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TRABALHO Silvicultura – SERINGUEIRA

Origem: O nome científico da seringueira é Hevea brasiliensis. Família das euforbiáceas.

Nativa: região Amazônica

Maior produtor de seringueira e borracha: SP,BA, ES, MT, MS.

Maiores produtores de mundo: Tailandia e Indonésia (asia).

O que levou outros países serem maiores produtores?

Brasil maior produtor de latéx no século 19 e início do 20. (no ano de 1900 era
produzia 95% da produção de borracha no mundo) onde gerou muita riqueza. Nos
anos da revolução industrial teve um crescimento na demanda de borracha. Um carinha
coletou sementes e elevou para Europa (Inglaterra), onde foram levadas para estudos
científicos onde foi levadas as mudas para a colônia britânica da Asia onde teve um
bom desenvolvimento por ter um clima SEMELHANTE a da amazônica e demoraram
anos (37 anos até se tornarem viável comercialmente) que a cultura conseguisse se
estabelecer na região, onde conseguiram virar o maior produção de látex. (região de
indonésia possui um clima tropical.

Porque o SP é o maior produtor e não a Amazonia? Doença Mal das folhas. O


pioneirismo do estado de São Paulo no plantio da seringueira, posteriormente o Espírito Santo,
já demonstrou que a cultura, considerada restrita às regiões úmidas da Amazônia e do litoral
sul da Bahia, pode-se expandir para regiões com regime climático caracterizado por um
período seco definido e, muitas vezes, com elevado déficit hídrico.

A ocorrência de uma estação seca e definida

a é que se tem mostrado como método mais eficaz de controle do mal-dasfolhas. Além disso, a
experiência tem demonstrado que, para haver garantia de escape às doenças, devem-se
plantar clones de hibernação tardia. Estes apresentam a senescência tardia e mais escalonada,
tendendo a perder mais completamente a folhagem. O reenfolhamento ocorre durante um
período mais curto, seco e livre de ataques epidêmicos.

No estado de São Paulo, maior produtor nacional de coágulo, estima-se que cerca de 30 mil
sangradores vivem da extração do látex de borracha, sem contar com a mão de obra
contratada para serviços gerais na propriedade. Portanto, além do fator econômico, há o
contexto social, pois a seringueira é um importante fixador de mão de obra no campo. Sem
essa atividade, o sangrador, que mora na zona rural para trabalhar, acabará voltando para a
cidade

 Fator Edafoclimático:

Rusticidade e capacidade de adaptação à grande número de padrões climáticos e edáficos.


Entretanto, a seringueira é mais produtiva em regiões com temperatura média anual igual ou
superior a 20°C. Sensível a geadas (cultivou no Sudeste SP, Bahia, MT regiões com pouco
incidência, maior sensibilidade quando é planta jovem). Média tolerância a seca.

 SOLO:
o cultivada em diferentes tipos de solo desde Textura média a muito argiloso, como também
em solo arenosa.

 Obtenção de mudas:

Mais utilizadas mudas enxertadas por borbulhia. Geralmente os porta-enxertos são mudas
originadas por sementes (Maior produção de sementes são de fevereiro e março) cultivas em
viveiros em sementeira e posteriormente são transplantadas em sacos plástico. O porta-
enxerto atinge de 12 a 18 meses já pode receber a enxertia com O diâmetro do caule deve ser
de 1,5 a 2,0 centímetros.

Já os enxertos são cultivados em um mini jardim cloral visando à produção para o fornecimento
de hastes com borbulhas, Os enxertos de seringueira são originados de clones, pois o enxerto é
obtido a partir de uma única árvore selecionada.. Após o seu estabelecimento obtém-se,
anualmente, a produção de hastes clonais até o oitavo ano no máximo. Esse tempo deve ser
respeitado, em vista de poder ocorrer problemas de variação somática. Essas hastes, quando
bem-conduzidas, podem atingir 1,50m aos 8-10 meses, em adequadas condições para a
enxertia. Em média, existem 12 borbulhas por metro de haste Pode ser levado a campo 2cm de
comprimento do enxerto

 Época de realizar a enxertia:

A época ideal para a operação de enxertia é o período chuvoso, ou no seu final, quando tanto o
porta-enxerto quanto a haste de borbulha estão em pleno desenvolvimento vegetativo, e
soltando casca.

 Clones mais Utilizados:

RRIM 600: Mais utilizado na Ásia, Brasil, colômbia, Peru e Equador cultiva 30% das
áreas plantadas.

PB 235: Regiões Norte e Centro-Oeste

GT 1: Cultivado no Centro Oeste e norte.


boa produtividade, resistente a doenças e pragas comuns da seringueira, como a
ferrugem asiática e o fungo do mal-das-folhas. O látex do clone de boa qualidade, com
alto teor de borracha seca. Velocidade de crescimento. Tolerância ao estresse hídrico.
A escolha do clone de seringueira mais adequado depende de fatores como o clima, o
solo e o objetivo da plantação.

 Morfogia da planta;

 Manejo

ÉPOCA DE PLANTIO: época das águas entre os meses de novembro e dezembro, mas pode ser
plantada no ano inteiro.

Crescimento: 1 m de altura por ano

ESPACAMENTO: 7m entre linhas e 2,5m entre as plantas. No que pode variar?


