Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
ARTIGO ARTICLE
dimensões e variáveis para a avaliação da Atenção Primária
no contexto do sistema público de saúde brasileiro
Embora tenha destacado essas seis dimen- tinuidade informacional, descrita como “coleção
sões, Saultz12 conclui que continuidade do cuida- organizada de informação médica e social sobre
do engloba uma hierarquia de apenas três: in- cada paciente, disponibilizada para todos os pro-
formacional, longitudinal e interpessoal. A base fissionais de saúde que cuidam do mesmo”. Mas,
hierárquica para a definição do termo seria a con- como o conhecimento sobre o paciente não seria
Quadro 1. Artigos revisados segundo termo utilizado, interpretação do termo e referência conceitual.
ximo do atributo da “coordenação” referido por A partir dos artigos já discutidos, verifica-se
Starfield5, não é contemplada por Saultz. Já o que o termo continuidade do cuidado é utilizado
termo continuidade longitudinal utilizado por com sentido semelhante ao de longitudinalidade
Saultz, cujo significado diz respeito à identifica- definido por Starfield. A concordância diz respei-
ção de uma unidade de saúde como fonte regu- to, principalmente, ao estabelecimento de relação
lar de cuidados, é considerado por Haggerty et terapêutica duradoura entre paciente e profissio-
al. como pré-requisito para a continuidade do nais de saúde da equipe APS. Por outro lado, ob-
cuidado, mas não como dimensão do atributo. serva-se diversidade de nomenclatura e discordân-
Vale ressaltar que, embora Starfield não ex- cia na identificação das dimensões do atributo.
plicite dimensões para o atributo em questão,
esta autora cita a identificação da fonte regular
de cuidados e o vínculo longitudinal como fato- A longitudinalidade
res inerentes à longitudinalidade. Já a continui- no contexto das reformas do setor saúde
dade informacional é tratada por esta autora no
âmbito do atributo da coordenação do cuidado. Como dito anteriormente, a longitudinalidade
MacWinney utiliza o termo “continuidade do tem sido identificada enquanto questão polêmi-
cuidado” e identifica cinco dimensões para o ca no âmbito das reformas que implicam reor-
mesmo: informacional, cronológica, geográfica ganização da oferta de serviços. Neste aspecto,
interdisciplinar e interpessoal; e o Institute of Guthrie e Wyke22, assim como Freeman e Hjort-
Medicine, que também utiliza o termo “continui- dahl21, também discutiram a temática no pro-
dade do cuidado”, não cita dimensões. cesso de reforma da atenção primária, mas no
Freeman e Hjortdahl18 são citados por ou- contexto do Reino Unido.
tros autores como referência conceitual, mas dis- A princípio, Guthrie e Wyke22, que compre-
cutem a temática no âmbito das reformas orga- endem a continuidade como o estabelecimento
nizacionais e gerenciais da APS. Esses autores de contato com o mesmo médico ao longo do
confrontam os termos continuidade longitudi- tempo, distinguem continuidade pessoal - des-
nal e continuidade pessoal como duas interfaces crita como uma progressiva relação médico-pa-
da continuidade do cuidado. Uma relação tera- ciente que assegura cuidados que levam em con-
pêutica mais duradoura com um único médico ta o contexto pessoal e social do paciente -, de
generalista caracterizaria a continuidade longi- continuidade do cuidado, que estaria relaciona-
tudinal. Já na continuidade pessoal haveria a re- da com a prática moderna da atenção primária,
lação duradoura com um generalista, mas tam- em que haveria a renúncia de uma atenção mais
bém poderia haver uma equipe de atenção pri- personalizada e duradoura em prol do atendi-
mária que dividisse responsabilidades. mento por equipes maiores, que assegurassem a
Ao confrontar essas duas interfaces da conti- continuidade a partir da utilização de guidelines e
nuidade do cuidado, os autores explicitam van- registros eletrônicos.
