"Elogio da Loucura" de Erasmo de Rotterdam, escrito em 1511, é uma obra
satírica que critica os costumes da sociedade da época. O autor inicia elogiando a
loucura, personificada como uma entidade que muitas vezes é subestimada. Erasmo utiliza personagens importantes e exemplos de filósofos, teólogos e figuras religiosas para justificar por que a loucura merece elogios. Ao longo do texto, a "Loucura" manifesta desprezo pela ingratidão e pelo fingimento dos seres humanos que relutam em admitir sua própria loucura. Erasmo destaca que é a loucura que promove a felicidade na Terra, sendo a causa da alegria, diversão e prazeres na vida das pessoas. Ele argumenta que a infância representa o auge da alegria, pois as crianças agem sem pensar nas consequências, enquanto na velhice, os "velhos loucos" buscam aproveitar a vida sem preocupações. O autor compara o homem louco ao sábio, elogiando a vida movida por paixões do primeiro em contraste com a infelicidade do segundo, que busca viver no mundo da razão. Erasmo destaca que vivemos em um mundo governado pela loucura, pois a coragem só existe quando não dominada pela razão. Na segunda parte, o texto fornece uma apreciação do livro, sugerindo que "Elogio da Loucura" instiga a reflexão sobre a sociedade e suas normas. A obra questiona a repressão da diversidade e aborda questões sociais, como as guerras causadas por loucuras más. Erasmo destaca a felicidade infantil, em contraste com a vida adulta mascarada por papéis sociais. Finalmente, a apresentação de uma nova edição do livro destaca seu impacto duradouro, sua influência na Reforma Protestante e seu desafio às morais católica e protestante. Erasmo, um crítico da Igreja Católica, usa a loucura como uma ferramenta para abordar questões sérias de sua época de maneira humorística, promovendo a tolerância e a liberdade de pensamento.