Prefeitura da cidade do Rio de Janeiro,

Secretaria Municipal de Cultura e

Estúdio M’Baraká apresentam:

GUIA DO ROLÉ PARA CRIANÇAS

ROTEIRO ORLA CONDE

GUIA DO ROLÉ PARA CRIANÇAS

ROTEIRO ORLA CONDE

Índice
1 BORA DAR UM ROLÉ? 41 PRA BRINCAR

3 APRESENTANDO O GUIA
43 PRAÇA MAUÁ
4 PREPARADOS PARA ESSA AVENTURA? Museu MAR - Museu de arte do Rio
O QUE VOCÊ DEVE LEVAR! Museu do amanhã

7 A ORLA CONDE Docas do Rio

10 UM POUCO DE HISTÓRIA 48 PRA BRINCAR

14 MUSEU HISTÓRICO NACIONAL

51 CIRCUITO HISTÓRICO E ARQUEOLÓGICO
16 ALMIRANTE NEGRO DE CELEBRAÇÃO DE HERANÇA AFRICANA
Pedra do Sal
19 PRAÇA XV
Paço Imperial Cais do Valongo
Arco do Teles Largo da Prainha/ Mercedes Batista
Chafariz Mestre Valentim

30 PRA BRINCAR 55 PRA BRINCAR

35 RUA PRIMEIRO DE MARÇO E CENTROS CULTURAIS 61 ATIVIDADES

Casa França Brasil
CCBB
Centro Cultural Correios
Igreja da Candelária
BORA DAR UM ROLÉ?

Ei, ei, ei! Você já está sabendo? Não? Vou te contar!

A cidade está te convidando para dar um rolé!

Vamos caminhar pela cidade, observando tudo com calma,

olhando cada pessoa, cada prédio e cada cantinho com cari-
nho. Lá na França, eles chamam essa pessoa que anda por aí
olhando a cidade de flâneur (se fala flánér), aqui nós chama-
mos de rolezeiro e rolezeira.

O Rolé vai nos guiar neste passeio, onde vamos conhecer um

pouco mais da história e memória da cidade do Rio de Janei-
ro. Desde 2013, através de passeios a pé gratuitos guiados
por professores de história, um site repleto de conteúdos, um
mapa de memórias, vídeos e outras atividades, o Rolé leva
cariocas e turistas a conhecerem os mais diversos bairros da
Cidade Maravilhosa.

E esse guia foi pensado especialmente para vocês, crianças,

com informações e atividades para explorar a cidade! Nosso
primeiro roteiro vai explorar um pedaço importante do centro
do Rio, e em breve teremos mais roteiros!
Vamos dar um Rolé?

APROVEITA E ACOMPANHA NOSSAS REDES

PARA FICAR POR DENTRO DE TUDO QUE O
ROLÉ FAZ:

ROLECARIOCA.COM.BR/
FACEBOOK.COM/ROLECARIOCA
INSTAGRAM.COM/ROLECARIOCA
YOUTUBE.COM/ROLECARIOCA

1 2
APRESENTANDO O GUIA PREPARADOS PARA
ESSA AVENTURA?
Esse guia é apresentado como uma coleção: iniciamos com O QUE LEVAR:
um roteiro pelo Centro da Cidade, mais especificamente por
um trecho que ficou conhecido como Orla Conde. Escolhemos Além da sua curiosidade e vontade de desbravar
esse roteiro para ser o primeiro porque este trajeto conta mui- a cidade, sugerimos:
to sobre a fundação da cidade e sua história. Com este guia,
você vai começar sua coleção de passeios!
Roupas leves e um sapato confortável;
Enquanto vai dando o seu rolé, experimente outros olhares.
Garrafinha d’água e filtro solar!
Olhe para os lados, para cima, para o chão. Anote o que cha-
ma sua atenção. Tente pensar neste espaço e no bairro onde Lápis para anotar e desenhar a cidade é quente,
você mora. O que eles têm em comum? O que eles têm de as suas descobertas. não se descuide
diferente? O que você gostaria que o centro tivesse para ser
mais legal para as crianças? Pode ser legal levar também:
Anote, converse, observe! Um binóculo.
(não precisa comprar,
É assim que você vai aprender mais sobre a sua cidade! você pode aproveitar
E claro, depois conte suas descobertas para seus amigos, aquele rolo de
familiares e professores! papelão que
sobra do papel
toalha para ser
seu binóculo!)
A cidade é viva, e pode ser que quando você dê esse rolé
Um lanchinho,
as estátuas, monumentos e edifícios dos quais falamos não
porque afinal, dar um
estejam exatamente iguais ou até mesmo no mesmo lugar.
Vale pensar sobre isso! Rolé de barriga cheia
é mais gostoso!
Uma canga, para
descansar curtindo
a cidade!

3 4
GUIA ROLEZINHO ANOTAÇÕES GUIA ROLEZINHO ANOTAÇÕES

5 6
A ORLA CONDE Todo esse trecho fica no centro do Rio, mas, se você olhar no
mapa, vai observar que o centro não fica exatamente no centro
do mapa da cidade, mas no canto direito.

Você sabe por quê?

5

1 2
2
1
3
4 CENTRO RIO
5
6

Vamos lá! Nosso ponto de partida é a Orla Conde, Para explicar melhor a Orla Conde, que fica nesse “Centro que
não é no centro”, precisamos voltar lá atrás para falar da histó-
no Centro do Rio.
ria da nossa cidade, que tem uma grande relação com o mar.