tagens e desvantagens da continuidade longitu- Mas a suposta polêmica entre esses dois ti-
dinal. Dentre as desvantagens, destacam o fato pos de continuidade em nome da eficiência seria
desse tipo de continuidade exigir mais disponibi- falsa, dada as evidências de que a continuidade
lidade e compromisso por parte do profissional pessoal traria vantagens, como a diminuição das
médico. Além do mais, alegam que a existência internações e da utilização de serviços de emer-
de uma relação duradoura não significa necessa- gência, e maior satisfação do paciente. Logo, não
riamente que ela seja boa. haveria necessidade de escolher entre a suposta
Outra afirmativa é que a relação duradoura “medicina moderna” e a continuidade pessoal;
com um único médico poderia interferir no senso ambas seriam compatíveis. No entanto, os mé-
de observação dos pacientes e torná-los menos dicos precisariam ter mais clareza deste fato de
críticos com relação à avaliação dos cuidados re- modo a reivindicar a continuidade pessoal no
cebidos. Por outro lado, esta relação favoreceria o âmbito das reformas do setor saúde. Estes auto-
retorno, para o profissional, da eficácia do diag- res não utilizam os termos longitudinalidade ou
nóstico e do tratamento. Frente a essas questões, continuidade longitudinal.
a alegação é que a continuidade longitudinal não O texto da Organização Mundial de Saúde
seria imprescindível, mas a continuidade pessoal, sobre continuidade do cuidado, publicado em
sim. Mas, em todo caso, para o estabelecimento 199223, também tem como fonte motivadora as
da continuidade pessoal, seria necessário um cer- mudanças nos sistemas de atenção primária e o
to grau de continuidade longitudinal. risco de tais reformas interferirem negativamen-
1035
tanto, a maioria dos estudos indicou associação ser assegurada principalmente para grupos de
entre continuidade do cuidado e resultados po- pacientes crônicos, portadores de patologias
sitivos, como diminuição da taxa de internações complexas, idosos e população de baixa renda e
e maior satisfação do paciente, constatados nos que talvez pessoas jovens e saudáveis não tenham
estudos analisados a seguir. tanto interesse em manter um vínculo com uma
Para investigar a relação entre custos e conti- fonte regular de cuidados.
nuidade do cuidado, De Maeseneer et al.26 utili- Objetivando medir a longitudinalidade e a
zaram como recurso metodológico um estudo continuidade em quatro países europeus, a sa-
de coorte por um período de dois anos. Compa- ber, Espanha, Portugal, Finlândia e Suécia, Pas-
raram dois grupos de beneficiários de duas com- tor-Sánchez et al.14 realizaram estudo descritivo
panhias de seguro. Um grupo tinha um genera- comparativo, tendo por base questionários en-
lista como fonte regular de cuidado na atenção viados a médicos generalistas que atuavam há
primária e o outro, não. mais de cinco anos na mesma unidade nos paí-
Tendo Starfield como referência conceitual, ses escolhidos para o estudo. Como dito anteri-
esses autores interpretaram o termo como rela- ormente, longitudinalidade para estes autores,
ção pessoal entre médico e paciente ao longo do cuja referência conceitual é Starfield, significa
tempo. Como resultado, após ajustes por fato- “acompanhamento dos distintos problemas de
res sociodemográficos, econômicos e presença de saúde de um paciente por um mesmo médico ao
comorbidade, esses autores encontraram forte longo do tempo”. A observação é que só registra-
associação entre continuidade do cuidado com ram o ponto de vista do médico, desconsideran-
médico de família e menores gastos em saúde. do a opinião do usuário.
Ou seja, os resultados do estudo indicaram que Com relação aos resultados, os autores cons-
a longitudinalidade estava associada com a efi- tataram que os países investigados apresenta-
ciência na APS. vam diferentes graus de longitudinalidade e de
Partindo do pressuposto que a valorização continuidade; Portugal obteve o melhor desem-
da continuidade do cuidado pode influenciar na penho e Finlândia, o pior, por não dispor de lista
satisfação do paciente com relação à atenção re- de pacientes e pelo menor nível de conhecimento
cebida, Nutting et al.27 investigaram tal associa- por parte do profissional a respeito dos proble-
ção em um estudo transversal. Os autores defi- mas do paciente.
