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MEDIÇÕES TERMOTÉCNICAS
Universidade Rovuma
Nampula
2023
Adriano Renaldo
Alisov Bonifácio Sitoe
Amina Ali
Belisio Varico
Marcelino Tomas Armando
Nelson Almeida
MEDIÇÕES TERMOTÉCNICAS
Docente
Eng. Xavier Carlos Francisco
Universidade Rovuma
Nampula
2023
Índice
1. Introdução ............................................................................................................................... 4
1.1 Objetivos............................................................................................................................... 4
1. Introdução
1.1 Objetivos
1.2 Metodologia
Claudius Galenus of Pergamum (130-201), médico grego, teria sugerido que as sensações de
“quente” e “frio” fossem medidas com base em uma escala com quatro divisões numeradas
acima e abaixo de um ponto neutro. Para tal escala termométrica, atribuiu a temperatura de
“quatro graus de calor” à água fervendo, a temperatura de “quatro graus de frio” ao gelo e a
temperatura “neutra” a uma mistura de quantidades iguais daquelas duas substâncias.
Mais tarde, Sanctorius Sanctorius acrescentou uma escala gravada no tubo para facilitar a
medição da alteração da temperatura.
Robert Hook (1635-1703), em 1664 usou tintura vermelha no álcool. Sua escala, na qual cada
grau representava um incremento do volume equivalente a 1/500 parte do volume do líquido
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Em 1701, Ole Christensen Romer (1644-1710) criou o primeiro termômetro, com dois pontos
de referência. O termômetro usava vinho vermelho como indicador de temperatura. Romer
criou a escala do seu termômetro com 60 representando o ponto de ebulição da água.
Daniel Gabriel Fahrenheit (1686-1736) não gostando do inconveniente (e das frações) de dividir
os graus Romer de modo a permitir a medição de pequenos intervalos de temperatura, ele
multiplicou a escala Romer por 4. Fahrenheit ainda adicionou mais um ponto com referência,
a temperatura de equilíbrio de uma mistura de gelo e sal, que foi definida como zero em sua
escala. Fahrenheit também percebeu que o álcool não tinha precisão e repetibilidade para a
medição da temperatura. Em 1714, ele adotou o mercúrio, o qual se mostrou uma excelente
alternativa devido ao seu coeficiente de expansão térmica ser altamente linear e não se dissolver
no ar. Por outro lado, ele é menos sensível a mudança de temperatura.
Em 1731, René Antoine Ferchault de Réamur (1683-1757) propôs uma escala diferente,
calibrada em apenas um ponto com as divisões da escala baseada na expansão do fluido no
termômetro com a adoção da escala centígrados pelo governo revolucionário da França em
1794 ela gradualmente perdeu a popularidade e finalmente caiu em desuso no séc. XX
Um termômetro com escala similar a de Réamur foi inventado em 1732 por Joshep Nicolas
Delisle (1688-1768), astrônomo francês. O termómetro usava mercúrio como fluido de
trabalho, sua escala usava a temperatura de ebulição da água como ponto fixo.
O suíço Anders Celsius (1701-1744) em 1742 propusesse graduar o termômetro com 100 graus
como o ponto de ebulição da água e zero como o ponto de derretimento da neve.
Figura 1:Termômetro com 100 graus como o ponto de ebulição da água e zero
Fonte: (Mazoca, 2023)
Em 1744 o amigo de Celsius, Carl Linnaeus (1707-1778) inverteu a escala centígrada para
atender a um sentimento psicológico que quente deveria corresponder a maior temperatura.
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Em 1821 Thomas Seebeck (1770-1831), descobriu que quando dois fios de metais diferentes
são unidos em duas extremidades e um dos extremos é aquecido circula uma corrente elétrica
no circuito. Estava desta forma descoberto o termopar, hoje em dia o mais importante sensor
de temperatura para aplicações industriais.
