,
progesterona, salicilatos, exercício, dor, medo,
ansiedade, calor intenso)
 Pneumonia
 Tromboembolismo pulmonar
 Edema pulmonar
 Insuficiência cardíaca congestiva
 Alcalose metabólica
 Vômitos, lavagem gástrica

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P á g i n a | 35

 Uso em excesso de diuréticos


 Uso em excesso de bicarbonato
 Hiperadrenocoiticismo
 Hipoalbuminemia
 Antibióticos: ampicilina, carbenicilina, penicilina.

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P á g i n a | 36

Tipos de desidratação

» Desidratação hipotônica:
há diminuição de concentração sérica de Na+ (sódio).

 Causas mais comum: uso indiscriminado de diuréticos e


insuficiência adrenocortical

NaCl 0,9 %
» Desidratação hipertônica:
há aumento de concentração sérica de Na+ (sódio) na presença de
desidratação. Há perda de água e diminuição da perda de sais.

 Causas: calor excessivo, estresse, convulsões.

Ringer lactato
» Desidratação isotônica:
é o tipo mais comum. Caracteriza-se pela diminuição proporcional
de sais e de água, permanecendo a osmolalidade inalterada.

 Anorexia, doença renal, diarreia e vômitos favorecem esse


tipo de quadro.

NaCl 0,9 %

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P á g i n a | 37

Referencias (em porcentagens) do


paciente desidratado
Exame físico Desidratação em %
Sem anomalia / não
< 5%
detectável
Perda útil da
5 – 6%
elasticidade cutânea
Inelasticidade da pele (
persistência nítida da 6–8%
prega cutânea)
A pele levantada
permanece no lugar
10 – 12%
(prega cutânea não
desaparece)
Choque e óbito 12 – 15%

Possíveis soluções de desidratação


 Anorexia: NaCl + RL
 Choque: NaCl
 Diabetes mellitus: NaCl + RL
 Insuf. Renal: NaCl + RL
 Insuf. Hepática: glicofisiol
 Diarreia: NaCl + RL
 Linfossarcoma: NaCl
 Obst. Uretral: NaCl
 Vômito intest: NaCl + RL
 Vomito estomacal: NaCl
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Plano de fluidoterapia
1. Correção:

Peso x % densidade x 10

Total = vol p/24h

Adultos: 40 – 50ml/kg;dia

Filhotes: 70ml/kg/dia

2. Perda/manutenção:
 Manutenção: 40ml/kg/dia
 Êmese ou diarreia: 50ml/kg/dia
 Êmese e diarreia: 60ml/kg/dia

» 1 = 2 = valor p/ 24h

0,8 a 5ml/kg/.

Calcular come exatidão o volume a compensar

Obs: a compensação do déficit é feita através de um cristaloide


isotônico de substituição

Obs: administrar o volume necessário por meio de uma solução de


manutenção (enquanto o paciente não comer nem beber)

» Velocidade da infusão:

A velocidade de infusão depende de vários fatores, principalmente


da severidade do quadro clínico. O limite de infusão endovenosa
para as seguintes espécies é de:

 Caninos: 60 – 80 (90) ml/kg/h


 Felinos: 50 – 55 ml/kg/h

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Obs1: visando evitar sobrecarga hídrica, recomenda – se diminuir a


taxa de infusão após as primeiras horas de fluidoterapia

Obs2: sabendo – se que um mililitro possui cerca de 24 gotas,


obtém – se, então, o número de gotas/ minutos.

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Cálculos

Cálculo débito urinário


 Débito normal: 1 – 2 mL/kg/h
 Eligúria: < 0,27 mL/Kg/h
 Anúria: < 0,08 mL/Kg/h

Du = volume ↓ Du = ↓ Pa

Tempo x peso

Cálculo transfusão sanguínea


 10 a 20 mL/Kg de peso do recptor
 Hematócrito: < 10/12 = transf.

mL sange = peso recep x 90 x Ht desej – Ht recep

Ht doador

 Ht doador = 40% cães e 30% gatos

mL = p. 70(gato) x Ht desej – Ht recep

Ht doador

→ Ht desejado – 20 a 25%

 Nunca exceder 4h de tansf.