niram a continuidade do cuidado como um as- Mainous et al.28, tendo Starfield como refe-
pecto fundamental da atenção primária e a rela- rência teórica, investigaram a relação entre con-
cionaram com a identificação de um médico ge- fiança no profissional médico quando a fonte
neralista como fonte regular de cuidados. As re- regular de cuidados era um único médico e quan-
ferências conceituais foram o Institute of Medi- do essa fonte era um serviço de APS. Para tal,
cine19 e McWhinney18. conduziram inquérito com amostra aleatória de
No esforço para medir o alcance desse atri- pacientes no Reino Unido e nos Estados Unidos.
buto, os autores privilegiaram tópicos relativos Como resultado, destacaram que o acompanha-
ao conhecimento médico sobre o paciente, a co- mento por um mesmo médico ao longo do tem-
ordenação do cuidado e a comunicação inter- po está associado com aumento da confiança
pessoal, além do grau de valorização da conti- neste médico, mas não necessariamente em uma
nuidade do cuidado pelos pacientes, pressupon- relação de causa e efeito. Em todo caso, a conti-
do que tal valorização exerce influência na avali- nuidade seria um nutriente para a confiança.
ação desse atributo por parte do paciente. Os Logo, deveria ser encorajada, inclusive com in-
dados foram coletados a partir de observação centivos financeiros.
direta e inquérito com pacientes. Dados sociode- Para investigar a relação entre a continuida-
mográficos e do estado de saúde percebido pelo de do cuidado e a satisfação do paciente, Fan et
paciente serviram de base para a análise. al.29 realizaram estudo transversal, utilizando
Os resultados do estudo de Nutting et al.27 como fontes de informação inquérito com paci-
indicaram que mulheres, idosos, grupos com entes atendidos em clínicas de atenção primária e
menor nível de escolaridade, portadores de con- registros administrativos desses serviços. As ques-
dições crônicas, segurados do Medicare e Medi- tões versavam sobre a satisfação com o atendi-
caid e a percepção de pior estado de saúde esta- mento e com outros aspectos do serviço ofereci-
vam associados com a valorização da continui- do. Tendo por referência os postulados de
dade do cuidado. A conclusão desse estudo é su- Saultz12, estes autores definiram continuidade do
gestiva de que a continuidade do cuidado deve cuidado como “relação entre médico e paciente
1037
nalidade/vínculo longitudinal como característi- tenciais. Mas, melhorar a qualidade dos serviços
ca central da APS, dada a sua relação com a efe- prestados neste nível de atenção ainda é um desa-
tividade neste nível assistencial, a sugestão é que fio. Nesse aspecto, posto que estudos relacionam
utilizemos apenas este atributo para avaliar a a longitudinalidade/vínculo longitudinal com re-
qualidade da APS. Sendo assim, a proposta aqui sultados positivos, o reconhecimento deste atri-
apresentada é de construção de roteiro a partir buto como característica central da APS em nos-
de aproveitamento e adaptação de algumas ques- so país é oportuno e deve ser almejado e avaliado.
tões que compõe o PCAT, previamente testadas Por outro lado, o fato do termo longitudina-
por Almeida e Macinko, acrescentando-se novas lidade ainda não ser usual na literatura brasileira
variáveis e questões, em consonância com as di- e a existência de discordâncias com relação aos
mensões identificadas para o atributo. quesitos que compõem o referido atributo na li-
O referido roteiro (Quadro 3) é composto de teratura internacional permitem a adoção de di-
quinze questões, sendo nove adaptadas da ver- mensões em acordo com os princípios organiza-
são brasileira do PCAT e seis criadas a partir da tivos do sistema público de saúde do nosso país,
presente revisão, que são as de número 2, 4, 7, 12, desde que esteja em consonância com os pressu-
13 e 14. postos dos autores que discutem a temática.
A proposta aqui apresentada constitui-se em
um roteiro de questões, as quais poderão ser
Considerações finais adaptadas e direcionadas para realização de in-
quéritos com diferentes atores (diretores de uni-
O SUS avançou no processo de reorganização da dades, profissionais ou grupo de pacientes). Nes-
atenção básica, inclusive com a ampliação da co- sa proposta, as opções de resposta não foram
bertura e implementação de novos modelos assis- contempladas, mas a utilização de questionário
Quadro 3. Proposta de questões para investigação do vínculo longitudinal a partir das dimensões do
atributo.
