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Marcelismo

Trabalho realizado por:


Cassandra Barros Nº6 11ºG

Índice
• 1. Introdução
• 2. Biografia de Marcelo Caetano
2.1 Formação
2.2 Experiência política e Ascensão ao poder.
• 3. Principais características do marcelismo:
3.1 Política econômica
3.2 Política externa
3.4 Políticas sociais
• 4. Comparação entre o marcelismo e o salazarismo:
4.1 Semelhanças
4.2 Diferenças
• 5. A política de modernização.
• 6. A relação com as colônias africanas:
6.1 As políticas de assimilação e Independência das
colônias.
• 7. A repressão política durante o marcelismo.
• 8. O colapso do marcelismo e o fim da ditadura:
8.1 As revoltas populares
• 9. conclusão
• 10.Blibliografia / Webgrafia
Introdução
O Marcelismo correspondeu ao projeto político de Marcelo
Caetano para criar uma abertura política e modernizar o país,
mas sem descolonizar ou democratizar. De facto, procedeu a
reformas na economia, na sociedade e no ensino, A abertura
política não aconteceu, tendo endurecido a repressão. Marcelo
Caetano sucedeu a Oliveira Salazar em 1968, e o país viveu a
primavera marcelista, a expetativa de mudança que não se
concretizou. Marcelo caetano, foi cercado no quartel do Carmo,
em abril de 1974, e entregou o poder ao general Spínola.
2. Biografia de Marcelo Caetano
2.1 Formação
• Marcelo José das Neves Alves Caetano nasceu em 17 de Agosto de
1906,em Lisboa. Foi um jurisconsultor, professor de direito e
político português e foi uma figura destacada durante o regime
salazarista e foi o último Presidente do Conselho do Estado Novo.
• A sua capacidade jurídica, foi oficialmente reconhecida, sendo
assim integrado, como secretário e colaborador, da equipa restrita
que redigiu a Constituição da República Portuguesa, que entraria
em vigor a 11 de Abril de 1933.
• Licenciou-se em Direito pela Universidade de Lisboa, em 1927, e
doutorou-se em 1931.
• Ensinou as cadeiras de:
Direito Administrativo
Administração Colonial
Direito Internacional Público
Direito Corporativo
Economia Política
Direito Penal e Direito Constitucional
2.2 Experiência política e Ascensão ao poder.

• Em 1968, Caetano foi nomeado como sucessor de Salazar como


Presidente do Conselho de Ministros de Portugal, cargo que
também o tornou o chefe de governo do país. Porem, ele assumiu
o controle do governo em uma época em que Portugal estava
enfrentando insatisfação popular e pressão internacional.
• Durante seu mandato, Caetano tentou introduzir algumas
reformas liberalizantes, como a expansão do sistema de ensino e a
concessão de alguns direitos políticos limitados. No entanto, essas
medidas não eram suficientes para satisfazer as crescentes
demandas por uma maior democratização e autonomia nas
colônias africanas de Portugal, que estavam em conflito com o
regime colonial.
• A experiência política de Marcelo Caetano é marcada por sua
associação com o regime autoritário de Salazar e sua tentativa de
implementar reformas graduais, que acabaram sendo insuficientes
para manter o Estado Novo no poder. Ele é frequentemente visto
como uma figura que tentou modernizar o regime, mas falhou em
evitar sua queda.

3. Principais características do marcelismo:


3.1 Política econômica
• O marcelismo procurou modernizar a economia portuguesa
através da abertura ao capital estrangeiro e da promoção do
desenvolvimento industrial.
• Implementou uma política de industrialização acelerada, com
investimentos em infraestrutura, energia, indústria pesada e
setores tecnológicos.
• Enfrentou problemas econômicos, como a inflação crescente, o
desemprego e a diminuição da competitividade das exportações
portuguesas.
• Buscou diversificar a economia tentando reduzir a dependência do
setor agrícola.
2.3 Política Externa:
• Marcelo Caetano tentou melhorar as relações com as ex-colônias
portuguesas, oferecendo maior autonomia política, mas mantendo
uma relação neocolonial.
• Portugal buscou uma maior aproximação com a Europa Ocidental,
tentando aderir à Comunidade Econômica Europeia (atual União
Europeia) e assinando acordos comerciais com países da Europa e
da América Latina.
• Teve um papel ativo na Guerra Fria, mantendo alinhamento com
os Estados Unidos e a NATO, reforçando a sua posição como
aliado anticomunista.

