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BENEFICENCIA E CARIDADE

Segundo o dicionário, beneficência é a Inclinação à prática do bem. È a ação de


fazer bem a alguém. O princípio da beneficência estabelece a obrigação moral
de agir em benefício dos outros. São considerados sinônimos de beneficência:
caridade, filantropia e humanidade. Beneficência, filantropia ou caridade
significam amor à humanidade, ao contrário do amor a si próprio ou egoísmo.
Outros dicionários definem filantropia como a ação voluntária, gratuita,
beneficente e assistencial desenvolvida por altruísmo, solidariedade,
fraternidade e amor ao próximo, que se diferencia da caridade, porque esta
seria por compaixão, e do assistencialismo, porque este seria para provimento
imediatista nas questões conjunturais contingenciais.

Na sociedade capitalista predominam as relações baseadas na expectativa do


benefício próprio, recebendo e oferecendo algo em troca. Em consequência,
aqueles que não têm condições de oferecer o que os outros querem, dependerá
de ajuda para não ficar condenado à destituição. O primeiro problema neste
caso é o pressuposto de superioridade do doador em relação ao recebedor.
Além disso, há o problema de expansão da demanda: quanto mais dinheiro for
doado, mais aparecerão pessoas querendo receber, seja por necessidade real,
seja por acomodação.
Muitas pessoas se colocam contra o assistencialismo, que é um tipo particular
de beneficência, enfatizando que o correto é “ensinar a pescar” e não
simplesmente “dar o peixe”. Acham o assistencialismo nocivo ao “dar o peixe”,
pois automaticamente é criada a dependência e redução da auto-estima.
Entretanto, é inegável que se uma pessoa está morrendo de fome, torna-se
necessário dar o alimento antes de cuidar do médio e longo prazo.
Para estarem capacitadas a aprenderem a pescar, as pessoas precisam antes de
assistência, apoio, carinho e compaixão.
Cristo recomendou fortemente a caridade e, mais que isso, colocou-a como
condição necessária para a felicidade futura. Nos ensinamentos de Cristo, a
caridade é muito mais que esmola ou assistência emergencial. Para ele, a
verdadeira caridade é aquela que realmente tira o outro da situação ruim em
que se encontra. Está implícito nestes ensinamentos que o que diferencia dois
seres humanos são apenas as circunstâncias e não a essência do ser. Estas
circunstâncias são precisamente as variáveis que devem ser mudadas ou
atenuadas através da caridade.
(Mateus 6.2 a 6.4) “Quando derem alguma coisa a um pobre, nada de alarde,
como fazem os fingidos, tocando trombeta nas sinagogas e nas ruas para
chamar a atenção para os seus atos de caridade. Digo-vos com toda a seriedade:
esses já receberam toda a recompensa que poderiam ter. Mas quando fizerem
um favor a alguém, façam-no em segredo, sem dizerem à mão esquerda o que
faz a direita. Vosso Pai, que conhece todos os segredos, vos recompensará”

(Mateus, 7:12) “Portanto, tudo o que quereis que os outros vos façam, fazei o
mesmo também vós “
Dessa forma, a eliminação da pobreza viria como consequência do
cumprimento destes mandamentos. Max Weber, no livro “A ética protestante e
o espírito do capitalismo”, mostrou algumas diferenças entre o catolicismo e o
protestantismo e suas consequências para a sociedade. No catolicismo, a
salvação é obtida apenas por meio da fé na ressurreição de Cristo, com a
necessária intermediação da igreja, mas, segundo Tiago, a fé sem obras é vazia.
Dessa forma, as boas ações, ou caridade, são importantes para a legitimação da
salvação. Na teologia protestante, a salvação era uma predestinação definida
por Deus e cabia ao crente apenas trabalhar para glorificar Deus, podendo
gerar, com isso, uma acumulação de riquezas.

A Maçonaria é considerada como uma organização filantrópica porque não


visa a obtenção de lucro, ao contrário, suas arrecadações e seus recursos se
destinam à beneficência e à busca do bem-estar do gênero humano.

No Tronco de Beneficência, ato litúrgico obrigatório nas Sessões Maçônicas,


são arrecadados óbolos para fins caritativos. Originalmente ele foi criado na
Igreja Católica pelo Papa Inocêncio III como uma caixa nas entradas das
igrejas cujo valor era destinado aos pobres.

Apesar da Maçonaria ser uma entidade filantrópica, não se considera que ela
exista apenas por causa da Solidariedade e da Beneficência. Ao contrário, a
solidariedade e a beneficência é que são consequências do aperfeiçoamento
do maçom, que “foi criado para as boas obras”, numa visão possivelmente
herdada do protestantismo. O socorro aos necessitados faz parte dos
juramentos e compromissos de todo maçom.

Filantropia significa humanitarismo, é a atitude de ajudar o próximo, de fazer


caridade, seja ela através de donativos, como roupas, comida, dinheiro, etc. É
um termo é de origem grega, que significa “amor à humanidade”.
O termo filantropia foi criado por um imperador romano, no ano de 363, pois
achava que filantropia era característica de uma de suas atividades, como
sinônimo de caridade, com o objetivo de ajudar as pessoas.

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