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Atividade 1
Atividade do Livro Ápis Mais 5° ano -2021- página 251 até 263.
Atividade oral e escrita
1-O que você achou da história do rei ganancioso? Converse com os colegas.
Resposta pessoal
2- O que aconteceu de diferente no castelo do Rei de Quase-Tudo?
O Rei acordou muito cedo, às duas horas da manhã.
(EF15LP03) Localizar informações explícitas em textos.
4- Para o Rei Quase, qual é o motivo de seu reino não ir para a frente?
O fato de todos no reino estarem dormindo quando ele já estava acordado.
(EF15LP03) Localizar informações explícitas em textos.
5- Todos no castelo tinham um motivo para não gostar que o Rei Quase acordasse às duas horas
da manhã. Copie as frases do texto teatral que mostram a indignação de cada um dos
personagens a seguir.
a) Rainha: “Meu Deus, não se pode dormir neste castelo?”
b) Ministro: “A gente trabalha o dia inteiro e tem o direito de dormir.” / “O pior é que na hora de
receber os embaixadores todo mundo fica abrindo a boca de sono.”
(EF35LP03) Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global.
6- Por que o Bobo não teme o Rei Quase? Copie do texto a frase que comprova sua resposta.
Porque o Bobo pode dizer tudo. “Você é o Bobo do Rei. Bobo pode dizer tudo e não acontece
nada.”
(EF35LP03) Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global.
7- No texto há uma expressão popular que faz os personagens começarem a falar de comida.
Copie essa expressão e explique o que ela pode significar.
“[...] foram plantar batatas”, que, no texto, significa que os professores preferiram mudar de
profissão a ganhar pouco.
(EF35LP03) Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global.
8- Os empregados do palácio acham que o Rei de Quase-Tudo não tem motivo para ficar irritado.
Explique por que pensam assim.
Os empregados acham que o Rei não deveria ficar irritado porque tem tudo:
jardim bonito, flores perfumadas, comida gostosa.
(EF35LP03) Identificar a ideia central do texto, demonstrando compreensão global.
3- Em que cenários a história acontece? Paisagem do reino e Sala do Trono do Palácio Real.
(EF35LP26) Ler e compreender, com certa autonomia, narrativas ficcionais que apresentem cenários e personagens, observando os
elementos da estrutura narrativa: enredo, tempo, espaço, personagens, narrador e a construção do discurso indireto e discurso direto.
5- No texto teatral há indicações para o ator sobre como ele deve falar, atuar. Essas indicações são
chamadas rubricas. Copie do texto algumas rubricas que indicam ao ator como ele deve atuar em
relação:
a) à voz – “Entram os aldeões cantando”; “à parte”; “Canta a Canção das Batatas”.
b) ao vestuário – “de pijama”.
c) aos gestos – “Entra o Rei muito nervoso”; “Passa o Rei, e o Bobo vai atrás imitando”; “nervoso”;
“irritado”.
d) à movimentação em cena – “sai”; “Depois o Ministro entra na roda, em movimento circular
constante”; “Entra a Rainha e, logo após, as serviçais do palácio, dando satisfações”; “saem”.
(EF35LP04) Inferir informações implícitas nos textos lidos.
(EF35LP12) Recorrer ao dicionário para esclarecer dúvida sobre a escrita de palavras, especialmente no caso de palavras com relações
irregulares fonema-grafema.
6- No texto que você leu, as falas foram registradas em prosa e em verso. Pinte a seguir o nome
dos personagens que apresentam alguma fala em verso.
7- Que efeito a mistura de falas em verso com falas em prosa causa no texto?
Sugestão: Essa mistura dá mais ritmo e sonoridade ao texto.
8- Compare as falas do Ministro.
— Eu não! Eu não sou bobo. [...] Você é o Bobo do Rei.
Por que a palavra bobo foi registrada com letra minúscula na primeira fala e com a inicial
maiúscula na segunda?
Sugestão: A letra inicial maiúscula indica, na escrita, que se trata de um nome próprio.