Orla QUEM? A Orla recebeu esse nome em homenagem ao As cidades costumam se instalar perto de lugares com algu-
antigo prefeito Luiz Paulo Conde. ma vantagem para as pessoas. E o que o território do Rio de
Janeiro tinha de vantajoso? As belezas naturais eram de tirar o
A Orla Conde foi inaugurada entre 2015 e 2017, e é um fôlego, mas o que atraía os portugueses às águas da Guanaba-
passeio público com 3,5km de extensão, que liga o Armazém ra era a posição estratégica: em uma ampla baía bem abriga-
8 do Cais do Porto ao Largo da Misericórdia, onde está da, com proteção natural pelos morros que a cercavam.
instalado o Museu Histórico Nacional.
7 8
Desde muito tempo, os tupinambás cuidavam dessas terras.
Eles viviam espalhados por diversas aldeias, no que hoje
chamamos de estado do Rio de Janeiro. Muito tempo depois
chegaram os invasores europeus, especialmente os portugue-
ses e franceses, para disputar este território. Desse conflito, os
portugueses saíram vencedores e fundaram a cidade do Rio
de Janeiro em 1° de março de 1565.
Por ser o núcleo original de fundação, acabou, com o passar
do tempo, sendo reconhecido como centro, mas não por sua
localização, e sim por sua importância histórica. E foi nessa
região que as primeiras construções e instituições foram ins-
taladas e uma nova cidade, baseada nos modelos europeus,
começou a surgir... Essa cidade que nasce é bem diferente
daquela dos tupinambás!
9 10
UM POUCO DE HISTÓRIA
Agora, uma curiosidade: Rio de Janeiro?
Ou mar de Janeiro?
É comum ouvir que os portugueses quando chegaram por
aqui, em 1502, confundiram a Baía de Guanabara com um rio.
Porém devemos pensar... Será que esses grandes navegado-
res que enfrentaram um mar cheio de perigos iam cometer
esse engano?
Uma outra versão da história nos lembra que o termo ria, em
tempos passados, significa baía, ou braço de mar. Como che-
garam aqui no primeiro mês do ano, os portugueses nomea-
ram essas terras, Rio de Janeiro!
PERIGOS QUE VINHAM DO MAR
O litoral do Rio de Janeiro logo se tornou uma importante
porta de saída de mercadorias da colônia, e desta forma não
tardou a ser cobiçado. Naquela época, havia um perigo que
parecia história para assustar crianças: piratas! Havia muita
gente interessada nas riquezas naturais brasileiras, e os ata-
ques eram constantes, com invasões de navios de outras na-
cionalidades, piratas e corsários. Na beira do mar, nas margens
daquela baía, foram instalados fortes para proteger a terra.
E esse era um outro papel do Rio, ser fortaleza!
11
A BAÍA DE GUANABARA
AO LONGO DOS TEMPOS
Os séculos foram passando e muita história correu por essas
águas. Inicialmente, o porto não era um ponto único e centra-
lizado. Pela Baía de Guanabara entravam e saíam mercado-
rias, chegavam pessoas de diferentes nacionalidades e com
os mais variados objetivos. No final do século XIX, inicia-se o
processo de centralização do porto na região conhecida hoje
como Zona Portuária.
Mais tarde, quando o Rio deixou de ser capital do país em
1960, o porto perdeu sua importância. E com a construção de
um enorme viaduto para melhorar o trânsito da cidade, a re-
gião beira-mar do centro ficou escondida e acabou esquecida.
Elevado da Perimetral, 1960
Zona Portuária, Rio de Janeiro
arquivo Biblioteca Nacional.
12
Muitos anos depois, com um projeto de revitalização da
cidade e preparação para a Copa de 2014 e as Olimpíadas
MUSEU HISTÓRICO NACIONAL
Rio 2016, essa parte beira-mar da cidade vai ser redescoberta
com a derrubada do Viaduto da Perimetral e a criação
da Orla Conde.

Acabamos de falar em piratas e logo estamos bem de frente

a um espaço cheio de bandeiras balançando ao vento…

Curioso, né? Mas e se eu te disser que esse prédio até tem a

Implosão da Perimetral, 2013
Zona Portuária, Rio de Janeiro ver com os perigos que vinham da Baía de Guanabara, mas
as bandeiras vieram bem depois?

Em 1567, o Governador-Geral Mem de Sá, pensando na defe-

VOCÊ CONSEGUE IMAGINAR TODAS
ESSAS MUDANÇAS NESSA PAISAGEM?
sa do território, transferiu a “Vila Velha” -onde os moradores
habitavam- , para o Morro do Castelo, porque dali conseguiam
observar toda a baía. Com o tempo, edificações na base do
Morro foram sendo construídas e fortificadas para resistir a
investidas de inimigos. Em 1908 o Arsenal de Guerra que aqui
ficava foi transferido e na década de 1920 o complexo foi
remodelado em estilo neocolonial para integrar as comemora-
ções do Centenário da Independência do Brasil.

13 14
 ALMIRANTE NEGRO
Logo então, foi criado o Museu Histórico Nacional, que reúne
mais de 250 mil itens e exposições permanentes e temporá-
rias. Ah, além das bandeiras que citamos -que são diferentes
versões de bandeiras que o Brasil já teve- , existe uma sala
cheia de carruagens de diferentes épocas e um pátio com ca-
nhões utilizados pelo mundo todo. É um verdadeiro mergulho
na história do país!

Você já ouviu falar da revolta da chibata?

De frente para o Museu, temos uma bela vista da Baía de
Guanabara, e chegamos a uma praça bem ampla e que parece
vazia…. mas há uma estátua por lá:
Chegue pertinho e descubra quem é essa figura!
Ela ocorreu em 1910 e simboliza a ruptura entre os marinheiros
e os castigos que a Marinha trouxe da escravidão. A cena de
homens negros amarrados e castigados à vista de todos para
servir de exemplo poderiam ter ficado no Brasil imperial
e escravista, mas continuou acontecendo na República.

