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INTRODUÇÃO
Os conflitos e as crises são momentos vivenciados por todas as pessoas, casais
e famílias durante suas vidas. Muitas vezes são períodos de aprendizado, crescimento e
união, mas em outros de rigidez, dificuldade e distanciamento.
Percebemos que estes eventos na terapia com os casais e com as famílias são
momentos importantes e de intensas mudanças dentro de um ciclo de vida (Carter &
McGoldrick, 1995) ou de rematrização de um grupo (Moreno, 1954 [1972]).
Verificamos que em alguns casos os momentos de conflitos e crises são
abruptos, tensos, ansiogênicos e desagregadores das relações familiares. Constatamos
também que muitas destas situações que estavam em acompanhamento psicoterápico
encontraram uma resolução mais positiva com poucas sessões. Consideramos junto com a
coordenação do Serviço de Psicologia Aplicada do NAMI a viabilidade de criar o serviço
de plantão para casais e famílias que se mostrou possível. Deste modo, precisaremos,
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Para nomear o plantão de atendimento aos casais e famílias utilizamos as palavras foco recíproco. A palavra
foco, para Menegazzo, Tomasini, Zuretti e cols. (1995), “é o lugar de máxima atenção na ação de choque ou
de encontro (p.98). Para Minuchin (1982), “um terapeuta que trabalha no esquema de referência da terapia
familiar estrutural da família, todavia, pode ser comparada com uma câmera munida de uma filmadora capaz
de aproximar ou afastar imagens através de um movimento de lentes (zoom lens). Pode movimentá-la
rapidamente para um close up, sempre que desejar estudar o campo intrapsíquico, mas também pode observar
com um foco mais amplo”(p.13). Para Seixas (1992), a focalização é uma necessidade terapêutica porque “na
terapia familiar, o terapeuta ouvindo ou observando a família ou participando do seu contexto é inundado por
uma quantidade muito enorme de dados e deve organizar e selecionar estes dados, procurando focalizar qual
núcleo dos problemas que estão sendo trazidos” (p.95). Recíproco vem do teatro reciproco moreniano ou,
como explica Marineau (1992), “o ‘teatro recíproco’ baseia-se em teorias sistêmicas e é precursor da terapia
familiar e comunitária”(p.78). Motta (2004) explica “penso que podemos compreender como Teatro
Recíproco o processo terapêutico em que o ator-cliente e todo o grupo familiar é co-responsável e, sempre
que possível, ao vivo. Considero que o conflito define o ator-cliente do Teatro Recíproco. Dentro desse
conceito, podemos dizer, então, que a família-cliente são os que estão envolvidos no conflito” (p.29).
Watzlawick, Beavin e Jackson (2003) afirmam que “os objetos dos sistemas interacionais são melhor
descritos não como indivíduos mas como pessoas-comunicando-com-outras-pessoas”(p.109). Miermont
(1994) complementa confirmando a influência reciproca das interações, “sem negar a importância dos fatores
psíquicos na construção da organização familiar, reconhecer-se a reciprocamente em que medida a
organização do sistema familiar repercute na atividade psíquica de cada um de seus membros”(p.475).
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inicialmente, definir o que são os conflitos e crises, já que trabalharemos com esses
fenômenos nas relações conjugais e familiares.
OS CONFLITOS
O conflito segundo o dicionarista Ferreira (2004) é definido como uma “luta,
combate, guerra, enfrentamento. Oposição entre duas ou mais partes. Desavença entre
pessoas, grupos. Divergência, discordância de ideias, de opiniões” (p.256). Dessa forma, o
conflito traz o significado do confronto de forças entre os participantes, podendo também
denotar o atrito realizado face a face com um ou vários opositores.
De acordo com Nascimento e Sayed (2002), no trabalho sobre a administração
de conflitos nas organizações, o conflito é “um processo onde uma das partes envolvidas
percebe que a outra parte frustrou ou irá frustrar os seus interesses” (p.48). Para eles os
conflitos possuem um motivador relacional fundamentado na frustração mútua dos
participantes. Contudo, existem outros motivadores que podem causar conflitos: as
diferenças em termos de traços de personalidade, as formas de agir, as diferenças de
opinião na execução de metas divergentes e a construção particularizada das interpretações
de informações e percepções sobre um determinado assunto.
Para Moreno o criador do Psicodrama, os conflitos são compreendidos como
ações dramáticas vivenciadas em diversos papéis e contra papéis, podendo ser definidos
como “um antagonismo em ato” (Menegazzo, Tomasini, Zuretti e cols., p.59). Neste
contexto, o conflito desenvolve uma complementaridade e pode sustentar uma forma de
encontro para Moreno (1959 [1974]) que afirma: “A palavra encontro contém como raiz a
palavra ‘contra’. Abrange, portanto, não apenas as relações amáveis, mas também as
relações hostis e ameaçadoras: opor-se a alguém, contrariar, brigar” (p.79). Desta forma,
para ele o conflito é uma oportunidade de encontro e de adquirir vivencialmente
conhecimento em uma relação de reciprocidade. Mas como os conflitos se diferenciam das
crises?