2.3Política Social:

• No campo social, o marcelismo aplicou algumas medidas de


modernização, como a reforma da legislação do trabalho, a criação
de um sistema de seguridade social e a expansão da rede
educacional.
• Extinguiu algumas práticas tradicionais do regime salazarista,
como a censura à imprensa e a repressão política, embora
continuassem existindo restrições à liberdade de expressão e a
oposição política fosse reprimida.
• Contudo, o regime marcelista também foi criticado por não
atender adequadamente às demandas da população,
especialmente dos mais pobres, e por manter uma política
autoritária e repressiva.

4.Comparação entre o marcelismo e o salazarismo:


4.1 Semelhanças
Ambos foram regimes autoritários que governaram Portugal. Tanto o
salazarismo como o marcelismo baseavam-se em um governo
centralizado, com a concentração de poder nas mãos de poucos líderes.
Os dois regimes adotaram medidas de censura e repressão política para
controlar a oposição e garantir a estabilidade do governo.
Tanto o salazarismo quanto o marcelismo implementaram políticas
econômicas corporativistas, promovendo a intervenção do Estado na
economia e a cooperação entre empresas e sindicatos.
Ambos os regimes enfatizaram valores tradicionais, como a família, a
religião e a hierarquia social.

4.2 Diferenças

• O salazarismo foi um regime que durou por mais tempo do que o


marcelismo. O Governo de Salazar começou em 1932 e terminou
em 1968, enquanto o Governo de Marcelo Caetano durou de 1968
a 1974.
• O salazarismo foi mais conservador e tradicionalista, enquanto o
marcelismo, especialmente no início, tentou implementar
algumas reformas liberais e modernizadoras.
• O salazarismo foi caracterizado pela autossuficiência e pela
habilitação econômica de Portugal para evitar a dependência
externa. Já o marcelismo, por outro lado, visava uma maior
abertura ao investimento estrangeiro e à cooperação com
organizações internacionais.
• Enquanto o salazarismo preservava mais a figura do ditador, com
a figura de Salazar no poder por muitas décadas, o marcelismo foi
mais marcado pela sucessão de líderes, com Marcelo Caetano
assumindo após a renúncia de Salazar.

5. A política de modernização.
Liberalização política: o regime permitiu a criação de partidos políticos, embora sob fortes restrições e controlo;
além disso, foram realizadas eleições para a criação da Assembleia Nacional, embora esta ainda fosse dominada
pelo Estado Novo.
Descentralização administrativa: foi realizada uma descentralização administrativa do governo para algumas
áreas do país, permitindo maior autonomia e participação local.
Medidas económicas: viveu-se um período de crescimento económico, impulsionado em grande parte pelo
investimento estrangeiro. Foram introduzidas medidas como a entrada de Portugal na Comunidade Económica
Europeia (atual União Europeia), facilitando o comércio com outros países.
Educação e cultura: houve uma abertura na educação e cultura, com a criação de universidades, maior liberdade
académica e de expressão, bem como a valorização da cultura portuguesa.