Colaboradores Referências
EM Cunha trabalhou na concepção teórica, ela- 1. Macinko J, Starfied B, Shi L. The Contribution of
boração e redação final do texto; L Giovanella Primary Care Systems to Health Outcomes within
Organization for Economic Cooperation and Devel-
participou da concepção teórica e revisão final
opment (OCDE) Countries. HSR 2003; 38(3):831-865.
do texto. 2. Starfield B, Shi L, Macinko J. Contribution of Pri-
mary Care to Health Systems and Health. The Mil-
bank Q 2005; 83 (3):457-502.
3. World Health Organization. What are the advantag-
es and disadvantages of restructuring a health care
system to be more focused on primary care services?
Geneva: WHO; 2004.
4. Giovanella L. A atenção primária à saúde nos paí-
ses da União Européia: configurações e reformas
organizacionais na década de 1990. Cad Saude Pu-
blica 2006; 22(5):951-963.
5. Starfield B. Atenção primária: equilíbrio entre neces-
sidades de saúde, serviços e tecnologia. Brasília: Unes-
co/Ministério da Saúde; 2002.
6. Shi L. Type of Health Insurance and the Quality of
Primary Care Experience. Am J Public Health 2000;
90(12):1848-1855
7. Cassady CE, Starfield B, Hurt ado MP, Bark RA,
Nunda JP, Freedenberg LA. Measuring consumer
experiences with primary care. Pediatrics [periódi-
co na Internet] 2000 [acessado 2006 jul 25];105:[cerca
de 6 p.]. Disponível em: http://www.jhsph.edu/bin/
w/u/Measuring_consumer_experiences.pdf
8. Leiyushi DRPH, Starfield B, Xu J. Validating the
Adult Primary Care Assessment Tool. J. Fam. Pract.
2001; 50:161-175.
9. Harzhein E, Starfield B, Rajmil L, Stein AT. Consis-
tência e interna e confiabilidade da versão em por-
tuguês do instrumento de avaliação primária (PCA-
Tool-Brasil) para serviços de saúde infantil. Cad
Saude Publica 2006; 22(8):1647-1659.
1042
Cunha EM, Giovanella L
10. Almeida C, Macinko J. Validação de uma metodolo- 26. De Maeseneer JM, De Prins L, Gosset C, Heyerick
gia de avaliação rápida das características organizacio- J. Provider continuity in family medicine: does it
nais e do desempenho dos serviços de atenção básica do make a difference for total health care costs? Ann
sistema único de saúde (SUS) em nível local. Brasília: Fam Med 2003; 1(3):144-148.
OPAS/Ministério da Saúde; 2006. 27. Nutting PA, Goodwin MA, Flocke SA, Zyzandki SJ,
11. Gérvas J, Fernández MP. El fundamento científico Stage KC. Continuity of primary care: to whom does
de la función de filtro del médico general. Rev. et matter and when? Ann Fam Med [periódico na
bras. epidemiol. 2005; 8(2):205-218. Internet] 2003 [acessado 2007 jan 17];1:[cerca de 8
12. Saultz JW. Defining and Measuring Interpersonal p.]. Disponível em: http://www.periodicos.capes.
Continuity of Care. Ann Fam Med 2003; 1(3):134- gov.br
145. 28. Mainous AG, Baker R, Love MM, Gray DP, Gill JM.
13. Ortún V, Gérvas J. Fundamentos y eficiencia de la Continuity of care and trust in one’s physician: evi-
atención médica primaria. Med Clin (Barc) 1996; dence from Primary Care in the United States and
106:97-102. United Kingdom. Family Medicine [periódico na
14. Pastor-Sánchez R, Miras AL, Fernández MP, Ca- Internet] 2001 [acessado 2007 jan 17];33(1):[cerca de
macho RG. Continuidad Y Longitudinalidad en 6 p.]. Disponível em: http://www.periodicos.capes.