15 16
A liberdade e o respeito à humanidade da gente negra, razão PARE UM POUCO PRA REFLETIR:
de tantas lutas até os dias atuais, foi também o motivo desta
revolta, que teve como personagem central João Cândido,
QUANTAS PERSONAGENS NEGRAS VOCÊ CONHECE
que ficou conhecido como Almirante Negro e liderou a luta
pelo fim dos castigos aos marinheiros, em sua maioria negros. QUE FORAM HERÓIS DA NOSSA HISTÓRIA?

Essa estátua já esteve na Praça XV, mas agora ocupa um lugar

CONVERSE COM SEUS AMIGOS, PAIS E
mais adequado, aqui na Praça Marechal Âncora. Foi aqui que,
aos gritos de “Viva a Liberdade” e “Abaixo a Chibata”, PROFESSORES SOBRE ESSE ASSUNTO,
os marinheiros apontaram os canhões para a cidade exigindo E LISTE AQUI ALGUNS DELES PRA
melhorias, e foi nessa região também que o Almirante Negro
VOCÊ SEMPRE LEMBRAR!
terminou seus dias como mercador de peixes. João Cândido,
assim como outras personalidades negras históricas, merecia
mais reconhecimento em vida.

Essa história precisa mudar, né?

João
Cândido

17 18
PRAÇA XV

Chegamos à Praça XV!

Por aqui, vamos encontrar um pouquinho de tudo. Esta praça
tem muitas construções e espaços importantes para a cidade,
cheios de curiosidades! Tem muita gente indo e vindo e ska-
tistas arrasando nas manobras. Durante o carnaval, esta praça
recebe até bailes! É um local muito animado!
Ela é um dos pontos mais antigos da cidade do Rio e, durante
os tempos coloniais e imperiais, era o local de desembar-
que para quem chegava ao Rio pelo mar, porque aqui havia
um porto, que já não existe mais. Hoje em dia temos aqui a
estação das barcas que faz a ligação com a vizinha Niterói.
ARJP
AR RJ
UM ÚLTIMO RECADO: RJ

R: a praça é para brincar.

C

RA
Aqui você pode caminhar e pegar um ventinho vindo do mar! Bem, para decifrá-lo,

RJRJRINRJ

RJR
Pode observar as pessoas, os prédios e as estátuas. Também você terá que
eliminar a sigla RJ!

JÇRJAR
tem muita história para conhecer por aqui. Já imaginou mudar
de nome em cada fase da vida? Foi assim com esta praça,

B
que já se chamou Largo do Carmo, Largo do Paço e

RJ

JÉ
RJ
JA
Praça D. Pedro II.
P RJ
ARJRR

19 20
PAÇO IMPERIAL
Na Praça XV, vemos um edifício antigo com muitas janelas
que chama atenção, não é? De quando será que ele é? Quem
já morou ali? O que ele parece?
Se você pensou em palácio, acertou! É o Paço Imperial.
Paço é um outro nome para palácio.
VIRALIZOU NA JANELA!
Foi no Paço que aconteceu um dos eventos mais comentados
de 1822. A família real estava voltando para Portugal e parte
da população estava muito preocupada com a partida, mas o
príncipe Dom Pedro I resolveu ficar em nossas terras. Da
janela, ele anunciou para uma multidão que o aguardava:
21
“Se é para o bem de todos e felicidade geral da Nação, estou
pronto. Digam ao povo que fico.”
Não se sabe se estava todo mundo tão feliz assim, mas a notí-
cia viralizou e ficou conhecida como o Dia do Fico, lembrado
até hoje nos livros de história.
Um lugar de muitos acontecimentos…
Construído em 1743, o Paço Imperial foi usado primeiramen-
te como Casa dos Vice-Reis do Brasil, que eram os homens
escolhidos pelo Rei para tomarem conta destas terras. Depois,
com a vinda da Família Real Portuguesa para o Brasil, foi sede
do Império, e local de decisões importantes, como a Lei Áurea,
assinada nestes salões em 1888 pela Princesa Isabel.
Após a Proclamação da República, virou sede dos Correios e
Telégrafos. Hoje, o Paço abriga um Centro Cultural, que recebe
um monte de exposição bacana. E todo mundo pode visitá-lo,
não precisa ser rei nem rainha.
22
Em 13 de maio de 1888, foi declarada a abolição da escravidão Abaixo, vamos ler um poema do autor Solano Trindade:
no Brasil por uma lei conhecida como Lei Áurea, assinada pela
Princesa Isabel, filha do Imperador D. Pedro II. Embora tenha Sou Negro
ficado com a fama, não foi a princesa a responsável por liber- (A Dione Silva)
tar essas pessoas. Há décadas, a luta pelo fim da escravidão
havia se intensificado em várias partes do país com o Movi- Sou Negro
mento Abolicionista. Dentre os grandes líderes negros bata- meus avós foram queimados
pelo sol da África
lhando pela libertação, podemos destacar Luiz Gama, José do
minh’alma recebeu o batismo dos tambores atabaques,
Patrocínio e André Rebouças. gonguês e agogôs

Desde o século XVI, diversos atos de resistência já aconte- Contaram-me que meus avós
ciam. Um dos exemplos foi o Quilombo dos Palmares, liderado vieram de Loanda
por Zumbi dos Palmares. Depois que a lei foi assinada, as pes- como mercadoria de baixo preço plantaram
soas negras escravizadas ficaram livres, mas não foram de fato cana pro senhor do engenho novo
integradas à sociedade na época. Faltavam aos ex-escravos e fundaram o primeiro Maracatu.
oportunidades e recursos. Sem moradia, emprego e alimenta-
ção, eles continuaram vivendo em condições desfavoráveis. Depois meu avô brigou como um danado nas terras de Zumbi
Era valente como quê
Na capoeira ou na faca
AGORA QUE VOCÊ SABE QUE O PAÇO FOI UM escreveu não leu
LOCAL CHEIO DE EVENTOS IMPORTANTES E ONDE o pau comeu
Não foi um pai João
LEIS FORAM CRIADAS, RESPONDA: humilde e manso