Produção de látex: Inicia -se aos 6 anos durando até os 25 anos – 30 anos. Na mata com 10
anos no plantio.

 ADUBAÇÃO:

ADUBAÇÃO MUDAS:

FERTILIDADE DO SOLO A saturação de bases deve estar de 50 pra acima CALAGEM: Aplicar
calcário para elevar a saturação por bases a 50%. Não usar mais do que 2t / há de calcário
dolomítico a cada três anos.

ADUBAÇÃO DE FORMAÇÃO E EXPLORAÇÃO: Aplicar os nutrientes de acordo com a análise de


solo inicial da área e, depois a cada três anos

ADUBAÇÃO DE PLANTIO: Incorporar na cova 30g de P2O5, 30 g de K2O e, em solos deficientes,


com teores de Zn inferiores a 0,6 mg/dm3, 5g de Zn. Quando disponível, usar 20 litros de
esterco de curral curtido. Aplicar nitrogênio em cobertura em 3 parcelas de 30 g/planta
durante o primeiro ano.

De maneira geral, no Brasil a fonte de fósforo mais usada na adubação da seringueira é


o superfosfato triplo

 PRINCIPAIS PRAGAS:

Ácaros (Calacarus heveae); em altas populações na face superior de folhas maduras e,


como resultado do seu ataque, as folhas perdem o brilho e apresentam um
amarelecimento progressivo de sua super fície, intercalado com áreas verdes normais,
lembrando o sintoma de mosaico provocado por vírus. As folhas atacadas acabam caindo,
provocando diferentes níveis de desfolhamento.

Percevejo-de-renda (Leptopharsa heveae): O inseto ataca as folhas , suga a seiva da


planta, causando a sua desnutrição. A desnutrição pode reduzir a produção de
látex.

Mandarová (Erinnys ello): alimentam das folhas, causando a sua desfolha. Efetua -
se pulverizações com produtos biológicos ou químicos, em árvores adultas. Os
produtos bio
lógicos à base de Bacillus thuringiensis possuem a vantagem de ser seletivos aos
insetos benéficos.

 PRINCIPAIS DOENÇAS:

Mal-das-folhas (Microcyclus ulei): causa manchas amareladas nas folhas, que podem
cair posteriormente, ocorrência da doença é de fevereiro a abril
Antracnose de folha: manchas pretas nos frutos, ocorrência nos meses de maio até agosto, em
inverno chuvoso.

 DEBASTE: O primeiro desbaste é feito aos 3 meses, e o segundo, 6 aos meses. O uso de
ferro de cova afiado, para cortar as plantas ao nível do solo, exige menos esforço que o
arranquio manual.
 Extração de látex:
 COLHEITA / MÃO DE OBRA
 DESTINO DA MADEIRA não tem e tbm não encontrei
 MÉDIA DA PRODUTIVIDADE POR HA / PREÇO DO KG DO LATEX. O custo de
produção estimado com os preços referentes ao mês de setembro de 2020
(Tabela 2) apresenta custo operacional efetivo (COE) de R$10.356,70/ha ou
R$3,70/kg de coágulo produzido, enquanto o custo operacional total (COT)
atingiu R$12.089,55/ha e R$4,32/kg de coágulo

 Fonte: IBGE-PAM (2022).
 Em termos de produtividade mundial, o Brasil também se mantém na 11ª
posição, com rendimento médio de 1.359 kg/ha para o coágulo com 60% de
matéria seca, de acordo com dados da FAO. Em primeiro lugar, está o México,
com produtividade média de 2.890 kg/ha, valor muito superior ao brasileiro
(113%). Por outro lado, em comparação com países importantes no mercado da
borracha, como Tailândia, Indonésia e Malásia, o Brasil está abaixo somente da
Tailândia, que obtém 1.385 kg/ha.

 DESTINO DO LATEX, ARMAZENAMENTO

Látex: a borracha natural é um elastômero obtido do látex das


seringueiras. A borracha é utilizada extensivamente na produção de
pneus e de diversos componentes e acessórios de veículos e motores.
Além disso, também serve para fabricação de tecidos impermeáveis
usados na confecção de dezenas de produtos. O látex líquido, por
exemplo, é utilizado extensivamente na manufatura de máscaras
flexíveis, uso clínico e em efeitos especiais no cinema.
Caça: as sementes da seringueira são bastante apreciadas por
animaissilvestres como o porco-do-mato. Alguns peixes se alimentam
das sementes entre eles o tambaqui (Colossoma macropomum), que
possui fortes mandíbulas para quebrar as sementes e a piranha preta
que utiliza seus dentes afiados para abrir a casca e consumir a parte
interior da semente.
Semente: Antigamente, os indígenas Astecas usavam a semente de
seringueira como dinheiro.

O seringal é considerado apto à sangria quando 50% das plantas atingirem 45 cm de perímetro
do caule a 1,5 m do solo. É necessário fazer levantamento das árvores aptas nos blocos de
plantio, conforme descrito nos manuais disponíveis para a cultura

https://croplifebrasil.org/noticias/fonte-de-latex-a-seringueira-e-uma-planta-de-alto-valor-
para-a-industria/#:~:text=A%20produ%C3%A7%C3%A3o%20da%20borracha
%20natural,aumentando%20sua%20possibilidade%20de%20usos.

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