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CURSO DE PEDAGOGIA

PROJETOS E PRÁTICAS DE AÇÃO PEDAGÓGICA – PPAP


EDUCAÇÃO FUNDAMENTAL

FRANCISCA MÔNICA AMORIM FERREIRA - UP19130774


ITALO BRENDON BEZERRA DE OLIVEIRA - UP19139352
MARIA DÉBORA SILVA - UP19146532
VITÓRIA DA SILVA GARCIA - UP19108766

CRIANÇAS NA LUTA CONTRA O CANCÊR E O INCÊNTIVO


A ARTE.

Fortaleza – Ceará
2020
SUMÁRIO

TEMA / SITUAÇÃO PROBLEMA.............................................................................. 03

JUSTIFICATIVA….................................................................................................... 04

EMBASAMENTO TEÓRICO…................................................................................07

PÚBLICO-ALVO…................................................................................................... 11

OBJETIVOS…......................................................................................................... 12

PERCURSO METODOLÓGICO…...........................................................................13

RECURSOS MATERIAIS….....................................................................................15

CRONOGRAMA…...................................................................................................16

AVALIAÇÃO / PRODUTO FINAL…..........................................................................17

REFERÊNCIAS…..............................................................................................19 / 20
TEMA / SITUAÇÃO PROBLEMA

O tema “Crianças na luta contra o câncer e o incentivo a Arte” foi planejado visando
mostrar a luta das crianças contra o câncer, e como o próprio tema sugere, lhes mostrar
formas de arte, seja música, teatro, pintura, e outra formas de arte, e lhes instigar a
descobrir esse mundo.
Com esse tema queremos mostrar a luta de crianças contra o câncer, seu lado psicológico,
social, em um âmbito familiar, e incentivar o apoio as ONGs de crianças com câncer,
também querermos mostrar que podemos dar apoio em forma de incentivo a arte e
provocar nelas a curiosidade e a vontade viver e continuar lutando, e descobrir suas
aptidões, talentos, e lhes dar mais um sentido nessa luta.
Sugerimos um clima que pode ser caótico e vamos mostrar que pode ser um grande
campo de aprendizagem, tanto para nós, quanto para as crianças, esse tema também
trabalhar um âmbito que é um pouco fora da área da maioria dos pedagogos, e
escolhemos trabalhar com arte por considerarmos o caminho mais interessante e divertido
para as crianças.
Nossa maior inspiração foi o instituto Peter Pan, instituto esse que fica em Fortaleza- CE,
esse instituto nos inspirou a mostrar a luta das crianças e como um pedagogo pode mudar
a rotina e a vida dessas crianças.
A situação problema nesse caso, se encontra na possibilidade de mostrarmos um mundo
totalmente acessível e que pode surgir como um meio e que venha permitir a criança abrir
a imaginação e faze-las pensar, descobrir, se descobrir, e lhes trazer uma vontade a mais
na luta contra o câncer, e também queremos mostrar quão poderosa é a arte, e que ela
pode ser usada como ferramenta na área da saúde.
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JUSTIFICATIVA