SE VOCÊ TIVESSE O PODER DE CRIAR UMA LEI Mesmo vovó não foi de brincadeira
Na guerra dos Malês
PARA MELHORAR O MUNDO E A VIDA DAS ela se destacou
PESSOAS, QUAL SERIA?
Na minh’alma ficou
o samba
o batuque
o bamboleio
e o desejo de libertação…

Solano Trindade (Recife, 1908 – Rio de Janeiro, 1974)

23 24
Ele foi um grande poeta negro, além de folclorista, pintor, ator, ARCO DO TELES
teatrólogo, cineasta e militante do Movimento Negro. Em suas
poesias, gostava muito de valorizar sua herança africana e
a resistência do povo negro. Até hoje vemos na sociedade
reflexos desse triste capítulo da história e ao valorizar a cultura
negra e a herança de diferentes povos, aprendemos a respei-
tar e construir uma cidade que de fato pertence a todos.

Solano
Trindade

Do lado do Paço, vamos encontrar o Arco do Teles. Ele possui

um certo mistério, te transportando para o passado.
Vamos descobrir juntos mais sobre esse lugar?

Antes, vamos observar o beco.

Fique do outro lado da calçada, na praça, para vê-lo de longe.

O que você percebe? Os prédios próximos à construção são
da mesma época? Agora passe pelo arco! Não parece um
portal do tempo?

Ele nos leva ao Rio Antigo. Passando por ele, entramos na Tra-
vessa do Comércio, e as ruas são estreitas, como eram as ruas
de quando o Arco foi construído, lá em 1743.

Andar por aqui pede um outro ritmo para nosso corpo. Não
vale correr, heim! Aproveite para reparar onde pisa.

25 26
O calçamento daqui é original da época. Repare bem nas CHAFARIZ DO MESTRE VALENTIM
pedras pequenas nas ruas e nas pedras maiores nas calçadas.

O Arco faz parte do patrimônio histórico da cidade, por sua

importância arquitetônica e cultural.

É como voltar no tempo, parece mágica!

DIZ AÍ, SE VOCÊ PUDESSE CRIAR UMA MÁQUINA

DO TEMPO, PARA ONDE ELA TE LEVARIA? POR QUÊ?

Andando pelo meio da Praça, em direção ao mar, vamos esbar-

0 rar com uma construção diferente, que parece um castelinho.
199
0 É o Chafariz do Mestre Valentim, que foi construído em 1789.
148
201
4 Dê uma volta nele para observá-lo. Você acha que ele se pare-
7
0 186 ce com os chafarizes que vemos atualmente em praças? O que
174 chama sua atenção nele? Repare nas formas geométricas que
ele possui. Ele tem o formato cúbico e em cima um pirâmide
com uma esfera. Você já viu esta esfera antes?

Este chafariz guarda muita história! O formato, diferente dos

chafarizes que vemos nas praças, tem um porquê. Ele não foi
construído só para enfeitar, mas para abastecer de água a po-
pulação da região e embarcações que atracavam no porto.

27 28
Uma outra curiosidade é que antes o mar vinha até ele, bem
na linha onde você vê as escadas. E a esfera? É uma esfera
PRA BRINCAR
armilar, o GPS de antigamente. Os navegantes enfrentaram
muitos perigos para explorar mares desconhecidos, e esse
instrumento de navegação foi uma revolução, principalmen-
⊲ DESENHE ⊳
te para viajar à noite. Guiados pelo objeto, os portugueses
CONTA PARA NÓS, SE ESTE CHAFARIZ FOSSE SEU,
chegaram a muitas terras. Eles eram tão gratos ao instrumento,
O QUE VOCÊ COLOCARIA LÁ EM CIMA PARA SIMBOLIZAR
que ele virou símbolo de Portugal, estando presente até na
AQUILO QUE VOCÊ MAIS GOSTA OU ACHA IMPORTANTE?
bandeira portuguesa. E cá nesta construção, para homenagear
os lusitanos.

VOCÊ SABIA?
PARA QUE SERVIAM OS CHAFARIZES?

No Rio Antigo, os chafarizes tinham uma função prática:

serviam para abastecer a população, já que não tínhamos um
sistema de saneamento básico. Ou seja, a água não chegava
à torneira das casas como hoje em dia. Para pegar água, as
pessoas recorriam a vários chafarizes espalhados pelo centro.
Só em 1876, o governo Imperial, com o engenheiro Antonio
Gabrielli, iniciou a construção da rede de abastecimento de
água em domicílio.
29 30
PRA BRINCAR PRA BRINCAR

⊲ ACHE NO ESPAÇO ⊳ ESTÁTUAS MUITAS VEZES SÃO CRIADAS PARA

HOMENAGEAR PESSOAS QUE NEM SEMPRE
VOCÊ CONSEGUE IDENTIFICAR NA PRAÇA QUAIS
SÃO HERÓIS PARA TODOS...
ELEMENTOS CORRESPONDEM ÀS SILHUETAS ABAIXO?
SE VOCÊ FOSSE CRIAR UMA ESTÁTUA, DE QUEM
1 2 VOCÊ FARIA? POR QUE? QUE TAL DESENHÁ-LA?

3 1

skate gigante 4) Antigo Prédio da Bolsa de Valores do Rio.

