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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO

DA VARA DA INFÂNCIA E DA JUVENTUDE DA COMARCA


DE XXX

Lidiane e Lucas, biólogo, brasileiros, casados conforme


certidão em anexo, por seus advogados, bastante procuradores, infra-
assinados, vem respeitosamente à presença de Vossa Excelência,
com fundamento no artigo 39 de seguintes da Lei 8.069/90 c. C
artigo 1.618 do Código Civil, requerer a ADOÇÃO do menor Luiz,
pelas razões de fato e de direito a seguir declinadas.

1 – DOS FATOS

Os requerentes são casados desde xxx, desta união tiveram dois


filhos os quais residem na cidade de Maringá com os mesmos, porem
o pai labora na cidade de Curitiba PR.
Mesmo residindo com a autora e seus filhos, em uma dessas viagens
teve outro relacionamento com uma moça no qual resultou no
nascimento de outro filho.
Ao passar um ano deste fato Lidiane teve conhecimento do
relacionamento do esposo com outra mulher e da existência de Luiz,
teve também o conhecimento de que a mãe não o queria, portanto os
requerentes imediatamente demonstraram interesse em adota-lo.

2 – DO DIREITO
É cediço que a adoção é medida excepcional, mas no caso em tela a
manutenção do adotando na família natural se mostrou inviável, haja
vista que a mãe biológica não quer cria-lo.
Assim, a inserção da criança na família pelos requerentes é à medida
que melhor atende o interesse do adotando.
De outro lado, termos que todos os requisitos exigidos para a adoção
estão presentes, senão vejamos.
Os requerentes são casados, maiores de 18 anos e estão aptos a
prover a saúde, a educação, o lazer, a cultura e a alimentação de
todos os menores, bem como já são vistos como pais pelos adotando,
ou seja, em perfeita consonância com o artigo 43 do Estatuto da
Criança e do Adolescente.

Igualmente, o adotando esta em contato com um dos requerentes


desde o seu nascimento. Assim, conforme previsto pelo § 1º do
artigo 46, do ECA, o estágio de convivência previsto no caput o
mesmo artigo é desnecessário no caso em comento, haja vista que o
adotando já esta sob a guarda de um dos requerentes e constituíram
fortes vínculos afetivos.

Por fim, o consentimento da mãe biológica do adotando é


desnecessário no presente caso, uma vez que esta não tem o interesse
de cria-lo.
Posto isto, cumpridas todas as exigências legais, e estando o
adotando sob a guarda provisória dos requerentes, de modo que já
convivem como se fossem uma família, e com estreitos laços afetivos
entre eles, o deferimento do presente pedido de adoção é a medida
que melhor atende ao interesse do menor adotando.

3 – DO PEDIDO

Ante todo o exposto, requer a Vossa Excelência:

a) A intimação do Ilustríssimo representando do Ministério Público


Bandeirante, para que acompanhe o presente processo e manifeste-se
quando entender necessário;

b) A dispensa do consentimento da mãe biológica do adotando, haja


vista que esta não tem o interesse em cria-lo.
c) A dispensa, nos termos do artigo 46, § 1º, ECA, do período de
convivência do adotando com os requerentes, uma vez que este já
esteja sob a guarda provisória destes e já formaram fortes laços
afetivos;

d) Ao final, seja a presente Ação julgada procedente, proferindo-se


sentença constitutiva para o fim de conceder aos requerentes a
Adoção Plena do menor Luiz, determinando-se o cancelamento da
inscrição de Registro Civil deste adotando, e a consequente lavratura
de novo registro no Cartório de Registro Civil de Pessoas Naturais de
xxx, conforme dispõe o artigo 47 e §§ do ECA, alterando-se o nome
da criança para xxx (sobrenome dos pais adotantes).

Protesta provar o alegado por todos os meios de prova em direito


admitidos, em especial a testemunhal e documental.

Dá-se à causa o valor de R$ xxx.

Termos em que, Pede deferimento.

Local xxx, Data xxx

ADVOGADO xxx
OAB xxx

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