AS CRISES
As crises são conceituadas pelo dicionarista Ferreira (2004) como uma
“manifestação súbita, inicial ou não, de doença física ou mental. Manifestação repentina de
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ruptura de equilíbrio. Fase difícil, grave, na evolução das coisas, dos acontecimentos, das
ideias. Manifestação violenta de sentimentos...” (p.276).
Menegazzo, Tomasini, Zuretti e colaboradores (1995) fazem uma distinção
muito importante entre crise e conflito, pois para a compreensão popular as palavras podem
denotar o mesmo significado. Eles afirmam que a crise é uma encruzilhada que solicita dos
participantes realizar escolhas para superá-las. Enfatizam que todas as crises possuem
oposições e enfrentamento, mas não necessariamente conflito, pois pode haver ou não o
confronto hostil de forças, sendo esta a maior característica do conflito. Antes de falarmos
sobre as crises conjugais e familiares precisaremos definir o casamento e a família como
contextos destas crises específicas.
O CASAMENTO
O casamento pode ser definido como união de cônjuges em uma casa. A
palavra casamento deriva de ‘casa’, que em latim significa ‘cabana’, ‘prédio rústico’,
‘pequena quinta’. Assim, com o passar do tempo, a ‘casa’ passaria a significar a “união de
um homem e de uma mulher que iriam residir numa ‘casa’” (Ferreira, 2002, p.77). O
sociólogo Johnson (1997) define o casamento como “uma união socialmente sancionada
envolvendo dois ou mais indivíduos no que é considerado um arranjo estável, duradouro,
baseado, pelo menos em parte, em laço sexual de algum tipo” (p.31). E, Lévi-Strauss (1949
[1982] In: Ferreira, 2002) afirma: “todo casamento é um encontro dramático entre a
natureza e a cultura, entre a aliança e o parentesco” (p.48).
Para Moreno, 1954 [1972]) o casamento e a família constituem uma casa
psicológica.
“A característica familiar de um grupo consiste em um núcleo de atrações
e rejeições; predominando as últimas, o amor a casa não pode manifestar-
se. Todo indivíduo aspira a uma situação que lhe permita expressar mais
espontaneamente estes sentimentos e que atenda a seus desejos: portanto,
resta buscar companheiros dispostos a compartilhar com ele tais
sentimentos e desejos. Em outras palavras, seu objetivo é criar uma casa
psicológica. (...) A continuidade da existência de um grupo de coabitação
depende dos interesses recíprocos que tenham seus membros; o êxito de
um grupo de coabitação depende do apoio concedido por uma fração de
seus membros.” (p.260-261).
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Moreno (1946 [1997]) explica que o casal forma um grupo de duas pessoas,
mas o número de papéis que vivenciam é muito mais que dois.
Figueiredo & Souza (2015) definem o casamento como um
“ato tanto público quanto privado. Envolve um procedimento civil e/ou
religioso central para a manutenção da ordem social, mesmo que seja
celebrado de modo diferente entre as culturas e ao longo do tempo.
Construir um casal, por outro lado, é um ato privado de compromisso
voluntário entre dois adultos que esperam desenvolver um projeto de vida
futura compartilhada, onde haverá amor, cuidado, segurança recíproca e...
fidelidade” (p.49).
A FAMÍLIA
A palavra família ou “oikogeneia” em grego designa as “pessoas do mesmo
sangue” (Pereira, 1990, p.874). Em latim, família ou “famulus” são “as pessoas de uma
casa: pater familias, o pai; mater familias, a mãe; filii et filiae familias, os filhos e as filhas;
servi, os servos, todos dependentes do primeiro” (Ferreira, 1997, p. 475). Osório (2002)
define como "uma unidade grupal na qual se desenvolvem três tipos de relações pessoais –
aliança (casal), filiação (pais/filhos) e consanguinidade (irmãos)” (p.15).
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Para Carter & McGoldrick (1995), a família “é um sistema que evolui com o
tempo, tem uma história, características singulares e produz signos e símbolos que
propiciam um reconhecimento do papel familiar e social que os membros assumem” (p.09).
A partir das definições de casamento e família poderemos nos deter na definição das crises
familiares e conjugais.