9- Muitas das falas do Bobo são repetições das falas do Rei. Que efeito essa repetição causa?
Reforça o despropósito do poder real, que tira daqueles que estão a ele subordinados qualquer
fala própria. Além disso, mostra que o Bobo é uma extensão do Rei e, por isso, diante dos outros
personagens do reino, ele tem tanto poder quanto o Rei.
(EF05LP02) Identificar o caráter polissêmico das palavras (uma mesma palavra com diferentes significados, de acordo com o contexto de
uso), comparando o significado de determinados termos utilizados nas áreas científicas com esses mesmos termos utilizados na
linguagem usual.
(EF35LP18) Escutar, com atenção, apresentações de trabalhos realizadas por colegas, formulando perguntas pertinentes ao tema e
solicitando esclarecimentos sempre que necessário.
(EF35LP05) Inferir o sentido de palavras ou expressões desconhecidas em textos, com base no contexto da frase ou do texto.
Atividade 2
1- Leia um trecho do texto teatral Os Saltimbancos, uma adaptação criada por Chico Buarque.
[...]
TODOS — Vamos tratar uma hospedagem pra descansar e depois seguir viagem.
GATA — Olha que linda aquela pensão, que se chama “Pousada do Bom Barão”.
JUMENTO — Pra mim, esse nome, não sei não.
GALINHA — Já estou por aqui de tanto barão.
GATA — Mas vamos, mas vamos, não custa tentar.
É só por uma noite e depois se mudar.
CACHORRO — Ai, ai, ali tem uma placa que cheira a uma bruta urucubaca.
TODOS — Proibida a entrada.
Exijo gravata e dados pessoais. Proibido aos mendigos e aos animais.
Ahhhhhhhhhhh!!!
JUMENTO — Puxa, puxa, que desacato, eu, afinal, sou jumento ou rato?
CACHORRO — Poxa, poxa, que desrespeito, se duvidar, eu entro no peito.
GALINHA — Cacilda, Cacilda, que bela tramoia, já estava pensando numa boa boia.
GATA — Que bode, que bode, mas isso é o fim, parece que todos ‘tão contra mim’.
CRIANÇAS — Tentem olhar ali pela janela, quem sabe não tem ninguém dentro dela, e se for
assim, vocês podem entrar, fazer uma boca e depois se arrancar.
JUMENTO: — Puxa, puxa, o que é que estou vendo?
Vivendo e aprendendo, vivendo e aprendendo. Tem quatro pessoas naquele salão, e uma das
quatro é o meu patrão.
CACHORRO – Poxa, poxa, vejam vocês é o meu patrão já com os outros três.
GATA — Que grilo, que grilo, não é uma boa, aquela coroa é a minha patroa.
GALINHA — Cacilda, Cacilda, coisa de maluco, é o meu patrão que tá com o trabuco.
CRIANÇAS — Caramba, caramba, como é que é, eu acho que é hora de dar no pé.
Pra quem não quiser entrar de gaiato, o melhor negócio é dormir no mato.
TODOS — Caramba, caramba, como é que é, eu acho que é hora de dar no pé.
Pra quem não quiser entrar de gaiato, o melhor negócio é dormir no mato.
JUMENTO — Porém, porém, já estou fulo da vida, ter toda razão e nenhuma comida.
CACHORRO — A minha barriga não se acostuma, a ter toda razão e comida nenhuma.
GALINHA — Porém, porém, já me sinto aflita, me sinto assada, acho que estou frita.
GATA — É já, é já, vamos sentar a pua, botar os safados no meio da rua.
TODOS — Quatro juntos, braços dados, damos o fora nesses safados, braços dados, juntos
quatro, chutar os safados pra fora do teatro, dados juntos, quatro braços, e esses safados já ‘tão
no bagaço. Quatro braços, dados juntos, e esses safados vão virar presunto.
Os Saltimbancos, de Chico Buarque. Belo Horizonte: Ed. Yellowfante, 2020. p. 19-21.
1-Qual é a função do gênero texto teatral, também conhecido como texto dramático?
