Cap.

09 – Logística Internacional
Prof. Dr. José Renato Kitahara

Curso Superior de Tecnologia em Gestão Empresarial

Disciplina: Negócios Internacionais

Prof. Dr. José Renato Kitahara

01/07/2023

VASCONCELLOS, Marco Antônio S.; LIMA, Miguel; SILBER, Simão (organizadores) et al.
Manual de Economia e Negócios Internacionais. São Paulo: Ed. Saraiva. 1ª Ed., 2011
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Cap. 09 – Logística Internacional

1. Conhecer o escopo da Logística Internacional.

2. Conhecer os modais de transporte, tipos de navios e

aeronaves.

3. Conceitos e padrões de unitização de carga (container e

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pallet).

4. Conceito de SKU, RFID e termos relevantes na logística.

5. Perceber a relação dos Sistemas de Informação na Logística

Internacional (Global Sourcing, ILS, ECR e SCM).

6. Perceber os pontos de interesse no planejamento da

operação logística internacional.
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Logística internacional
• Logística (Associação Brasileira de Logística - ASLOG) :
– “uma parte da cadeia de abastecimento que planeja,
implementa e controla com eficácia o fluxo e a
armazenagem dos bens, dos serviços e das informações
entre o ponto da origem e o ponto de consumo destes
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itens, a fim de satisfazer todas as exigências dos

consumidores em geral”.

• Logística internacional: mesmas considerações conceituais

da logística, porém a sua abrangência e a sua dinâmica são
mais complexas, pois o ponto de origem e o de consumo
compreende países distintos.
– abrange o planejamento e administração na
movimentação e no transporte de uma carga de um
vendedor (exportador) de um determinado país destinada
a um comprador (importador) noutro país.
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Modais de transporte
• Transporte aquaviário: por navegação em água.
– Transporte lacustre: realizado em lagos.
– Transporte fluvial: realizado em rios.
– Transporte marítimo: realizado em oceanos e mares.
• Navegação de longo curso: navegação internacional.
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• Navegação de cabotagem: navegação nacional (pela

costa do mesmo país).

• Transporte aéreo: realizado por aviões.

• Transporte rodoviário: realizado em estradas/ rodovias.

• Transporte ferroviário: realizado por trens.

• Modal dutoviário: movimentação de produtos/ materiais por

tubulação.
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Tipos de navios
• Navio cargueiro convencional (General Cargo Ship): transporte de
carga geral seca, embalada e transportada em volumes individuais
(breakbulk) ou paletizada (unitizada).
• Navio frigorífico (Reefer Vessel): semelhante ao navio convencional
para cargas secas, com as mesmas divisões em decks e porões
sendo, porém, os seus porões, devidamente equipados com sistema
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de refrigeração com controle de diferentes temperaturas das cargas.

• Navio graneleiro (Bulk Carrier): para o transporte de carga sólida a
granel. Produtos como soja, milho, açúcar, minérios, fertilizantes, etc.
• Navio tanque (Tanker): para o transporte de carga líquida a granel,
com divisões em porões, permitindo que, em caso de problemas em
alguns dos porões, seja possível evitar maiores danos e continuar o
transporte com os produtos nos demais compartimentos.
• Navio roll-on roll-off (Ro-Ro): para o transporte de veículos. No
embarque ou desembarque os veículos usam rampas próprias do
navio, que fazem parte do seu casco (na proa, popa ou lateral).
• Navio porta container (Full Container Ship): para o transporte de
containers (todos os tipos como dry, reefer, tanks, plataforma, etc.).
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Tipos de aeronaves

• Avião de passageiros (Full pax): uso exclusivo de passageiros no

deck superior, sendo o deck inferior destinado ao transporte de
bagagem. Na eventual sobra de espaço este é preenchido com
carga.
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• Avião cargueiro (All cargo ou Full cargo): configuradas apenas para

o transporte de carga, não transportando passageiros. O transporte
da carga se dá nos decks superior e inferior.

• Misto (Combi): utilizadas para o transporte conjunto de passageiros

e cargas, nas quais as cargas são transportadas tanto no andar
inferior (lower deck) quanto no andar superior (Upper deck).
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Unitização de carga:
Embalagem de transporte
• Unitização de carga: “o desenvolvimento de modernos
sistemas para sua movimentação, que consiste em
acondicionar volumes uniformes em unidades de carga,
visando reduzir os custos de viagem e o tempo de
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permanência dos veículos transportadores nos portos de

embarque e desembarque, além de conceder maior
segurança à carga, eliminando seu manuseio direto”.
(Portopédia, 2010).