AS CRISES FAMILIARES
As crises familiares são oportunidade para mudanças, pois para o terapeuta
familiar sistêmico Pittman (1987), “não é possível haver mudança sem crise”, mas “é
possível ter uma crise sem haver mudanças; muitas pessoas e muitas famílias seguem a vida
sem aprender nada de novo com o dano” (p.03). Para ele as crises familiares são
oportunidades perigosas, pois podem melhorar as relações familiares ao serem encontradas
novas formas de relação mútua como podem agravar as dificuldades relacionais entre os
membros da família, levando a novas crises cíclicas.
Pittman (1987) define que as crises familiares possuem uma sequência de
acontecimentos esperados. Primeiro ocorre o choque com a presença da negação e perda de
memória. Segundo percebe-se a presença de emoções intensas. E terceiro observa-se e
sente-se uma desorganização pessoal, conjugal e familiar, seguido de um processo de
recuperação que sustenta uma reorganização relacional, funcional e estrutural nas
interações familiares. Ele também define quatro tipos de crises familiares: as crises
circunstanciais (ou inesperadas) que possuem eventos ambientais como causadores, as
crises de desenvolvimento com dificuldades de adaptação às novas circunstâncias, as crises
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AS CRISES CONJUGAIS
As crises conjugais, para Moreno (1946 [1997]), são resultadas da aproximação
do casal e de seu conjunto de antigos e novos papéis que necessitam ser ajustados ao novo
contexto conjugal, por que
“a concretização de uma situação matrimonial não só precipita novos
papéis para os parceiros conjugais, mas, debilita ou intensifica papéis já
estabelecidos entre eles, por exemplo, o papel de amante”. A situação
matrimonial e seus papéis consequentemente provocam novas satisfações
ou acarretam novos atritos. Portanto, alguns dos desequilíbrios que
existiam no estado pré-marital desaparecem e novos desequilíbrios
emergem (p.402).
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OBJETIVOS
Objetivos gerais:
1. Realizar atendimentos psicoterápicos emergenciais de curta duração com casais e
famílias em situação de conflito ou de crise que procurem atendimento
psicoterápico.
2. Possibilitar o acesso ao acompanhamento psicoterápico aos casais e às famílias em
várias condições sócio econômicas de Fortaleza favorecendo a inclusão social no
que se refere a prestação de serviços em Psicologia a este público.
Objetivos específicos:
1. Receber os casais e as famílias em, no máximo, quatro sessões que necessitem de
um acompanhamento terapêutico mais focalizado e emergencial de sua demanda.
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METODOLOGIA
indicação de tarefas podem ser propostas neste momento da sessão e manterá o contato dos
participantes com o processo terapêutico favorecendo as mudanças entre as sessões.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
sofrimento; ao contrário, confirma a regra: cada segunda vez é uma liberação da primeira”
(p.107-108).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
______. Psicoterapia de Grupo e Psicodrama. São Paulo: Editora Mestre Jou, 1959 [1974].
NASCIMENTO, Eunice; EL SAYED, Kassem Mohamed. Administração de conflitos.
Curitiba: Faculdades Bom Jesus e Gazeta do Povo, 2002. Coleção Gestão
Empresarial.
PEREIRA, I. S. J. Dicionário de Grego-Português e Português-Grego. 7. ed. Braga:
Livraria Apostolado da Imprensa, 1990.
PITTMAN, F. Turning Points. Treating Families in Transition and Crisis. First edition.
New York: Norton & Company, 1987.
OSÓRIO, L.C. Terapia Familiar: Novas Tendências. Porto Alegre: Artmed editora, 2002.
ROSSET, S. M. O Casal Nosso de cada Dia. 2a edição. Curitiba: Editora Sol, 2005.
SEIXAS, M.R.D. Sociodrama Familiar Sistêmico. São Paulo: Aleph, 1992.
TOMM, K. Circular Interviewing: A Multifaceted Clinical Tool, 1985. Apud SEIXAS,
M.R.D. Sociodrama Familiar Sistêmico. São Paulo: Aleph, 1992.
______ Reflexive Questioning: a Generative Mode of Inquirity, 1985. Apud SEIXAS,
M.R.D. Sociodrama Familiar Sistêmico. São Paulo: Aleph, 1992.
WATZLAWICK, P., WEAKLAND, J. e FISCH, R. Mudança: Princípios de Formação e
Resolução de Problemas. São Paulo: Editora Cultrix, 1973.
WHITAKER (1982) apud ANDOLFI, M., ANGELO, C. & SACCU, C. (orgs.) O Casal em
Crise. 3. ed. São Paulo: Summus, 1995.
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ANEXOS
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Universidade de Fortaleza
Fundação Edson Queiroz
Centro de Ciências Humanas – CCH
Serviço de Psicologia Aplicada – SPA
Equipe de Triagem
CRITÉRIOS DE ENCAMINHAMENTO
1. Psicoterapia Familiar2
2
Estes critérios de encaminhamento para a terapia familiar foi elaborado pelo professor Álvaro Rebouças
Fernandes em 29/08/2014.