(A) ser encenado por atores.
(B) ser publicado em jornais e revistas.
(C) ser transformado em HQs.
(EF35LP24) Identificar funções do texto dramático (escrito para ser encenado) e sua organização por meio de diálogos entre personagens
e marcadores das falas das personagens e de cena.
3- Que recursos são utilizados para que cada um saiba a sua fala?
O nome do personagem e o travessão.
(EF35LP07) Utilizar, ao produzir um texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais, tais como ortografia, regras básicas de
concordância nominal e verbal, pontuação (ponto final, ponto de exclamação, ponto de interrogação, vírgulas em enumerações) e
pontuação do discurso direto, quando for o caso.
CACHORRO: — Ai, ai, ali tem uma placa que cheira a uma bruta urucubaca.
a) O que ele quis dizer ao usar a expressão urucubaca?
(A) má sorte. (B) cheiro estranho.
(EF35LP05) Inferir o sentido de palavras ou expressões desconhecidas em textos, com base no contexto da frase ou do texto.
b) Volte ao texto, e leia o que está escrito na placa. A expressão de desconfiança do cachorro tem
fundamento? Explique.
Sim, pois a placa deixa claro que na pousada é proibida a entrada de animais.
(EF35LP05) Inferir o sentido de palavras ou expressões desconhecidas em textos, com base no contexto da frase ou do texto.
7- No trecho “Puxa, puxa, o que é que estou vendo?” o ponto de interrogação indica:
(A) a fala do personagem.
(B) surpresa ou admiração.
(C) uma pergunta.
(D) uma explicação.
(EF35LP07) Utilizar, ao produzir um texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais, tais como ortografia, regras básicas de
concordância nominal e verbal, pontuação (ponto final, ponto de exclamação, ponto de interrogação, vírgulas em enumerações) e
pontuação do discurso direto, quando for o caso.
9- No contexto do trecho "Vamos tratar uma hospedagem pra descansar e depois seguir viagem," o
que significa "tratar uma hospedagem"?
(A) Encontrar um lugar para descansar.
(B) Comer e beber em um restaurante.
(C) Pedir informações sobre a viagem.
(D) Arrumar a mala para a viagem.
(EF35LP05) Inferir o sentido de palavras ou expressões desconhecidas em textos, com base no contexto da frase ou do texto.
10-No trecho "Porém, porém, já estou fulo da vida, ter toda razão e sem comida", o que significa
"fulo da vida"?
Atividade 3
A Vaca Lelé
[...]
ESPANTALHO – (Para a violeira)
Eu não resisti e fui falar com a
Matilde. (Chamando) Matilde, hei Matilde!...
MATILDE – Quem é que sabe meu nome?
ESPANTALHO – Sou eu. O Espantalho.
MATILDE – Espantalho? E onde está você?
ESPANTALHO – Aqui ó! Mas meu lugar é lá!
MATILDE – Nossa, como você é bonito!
ESPANTALHO – Não, pelo amor de Deus. Eu não posso, eu não devo ser bonito.
MATILDE – E nem quer ser?
ESPANTALHO – É que espantalho foi feito pra espantar.
MATILDE – A mim você não espanta.
ESPANTALHO – Nem a quem devia, os passarinhos. Mas Matilde, já não faz tempo que você saiu
do estábulo? A sua mãe, a Matildona, deve estar preocupada com você!
MATILDE – Ainda não posso voltar. Eu nem conheci o tal do medo.
ESPANTALHO – Ele está dentro de você.
MATILDE – Como assim?
ESPANTALHO – Só você pode sentir ele.
MATILDE – É bom sentir medo?
ESPANTALHO – Não. Nunca.
MATILDE – Você sente?
ESPANTALHO – É... cada vez que anoitece, cada vez que fico sozinho aqui, eu tenho medo até da
chuva.
MATILDE – Mas ela é tão gostosa. O sol também é lindo, a luz nunca apaga. Mas é a chuva que
me lava sempre. Óia, seu espantalho, eu conheci de tudo nesses dias. Mas se medo é ruim a
chuva não me faz sentir medo não. [..]