 Primeiros 15 a 30 min – 5mL/Kh/h
 Após = 10 a 20 mL/Kh/h

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Esquema de vacinação

Tabela de vacinação para gatos


idade Vacina O que prevenir?
Auxiliar na prevenção
das doenças causadas
por vírus da
Quádrupla felina
6 a 8 semanas Rinotraqueite,
(1° dose)
calicivirose,
panleucopena felinas e
por clamydia psittaci.
Quádrupla felina
12 semanas Dose de reforço
(2° dose)
Quádrupla felina Última dose de
16 semanas (3°dose) reforço
Anti-rábica Raiva
A partir de um ano o animal é vacinado anualmente com uma dose única de
vacina quádrupla e uma dose de vacina anti-rábica

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Tabela de vacinação para cães


idade Vacina O que prevenir?
Cinomose, hepatite
infecciosa canina,
adenovírus canino tipo 2,
coronavirus canino,
6 a 8 semanas V8 ou v10
parainfluenza canina,
parvovirus canino e
leptospirose

V8 ou V10 Dose de reforço


Adenovirus canino tipo 2,
Gripe canina parainflenza canina e
bordetella bronchiseptica
12 semanas Indicada para animais que
vivem em grupos como
Giardíase canis, criadores ou locais
com muitos cães que vivem
em ambiente mais úmido
V8 ou V10 Última dose de reforço
Dose de reforço da vacina
Gripe canina injetável, a intranasal é
16 semanas
aplicada em dose única
Giardíase Dose
Anti-rábica Raiva
Depois do primeiro ano, o animal é vacinado anualmente com uma dose de cada vacina – V8 ou
V10, gripe canina, giárdia e anti-rábica. A melhor maneira de organizar o calendário de
imunização é fazendo todas as vacinas em uma mesma data que deve ser repetida anualmente

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Doenças Infecciosas
 Babesiose
Também conhecida como piroplasmose, febre do carrapato ou
“tristeza parasitária”, é causada por protozoários intraeritrocíticos
do gênero Babesia (os Babesia canis e Babesia gibsoni são as
principais espécies que infectam cães). Os transmissores podem ser
carrapatos de diferentes gêneros e espécies que, durante o repasto,
inoculam a forma infectante, também chamada de esporozoíto. O
período de incubação varia de 10 a 20 dias, com início logo após a
infecção. A parasitemia é identificada facilmente logo após o 14º dia
de infecção, período em que o micro-organismo se multiplica no
eritrócito. Os sinais clínicos são febre, depressão, fraqueza,
indisposição, anemia severa, anorexia, taquipneia, taquicardia e
hemoglobinúria. Também podem ser diagnosticadas apresentações
clínicas hiperaguda, aguda, crônica e subclínica. O diagnóstico é
estabelecido por métodos como esfregaços sanguíneos com
coloração de Giemsa, hemoaglutinação, fixação do complemento,
testes de imunofluorescência ou de aglutinação, Reação em Cadeia
da Polimerase (PCR) e ELISA.

 Erliquiose
É causada por uma riquétsia, a Ehrlichia canis, um parasita
intracelular, mais especificamente de leucócitos. Ela é transmitida
para os cães pelo carrapato Rhipicephalus sanguineus, mas também
pode haver infecção por meio de transfusões sanguíneas. Os sinais
clínicos variam entre os mais leves e os intensos, mas pode ser que
o paciente não apresente qualquer sintoma. Essa variação tem
relação direta com a duração da doença, que é classificada nas fases
aguda, subclínica e crônica. O diagnóstico é estabelecido com base
na visualização de mórulas de erliquia, presentes principalmente no
esfregaço da ponta da orelha. A sorologia e a PCR podem ser usadas

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P á g i n a | 44

para fechar o diagnóstico, mas de forma associada e correlacionada


aos sinais clínicos.