O número de casos globais de câncer aumentou significativamente, especialmente


desde que se tornou um dos mais importantes problemas de saúde pública do mundo
desde o século passado. Na infância, a incidência de doenças malignas em registros de
câncer de base populacional variou de 1% a 4%. Nesse caso, tem sido considerada uma
doença aguda com evolução fatal e uma das principais causas comuns de morte no Brasil.
Hoje, é considerada uma doença crônica e pode ser curada na maioria dos casos.
Portanto, quando diagnosticado precocemente e tratado em centro especializado, 70% das
crianças com câncer podem ser curadas. Por conta disso, decidimos fazer esse trabalho
para falar desse assunto que acaba sendo muito importante para os dias de hoje. Muitas
crianças sofrem com esse problema, com isso, afetando a vida de muitas famílias.
De acordo com o que pesquisamos, o diagnóstico é um momento estressante e tenso,
cheio de incertezas, podendo levar a processos dolorosos na vida dos familiares. Além da
preocupação com o futuro e do medo da morte, pois sabemos que acaba acontecendo em
alguns casos, envolve também a convivência com a doença e seu significado,
determinando mudanças importantes na dinâmica e nas relações familiares, incluindo
dimensões fora da família. Na maioria dos casos, embora o regime de quimioterapia usado
no tratamento forneça uma variedade de cuidados médicos, ele não inclui a descoberta e o
diagnóstico de resposta do paciente e de sua família. O esforço comportamental e
cognitivo, está sempre em constante mudança, gerando demandas internas e externas que
excedem os recursos pessoais.
Entretanto, o tratamento de crianças com câncer não significa apenas fornecer serviços
gratuitos e eficientes, mas o mais importante, demonstrar sentimentos e emoções. A falta
de uma boa recepção com as crianças, pode levar as mesmas a terem sérias
complicações. E os membros da família acabam sofrendo em dobro com isso, em alguns
casos, podem até acontecer que desistam do tratamento. Portanto, o tratamento de
doenças como o câncer requer coompreenção da complexidade da doença para satisfazer
os requisitos simbólicos. O que é vital no processo de recuperação. Isso nos faz perceber
a relevância do suporte com apoio solidário e vínculo afetivo, configurando-se como uma
verdadeira “Caixa de Ressonância "em situações de crise. Nesse sentido, podemos inferir
que o tratamento de crianças com câncer não se referem apenas a equipamentos técnicos
e disponibilidade especialista. Palavras e gestos amorosos são essenciais, o que ajuda e
reduz bastante a pressão e o impacto causado pela doença.
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O projeto “Crianças na luta contra o cancêr” foi planejado por um grupo de


alunos do curso de pedagogia . Embora as organizações voluntárias tenham um
processo especializado com foco no câncer infantil, o que requer procedimentos
instrumentais, elas conseguem tratar o paciente como uma "existência inteira", salvar
a intimidade e acolher as necessidades simbólicas dos usuários. Nosso objetivo
então é compreender como essas redes de apoio promovem o tratamento do câncer
infantil. Portanto, conduzimos pesquisas na associação Peter Pan para tentar
coompreender melhor como funciona .
A associação Peter Pan trabalha com o intuito de melhorar o índice de cura e qualidade
de vida de crianças e adolescentes com câncer e seus familiares. Consegue ser referência
no apoio ao tratamento dos portadores de câncer infantojuvenil e na tecnologia do
conhecimento biopsicossocial, de forma autossustentável.
O câncer ocorre em crianças e adolescentes que tentam buscar sua independência e
sua autoafirmação, para que a doença finalmente seja resolvida e não interrompa o estágio
em que eles começam a ter uma nova experiência, pois muitos já sonham em realizar
grandes coisas no mundo. Isso está além do impacto simbólico da doença, o paciente
enfrenta a realidade perturbadora, pois terá que lidar com sua própria autoimagem,
preconceito, relacionamento com a família e amizade, com novos ambientes hospitalar e
ver seus desejos serem interrompidos.
Fatos comprovam que junto com a doença produz-se um redemoinho que consegue
invadir o núcleo familiar, mudar sua estrutura e alterando de certo modo seu
funcionamento. Como nem sempre todos os pais conseguem dar o apoio necessário para
lidar com tais sentimentos, entendemos que a necessidade é ainda maior de contar com a
ajuda dessas instituições, assim como a Peter Pan que sabemos que é uma muito grande,
que conta com o apoio de muitos profissionais. Entendemos que esse apoio que é dado ao
paciente e a seus familiares ajuda muito e pode contribuir para o restabelecimento do bem-
estar emocional de cada um deles. Com esse trabalho queremos mostrar para as pessoas
a importância que precisamos ter com essas crianças, entender que elas não precisam
apenas de doações materiais e profissionais, mas além disso precisam ser acolhidos
dentro de um espaço que ultrapasse a doença em si e a sua cura, que possam
compartilhar o seu sofrimento em todos os âmbitos. Essas crianças precisam de amor e
carinho não somente da família, mais sim de todos.
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A utilização da arte e do lúdico já vem sendo inserida como uma forma de