Medicina General en cuatro países Europeos. Rev gov.br
Esp Salud Pública 1997; 71:479-485. 29. Fan VS, Burman M, McDonell MB, Fihn SD. Conti-
15. Giovanella L, Escorel S, Mendonça MHM. Porta nuity of care and other determinants of patient satis-
de entrada pela atenção básica? Integração à rede faction with primary care. JGIM [periódico na In-
de serviços de saúde. Saúde em Debate 2003; ternet] 2005 [acessado 2007 jan];20(3):[cerca de 8
27(65):278-289. p.]. Disponível em: http://www.periodicos.capes.
16. Mendes EV. Reflexões sobre a NOAS SUS 01/2002. gov.br
[Mimeo]. 30. Gill JM, Mainous AG. The role of provider continu-
17. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção ity in preventing hospitalizations. Arch Fam Med
à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Avalia- [periódico na Internet] 1998 [acessado 2007 jan
ção da Atenção Básica em Saúde: caminhos da institu- 17];7:[cerca de 6 p.]. Disponível em: http://
cionalização. Brasília: Ministério da Saúde; 2005. archfami.ama-assn.org/cgi/reprint/7/4/352.pdf
18. McWhinney IR. The principles of family medicine. 31. Saultz JW, Albedaiwi W. Interpersonal continuity
In: McWhinney IR, editor. A Textbook of Family of care and patient satisfaction. Annals of Medicine
Medicine. 2nd ed. New York: Oxford University Press; [periódico na Internet] 2004 [acessado 2007
1997. jan];2(5):[cerca de 7 p.]. Disponível em: http://
19. Committee on the future of primary care. Primary www.periodicos.capes.gov.br
care: America’s health in a new era. 1st ed. Washington, 32. Cabana MD, Jee SH. Does continuity of care im-
D.C.: Institute of Medicine/National Academy of proves patient outcomes? J Fam Pract. [periódico
Sciences; 1996. na Internet] 2004 [acessado 2007 jan 17]; 53(12):[cer-
20. Haggerty JL, Reid RJ, Freeman GK, Starfield BH, ca de 7 p.]. Disponível em: http://www.periodicos.
Adair CE, McKendry R. Continuity of care: a mul- capes.gov.br
tidisciplinary review. BMJ [periódico na Internet] 33. Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção
2003 [acessado 2007 jan 18]; 327:[cerca de 3 p.]. à saúde. Departamento de Atenção Básica. Política
Disponível em: http://www.bmj.com/content/327/ Nacional de Atenção Básica. Brasília: Ministério da
7425/1219.full Saúde; 2006.
21. Freeman G, Hojordahl P. What future for continuity 34. Caprara A, Rodrigues J. A relação assimétrica mé-
of care in general practice? BMJ [periódico na Inter- dico-paciente: repensando o vínculo terapêutico.
net] 1997 [acessado 2007 jan 18]; 314: [cerca de 1 p.]. Cien Saude Cole 2004; 9(1):139-146.
Disponível em: http://www.bmj.com/content/314/ 35. Mendes EV. A Atenção Primária no SUS. Fortaleza:
7098/1870.full Escola de Saúde Pública do Ceará; 2002.
22. Guthrie B, Whike S. Does continuity in General
Practice really matter? BMJ [periódico na Internet]
2000 [acessado 2007 jan 18];321:[cerca de 3 p.].
Disponível em: http://www.bmj.com/content/321/
7263/734.full
23. World Health Organization. Continuity of care in
changing health care systems. Geneva: WHO; 1992.
24. Christakis DA. Continuity of care: Process or out-
come. Ann Fam Med 2003; 1(3):131-133.
25. Roberge D, Beaulieu MD, Haddad S, Lebeau R,
Pineault R. Loyalty to the regular care provider:
patients‘ and physicians‘ views. Family Practice
[periódico na Internet] 2001 [acessado 2007 jan Artigo apresentado em 29/09/2008
17];18(1):[cerca de 6 p.]. Disponível em: http:// Aprovado em 09/02/2009
www.periodicos.capes.gov.br Versão final apresentada em 09/03/2009