 Cinomose
É uma doença infectocontagiosa causada pelo morbilivirus, da
família paramyxoviridae, e ordem mononegaviridae. É uma afecção
multissitêmica que afeta o sistema nervoso central, o tecido
epitelial e o sistema imune. A cinomose acomete canídeos
domésticos e possui altas taxas de mortalidade. Pode ser
transmitida por secreções - espirro, saliva, fezes, urina e fômites - eo
período de incubação é de uma a quatro semanas. Os sintomas
variam de acordo com o sistema acometido. Se for o respiratório,
por exemplo, os sintomas são pneumonia, tosse estridente e úmida,
crepitação, descarga nasal serosa e mucopurulenta; se for o sistema
oftálmico, os sintomas já são uveíte, inflamação do nervo óptico e
da retina, degeneração, necrose e atrofia da retina, lesões
circunscritas no tapete (“medalhões dourados”), conjuntivite e
ceratoconjuntivite seca. O diagnóstico ocorre pela demonstração da
inclusão viral no exame citológico, anticorpos fluorescentes em
amostras citológicas e/ou histológicas e PCR.

 Parvovirose
É uma doença infecciosa causada pelo parvovírus tipo 2 (PVC2). A
sintomatologia começa a se estabelecer de 5 a 12 dias após a
infecção por via oral-fecal. Uma vez no organismo, o vírus age
destruindo as células intestinais. Sua intensidade depende da cepa e
da quantidade no inóculo, o que torna os cães de raças mais
susceptíveis e capaz de infectar gatos. Os sintomas clínicos são
destruição das vilosidades intestinais, diarreia, vômito e
hipoalbuminemia. O diagnóstico ocorre com base na anamnese.

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Doenças endócrinas
 Hipotireoidismo em cães:
É classificado como primário, secundário ou terciário, conforme a origem
dentro do eixo glandular hipotálamo-hipófise-tireoide. O hipotireoidismo
primário pode ser chamado de etiopatogenia, e consiste na produção
deficiente de hormônios tireoidianos por destruição ou problemas com a
tireoide. Os dois achados mais comuns nesse distúrbio são tireoide
linfocítica e atrofia idiopática. O hipotireoidismo secundário, por sua vez,
resulta da falha de desenvolvimento dos tireotrofos hipofisários ou de sua
disfunção, causando secreção de tireotropina (o hormônio estimulante da
tireóide, por consequência da deficiência na síntese e secreção do
hormônio tireoidiano, levandogradativamente a uma atrofia e,
consequentemente, à ausência do TSH). Pode ocorrer também por conta
de neoplasia e uso de drogas. Já o hipotireoidismo terciário é considerado
uma forma rara de ocorrência em cães e gatos, visto que não há dados
relatando a ocorrência. De todo modo, na medicina humana são
apontadas causas para a ocorrência dessa patologia, sustentada na
deficiência na secreção do hormônio liberador de tireotropina pelos
neurônios peptidérgicos. Entre os sinais clínicos do hipotireoidismo estão:
letargia, retardo mental, aumento de peso e apetite, alterações
dermatológicas, neuromusculares e reprodutivas, cauda de rato, seborreia
e piodermite, pelo opaco, fraqueza, tropeços, aumento no intervalo dos
cios da fêmea e sangramento prolongado no estro.

 Tireotoxicose/Hipertireoidismo
Esse tipo não é comum, por causa da administração excessiva de
levotiroxina sódica no cão e devido à ocorrência de uma adaptação
fisiológica que dificulta a absorção gastrointestinal e aumenta a
depuração do hormônio tireóideo pelo fígado e pelos rins.

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P á g i n a | 46

Diarreia
 Enterite aguda
Pode ser causada por alterações abruptas de dieta, uso de
aditivos e parasitas, assim como por causas inespecíficas. Os
sintomas clínicos são diarreia, presença ou não de vômito,
desidratação, febre, anorexia, prostração, dor abdominal e
hipoglicemia. O diagnóstico é estabelecido através de exame
físico e exame coprológico, além de anamnese.