Disponível em: http://www.uece.br/posla/wp-content/uploads/ sites/53/2019/11/BrunaAlvesLeao.pdf. Acesso em: 3 out. 2021.
10- Para você, o texto lido tem uma linguagem formal ou informal? Destaque trechos que
justifiquem a sua resposta.
Resposta pessoal. Espera-se que os estudantes reconheçam que a linguagem é informal, citando
trechos como: “Aqui ó!”; “É que espantalho foi feito pra espantar.”; “Óia, seu espantalho...”
(EF35LP24) Identificar funções do texto dramático (escrito para ser encenado) e sua organização por meio de diálogos entre personagens
e marcadores das falas das personagens e de cena.
17- No trecho, “MATILDE – Nossa, como você é bonito!” o ponto de exclamação foi usado para:
(A) Indicar uma dúvida do personagem.
(B) Expressar surpresa e admiração.
(C) Mostrar que Matilde está irritada.
(D) Indicar que Matilde está fazendo uma pergunta.
(EF35LP07) Utilizar, ao produzir um texto, conhecimentos linguísticos e gramaticais, tais como ortografia, regras básicas de
concordância nominal e verbal, pontuação (ponto final, ponto de exclamação, ponto de interrogação, vírgulas em enumerações) e
pontuação do discurso direto, quando for o caso.
18- No trecho "cada vez que anoitece, cada vez que fico sozinho aqui," a palavra "aqui" se refere
a:
(A) Tempo.
(B) Lugar.
(C) Negação.
(D) modo.
(EF35LP08) Utilizar, ao produzir um texto, recursos de referenciação (por substituição lexical ou por pronomes pessoais, possessivos e
demonstrativos), vocabulário apropriado ao gênero, recursos de coesão pronominal (pronomes anafóricos) e articuladores de relações de
sentido (tempo, causa, oposição, conclusão, comparação), com nível suficiente de informatividade.
Atividade 3A
A Vaca Lelé
[...]
PARDAL — Oi, Espantalho...
ESPANTALHO — Bom dia, Pardal.
PARDAL — Qual é a tua? Cantando logo de manhã?
Parece a cotovia...
ESPANTALHO — Cotovia é a senhora sua tia. E não
vem não, sabe que o meu negócio é espantar passarinho.
PARDAL — Mas se você não conversar com os passarinhos, morre de solidão.
Ou pensa que todas as vacas são como a Vaca Lelé? Elas nem querem saber de você. Depois que
a Vaca Lelé sumiu então, piorou. A vacaiada não fala mais nada.
ESPANTALHO — Eu tenho tanta saudade da Matilde...
PARDAL — Eu também. Mas onde ela está, tenho certeza que está bem melhor.
ESPANTALHO — Mas você sabe onde ela está?
PARDAL — Claro que não. Ninguém sabe.
ESPANTALHO — Parece que estou vendo ela saltitando pelo pasto. Rebolava tanto que seu
bumbum parecia um liquidificador. Pardal, você se lembra do primeiro dia que a vaca Matilde saiu
para o seu primeiro passeio? Ela estava irritada porque a dona Mosca não deixava ela em paz.
Daí eu encontrei ela resmungando...
[...]
ESPANTALHO — [...] (introdução musical)... Pois é, Pardal, tenho tanta saudade da Matilde.
PARDAL — Pra falar a verdade, Espantalho, eu também sinto falta dela... Você se lembra de
quando ela queria ter asas?
ESPANTALHO — Ah! Se me lembro, lembro como se fosse ontem!
PARDAL — Ê compadre! E o ontem está sempre encostadinho no hoje!
[...]
Disponível em: http://www.uece.br/posla/wp-content/uploads/sites/53/2019/11/BrunaAlvesLeao.pdf. Acesso em: 3 out. 2021
8-O que o Pardal acha que acontece com o Espantalho se ele não conversar com os passarinhos?
(A) Ele fica doente.
(B) Ele fica com medo.