Respostas: 1) Estátua General Osório; 2) Cúpula da Estação das Barcas; 3)

31 32
PRA BRINCAR PRA BRINCAR

⊲ PAISAGEM SONORA ⊳ Converse com seu grupo sobre as respostas, temos certeza
que vocês vão ter uma troca muito rica!
Você já ouviu falar que os sons também formam uma
paisagem? Este visual é a paisagem sonora. Depois da observação, o grupo deve trocar suas impressões e
reproduzir o som que chamou mais atenção. Com todos fazen-
VAMOS BRINCAR COM OS SONS DO ESPAÇO do o som ao mesmo tempo, está montada a paisagem sonora
EM QUE VOCÊ ESTÁ? da Praça XV.
Para brincar, cada pessoa do grupo deve parar durante um mi-
nuto e ouvir com cuidado os sons da praça. Fechem os olhos
e levem a atenção aos ouvidos, como se pudesse observar
ouvindo. A observação sonora é muito rica, e cada um vai per-
ceber sons diferentes!

ALGUMAS DICAS E DESAFIOS:

Qual o som mais alto, mais forte, que mais te chama atenção?

Esse som parece vir da natureza? Se não, você consegue

destacar algum som da natureza?

E dos meios de transporte? Que sons você ouve?

Que sons você ouve as pessoas fazendo?

Você acha que alguns desses sons eram possíveis há muito

tempo atrás? Quais? Por que?

Quais sons te incomodam? E quais te agradam?

Tem algum som mais baixo que você, prestando atenção,

ouviu e acha que ninguém do seu grupo percebeu? Qual?
33 34
RUA PRIMEIRO DE MARÇO E
CENTROS CULTURAIS
Agora, você chegou a um verdadeiro
parque de diversões da arte e da cultura.
Neste espaço, você encontra três centros
culturais para aproveitar!
Vamos lá?
35
CASA FRANÇA - BRASIL
Qual país, na sua opinião, mais influencia o Brasil hoje em dia?
Desde sempre o Brasil se relaciona com muitos países e no
século XIX tínhamos uma relação muito próxima com a França.
Em 1816, D. João contratou alguns artistas franceses para virem
ao Brasil, e esse grupo ficou conhecido como Missão Artística
Francesa. Na bagagem, eles trouxeram sua cultura e influen-
ciaram a nossa arquitetura, nossas artes, nossa moda e até
nosso jeito de se comportar. Lá atrás, ser chique era ser como
os franceses!
A Casa França - Brasil é um exemplo dessa influência. Ela foi
encomendada por D. João VI ao arquiteto francês Grandjean
de Montigny e inaugurada em 1820. Por ser pertinho do mar,
serviu como praça de comércio e alfândega, por onde chega-
vam e saiam muitas mercadorias. Na década de 1980, virou um
centro cultural, graças à iniciativa do educador Darcy Ribeiro.
36
CENTRO CULTURAL DO BANCO DO
BRASIL - CCBB-RJ
Você está diante de um dos principais centros culturais do
mundo. Pois é! O CCBB já apareceu diversas vezes na lista dos
espaços culturais mais visitados de todo o planeta terra!
O CCBB é motivo de orgulho dos cariocas e é um prédio impo-
nente, que possui marcas de diferentes épocas. Você conse-
gue perceber?
Sugerimos que você conheça o interior do prédio e se maravi-
lhe com a construção. Pare na rotunda - um espaço circular no
meio do térreo, onde você pode olhar para o alto e perceber
de onde vem tanta luz.
37
Repare nas colunas, que chamam atenção pelo tamanho.
O estilo delas não parece familiar? Elas são inspiradas na
arquitetura grega, e foram usadas em várias construções
pelo planeta.
Toda essa imponência tem sua razão: o prédio foi inaugura-
do em 1906, como sede da Associação Comercial do Rio de
Janeiro, e depois foi sede do Banco do Brasil. Em 1989, ga-
nhou outra história e virou um Centro Cultural com um monte
de atividades legais. Tem exposições, peças de teatro, cinema,
galeria de valores, que conta a cronologia das moedas e cédu-
las do país, e muito mais.
Um lugar para se dar vários Rolés!
38
CENTRO CULTURAL DOS CORREIOS
Bem na esquina do CCBB, encontramos um outro prédio, o
Centro Cultural dos Correios. O prédio foi construído com o
intuito de sediar uma escola da companhia estatal de navega-
ção brasileira, mas foi inaugurado em 1922 e usado por mais
de cinquenta anos como Centro Administrativo dos Correios.
Em 1993, depois de reformas, inaugurou o centro cultural, que
abriga um teatro, uma galeria de arte e salas de exposições, e
uma área ao ar livre. Na entrada do centro cultural, observe o
elevador panorâmico: é uma viagem no tempo para o início do
século passado!
Aproveite para percorrer as galerias do espaço e dar um rolé
por exposições, peças de teatro e eventos de música.
39
IGREJA DA CANDELÁRIA
Também perto do CCBB, encontramos a Igreja da Candelária,
que pode ser considerada a mais imponente e grandiosa igreja
do Rio de Janeiro. Olhe atentamente a construção e onde ela
está localizada.
A posição dela parece estranha para você?
A Igreja se encontra de costas para a movimentada Avenida
Presidente Vargas, e com sua frente voltada para o mar. Dizem
que a obra foi financiada por mercadores espanhóis, que
quando viram seu barco em uma situação de naufrágio, recor-
reram à santa e, salvos, construíram uma igreja voltada para o
Antigo Porto, como forma de agradecimento.
Iniciada em 1775, a construção só foi concluída nos últimos
anos do século XIX. Dizem que até rolou uma história de desvi-
rar a Igreja, imagina só o trabalho que ia dar!!
40
PRA BRINCAR
⊲ RECRIANDO FORMAS ⊳
Você já parou para olhar para o céu e viu outras figuras no
formato das nuvens? Dá para achar bicho, homem, mulher,
criança, barco, flor...
Agora separamos alguns detalhes das construções visitadas
e assim como fazemos quando olhamos para as nuvens,
vocês terão que achar outras formas para elas!
ESCREVA O QUE ESSAS IMAGENS TE LEMBRAM!
1 2
3 1
2 COMPARTILHAR ESSA VISTA?
41
PRA BRINCAR
⊲ CARTÃO POSTAL ⊳
Antigamente, era costume enviar cartões postais dos lugares
que visitávamos para alguém distante aproveitar um pouco do
passeio junto conosco. Os cartões postais, geralmente, tem
fotos dos pontos famosos da cidade. Com a facilidade das
mensagens de texto e o avanço da tecnologia a internet, esse
hábito foi desaparecendo… Será que alguém mais velho da
sua família ainda guarda cartões postais?
E que tal aproveitar essa paisagem tão bacana e escrever
um recado para algum amigo ou amiga?
Preparamos um postal bem bacana para você usar,
na página 66 :-)
Seguindo nosso Rolé pela Orla Conde, vamos caminhar até
a Praça Mauá. Aproveite para observar o mar, os navios que
passam, as construções e as ilhas próximas à cidade.
COM QUEM VOCÊ GOSTARIA DE
42
PRAÇA MAUÁ Quando o porto perdeu sua importância, a praça teve seus
dias de abandono e andou esquecida, sendo inclusive consi-
derada um lugar perigoso. Porém, em 2011, ela começou a ser
revitalizada pelo “Porto Maravilha”, que tinha como objetivo
preparar a cidade para receber a Copa do Mundo de Futebol
em 2014 e os Jogos Olímpicos em 2016. Alguns locais foram
revitalizados, novos espaços surgiram e hoje a Praça é um dos
pontos mais visitados do Rio!