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Estes critérios de encaminhamento para a terapia com casais foi elaborado pelo professor Álvaro Rebouças
Fernandes em 29/08/2014.
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17. Nos casos de dificuldade de comunicação entre os cônjuges ou nas situações em que
esta comunicação verbal tenha se desenvolvido patologicamente gerando conflitos,
erros de tradução e incompreensão mútua.
4. Psicoterapia em Grupo
1. Quando não for identificada a possibilidade de empreender um processo psicoterápico
(não houver uma demanda com possibilidade de encaminhamento);
2. Quando a demanda não for pontual e urgente (não houver uma demanda com
possibilidade de encaminhamento para o pronto-atendimento);
3. Quando a queixa está difusa e há possibilidade de sensibilização para a apropriação de
demanda, através dos processos de identificação e diferenciação com os outros, ao
dividir a experiência vivida e os afetos aí implicados;
4. Quando a solicitação já é feita na triagem, motivada por conhecimento prévio desse
serviço ou por encaminhamento externo;
5. Por outro serviço;
6. Quando o professor orientador do serviço de origem fizer o encaminhamento para o
trabalho em grupo;
OBSERVAÇÃO: Cada proposta de trabalho com grupo deve apresentar, para o serviço de
triagem, os critérios de encaminhamento para um grupo específico.
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De acordo com Seixas (1992) a entrevista circular de Tomm (1985) traz muitas
contribuições para os atendimentos psicoterápicos sistêmicos de uma forma geral e,
especialmente, no sociodrama familiar sistêmico. Ele indica a utilização de quatro tipos de
questões interventivas: lineares, circulares, estratégicas e reflexivas.
Para Seixas (1992) as intervenções verbais sistêmicas são fundamentadas nas
concepções de Karl Tomm (1985). Ele estabelece quatro tipos de questões sistêmicas: 1.
Questões lineares; 2. Questões Circulares; 3. Questões Estratégicas e 4. Questões
reflexivas, que podem ser utilizadas nas sessões de terapia familiar. Para Seixas também
serve de investigação exploratória e preparação para as intervenções ativas
sociodramáticas. As questões lineares têm como objetivo “orientar o terapeuta sobre a
situação do cliente”(p.120). Para o terapeuta a intenção é de investigação e utiliza perguntas
como: o que, como e por quê. As questões circulares têm como meta principal “orientar o
terapeuta sobre a situação do cliente” (p.120) e a intenção do terapeuta é exploratória, pois
se busca a conexão dos eventos e não a origem do problema. Para isso, utiliza pergunta
como: quem foi mais afetado com o problema? Quem concorda? Quem discorda? As
questões estratégicas têm como finalidade “influenciar o cliente ou a família, de uma
maneira mais específica”(p.121). A intenção do terapeuta é corretiva e para isso pode
proferir questões como: você não acha que se falar mais brandamente com seu marido
conseguirá melhores resultados? Quem impede você de realizar? O que precisa ser feito
para ser realizado? E as questões reflexivas que têm como objetivo “influenciar a família ou
cliente de modo indireto”(p.121) ao desenvolverem uma reflexão sobre suas relações
mútuas e as percepções pessoais. A intenção do terapeuta é encorajar e facilitar o processo
da família para buscar seus próprios recursos e resolver seus problemas relacionais. Desta
forma, o terapeuta desencadeia atividades reflexivas no sistema de crenças pré-existentes da
família com o objetivo de resgatar atitudes espontâneas de seus membros. Questões
reflexivas possíveis são: o que você pensa que acontecerá daqui a um ano se vocês
continuarem a se relacionar desta forma? Como isto ocorreu? E como vocês fizeram para
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Estas perguntas para avaliação da relação conjugal e parental entre os cônjuges foram elaboradas pelo
professor Álvaro Rebouças Fernandes em 21/04/2016.
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resolver esta questão? Deste modo, elaborei algumas questões interventivas sistêmicas dos
quatro tipos que pudessem retratar aspectos destacados na literatura que pudessem ser úteis
na condução do atendimento de urgência com os casais e com as famílias no plantão.
Nome: _______________________________________________________________________________
Data de Nascimento: _____/ _____/ ________ Gênero: ( )M ( ) F Grau de nstrução:_______________
Endereço: _____________________________________________________ n°: ____________________
Bairro: ________________________ CEP: ______________ Cidade: ____________________ UF: _____
Telefone residencial: ____________________________ Recado: _________________________________
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Esta adaptação da ficha de inscrição e síntese do Serviço de Psicologia Aplicada do NAMI/UNIFOR foi
elaborada pelo professor Álvaro Rebouças para o plantão com casais e família do SPA em 21/04/2016,
intitulado FOCO RECÍPROCO.
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OBSERVAÇÕES COMPLEMENTARES:
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