6. A relação com as colônias africanas:


6.1 As políticas de assimilação e Independência das colônias.

• Portugal, em particular, enfrentou uma guerra prolongada e


intensa nas suas colônias africanas, principalmente em Angola,
Moçambique e Guiné-Bissau. Os movimentos de libertação, como
o MPLA em Angola, a FRELIMO em Moçambique e o PAIGC na
Guiné-Bissau, lutaram pela independência e travaram uma guerra
de guerrilha contra as forças portuguesas.
• A guerra colonial resultou em um grande número de vítimas e
destruição, além de provocar um intenso debate e mobilização
internacional contra o colonialismo. A pressão internacional e a
insustentabilidade das guerras levaram as potências coloniais a
reconhecerem a independência das colônias africanas.
7. A repressão política durante o marcelismo.
• Durante o período do marcelismo em Portugal, que ocorreu entre
1968 e 1974, houve uma intensa repressão política por parte do
governo. O regime de Marcelo Caetano, buscava manter o controle
autoritário sobre o país, mesmo diante das pressões internas e
externas por maiores liberdades políticas.
• Os grupos políticos de oposição ao regime, como comunistas e
socialistas, eram perseguidos e considerados inimigos do Estado
pela PIDE.
• A repressão política também se estendia às universidades e aos
estudantes. Movimentos estudantis que buscavam maior liberdade
e democracia enfrentavam a punição por parte do governo.
• A repressão política durante o marcelismo foi um dos principais
motivos que levaram ao Estado Novo a entrar em colapso. A
insistência do governo em manter um controle rígido sobre a
sociedade, aliada às demandas por mudanças sociais e políticas,
culminou na Revolução dos Cravos, em 1974, que pôs fim ao
regime autoritário em Portugal e abriu caminho para a
democracia.
8.
daOditadura:
colapso do marcelismo e o fim
8.1 As revoltas populares
• Durante o período do marcelismo, que foi o período da ditadura
comandada por Marcelo Caetano em Portugal, houve um aumento
das tensões sociais e políticas no país. As políticas repressivas do
regime, aliadas à crise econômica e ao descontentamento geral da
população, levaram a uma série de revoltas populares que
contribuíram para o colapso do marcelismo e, consequentemente,
para o fim da ditadura.
• A Revolução dos Cravos foi marcada por uma onda de
manifestações e greves em todo o país. Os manifestantes exigiam a
liberdade política, o fim da censura e a queda do governo. A
revolta foi relativamente pacífica, com poucos tiroteios e mortes,
mas teve um impacto significativo na queda do regime. Após a
revolução, o governo de Marcelo Caetano foi derrubado e foi
formado um governo provisório democrático, dando início à
transição para a democracia em Portugal.
• Além da Revolução dos Cravos, houve também outras revoltas
populares no período do marcelismo. As greves foram frequentes,
principalmente no setor dos transportes e nas fábricas.

9.Conclusão
• O marcelismo, também conhecido como período marcelista, foi
uma fase da história de Portugal que ocorreu entre 1968 e 1974,
durante a ditadura do Estado Novo.
• conclusão do marcelismo ocorreu em 25 de Abril de 1974, com a
Revolução dos Cravos, um golpe militar que levou à queda do
regime autoritário e ao estabelecimento de um governo
democrático em Portugal.
• O marcelismo foi considerado como um período de transição e
tentativa de reforma dentro do regime autoritário, mas acabou
falhando em atender às demandas da população e em evitar a
queda do Estado Novo.
• O período marcelista foi marcado por tentativas de reforma e
liberalização, mas que não foram suficientes para manter o regime
no poder, devido à crescente resistência e descontentamento
popular.
10.Blibliografia / Webgrafia
Webgrafia
• https://prezi.com/8qpswtvruyn8/a-quotprimavera-marcelistaquot/
• https://prezi.com/2resppfniscd/o-periodo-marcelista/
• https://ensina.rtp.pt/artigo/os-anos-de-poder-de-marcelo-caetano/
• https://ensina.rtp.pt/explicador/o-periodo-do-marcelismo/
Imagens
• https://4.bp.blogspot.com/-ujvdBWh1ha0/UqnLuiTUoOI/AAAAAAAAAQA/l8irKpWHWd0/s1600/marcelo.jpg
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