expressão e entretenimento no cuidado a crianças com cancêr, esse método terapêutico
artístico pode além de permitir o desenvolvimento da criatividade da criança e interagir
para que assim a mesma esqueça dos incômodos da hospitalização, admite a expressão
da criança por meio da arte, por meio de uma linguagem não-verbal, possibilitando um
cuidado individualizado e recreativo.
Então o nosso trabalho tem esse pensamento, oferecer as crianças que necessitam
desse cuidado um contato maior delas com a arte, por a arte ser uma bela forma delas
conseguirem se tratar e se recuperar bem da doença.
De acordo com Valladares (2003), a utilização da arte é um meio de expressão e
criação, e por meio dela, de forma natural, a criança pode comunicar-se com outras
pessoas, pode aumentar o seu conhecimento sobre o mundo, e tem o seu
desenvolvimento emocional e social, e assim, não pode faltar para nenhuma criança,
especialmente, para as hospitalizadas, levando em consideração a capacidade
psicomotora de cada criança.
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EMBASAMENTO TEÓRICO

Para falarmos sobre a luta de crianças contra o câncer precisamos nos atentar aos
números, falando em um âmbito nacional no caso Brasil estima-se 4.310 novos casos no
sexo masculino e 4.150 para o sexo feminino, para cada ano do triênio 2020-2022, fazendo
o câncer infantojuvenil líder no ranking de causas de mortes em crianças e adolescentes,
entre 0 a 19 anos.
As taxas de incidência do câncer infantil aumentaram nos últimos
anos, mas com o avanço nas pesquisas e devido ao apoio de ONGs
que auxiliam crianças e adolescentes com câncer, o índice de
sobrevivência também subiu. (PENIDO, 2018)

Falando em um âmbito mundial segundo a Agência Internacional de Pesquisa


em Câncer (Iarc, na sigla em inglês) espera que todos os anos 215.000 casos são
diagnosticados em crianças com menos de 15 anos e aproximadamente 85.000 em
adolescentes entre 15 e 19 anos.

O descobrimento do câncer na infância pode ser um golpe muito duro não só para criança,
mas também para toda a família, o psicológico é uma parte muito afetada, por isso
demanda um acompanhamento médico tanto tratando o câncer quanto os possíveis
traumas psicológicos.

Na fase do diagnóstico do câncer na criança são observadas reações


de estresse e sofrimento psicológico tanto nos pacientes quanto em
seus familiares (Hildenbrand, Clawson, Alderfer, & Marsac, 2011;
MacLaren & Cohen, 2005; Pai et al., 2008). Tais reações psicológicas
podem ser amplificadas por estressores da doença e do tratamento,
como o afastamento do ambiente familiar, uma vez que, em geral, é
no hospital que o processo de diagnóstico e início de tratamento se
desenrola (Kohlsdorf & Costa Junior, 2012; Silva & Cabral, 2015). A
etapa do diagnóstico caracteriza-se, portanto, como um momento em
que a intervenção psicológica precoce junto à família se faz
necessária, de modo que ela consiga ser fonte de apoio significativo
para a criança (Hildenbrand et al., 2011).

Esse trajeto se torna muito desgastante tanto para o paciente quando para a família, todos
precisam se preparar para o pior cenário, desde o diagnostico ate a fase final seja cura ou
a morte do paciente.
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O momento do diagnóstico do câncer na infância é descrito como


altamente ameaçador e de difícil manejo para a família e, também,
para a criança (Kohlsdorf & Costa Junior, 2012). No curso da doença,
o diagnóstico constitui-se na primeira etapa de um processo que pode
ter inúmeras fases: início do tratamento, remissão, término do
tratamento médico, sobrevida, cura, recidiva, fase terminal, morte e
ajustamento familiar após a morte do paciente, quando esse for o
caso (Katz, Dolgin, & Varni, 1990).

Tendo em vista todo desgaste sofrido pela família, as ONGs surgem como um refugiu,
dando apoio e suporte para família e claro para o paciente, as ongs buscam dirigir,
coordenar, administrar e cuidar do desenvolvimento de uma instituição que não visa ao
lucro, mas vive de doações e repasse de imposto do governo.

