Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Monografia
AS RELAÇÕES COMERCIAIS DE BRASIL E
ALEMANHA NO PERÍODO 2000-2007
ITAJAÍ
2008
ANIBAL JOSEF METZDORF
ITAJAÍ
2008
A Deus por proporcionar-me a
concluir mais uma etapa da minha
vida. Aos meus pais, irmão e a toda
minha família que, com muito
carinho e apoio, não mediram
esforços para que eu chegasse até
esta etapa de minha vida. Ao
professor MSc. Luiz Carlos Coelho
pelo incentivo e grande
conhecimento que tornou a sua
orientação uma valiosa colaboração
para a elaboração deste trabalho. Ao
Coordenador do curso de Comércio
Exterior professor MSc. Manoel
Antônio dos Santos, pela valiosa
amizade, pela paciência e pela
incansável disposição em colaborar
e ajudar a todos. A todos os
professores da UNIVALI do Curso de
Comércio Exterior, que foram tão
importantes na minha vida
acadêmica e no desenvolvimento
desta monografia. A todos os amigos
e colegas de turma pelos momentos
agradáveis vividos e pelo grande elo
de amizade formado.
3
a) Nome do estagiário
Anibal Josef Metzdorf
b) Área de estágio
Economia Internacional
c) Orientador de conteúdo
Prof. MSc. Luiz Carlos Coelho
Este trabalho teve o objetivo de estudar as relações comerciais entre Brasil e Alemanha no período
2000 - 2007, apresentando assim os aspectos gerais e os principais acordos bilaterais de Brasil e
Alemanha, destacando-se também as exportações e importações entre os dois países no período de
2000 - 2007, como as perspectivas para um incremento das relações comerciais entre os dois países.
Quanto à metodologia deste trabalho monográfico, deu-se através do método qualitativo, permitindo
assim uma forma a construção de uma visão mais profunda sobre o tema. Já quanto ao seu meio,
utilizou-se a bibliográfica e quanto aos seus objetivos, essa Monografia caracteriza-se por ser
descritiva, onde os fatos são observados e interpretados de maneira geral. Atualmente as relações
comerciais internacionais são de extrema importância para o desenvolvimento econômico e social de
cada país, também para o Brasil e a Alemanha. O governo brasileiro identifica a Alemanha como um
país de grande potencial, que pode oferecer maiores chances de comércio externo com o Brasil, já
que a relação comercial com aquele país contribuiu positivamente para o superávit de balança
comercial no período de 2000 a 2007 e na diversificação da pauta do Comércio Exterior brasileira.
Percebeu-se que o aperfeiçoamento das relações comerciais com a Alemanha neste período
demonstrou grandes possibilidades de expansão. Cabe aos produtores nacionais e ao governo
brasileiro a responsabilidade, da formação de parcerias que insiram o país como um dos principais
parceiros econômicos da Alemanha na América Latina. Para que o Brasil possa participar mais
ativamente e de maneira mais significativa do comércio bilateral com a Alemanha, o governo deverá
incentivar e promover as exportações para o mercado alemão, buscando assim um aperfeiçoamento
de suas políticas comerciais, ousando em investidas externas e promoções de novos produtos que
ainda não fazem parte da pauta de exportação para a Alemanha. Porém, é preciso, que o governo
brasileiro melhore a infra-estrutra de transporte nacional, reduza a burocracia do comércio exterior
brasileiro, invista na segurança do Estado, para que essa parceria de investimentos e cooperação
empresarial possa contribuir ainda mais para a intensificação da presença alemã no Brasil. Os
acordos existentes e os que estão surgindo entre os dois países nas áreas comerciais, poderão e
deverão contribuir ainda mais para a modernização da economia brasileira e ao mesmo tempo
fortalecer o comércio exterior brasileiro, tornando assim a Alemanha um dos seus principais parceiros
comerciais para o futuro.