Baseado na ideia da resistividade dos metais, Sir William Siemens (1823-1883) propôs em
1861, o uso de termômetros de resistência de platina, com a qual a medição da temperatura
seria feita à custa da variação da resistência elétrica de um fio de platina com a temperatura. A
escolha da platina se deu por ela não se oxidar em altas temperaturas e por ter uma variação
uniforme da resistência com a temperatura em um amplo “range”
3.Conceitos Básicos
A temperatura é a variável física mais importante que é medida nas indústrias de processo. É
muitas vezes um fator crítico para o processamento industrial. Se a medição da temperatura não
é precisa ou confiável, por qualquer motivo, ela pode ter um efeito negativo sobre a eficiência
do processo, consumo de energia e qualidade dos produtos manufaturados. (Jr. & Sousa, 2012)
Mesmo um pequeno erro de medição pode gerar grandes aborrecimentos ou sair muito caro
em alguns processos, por isso é extremamente importante ter a certeza que as medições de
temperatura sejam precisas e confiáveis.
Temperatura – é uma medida de energia cinética média das partículas que compõem um corpo.
Quanto maior for a energia cinética das partículas, maior será a temperatura do corpo.
Termômetro de tubo de vidro são compostos por um recipiente (bulbo) contendo o líquido
de dilatação e um capilar de vidro, acoplado ao bulbo. Indicam a temperatura como a diferença
entre o coeficiente de dilatação do vidro e do líquido empregado.
Este tipo de termómetro é geralmente aplicado na indústria para indicação e registro, pois
permite leituras remotas e por ser o mais preciso dos dispositivos mecânicos de medição de
temperatura. Entretanto, devido à lentidão de resposta, não deve ser usado para controle.
c) Termómetros Bimetálicos
Onde:
Todo condutor elétrico apresenta uma resistência que depende de sua temperatura, por tanto, se
pode utilizar a resistência elétrica como variável termométrica resistência elétrica como
variável termométrica.
Há dois tipos:
Detetores de Resistência de Platina (RTD) -são nomes genéricos para sensores que variam
sua resistência elétrica com a temperatura.
Tabela 5: Os materiais mais utilizados para a fabricação destes tipos de sensores são
𝑅𝑇 = 𝑅0 [1 + 𝛼∆𝑇]
Onde:
Se denominam termistors: Positive Temperature Coeficiente (PTC) aqueles que aumentam sua
resistência com a temperatura sua resistência com a temperatura e Negative Temperature
Coefficient (NTC) os que diminuem a resistência com a temperatura.
Semicondutores ou cerâmicos
Alta sensibilidade: 100 ohms/ºC
Não linear: há que linearizar em torno do ponto de trabalho
Faixa de temperatura pequena (- 50 a 150 ºC) útil para temperatura ambiente.
Alta precisão
Figura 9:Termistores
Fonte: (Mazoca, 2023)
4.2 Pirómetros
a) Pirómetros Óticos
Para altas temperaturas utiliza-se o termómetro conhecido por pirómetro ótico que é utilizado
para a medida de temperaturas de metais incandescentes, fornalhas ou estrelas, pois pode ser
usado à distância e pode medir temperaturas acima do ponto de fusão dos materiais que o
constituem.
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b) Pirómetro à Radiação
São amplamente usados nas indústrias onde as temperaturas são extremamente altas e/ou
medições por contacto não são viáveis (Exemplo: prensas, moinhos, tanque refratário, moldes
térmicos, maquinas de garrafas, indústria farmacêutica, química, alimentar, metalúrgica,
manutenção automóvel, cimento, cerâmica, etc.)
Os dispositivos baseados na radiação dos corpos são os medidores a escolher quando o objeto
cuja temperatura se pretende medir está sob as seguintes condições:
Outro medidor de temperatura por radiação é a câmera térmica. Seu princípio de funcionamento
é semelhante ao de pirómetro de radiação. Trata-se de um dispositivo capaz de coletar, detetar
e traduzir a radiação infravermelha termal emitida pelos alvos, sob a plataforma na qual está
instalado e gerar uma imagem térmica correspondente. Tem-se uma câmera com sensor de
radiação infravermelha acoplada eletronicamente a um visor que gera imagem na faixa visível
do espectro Eletromagnético.
Jr., A. A., & Sousa, A. R. (2012). Fundamentos de Metrologia Cientifica e Industrial. Manole.