Em geral, contando apenas com o auxílio financeiro de doadores


individuais, essas organizações conseguem dar suporte emocional,
financeiro e medicamentoso a muitas crianças. Muitas delas se
engajam em pesquisas, enquanto outras promovem o divertimento e a
auto-estima necessários à infância, para superar o câncer com força e
determinação. (PENIDO, 2018)

O acompanhamento durante esse processo deve ser delicado e deve conter elementos
para a criança venha se sentir confortável e atiçar nela a vontade de viver, e a arte pode
ser uma arma poderosa, instigar a curiosidade e o descobrimento pela arte deve leva-lo a
se conhecer e descobrir suas aptidões sejam elas musicais, cênicas, plástica ou qualquer
outra.

O papel das artes na melhoria da experiência do paciente e no apoio


emocional nos cuidados e luto paliativos e no final da vida também
está bem documentado. Além disso, o envolvimento com as artes
pode trazer benefícios preventivos, incluindo o aumento do bem-
estar e da saúde mental, reduzindo o impacto do trauma e o risco de
declínio cognitivo e da fragilidade na terceira idade.(SCHAINBERG,
2019)
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Existem mais de 3000 estudos que mostram o papel da arte na prevenção de problemas
de saúde segundo um relatório publicado em 2019 pela OMS a arte tem uma forte
influência na saúde.

Estudos têm apontado que a música ajuda a controlar os níveis de


glicose no sangue e hemoglobina glicada durante situações comuns e
estressantes em pacientes com diabetes. A hipertensão aumenta o
risco de sérios problemas de saúde e vários estudos já mostraram
melhora nos níveis de pressão arterial e glicemia através de
atividades artísticas como em sessões de musicoterapia reduzindo a
pressão arterial e estudos com dança melhorando controle da glicemia
e níveis de pressão arterial. (SCHAINBERG, 2019)

Tendo em vista que a arte auxilia na recuperação da saúde, podemos abordar o uso da
arteterapia, basicamente a arteterapia é uma disciplina baseada principalmente em
psicologia e arte, ela se utiliza de recursos artísticos visuais ou expressivos com elemento
terapêutico.

As artes, como toda expressão não verbal, favorecem a exploração,


expressão e comunicação de aspectos dos quais não somos
conscientes. Neste sentido, o trabalho com as emoções através da
arteterapia melhora a qualidade das relações humanas porque se
centra no fator emocional, essencial em todo ser humano, nos
ajudando a ser mais conscientes de aspectos obscuros, e facilitando
deste modo o desenvolvimento da pessoa (Duncan, 2007).

Em volta desses argumentos podemos ver que o incentivo a artes em ONGs pode
promover uma qualidade ainda melhor na recuperação do paciente e fazendo-o projetar
sua vida em torno da arte.
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A arteterapia é o método que nos mostra o poder da arte na saúde, por ser uma pratica
criativa e lúdica ela se torna uma forte ferramenta no tratamento contra o câncer infantil, a
arteterapia não é apenas um aliado da criança, mas também para os profissionais a frente,
ela torna mais fácil as analises e permiti uma melhor descrição sobre o paciente, a
arteterapia também auxilia e ajuda no desenvolvimento, com suas ferramentas lúdicas ela
garanti a criança o direito de brincar e o convívio social.
Considerando que as atividades lúdicas são inerentes à criança, a
Arteterapia respeita e garante o seu direito de brincar e vivenciar o
seu próprio desenvolvimento, quando hospitalizada, oferecendo-lhe
uma assistência integral e humanizada, capaz de suprir suas
necessidades, ao construir um ambiente facilitador e propício ao seu
comportamento e desenvolvimento (VALLADARES; SILVA, 2011)

Os benefícios da arteterapia é quase que incontestáveis, para as crianças ela se torna


ainda mais viáveis, “muitas crianças dizem que não gostam do psicólogo porque ele só fica
perguntando e elas não sabem dizer o que sentem”, conta Luciana Cassino, do projeto
cores da vida, que é reiterada pela arte-terapeuta Cínthia Ghazarian Barana, que em uma
de suas falas diz “No trabalho de arte, os sentimentos internos da criança são projetados
em um suporte externo”