LISTA DE SIGLAS
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO .....................................................................................................9
1.1 Objetivo geral .................................................................................................10
1.2 Objetivos específicos......................................................................................10
1.3 Justificativa .....................................................................................................10
1.4 Abordagem geral do problema .......................................................................11
1.5 Questões específicas .....................................................................................11
1.6 Pressupostos..................................................................................................12
2 METODOLOGIA ................................................................................................13
2.1 Tipo de pesquisa ............................................................................................13
2.2 Área de abrangência ......................................................................................13
2.3 Coleta e tratamento dos dados.......................................................................14
2.4 Apresentação e análise dos dados.................................................................14
3 COMÉRCIO INTERNACIONAL .........................................................................15
3.1 A evolução do Comércio Internacional ...........................................................15
3.2 Globalização...................................................................................................17
3.3 Competitividade..............................................................................................19
3.4 Formação dos Blocos Econômicos ................................................................21
3.5 Órgãos Reguladores do Comércio Internacional............................................23
4 ASPECTOS GERAIS DO BRASIL E DA ALEMANHA .......................................25
4.1 Aspectos geográficos, culturais, sociais, e econômicos do Brasil ..................25
4.2 Aspectos geográficos, culturais, sociais, e econômicos da Alemanha ...........29
4.3 O surgimento de uma parceira .......................................................................33
5 MERCADO BRASILEIRO E ALEMÃO ...............................................................37
5.1 Mercado Brasileiro..........................................................................................37
5.2 Mercado Alemão ............................................................................................41
6 COMÉRCIO BILATERAL BRASIL-ALEMANHA.................................................44
6.1 Intercâmbio Comercial com a Alemanha ........................................................44
6.2 Principais acordos existentes entre Brasil e Alemanha ..................................47
6.3 Novas possibilidades da Relação Comercial entre Brasil e Alemanha...........53
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS ...............................................................................57
REFERÊNCIAS.........................................................................................................59
ASSINATURA DOS RESPONSÁVEIS......................................................................62
9
1 INTRODUÇÃO
1.3 Justificativa
1.6 Pressupostos
2 METODOLOGIA
Quanto aos seus objetivos, este trabalho caracterizou-se por ser descritivo,
onde conforme Andrade (1995, p.15), “nesse tipo de pesquisa, os fatos são
observados, registrados, analisados, classificados, e interpretados, sem que o
pesquisador interfira sobre eles”. Sendo assim todos os dados coletados estão
expostos de forma neutra sem a interferência do pesquisador.
3 COMÉRCIO INTERNACIONAL
sua sobrevivência. O comércio está sendo cada vez mais encarado como um
instrumento estratégico para o desenvolvimento dos Estados, uma vez que elas não
mais comerciam somente para atender suas necessidades primárias e secundárias,
mas também vislumbram maiores lucros e aperfeiçoamento de suas economias.
Com isso visam um crescimento cada vez maior para suas economias, bem como o
desenvolvimento sócio-cultural de sua população.
3.2 Globalização
Essas alianças tornam o Brasil cada vez mais integrado e graças à abertura
comercial os produtos brasileiros alcançam um melhor nível de competitividade e
maior aceitação nos mercados globalizados.
3.3 Competitividade
dos produtos. Outro fator é que no Brasil o acesso à tecnologia ainda é muito
precária, se comparada aos Estados desenvolvidos.
Os membros da OMC se reúnem a cada dois anos, pelo menos, desde sua
criação suas decisões são negociadas por seus representantes, sendo a reunião
ministerial a única instância em que podem ser implementadas novas regras sobre
quaisquer das áreas cobertas pela OMC ou sobre novas áreas, desde que exista
uma decisão consensual.
Atualmente a OMC adquiriu grandes responsabilidades visando consolidar
sua função de administração dos acordos multilaterais. Sua criação teve como
objetivo acabar com as guerras comerciais e diminuir as desigualdades entre os
países, bem como também evitar que os países utilizem de forma abusiva das
exceções previstas para momentos de crises, ou seja, a organização existe para
regular e fiscalizar se todos os países estão agindo dentro das normas do Acordo
Geral.
Para Thorstensen (1999), são alguns dos objetivos do Acordo que constitui a
OMC: Assegurar o pleno emprego e o crescente volume de receitas reais e
demanda efetiva; O aumento do padrão de vida; Expandir a produção e o comércio
de bens e de serviços.
Sendo assim, pode-se definir como a principal função da OMC a facilitação da
execução, a administração e o funcionamento dos diversos acordos multilaterais
sobre o comércio, bem como os acordos plurilaterais. A OMC dá preferência à
liberalização das políticas comerciais e do multilateralismo como princípios gerais da
ordem no comércio internacional. Os seus resultados refletem nos compromissos
possíveis de serem alcançados pelos seus membros, onde cada um vai buscar a
maximização de seus interesses.