 Infecciosa e parasitária
As causas mais comuns de diarreia infecciosa em caninos são
parvovírus canino, coronavírus, nematódeos, ancilóstomos,
tênias, coccidiose, giardia, Trichuris e trichomonas foetus. No
caso dos nematódeos (toxocara canis e toxocara cati), o paciente
apresenta diarreia, crescimento retardado, pelame opaco, menor
ganho de peso e aumento de volume abdominal. O diagnóstico é
estabelecido mediante realização de exame de fezes. Já na
ancilostomíase (ancylostoma e uncinaria), a contaminação pode
ser por via transmamária (ingestão de colostro). O paciente
apresenta sintomas como anemia, melena, hematoquezia,
diarreia e falha no crescimento. Há risco à saúde pública. Uma
outra causa da diarreia infecciosa é a tênia (dipylidium caninum),
caso em que o paciente apresenta irritação anal e esfrega o ânus
no chão. O diagnóstico é estabelecido no parasitológico de fezes.

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Coronavirose felina
 Coronavírus entérico (FECV)
Tem tropismo pelo epitélio intestinal e apresenta diarreia como
principal sinal clínico - mas há também febre, apatia, anorexia,
aumento de volume abdominal, dificuldade respiratória, perda
de peso, icterícia.

 Vírus da peritonite felina


Replica-se em macrófagos, provocando doença sistêmica. A
teoria mais aceita para explicar esse fato é a de que se trata do
mesmo vírus que sofre mutação no paciente persistentemente
infectado.

No geral, assume-se que todos os gatos são portadores do FECV,


mas nem todos manifestam a doença. A disseminação viral é pela
via fecal-oral e a eliminação do vírus pode se manter por
semanas após a infecção, podendo ser transitória, recorrente ou
crônica. O diagnóstico ocorre após exclusão de todas as outras
causas de diarreia e a identificação do vírus nas fezes.

Informações importantes: o vírus pode sobreviver por meses em


ambientes secos; a transmissão placentária é rara, assim como a
presença do vírus na saliva; a transmissão indireta pode ocorrer
através de fômites (caixa de areia e mãos); bengal e persa são
referenciados na literatura como raças mais predispostas; não há
distinção sexual; há possibilidade de ocorrência de coinfecções
com o FIV/FeLV.

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Hipertireoidismo em gatos

O hipertireoidismo felino suscita da excessiva produção e


secreção de tiroxina (T4) e triiodotironina (T3) pela glândula
tireoide. Quase sempre causado por uma disfunção automática
da tireoide, raramente por alteração no hipotálamo ou na
hipófise, pode levar ao bócio. Outras causas descritas por
hipertireoidismo estão vinculadas ao adenoma tireoideano ou à
hiperplasia adenomatosa multinodular e ao carcinoma tireóideo
funcional, sendo esse responsável por apenas 2% dos casos. Os
sintomas clínicos são taquicardia, hiperatividade, emaciação
progressiva, polifagia, êmese, poliúria, polidipsia que pode
mascar doença renal crônica e diarreia. Para estabelecer o
diagnóstico, o clínico deve se valer da sintomatologia clínica de
polifagia, má condição clínica, pelagem opaca e aumento da
glândula tireoide (deve-se palpar a tireoide sempre que houve
suspeita dessa afecção). O achado de um ou mais lobos
tireoideanos aumentados no exame físico não pode definir se o
animal é hipertireoideo, pois o aumento da tireoide
ocasionalmente pode ser encontrado sem alterações clínicas em
gatos e sem evidência laboratorial. No diagnóstico de
hipertireoidismo usa-se combinação de sinais clínicos, palpação
da tireoide e teste laboratoriais ou de imagem.

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Componentes da agulha

BISEL

HASTE

CANHÃO

Principais cores e tamanhos de


agulhas conforme os calibres
 Amarelo: 13 x 0,30;
 Marrom: 13 x 4,5 e 13 x 4;
 Roxo: 20 x 0,55;
 Azul: 25 x 0,6;
 Verde água: 25 x 0,80;
 Cinza escuro: 30 x 7 e 25 x 7;
 Verde: 30 x 8 e 25 x 8;
 Rosa: 40 x 12 e 40 x 10.

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Cores e indicações de cada agulha


» Amarelo

Essa agulha é bem fina e pequena, muito utilizada


para administrações subcutâneas em uso pediátrico e
neopediátrico. Os medicamentos indicados para esse tipo de agulha
são aqueles com aspectos aquoso e oleoso.