Esta técnica terapêutica utiliza a atividade artística como forma de


auxiliar o tratamento de problemas físicos e psicológicos.Não precisa
ser talentoso nem criar obras de Arte. Na oficina terapêutica vale
desenhar, pintar, fazer colagens, ou explorar inúmeras outras
linguagens, desde que haja a disposição criativa de experimentar as
possibilidades de cada material. ( Anna Karenina Gomes de Queiroz,
2011)
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PÚBLICO-ALVO

O projeto criado foi direcionado para crianças de 5 a 10, nessa fase a criança já tem um
grande desenvolvimento cognitivo, claro, é importante frisar que não há como dizer o que
cada criança faz com determinada idade, isso em razão de que o desenvolvimento social,
motor, ou qualquer outro que seja, depende de uma serie fatores que inclui, fatores
genéticos, estímulos recebidos e convívio social, todavia há algumas aptidões e tarefas
que começa a se manifestar, por exemplos, é na idade dos 5 anos, que se completa o
desenvolvimento neuropsicomotor e a criança começa a criar uma pequena
independência, como por exemplo, ela começa a comer com talheres, passa a se vestir
sozinho, consegue escrever algumas palavras, tem seu equilíbrio bem desenvolvido, tem o
controle de uma bola de futebol, entre outras coisas.
Nessa idade também temos uma grande curva no desenvolvimento cognitivo, é nessa
etapa que ela entra na alfabetização, além disso a criança começa raciocinar mais quando
vai falar ou quando responde alguém, tem uma melhor localização no tempo e claro, sabe
falar sua idade seu nome e onde mora, também é onde temos um maior desenvolvimento
psicológico.
Quanto ao desenvolvimento emocional, algumas emoções
começam a fazer mais sentido para as crianças. As birras param
de ser tão frequentes, mas a imaginação continua sendo
enorme. Apesar disso, elas começam a distinguir melhor o que é
real, sabendo quando estão sendo enganadas. (ODIG,2020)

Em nosso projeto, temos como objetivo incentivar as crianças a descobrir a arte e se


descobrir na arte, querermos mostra-las como ela pode cantar, dançar, pintar, atuar, enfim,
mostrar a elas que o câncer é apensa mais uma luta e lhes fazer descobrir suas aptidões.
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OBJETIVOS

O objetivo geral da presente pesquisa consiste em: conhecer os impactos na vida de


pais que tiveram filhos/as com diagnóstico de câncer, e seus objetivos específicos:
Identificar os impactos no âmbito familiar, descrever mudanças no âmbito laboral e apontar
consequências na vida social de pais que tiveram filhos/as com diagnóstico de câncer. Na
sequência do texto encontram-se a descrição dos procedimentos metodológicos, análise
dos dados e considerações finais.
Nosso grupo pensou nesse trabalho com o intuito e objetivo de mostrar para as pessoas
a importância da arte para ajudar uma boa recuperação nas crianças com câncer. Pois de
acordo com os estudos percebemos que a arte tem um papel fundamental para o
tratamento e rotina dos pacientes.
Ao ser dado o diagnóstico, junto a família a criança não pode desanimar, pois irá travar
uma luta na qual a tristeza infelizmente acompanha.
Mas com a ajuda de teatro, música, pintura, fotografias... é como se fosse uma forma de
resgatar a alegria que foi perdida, uma pequena chama para ascender a esperança e
ajudar nos momentos difíceis de cada dia, deixando leve, com sorrisos e conforto ao
coração. Decorações coloridas no quarto, com imagens ajudam a driblar os medos infantis
diante do enorme desconhecido, que é o tratamento e os efeitos provocados por ele.
Quatro letrinhas, mas de um grande poder, se faz presente até nos pequenos detalhes e
dar forças para a recuperação.
Um dos objetivos também foi mostrar a arte como ferramenta na área da saúde e
mostrar os pais e as crianças que o a arte é uma forte aliada.