Atualmente os acordos bilaterais vem desempenhando um importante papel
nas relações comerciais entre os Estados. O comércio Sul-Sul passou a ser uma
realidade muito importante nos dias atuais para o Brasil, isso porque a integração
dos países vem se desenvolvendo cada dia mais e a competitividade dos produtos
nacionais estão ganhando mais espaço nestes Estados.
25
Apenas o Equador e o Chile não têm fronteiras com o Brasil. As costas leste,
sudeste e nordeste do país são banhadas pelo oceano Atlântico.
O nome oficial do país é República Federativa do Brasil, com a capital Brasília
no Destrito Federal e possui ainda 26 Estados e é governado pelo presidente Luiz
Inácio Lula da Silva.
A população brasileira foi constituída através da miscigenação de europeus,
africanos e indígenas. Os europeus chegaram ao país como colonizadores e a partir
do século XIX como imigrantes. Os povos africanos negros foram trazidos da África
como escravos a partir da metade do século XIV. Os indígenas eram nativos do
Brasil quando da colonização. Desde o início do povoamento, a presença de poucas
26
Pode-se dizer que um dos primeiros contatos travados entre estes dois países
refere-se às relações culturais, que vêm se desenvolvendo cada vez mais e tiveram
seu início logo após o descobrimento do Brasil, quando as relações entre a
Alemanha e a América Latina começaram. Graças à posição proeminente ocupada
pela Alemanha nas artes gráficas, a maioria dos relatórios e descrições da América
era originalmente impressa nas editoras alemãs ou em suas sucursais na Espanha.
Quanto ao aspecto econômico, a Política Externa Independente (PEI) teve
como principal objetivo transformar o Brasil em uma super potência, mas teve seu
fim em março de 1964 pelo governo Castello Branco, o qual adotou uma postura
alinhada aos interesses dos EUA, encarnou exatamente o “caminho americano” e
passou a ser um fiel pilar dos objetivos dos EUA na América Latina. Desde o período
pós-guerra, a participação de capital advindo da Alemanha era de 20% do total de
investimentos estrangeiros, perdendo apenas para o norte americano (44%), Suíça,
França e Grã-Bretanha. Em 1964, das 10 maiores empresas da República
Federativa da Alemanha (RFA), oito já atuavam no Brasil, entre elas as montadoras
34
Das exportações alemãs no ano de 2007 num valor total de 707,1 bilhões de
dollares, 64.8% foram vendidas para o mercado europeu, em seguida estão a Àsia
com 11,2% e as Américas com 10.7% e apenas 1,5% foi para a África e 0,7% para a
Austrália e Oceania. As exportações alemãs são caracterizadas pelas exportações
de produtos de alto valor agregado como pode ser observado na tabela nº 07.
Promulgação
Data de Entrada em Decreto
Título celebração Vigor nº Data
Acordo sobre as Convenções e
Acordos Internacionais Respeito de
Marcas de Fábrica, Propriedade
Industrial e Direitos Autoriais de que
eram Signatários os dois Estados. 4/9/1953 4/9/1953
Acordo sobre Restauração dos
Direitos de Propriedade Industrial e
Direitos Autorais Atingidos pela
Segunda Guerra Mundial 4/9/1953 23/5/1958 43956 3/7/1958
Acordo de Investimentos e
Financiamentos 4/9/1953 4/9/1953
Promulgação
Data de Entrada em Decreto
Título celebração Vigor nº Data
Promulgação
Data de Entrada em Decreto
Título celebração Vigor nº Data
relação ao mesmo período do ano passado. Até o ano de 2011, o setor industrial
automobilístico da Alemanha, deverá investir 20 bilhões de dólares no Brasil, isso
porque jamais houve uma ação conjunta por parte dos dois países. Segundo um
estudo da Price Waterhouse (2008), o Brasil deverá ter um crescimento estável em
torno de 10% ao ano pelo menos até em 2013 e chegaria à marca de 5,1 milhões de
veículos.