» Marrom

Essa agulha pode ser encontrada nos tamanhos 13×4,5mm e


13x4mm. As diferenças entre elas são mínimas. A 13×4,5mm, assim
como as agulhas de canhão amarelo, podem ser utilizadas em
administrações subcutâneas na área pediátrica, mas é mais comum
o uso em administrações intradérmicas em adultos. Já com as
13x4mm são preferíveis em crianças acima de 10 anos. A agulha de
canhão marrom costuma ser utilizada para vacinas e com soluções
aquosas.

» Roxo

Essa é indicada para aspirar medicações aquosas em volumes


menores e também é muito utilizada na administração
intramuscular, subcutânea e intravascular (como vacinas). No caso
de coleta de sangue, esse calibre é utilizado em pessoas que têm
veias muito finas.

» Azul

Essa agulha é muito utilizada em coletas de sangue, por ter um


calibre mais fino e delicado, mas também pode ser utilizado em
administrações de soluções aquosas ou vacinas pelas
vias subcutânea e endovenosa.

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» Verde água

Essa é indicada para diferentes medicações, soluções e


vias dependendo da anatomia do paciente.

» Cinza escuro

A agulha de calibre 30x7mm é utilizada para aplicação de vacinas e


insulina pelas vias intravasculares e endovenosas em adultos. A
25x7mm tem a mesma função, mas como ela é mais fina, é mais
indicada para o uso pediátrico e em pacientes muito magros.

» Verde

Essa agulha indicada para aplicação de soluções aquosas e oleosas


pelas vias intramusculares para pacientes adultos, mas como ela é
um pouco mais grossa que a cinza escuro, ela é mais indicada para
pacientes obesos ou com sobrepeso.

» Rosa

Essa agulha é a que tem o calibre mais grosso, podendo ser


encontrada em 40x12mm ou 40x10mm. Ela é indicada para aspirar
medicações em grande volume.

Componentes da seringa

ÊMBOLO CORPO
BICO

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Principais tamanhos e indicações


» 1 ml: Essa seringa é dividida em 100 partes iguais. Chamamos de
unidades internacionais (UI). Ela é indicada para administrar
medicamentos por via intradérmica e subcutânea.

» 3 ml: A seringa de 3 ml é dividida em mm³, ou seja, de 0,5 em 0,5


ml, e cada 0,5 ml é dividido em 0,1 ml. Ela é indicada para
administrar medicamentos por via intramuscular e endovenosa.

» 5 ml: Essa seringa também é dividida em mm³, porém sua divisão


é de 1 em 1 ml e cada 1 ml é dividido em 0,2 ml. Assim como a
seringa de 3 ml, ela é indicada para administrar medicamentos por
via intramuscular e endovenosa.

» 10 ml: A seringa de 10ml tem a mesma divisão da seringa de 5 ml,


a única diferença é que ela é maior e indicada apenas para a
administração de medicamentos por via endovenosa.

» 20 ml: Ela é indicada para administrar medicamentos por


via endovenosa e na alimentação enteral.

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Tipos de administração de
medicamentos

»Intramuscular (IM): Aqui os medicamentos são administrados


no músculo. Os locais mais utilizados para esse tipo de
administração são o glúteo, o vasto lateral da coxa e o músculo
deltoide;

»Subcutânea (SC): Aqui os medicamentos são


administrados sob a pele (tecido subcutâneo). Os medicamentos
mais utilizados nesse caso são a insulina, a heparina e algumas
vacinas;

»Intradérmica (ID): Aqui os medicamentos são administrados


na derme com capacidade de pequenos volumes (0,1 a 0,5ml);

»Endovenosa (EV) ou intravenosa: Aqui os medicamentos são


administrados diretamente na corrente sanguínea através da
veia. Geralmente esse tipo de administração é muito usado
quando o medicamento não é compatível com a via oral;

»Intravascular (IV): Aqui os medicamentos também são


administrados diretamente na corrente sanguínea, porém não
apenas pela veia, podendo ser pelas artérias ou qualquer outro
meio no qual seja possível chegar na corrente sanguínea.

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Intramuscular
90º Subcutânea
45º
Intravenosa
25º Intradérmica
10º - 15º

epiderme
Derme
Tecido subcutâneo

Músculo

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