“A Arte demonstra que mesmo na doença podemos nos manter alegres e, ainda mais,
usar essa alegria em nosso favor e para a recuperação.” (RIBEIRO, 2005).
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O incentivo a arte não traz um beneficio apenas para as crianças, mas também traz uma
mudança em todo um contexto, seja ele familiar ou hospitalar, nosso objetivo não é apenas
causar uma mudança na vida das crianças, mas também em seu derredor, ou seja, a
família também será impactada com essa novidade.
Temos a ambição de mudar o psicológico da criança e de toda a família, os efeitos da arte
podem se causar uma grande mudança na vida da criança e na vida de seus familiares, as
interações sociais causada pela arte é de grande ajuda no desenvolvimento da criança,
pois nessa situação geralmente as crianças são retraídas, causando assim uma dificuldade
no seu desenvolvimento social.
Tendo em vista que a maior parte do tempo da criança se passa no hospital, pensamos na
possibilidade dessas crianças desenvolverem seus potenciais mesmo em um âmbito
hospitalar, o que ocasionaria na melhor adaptação no convívio social fora do hospital.

O brincar estimula o desempenho criativo e, para compreender a


vivência da criança com câncer, torna-se necessário identificar suas
características pessoais e a dinâmica estabelecida nas relações
intergrupais, o que contribui para a valorização da pessoa humana.
Assim, a criança sente-se acolhida e respeitada pelas outras pessoas
enquanto brinca, quando no ambiente hospitalar existe a
possibilidade de desenvolver suas potencialidades. (SILVA, 2006)

Um dos grandes desafios é fazer a criança se soltar e se sentir a vontade, isso ajudaria no
seu psicológico e tornaria mais fácil o convívio social e principalmente com sua família.
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PERCURSO METODOLÓGICO

Para fundamentar as pesquisas, visitamos a associação Peter Pan, associação essa que
fica na vila união, bairro de fortaleza- CE, durante um més fizemos quatro visitas em
intervalos de uma hora, foram quatro sexta-feira, ultilizando da arte e juntamente com as
crianças desenvolvemos atividades ludicas e divertidas, em nosso planejamento nos
primeiros três encontros dividimos as formas de artes, tratando as principais formas de
artes individualmente.

Antes dos nossos encontros, fizemos uma pequena campanha para arrecadarmos itens
como, Lápis de cores, canetinhas, tintas para pintura, folha de papel e outros materias que
poderiam ser utilizados durante as atividades.

Em nossa primeira visita, tratamos sobre a música, levamos um violão e jutamentos com
as crianças cantamos algumas músicas, interagimos com as crianças, que se mostraram
atenciosas e entusiasmo, junto a musica também incluimos a dança,e durante a atividade
as crianças foram se soltando e em pouco tempo a grande maioria ja estavam cantando e
dançando.

No segundo encontro levamos Lápis de cores, canetinhas, tintas para pintura, folha de
papel, entre outras coisa, nesse dia o foco era pintura, desenhos e colorir, os materiais
foram doados de uma pequenas campannha que fizmenos antes de fazer os encontros,
durante a atividade alguns mostraram mais afinidade que outros, porem todos participaram
e foram incentivados a brincar, incentivamos eles desenharem coisas como, o que você
mais gosta de fazer? com que pessoas mais gostam de passar tempo? qual sua comida
favorita?, Entre outras coisa.
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No terceiro encontro tivemos o foco na artes cénicas, durante o dia fizemos peças teatrais
e incentivamos as crianças a participar juntamente conosco, o diferencial nesse dia foi que
também incentivamos os pais a participarem isso dava mais segurança a criança e lhe
deixava mais confortável para brincar, após as atividades, tivemos uma conversa com os
pais presentes, falamos sobre o nosso projeto e os nosso objetivo e pedimos para que no
próximos eles nos dessem um pouco de sua atenção, para que pudéssemos explicar a
importância do incentivo a arte.

No quarto e ultimo dia fizemos um pequeno show de talentos, as crianças poderiam


escolher o que elas queriam fazer, não foi de forma competitiva, pois cada criança iria ter a
opção de fazer o que gosta, cantar, pintar, desenhar, fazer alguma apresentação teatral,
enfim, lhe demos um tempo para decidir o que iriam fazer e após isso elas se
apresentaram, mostrando a sua aptidão para os pais e os que lá estavam presentes.