• Tipos de unitização: container e o pallet.

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Container
• Padrão: 20’ (20 pés) e 40’ (40 pés):
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Pallet (1de2)
• Pallet: “plataforma de madeira ou estrado destinado a suportar
carga, fixada por meio de cintas, permitindo sua movimentação
mecânica com o uso de garfos de empilhadeira ou guindastes
mecânicos específicos para esse fim, obedecendo padrões, onde
permite que o guindaste movimente o pallet por dois lados ou por
quatro lados com seus garfos, permitindo ainda que a carga seja
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paletizada, envolvida em filme PVC.” (FIESP, 2010).

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Pallet (2de2)
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Padrões internacionais de
identificação de produtos
• UPC – Universal Product Code: código de barras.
– Padrão de código de barras (Estados Unidos ,
Canadá, Reino Unido, Austrália, Nova Zelândia e
muitos outros países).
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• EAN – European Article Number (International Article

Number): código de barras.
– Outro código de barras inicialmente na Europa e
depois em outros países.

• ISBN – International Standard Book Number.

– Código de identificação de livros.
– ISBN é compatível com o código de barras EAN.
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Código de barras: EAN/UPC-13

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Item de estoque - SKU - Stock Keeping Unit

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Código QR – QR Code

• QR = Quick Response = resposta rápida.

• Código gráfico bidimensional.
• Meados da década de 1990 (Denso-Wave, Japão).
• Possui correção de erros. Assim, mesmo danificado
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parcialmente, consegue ser lido (redundância de dados).

• Só pode ser lido por um leitor de imagem (câmera +
aplicativo).
• Teste a leitura de um QR danificado:
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Identificador de rádio frequência: RFID

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Mercado Livre
07/2023

• Tipos de RFID:
– Ativo: possui bateria interna e maior alcance em relação ao
totem.
– Passivo: não possui bateria. A energia para o chip RFID é
extraído do mesmo sinal enviado pelo totem, que deve estar
bem próximo da etiqueta RFID.
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Fluxo de movimentação em um estoque

com Centro de Distribuição (HUB SPOKE)
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Termos relevantes (1de3)

• Exportação: saída de um bem ou de um serviço do território
nacional.
• Importação: entrada, em território nacional, de um bem ou de
um serviço proveniente e do exterior no território.
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• Exportação definitiva: saída de uma mercadoria sem a intenção

de retorno para o país.
• Exportação temporária: a mercadoria sai com previsão de
retorno para o Brasil.
• Importação definitiva e Importação temporária: idem no caso da
exportação, no sentido de entrada de mercadoria.
• Operações COM ou SEM cobertura cambial: “cobertura
cambial” significa o compromisso de existir pagamento da
mercadoria de acordo com o que foi negociado.
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Termos relevantes (2de3)

• Despacho Aduaneiro: é um procedimento administrativo-
legal realizado junto à Receita Federal do Brasil
correspondendo à liberação alfandegária da mercadoria que
será exportada ou da mercadoria importada que entrou no
território nacional.
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• Fatura proforma (Proforma Invoice): documento preparado

antes de uma venda com evidências sobre o valor da fatura
(enviada a importador antes da confirmação e expedição do
pedido).

• Fatura comercial (Comercial Invoice): documento hábil que

servirá de base para o desembaraço alfandegário no
destino, devendo ser preenchida sem erros, emendas ou
rasuras.
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Termos relevantes (3de3)

• Romaneio de Embarque (Packing list): documento com
informações detalhadas dos itens contidos em determinada
embalagem, caixa, palete ou contêiner para expedição ao cliente.