Por aqui vale explorar os museus, passear pelas docas,andar

de bicicleta, skate, patins e ver um pôr-do-sol de tirar o fôlego.

E no entorno da praça, é importante conhecer os pontos que

resgatam a memória da hoje chamada Pequena África.
Um rolé pela Praça Mauá é recheado de histórias, aproveite!
Bem-vindo ao novo centro do Rio!
Um Rolé pelo Porto te leva até um dos mais novos cartões Antes um recado importante para você decifrar!
postal da cidade, símbolo das recentes transformações
cariocas. É possível aproveitar a região dando um Rolé!

Na Praça Mauá, a nossa cidade viveu muitos momentos

importantes de sua história. Desde os tempos de colônia, essa

- + IDADE
região foi porta de entrada de pessoas negras escravizadas
que vinham forçadamente da África para o Brasil.
A
Com o crescimento do comércio, a praça foi construída para

É + SSA
abrigar um cais e receber melhor as embarcações que aporta-
vam por aqui trazendo grandes volumes de mercadorias. Foi
inaugurada em 1910 e nome homenageia o maior empresário
de do século XIX, o Visconde Mauá.

R: a cidade é nossa.

43 44
MUSEU DE ARTE DO RIO - MAR
Esta construção desperta a curiosidade já pelo seu exterior.
Vamos observar? Ela é composta por dois prédios interligados.
Você consegue dizer qual é mais atual e qual é mais antiga?
Inaugurado em 2013, o Museu de Arte do Rio está instalado
em dois prédios de estilos diferentes: o Palacete Dom João VI
e o edifício vizinho, que era um terminal de ônibus. Juntos, for-
mam o espaço que com suas exposições e eventos conversa
com a história da cidade.
Além de aproveitar as exposições, sugerimos que você curta a
vista. Suba até o mirante do MAR. Dele, é possível olhar a pra-
ça de outro ângulo e ver como as belezas naturais da nossa
cidade se confundem com a arquitetura antiga e com as novas
construções. Dá para brincar com as pessoas do seu grupo
sobre o que cada um vê e se divertir tentando dar pistas sobre
o que está vendo para o outro adivinhar.
Por ser pertinho do mar, serviu como praça de comércio e al-
fândega, por onde chegavam e saiam muitas mercadorias. Na
década de 1980, virou um centro cultural, graças à iniciativa do
educador Darcy Ribeiro.
45
MUSEU DO AMANHÃ
Impossível caminhar pela Praça Mauá e não ficar impressio-
nado com esta construção de grandes dimensões e com uma
cara futurista. Não é exagero dizer que é o ponto mais foto-
grafado da praça. O que o formato dela te lembra? Uns dizem
inseto, outros nave, mas a história é ainda mais curiosa. O
arquiteto responsável pela obra, Santiago Calatrava, conta que
se inspirou nas bromélias do Jardim Botânico, e queria deixar
a construção quase que flutuando no mar. Além disso, as for-
mas vazadas tem a intenção de manter à vista as construções
vizinhas, buscando um diálogo com a paisagem.
Você imagina o que este museu abriga? Será que é possível
guardar o amanhã? Lembra quando lá no início do Rolé fala-
mos sobre conhecer e criar histórias? Este museu de ciências
é uma mega-instalação sobre a trajetória do planeta, e nos faz
refletir sobre que história queremos escrever para o futuro da
humanidade.
Olhando para o mundo de hoje, o que você gostaria que fosse
diferente no futuro?
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DOCAS DO RIO PRA BRINCAR

⊲ ENCONTRE AS FORMAS ⊳
Enquanto anda, tente achar os elementos
correspondentes às silhuetas abaixo:

Este espaço, hoje área de lazer onde você vê muita gente

passeando e se divertindo, já foi um porto movimentado. Hoje
em dia chegam cruzeiros trazendo pessoas de várias partes do
mundo por aqui. E os armazéns, que antes tinham a função de
guardar as mercadorias que chegavam ao porto, hoje servem
para abrigar festas e eventos que acontecem na região. 2
Caminhando por aqui, você verá muitos desenhos ocupando
as paredes. São pinturas que saíram das molduras dos museus
e estão na rua para todos observarem. Elas são chamadas de
grafite e são um tipo de Arte Urbana. Repare no tamanho das
telas ao ar livre e como elas possuem estilos variados. Alguns
artistas fazem grandes pinturas e outros preferem pintar frases
que são importantes para eles. Muitos são contratados para
deixar sua arte nos espaços e tornar a cidade mais colorida.
3

47 48
PRA BRINCAR CIRCUITO HISTÓRICO E
ARQUEOLÓGICO DE CELEBRAÇÃO
⊲ DESENHE ⊳ DE HERANÇA AFRICANA

Você é o artista agora. O que este local te inspira a criar?

