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Nome: Lucas Ribeiro de Oliveira

Planejamento de Transportes

Transporte Marítimo: cargas, tipos de navios e portos

ITABIRA , 2023
A partir do texto anexo faça um resumo do capítulo um indicando para o
transporte marítimo o tipo de cargas, navios e portos utilizados.
Referência:
MAGALHÃES,
P. S. B. Transporte Marítimo: cargas, navios, portos e terminais. Ed
Aduaneiras: São Paulo, 2011. (Disponível na biblioteca) ou parte aqui: (p.17
até 37)
Transporte Marítimo: cargas, tipos de navios e portos

O Capítulo 1 "Conceitos Básicos" trata de diversos aspectos relacionados às


cargas marítimas e sua classificação.

1. As Cargas Marítimas

As cargas marítimas referem-se a mercadorias destinadas ao comércio e


transporte, enquanto as pessoas transportadas são chamadas de passageiros.

Existem diferentes formas de movimentar mercadorias, usando vários tipos de


embalagens e equipamentos, caracterizando diferentes tipos de carga.

Atualmente, cada classe de carga corresponde a um tipo específico de veículo,


adequado para o manuseio, carregamento, descarregamento e transporte.

A classificação funcional das cargas marítimas inclui duas grandes classes: carga
geral e granéis líquidos ou sólidos.
Carga Geral:

Essa categoria envolve o manuseio de mercadorias com auxílio de embalagens,


arranjos ou agrupamentos. Pode ser movimentada de três formas principais:
carga geral solta, os neogranéis e os contêineres. Uma mesma mercadoria pode
ser transportada de diferentes maneiras.

Carga Geral Solta

A carga geral solta, ou break-bulk cargo, refere-se a mercadorias que são


manipuladas de forma semelhante à forma tradicional de transporte,
subdividindo os agrupamentos de carga em parcelas ou grupos que podem ser
manuseados individualmente.
Os navios de carga refrigerada (reefer ships) ainda são eficientes em rotas
onde os contêineres não são práticos ou em carregamentos em grande
quantidade para portos especializados.

Os Neogranéis

Neogranéis se referem ao carregamento de mercadorias em aglomerados


homogêneos, muitas vezes sem embalagem específica, que podem ser
transportados em um único embarque.

Essas cargas podem ser estocadas a granel ou soltas, mas são manuseadas de
maneira semelhante à carga geral.
Isso se aplica a mercadorias que não são economicamente viáveis de serem
conteinerizadas, como fardos de celulose, lingotes de alumínio, bobinas de papel,
entre outros.

Também se aplica a mercadorias que podem ser movimentadas por meio de seus
próprios meios, como automóveis e caminhões, no processo conhecido como roll
on/roll off (ro-ro).
2. Os Contêineres

A invenção do contêiner surgiu da necessidade de simplificar o transporte de


mercadorias. Malcolm McLean é considerado o inventor do contêiner e fez a
pergunta: "Não seria melhor se o reboque da minha carreta pudesse ser
simplesmente içado e colocado a bordo do navio sem que seu conteúdo fosse
tocado?"
Em 1956, após 20 anos da formulação dessa ideia, ocorreu a viagem inaugural do
"Ideal X", o primeiro navio a transportar contêineres. Isso marcou o início do
primeiro serviço regular de contêineres no mundo.

A conteinerização resolveu muitos dos problemas apresentados pela carga geral


solta, como o manuseio individual de peças, perdas e avarias. Com essa
abordagem, as mercadorias são colocadas em contêineres, fechados e lacrados
no embarcador, transportados por caminhões até o porto e depois carregados a
bordo do navio.

Os contêineres simplificaram o processo, reduzindo o tempo de entrega e


possibilitando a intermodalidade de transportes. No entanto, encontraram
obstáculos ao longo do caminho.
A conteinerização transformou radicalmente o transporte de mercadorias em
todo o mundo, resultando em entregas mais rápidas e maior eficiência.
Contribuiu para o sucesso econômico de cidades portuárias e suas áreas vizinhas,
facilitando o acesso ao comércio internacional e a abertura de novos mercados.

Com o tempo, novos tipos de contêineres foram desenvolvidos, incluindo os


chamados "dry containers". Um contêiner de 20 pés tem capacidade de 33,6
metros cúbicos, com peso máximo de 21.227 quilogramas, incluindo a tara de
2.181 quilogramas.

3. Os Navios
Os navios de transporte marítimo são altamente especializados para atender a
cargas específicas, serviços, funções e rotas de comércio, visando a eficiência no
transporte.

Os navios de contêineres não são classificados de acordo com os tipos de


mercadorias, uma vez que podem transportar mercadorias uniformes ou
padronizadas. A capacidade de transportar mercadorias refrigeradas ou
congeladas em navios de contêineres depende da quantidade de tomadas (plugs)
disponíveis para fornecer energia aos sistemas de refrigeração.
A distinção dos tipos de navios em segmentos de tamanho se deve a limitações
físicas, como profundidade e acesso a portos e terminais. Essa classificação em
tamanhos relativamente padronizados visa obter eficiência, considerando a
relação entre a quantidade de carga a transportar e a distância a percorrer.

4. Portos e terminais marítimos

O conceito de porto marítimo se relaciona às funções fundamentais que


desempenha, que incluem oferecer condições de acesso e abrigo em águas
profundas, bem como disponibilizar instalações e equipamentos para a
movimentação de cargas e abastecimento de embarcações.

Além de ser um local de acolhimento de navios, um porto marítimo deve ter


instalações para o manuseio, armazenamento, trânsito interno e exportação ou
importação de mercadorias. Também serve como uma porta de comunicação e
comércio com outras partes do mundo e como ponto de acesso para a entrada e
saída de mercadorias dentro de uma região.

O conceito de terminal, na engenharia de transportes, abrange todas as


instalações onde se inicia ou termina um processo de transporte, onde ocorre a
intermodalidade ou a mudança de modal. Um porto desempenha o papel de um
terminal de transporte, onde ocorrem transferências entre modais terrestres e
aquaviários.

Os fluxos de carga de rodovias, ferrovias e dutos convergem para o modal


aquaviário em um porto, onde é necessário compatibilizar as capacidades de
carregamento dos veículos dos diferentes modais por meio de armazenamento e
oferta de equipamentos adequados para o manuseio de cargas.

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