(C) Ele morre de solidão.
(D) Ele fica irritado.
(EF15LP03) Localizar informações explícitas em textos.
Atividade 4
1- Faça a leitura silenciosa da primeira parte do texto teatral. Fique atento às falas dos
personagens e ao modo como o autor orienta a ação deles.
Cenário
Salão nobre do palácio real. Vê-se o trono do rei e, no fundo, de cada lado
dois grandes retratos do pai e do avô do rei Baldônio II.
Cena I
(Entra o rei e chama o espelho.)
[...]
REI – Espelho, espelho meu! Existe no mundo alguém mais bonito do que eu?
ESPELHO – Não, Majestade! Vossa Majestade é o homem mais bonito do
mundo.
REI – Espelho, espelho meu! Existe no mundo alguém com os cabelos mais lindos do que os
meus?
ESPELHO – Não, Majestade. Vossa Majestade tem os cabelos mais lindos do mundo.
[...]
REI – Muito bem, espelho. Eu, Baldônio II, sou o rei mais rico, mais poderoso e mais bonito do
mundo. Viva eu! (Sai.)
ESPELHO (dirigindo-se à plateia) – É muito vaidoso, este rei. Onde já se viu dar viva a ele mesmo.
Olhem, eu fui espelho do pai dele, Baldônio I, e do avô dele, Baldônio Zero. Ele é o mais vaidoso
de todos. Se algum dia acontecer alguma coisa que atrapalhe a beleza dele, ele vai sofrer muito.
(Sai.)
REI (entrando, apressado) – Meu Deus! Será que meus cabelos estão caindo? (Preocupado, faz o
gesto de segurar alguma coisa na cabeça) – Mas o que é isto? Um cabelo solto em minha cabeça!
Será que eles estão caindo? Será que vou ficar careca? Vou consultar o espelho mágico. Ele vai
me explicar o que está acontecendo comigo. (Sai.)
[...]
Cena II
(Preocupada, entra a rainha-mãe, andando de um lado para o outro.)
RAINHA-MÃE – Não! Isso não pode estar acontecendo com meu filho! Não pode ser verdade.
Lacaio, mande chamar o primeiro-ministro.
LACAIO – Já fiz isso, senhora rainha. Ele deve estar chegando.
RAINHA-MÃE – Não aguento mais de aflição. Meu coração está batendo (gesto de coração
batendo). Ai, que estresse horrível!
LACAIO (entrando) – Senhora Rainha, chegou o primeiro--ministro.
[...]
PRIMEIRO-MINISTRO (entrando e beijando a mão da rainha) – Boa noite, senhora rainha. Que
problema tão grave levou Vossa Majestade a me chamar a esta hora da noite? Acaso os
assaltantes invadiram o palácio? Ou será que estão tramando contra nosso rei?
RAINHA-MÃE – Não, senhor ministro. É muito, muito pior. É... É... (Começa a chorar.)
PRIMEIRO-MINISTRO – Então conte. Conte, pelo amor
de Deus. Alguém morreu? O que aconteceu ao rei? Alguma doença grave?
[...]
RAINHA-MÃE – Não. É muito pior. Muito pior. Ele... Ele...
PRIMEIRO-MINISTRO – Fale, pelo amor de Jesus Cristo! Ele quem?
RAINHA-MÃE – Ele está ficando careca (cai em pranto). Meu filho está ficando careca! Aaa!...
Aaa!... [...]
PRIMEIRO-MINISTRO – Calma, Majestade. Calma. O mundo está cheio de homens carecas. O
que que tem isso?
RAINHA-MÃE – Você fala assim porque não é seu filho, uai. Coitado do Baldônio. Meu único filho,
careca! (Chora.)
PRIMEIRO-MINISTRO – Pare com isso, senhora rainha. Para que fazer drama à toa?! Eu insisto, o
mundo está cheio de carecas que vivem muito bem, e é dos carecas que elas gostam mais.