• Conhecimento de embarque (Bill of Lading): documento emitido

por conta do transportador, descrevendo-se o tipo e quantidade
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de mercadorias embarcadas e mencionando o embarcador, o

destinatário (também chamado de consignatário), os portos
(aeroportos) de embarque e descarga, o nome do navio (avião)
transportador e o valor do frete. Deve ser assinado pelo
comandante (capitão) do navio ou avião ou preposto
expressamente autorizado para tanto, admitindo o recebimento
das mercadorias descritas a bordo do navio ou avião
mencionado, em boa ordem e condições, no local ou porto
mencionado, com a obrigação de entregá-las, no porto ou local
de destino mencionado, nas mesmas condições recebidas de
embarque.
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Logística Internacional (1/4)

• Global Sourcing: procura e aquisição mundial de matérias-
primas e componentes.
• Atividades da logística: processamento de ordens de compra
ou de serviço, transporte, estoque, aquisição, armazenagem,
manuseio de material, embalagem, padrões de serviço pós-
venda e produção (BALLOU, 1985).
• Logística Integrada (ILS – Integrated Logistic Support):
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– Planejamento da manutenção.
– Força de trabalho e pessoal.
– Suporte de suprimento.
– Suporte de equipamento.
– Dados técnicos.
– Treinamento e suporte de treinamento.
– Suporte em recursos computacionais.
– Facilidades (Facilities): instalações físicas.
– Embalagem, manuseio, armazenagem e transporte.
– Desenho da interface entre os agentes da operação
logística dos modais de transporte.
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Logística Internacional (2/4)

• Sistema de Informação: Resposta Eficiente ao Consumidor

(ECR - Efficient Consumer Response):
– Consiste numa estratégia utilizada principalmente na
indústria de supermercados na qual distribuidores e
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fornecedores trabalham em conjunto para proporcionar

maior valor ao consumidor final (LAVRATTI, 2002, p.1).
– O ECR tem como objetivo estabelecer um fluxo
consistente de informações e produtos que se incluem
bidirecionalmente na cadeia logística de abastecimento,
tendo em conta a manutenção do abastecimento do ponto
de venda a custos baixos e em estoques adequados
(Efficient Consumer Response, 2005).
– Usado principalmente por grandes redes varejistas.
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Logística Internacional (3/4)

• Sistema de Informação: Gestão da Cadeia de Suprimentos
(SCM – Supply Chain Management).
– A gestão da cadeia de suprimentos destaca características
coletivas que favorecem os resultados globais da cadeia.
– A gestão da logística e do fluxo de informações em toda a
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cadeia permite aos executivos avaliar pontos fortes e

pontos fracos na sua cadeia de fornecimento.
– Auxilia a tomada de decisões que resultam na redução de
custos, aumento da qualidade, entre outros, aumentando a
competitividade do produto e/ou criando valor agregado e
diferenciais em relação a concorrência.
– Ajuda elos fracos da cadeia ao invés de substituí-los.
– Compartilha informações e planejamento da cadeia de
suprimento.
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Logística Internacional (4/4)

• Sistema de Informação: Gestão da cadeia de suprimentos
(SCM – Supply Chain Management).
– Os resultados que se esperam da SCM:
• Reduzir custos.
• Aumentar a eficiência.
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• Ampliar os lucros.
• Melhorar os tempos de ciclos da cadeia de
fornecimento.
• Melhorar o desempenho nos relacionamentos com
clientes e fornecedores.
• Desenvolver serviços de valor adicionado que dão a
uma empresa uma vantagem competitiva.
• Obter o produto certo, no lugar certo, na quantidade
certa e com o menor custo.
• Manter o menor estoque possível.
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Operação Logística Internacional (1/2)

• Planejamento da operação:
– Identificação das características da carga:
• Geral versus à granel.
• Fragilidade.
• Perecibilidade.
• Periculosidade.
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• Dimensões e pesos especiais.

– Preparação para o transporte:
• Embalagem (unitária, pallet ou container).
• Marcação da carga.
– Escolha do modal de transporte: modais têm
características diversas de:
• Velocidade de entrega,
• Confiabilidade de entrega.
• Possibilidade de deterioração da qualidade.
• Custos de transporte,
• Flexibilidade de rota,...
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Operação Logística Internacional (2/2)

• Custo da operação logística:
– Diretos:
• São os custos da operação: transporte,
preparação, armazenagem intermediária e
manuseio, custo de seguro da carga e
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burocráticos (guia de exportação, certificado de

origem, guia de importação, despesas
alfandegárias, impostos, despachantes
aduaneiros, trading companies, financeiros).
– Indiretos (overhead):
• São os custos de administração: supervisão e
gestão de operações, custos de capital
(imobilização de capital investido em estoques).