Que marca você gostaria de deixar nestas paredes ?

Desde os tempos da colônia, essa região foi porta de entrada

de pessoas negras escravizadas que vinham forçadamente da
África para o Brasil. É importante sensibilizar o olhar: milhares
de homens, mulheres e crianças aportaram aqui para viver
na condição de pessoa escravizada. Diante disso, aqui você
encontra pontos que resgatam a memória da hoje chamada
Pequena África.

No entorno da praça, encontramos o Circuito Histórico e Ar-

queológico de Celebração de Herança Africana. Neste territó-
rio é possível conhecermos um pouco da contribuição funda-
mental que os povos trazidos da África e seus descendentes
deram para a cultura brasileira. Estes espaços nos ajudam a
resgatar e valorizar o modo de olhar o mundo, a religiosidade,
a música, a dança, a vestimenta e a culinária dos povos africa-
nos que viveram por aqui.
49 50
PEDRA DO SAL
PEDRA DO SAL
PEDRA DO SAL
Repare nesta pedra e nos degraus esculpidos nela. Será que
ela é feita de sal? Com certeza não! A Pedra do Sal recebeu
este nome porque aqui desembarcava o sal comercializado
na capital quando o Brasil era Colônia de Portugal. Mais tarde,
virou abrigo de negros escravizados que vinham da África e
da Bahia, espaço onde a ancestralidade se manteve presente.
Esse ponto faz parte da chamada Pequena África, região que
começamos a visitar na Praça Mauá e se estendia daqui até a
Cidade Nova e o Estácio, onde nasceu o samba urbano cario-
ca, com os primeiros ranchos carnavalescos e afoxés.
Hoje, o ritmo ainda ecoa na Pedra, prepare a sua ginga!
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SAL… ÁRIO
Você sabia que a palavra salário
tem sua origem na palavra sal?
E a história vem lá do Império Romano, porque os soldados
romanos recebiam um “salarium”, termo que se refere ao que
ganhavam pelos serviços prestados ao Império: uma porção
de sal! Nesta época, o sal ainda era era um produto caro e
raro, então era utilizado como moeda!
PRIMEIRO SAMBA
A música Pelo Telefone é considerada o primeiro samba
gravado no Brasil, de autoria do compositor Donga.
A letra teria sido criada nas festas que aconteciam no quintal
de Tia Ciata, liderança local considerada uma das grandes
incentivadoras do Samba, ao abrir as portas de sua casa para
a reunião de sambistas, quando a prática ainda era proibida.
Sua casa ficava onde hoje é a Praça XI, mas depois de
demolida, seus descendentes criaram um Centro Cultural em
sua homenagem pertinho da praça. Aproveita pra conhecer,
fica na Rua Camerino, 5.
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CAIS DO VALONGO LARGO DA PRAINHA E ESTÁTUA
DE MERCEDES BAPTISTA

Veja a estátua que fica

no centro do Largo.

O que ela parece fazer?

Você já pensou ser arrancado de sua casa e ter que deixar

tudo pra trás? Sua terra, seus amigos, sua família, sua língua...
Milhares de africanos escravizados passaram por isso. E era
por esses cais que eles chegavam na cidade. O Cais do
Geralmente, pensamos em estátuas como algo imóvel,
Valongo funcionou de 1811 até 1831, quando foi proibido o trá-
mas é só tocar uma música por perto que essa parece estar
fico transatlântico. Em 1843, o local foi reformado para receber
dançando! O artista que fez esta obra colocou movimento
a futura Imperatriz Teresa Cristina, e tentaram apagar a história
no tecido do vestido da mulher e em seus pés que parecem
dos africanos que chegaram aqui mudando o nome do lugar
dançar no ar.
para Cais da Imperatriz, já que queriam escondender o pas-
sado de escravidão do Brasil. Em 2011, nas escavações reali-
A escultura é uma homenagem à bailarina e coreógrafa Mer-
zadas na revitalização do Porto Maravilha, foram encontrados
cedes Baptista, que foi a primeira mulher negra a integrar o
tesouros de países como Angola, Congo e Moçambique.
corpo de baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Um dos
Que tal conhecer mais sobre esses tesouros?
principais nomes da dança brasileira, ela foi pioneira nas expe-
rimentações envolvendo balé clássico e danças africanas.

E você, também gosta de dançar? Qual seu ritmo preferido?

53 54
PRA BRINCAR PRA BRINCAR

⊲ ESTÁTUA ⊳ ⊲ CAÇA PALAVRAS ⊳

Brincar de estátua já é bem conhecido, que tal aproveitar
essa ideia de movimento e tentar uma brincadeira nova?
Escolhe um cantinho da praça para brincar.
VAMOS ÀS REGRAS:
Uma dos grandes tesouros que recebemos dos povos
africanos foram as linguagens.
Vamos conhecer as palavras que herdamos deles
e usamos em nosso dia-a-dia?

O espaço tem que ser dividido em dois. Trace uma linha

imaginária no chão, que ninguém pode ultrapassar. MARIMBONDO BERIMBAU MULEQUE
do quimbundo do quimbundo do quimbundo
Um lado será a água e o outro, terra.
mbirimbau muleke

Escolham um líder para dar os comandos.