Após o termino das apresentações tivemos uma rápida conversa com os pai e também
com as crianças, a mensagem aos pais eram para que eles viessem incentivar seus filhos
a produzir e conhecer arte, e mostramos algumas pesquisas que mostravam o poder da
arte na área da saúde, após a mensagem para os pais, falamos com as crianças,
incentivamos a prosseguir fazendo arte, fazendo o que elas gostavam, seja música, teatro,
desenho ou outra forma de arte.
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RECURSOS MATERIAIS

Durante o projeto, foram realizadas pesquisas na internet focadas no desenvolvimento


do tema, tanto na parte teórica quanto na aplicada.
Em nosso quarto encontro realizamos uma pequena reunião, e foi mostrado
algumas pesquisas que retiramos da internet que mostravam a importância de um
trabalho relacionado a questão de crianças com cancêr e como a arte pode
promover uma grande melhoria na vida dessas crianças. Com isso criamos o
nosso projeto “CRIANÇAS NA LUTA CONTRA O CANCÊR”

Fizemos quatro visita para a associação Peter Pan, atraves de uma pequena
campanha podemos levar, muitos materias de arte para ser utilizados pelas
crianças durante os encontros, como por exemplo... Lápis de cores, canetinhas,
tintas para pintura, folha de papel, entre outros materiais, também utilizamos um
violão.

É utilizado também fantasias, de palhaços, princesas que os colaboradores da


associação usam para animar as crianças, tem show de músicas e muitos
momentos legais.

Qualquer material utilizado para criar e fazer arte é sempre bem-vindo para as
crianças na associação Peter Pan.

Mês Atividade a ser realizada

Março
Dia 05/03/21 – Primeira Reunião do PPAP

Abril
Dia 20/04/21 – Visita a associação Peter Pan

Maio
Dia 01/05/21 – Inicio do projeto, com todas as
informações organizadas com a equipe.

Junho
Dia 11/06/21 entrega e finalização do projeto
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CRONOGRAMA
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AVALIAÇÃO / PRODUTO FINAL

Tivemos ótimos resultados, o foco principal foi dado as crianças, mas também tivemos
interações com os pais, os encontros tiveram resultados muito satisfatório, durando os
encontros as crianças recebiam muito bem as atividades, algumas mais que as outra, mas
conforme os encontros aconteciam, as crianças se soltavam e ficavam confortável para
brincar e desenvolver as atividades.

Também tivemos uma ótima recepção, tanto por parte dos responsáveis da associação
com por parte dos pais, conseguimos passar a mensagem que tínhamos como objetivo
que é o incentivo a arte e conseguimos mostrar e ver a luta das crianças contra o câncer.

O grupo conseguiu passar a mensagem tanto para as crianças como para os pais, um dos
objetivos também era mostrar nesse trabalho como é importante a arte na vida das
crianças, também mostrando o quanto a arte pode ser usada como ferramenta na área da
saúde, uma dessas ferramentas é a arteterapia que foi mostrada no embasamento teórico.

Notamos que as crianças, tem um forte apreço por quem faz esse tipo de trabalho, durante
as atividades eles aproveitavam ao máximo e tentavam de algum jeito mostrar resultado e
entrar na brincadeira, mesmo os mais introvertidos prestavam muita atenção durante as
atividades.
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REFERÊNCIAS

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ALBUQUERQE, Maria Clara. Câncer infantil: percepções maternas e estratégias de
enfrentamento frente ao diagnóstico. Artigos Originais • J. Pediatr. (Rio J.) 83
(6) • Dez 2007. em: <https://www.scielo.br/j/jped/a/bqyqSK9HNBQT8MGLm6NwfpK/?
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Hildenbrand, A. K., Clawson, K., Alderfer, M. A., & Marsac, M. L. (2011). Coping with
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related stressors during treatment. Journal of Pediatric Oncology Nursing, 28(6),344-354.
DOI: 10.1177/1043454211430823

SCHAINBERH, Arnaldo. Arte e saúde: como música, dança e outras manifestações


artísticas ajudam a curar. Publicado: 07/12/2019 Em:
<https://www.uai.com.br/app/noticia/saude/colunistas/arnaldo-schainberg/2019/12/07/
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Duncan, N. (2007). Trabajar con las Emociones en Arteterapia/Art Therapy and


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Associação Peter Pan - https://app.org.br/historia/

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