Segundo o vice-presidente Adilson Primo da Associação Brasileira da Infra-
estrutura e Indústrias de Base (Abdib) (2008), os brasileiros terão o apoio de
empresas alemãs para organizar o Mundial de 2014. Investimentos em infra-
estrutura podem atingir 40 bilhões de euros. Isto vem acontecendo porque a
Alemanha teve uma grande experiência em realizar a Copa do Mundo de 2006 no
próprio país. Neste sentindo o auxílio e investimento da Alemanha em Hotéis,
aeroportos, metrôs e segurança são áreas prioritárias no Brasil e estão entre os
aspectos que apresentam maior carência de investimentos. A maior parte desse
investimento virá de empresas privadas, tanto brasileiras como estrangeiras,
incluindo as alemãs.
Por outro lado, a Alemanha se destaca como um ótimo pólo de atração de
investimentos para o Brasil, através da sua ótima localização geográfica, no centro
da Europa, excelente infra-estrutura, tecnologia da informação avançada, segurança
de investimento, clareza e desburocratização em relação às leis, mão-de-obra
qualificada dentre outros.
Existe um programa na Alemanha chamado “Invest Germany” que incentiva
companhias estrangeiras a se estabelecerem na Alemanha, com o objetivo de
aumentar sua participação em todo o mercado europeu. Este programa apresenta
vantagens de negócios e os requisitos necessários para se investir naquele país.
Este projeto se propõe a auxiliar o empresário a ter proximidade com seus
clientes, conhecer as propostas e suas condições, até mesmo os dados das cidades
onde pretende se localizar, tais como os custos de abastecimento de água e de
eletricidade, por exemplo. A vantagem deste programa para empresas brasileiras, é
o de focar mais os produtos brasileiros, tais como do setor mecânico, químico, têxtil,
calçados, serviços entre outros com a sua própria marca no mercado alemão e
europeu.
Percebeu-se que os governos do Brasil e da Alemanha por meio do apoio de
setores privados estão cada vez mais estabelecendo iniciativas para preencher as
55
7 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
ANDRADE, Maria Margarida de. Como preparar trabalhos para cursos de pós-
graduação. São Paulo: Atlas, 2000.
http://www.defesabr.com/Fab/Mapa_Brasil_na_AS-Politico.gif acessado em
31/05/2008
http://www.francatur.com.br/sub/alemanha/img/mapa_alemanha.jpg acessado em
31/05/2008
http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_impressao.php?id_noticia=
1081 acessado em 13/06/2008
http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=11
02&id_pagina=1 acessado em 13/06/2008
http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/noticia_visualiza.php?id_noticia=11
06&id_pagina=1 acessado em 13/06/2008
http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=1817&ref
r=576 acessado em 20/06/2008
http://www.desenvolvimento.gov.br/sitio/interna/interna.php?area=5&menu=1078&ref
r=1076 acessado em 20/06/2008
http://www.destatis.de/jetspeed/portal/cms/Sites/destatis/Internet/DE/Navigation/Stati
stiken/VolkswirtschaftlicheGesamtrechnungen/VolkswirtschaftlicheGesamtrechungen
.psml acessado em 20/06/2008
http://www.destatis.de/jetspeed/portal/cms/Sites/destatis/Internet/DE/Navigation/Stati
stiken/Aussenhandel/Aussenhandel.psml acessado em 21/06/2008
http://www.infraero.gov.br/item_gera.php?gi=instempr&menuid=inst&PHPSESSID=s
cb66121p6o46rrtre4t045km7 acessado em 17/07/2008
http://www.ntcelogistica.org.br/tecnico/tecnico_estatistica.asp
acessado em 17/07/2008
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/censo2000/populacao/religiao_Ce
nso2000.pdf acesso em 12/08/2008
61
http://www.deutsche-welle.org/dw/article/0,2144,3592898,00.html acessado em
17/09/2008
http://www.deutsche-welle.org/dw/article/0,2144,3595532,00.html acessado em
17/09/2008
http://www.recife.diplo.de/Vertretung/recife/pt/05/Wirtschaftliche__Zusammenarbeit/c
ooperacao_20nordeste.html acessado em 16/10/2008
62
Nome do estagiário
Anibal Josef Metzdorf
Orientador de conteúdo
Prof. MSc. Luiz Carlos Coelho