SAMBA DENGO CAÇULA
Todos ficam no mesmo lado e o comandante tem a do quicongo de origem do quimbundo
samba banta kazuli
tarefa de inventar uma história que precisa conter as
palavras terra e água.

Toda vez que uma das palavras forem citadas, COCHILAR CAFUNÉ BOROCOXÔ
os participantes têm que saltar para o lado certo. do quimbundo do quimbundo do quicongo
koxila kafundu bolokotó
Quem errar, sai da brincadeira.

As palavras podem estar

na vertical, horizontal ou
na diagonal →

55 56
PRA BRINCAR POXA, CHEGAMOS AO FINAL DO NOSSO PASSEIO!

⊲ CAÇA PALAVRAS ⊳ Esperamos que você tenha se

divertido e aprendido bastante com
nosso roteiro, e principalmente que
todos os seus Rolés pelas ruas
agora sejam mais atentos e curio-
sos, para perceber cada detalhe
que a cidade apresenta.

Que tal desenhar agora o roteiro

que você fez da sua maneira?

Vale destacar o que mais te chamou

atenção, as formas e texturas que
viu, descrever os sons e os
lugares preferidos!

Assim, da próxima vez que você

passar por esse roteiro, pode
perceber coisas novas e até contar
pra gente no mapa de memórias
do Rolé!

ROLECARIOCA.COM.BR/MAPA

MARIMBONDO - BERIMBAU - MULEQUE

SAMBA - DENGO - CAÇULA - COCHILAR
CAFUNÉ - BOROCOXÔ

57 58
 5

CONSEGUE LEMBRAR O NOME DE TODOS

OS LUGARES QUE VISITAMOS? 1

8 2

7
O DESAFIO É COMPLETAR A CRUZADINHA QUE
4
DEIXAMOS AQUI COM O NOME DE ALGUNS PONTOS
QUE VISITAMOS. 6

5) Praça Mauá; 6) Cais do Valongo; 7) Chafariz do Mestre Valentim; 8) Praça XV.

Respostas: 1) Pedra do Sal; 2) Paço Imperial; 3) Casa França Brasil 4) CCBB;
1. Sou ponto de encontro de sambistas até hoje.
2. Fui residência da corte.
3. Fui uma Praça de Comércio.
4. Sou um dos museus mais visitados do mundo.
5. Abrigo museus e centros culturais e ganhei
vida nova com o Porto Maravilha.
6. Guardo muitos tesouros dos povos africanos. 3

7. Meu formato diferente chama atenção e no Brasil

Colônia eu ajudava as pessoas a conseguirem um
item essencial para a vida.
8. Meu nome tem um número.

59 60
ATIVIDADES
Desenhe o edifício, monumento ou paisagem
que mais te encantou nesse Rolé!
ROTEIRO
Agora você pode colocar no papel o Rolé que você faz indo
pra escola. Que tal escrever ou mesmo desenhar
o que mais te chama atenção? São prédios? Casas?
Estátuas ou praças? Use e abuse das cores e das formas para
mostrar como a cidade conversa com a gente!

61 62
ROTEIRO CARTEIRINHA ROLÉ

Desenho um roteiro seu! O que teria nele? PARABÉNS, VOCÊ COMPLETOU O ROLÉ E AGORA É
UM ROLEZEIRO DE CARTEIRINHA.

Recorte a sua carteirinha e coloque seu nome!

carteirinha do rolé

nome

marque seus rolés

63 64
CARTEIRINHA ROLÉ POSTAL ROLÉ

EU DAR UM

Envie esse postal para alguem que você acha

que vai gostar de dar um Rolé com você!
65 66
POSTAL ROLÉ FICHA TÉCNICA

REALIZAÇÃO REVISÃO
estúdio M’Baraká e Rolé Carioca Suzany Alves
Vanessa Múrias
PESQUISA HISTÓRICA
Rolé Carioca PRODUÇÃO EXECUTIVA
Beatriz Novellino
EDITORIA E COORDENAÇÃO Isabel Seixas
DE CONTEÚDOS Gabriela Carriço
Beatriz Novellino
Isabel Seixas PRODUÇÃO ADMINISTRATIVA
Gisele Vargas
CONSULTORIA PEDAGÓGICA Larissa Victório
E TEXTOS
Graciane Cunha ESTÚDIO M’BARAKÁ É:
Diogo Rezende
IDENTIDADE VISUAL Isabel Seixas
estúdio M’Baraká Larissa Victório
Diogo Rezende
Letícia Vieira (ilustrações)

PROJETO GRÁFICO
Letícia Vieira

Escreva uma mensagem na parte em branco,

e coloque o endereço nas linhas do lado.
67 68
 ROLECARIOCA.COM.BR

@ROLECARIOCA YOUTUBE.COM/ROLECARIOCA FACEBOOK.COM/ROLECARIOCA

 ROTEIRO ORLA CONDE

ROLECARIOCA.COM.BR

@ROLECARIOCA YOUTUBE.COM/ROLECARIOCA FACEBOOK.COM/ROLECARIOCA

Você já parou pra ver de verdade como é a cidade à sua volta?

As formas, os sons, as cores?

O Guia do Rolé para Crianças chega para valorizar um olhar

mais lúdico, curioso e criativo sobre cidade, mostrando que as
ruas, praças, monumentos e edificações contam história!

No Rolé a gente te convida a olhar com atenção e curiosidade

pra tudo isso, e entender que quanto mais a gente conhece
a cidade, mais a gente entende que ela é nossa e pode ser
palco de aventuras, descobertas e brincadeiras!

Neste volume, vamos explorar a Orla Conde, no centro da

cidade do Rio de Janeiro, lugar de múltiplas possibilidades
de uso e palco de muitas camadas de história.

Bora dar esse Rolé!!