RAINHA-MÃE – Mas não existe rei careca. Baldônio vai ser o primeiro. Quando ele descobrir isso,
vai morrer de tristeza. Aquele espelho mágico só serve para bajulá-lo e deixá-lo cada dia mais
vaidoso. [...] (Chora.)
[...]
PRIMEIRO-MINISTRO – O que realmente me preocupa é o próprio rei. Quando perceber que vai
ficar careca, pode ficar mais triste e entrar em depressão. E aí o reino vira bagunça.
RAINHA-MÃE – Pelo amor de Deus, senhor ministro. Faça alguma coisa.
PRIMEIRO-MINISTRO – Será que ele sabe que está ficando careca?
RAINHA-MÃE – Ele anda meio desconfiado. Passa o dia inteiro em frente ao espelho, contando
cada fio de cabelo que cai.
LACAIO (entrando com uma bandeja) – Senhora rainha-mãe. Olhe o que o camareiro encontrou no
travesseiro do rei.
RAINHA-MÃE – Santo Deus! É cabelo! Muito cabelo.
Os cabelos estão caindo. Ele está ficando careca mesmo. Senhor ministro, faça alguma coisa.
(Chora.)
PRIMEIRO-MINISTRO – Vou procurá-lo e ver o que posso fazer. Depois volto a falar com Vossa
Majestade.
RAINHA-MÃE – A essa hora ele já deve estar dormindo. Vá até lá e veja.
PRIMEIRO-MINISTRO – Vou procurá-lo. (Sai.)
Ângelo Machado. O rei careca. Belo Horizonte: Lê, 2014. p. 10-16.
2- O texto teatral está dividido em cenas, que marcam a mudança de cenário e a entrada e a saída
de personagens no palco.
a) Quantas cenas há nesse trecho do texto?
Duas cenas.
(EF35LP24) Identificar funções do texto dramático (escrito para ser encenado) e sua organização por meio de diálogos entre personagens
e marcadores das falas das personagens e de cena.
6- Em algumas partes do texto, antes ou depois das falas dos personagens, aparecem trechos
entre parênteses que são chamados rubricas.
10- No início da história, tudo está tranquilo e o rei se sente confiante e bonito.
Até que surge um conflito, ou seja, um problema. Qual é esse problema?
O rei começa a ficar careca.
(EF35LP26) Ler e compreender, com certa autonomia, narrativas ficcionais que apresentem cenários e personagens, observando os
elementos da estrutura narrativa: enredo, tempo, espaço, personagens, narrador e a construção do discurso indireto e discurso direto.
(EF35LP24) Identificar funções do texto dramático (escrito para ser encenado) e sua organização por meio de diálogos entre personagens
e marcadores das falas das personagens e de cena.
b) Em sua opinião, um conto pode ser adaptado para se tornar um texto teatral? Explique.
Resposta pessoal. Espera-se que os alunos respondam que, sim, um texto literário pode ser
adaptado para o teatro. O texto deve apresentar o cenário, as cenas, as falas e as rubricas para
que os atores possam encenar a peça.
(EF35LP24) Identificar funções do texto dramático (escrito para ser encenado) e sua organização por meio de diálogos entre personagens
e marcadores das falas das personagens e de cena.
12- Como o primeiro-ministro tenta consolar a rainha-mãe quando ela está preocupada com o rei?
Resposta: O primeiro-ministro tenta consolar a rainha-mãe dizendo que muitas pessoas vivem bem
sendo carecas e que as pessoas gostam de carecas.
(EF35LP24) Identificar funções do texto dramático (escrito para ser encenado) e sua organização por meio de diálogos entre personagens
e marcadores das falas das personagens e de cena.
13- Como as rubricas do texto teatral indicam o estado emocional dos personagens?
Resposta: As rubricas indicam o estado emocional dos personagens por meio de ações e
expressões, como quando a rainha-mãe chora ou quando o primeiro-ministro tenta acalmá-la.
(EF35LP24) Identificar funções do texto dramático (escrito para ser encenado) e sua organização por meio de diálogos entre personagens
e marcadores das falas das personagens e de cena.