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AMARELO

O amarelo é um dos mais antigos pigmentos da história da arte. Inicialmente, era produzido
a partir da argila, e muito utilizado pelos povos paleolíticos, como mostram as figuras
contidas nas paredes da caverna de Lascaux, na França. Estima-se que uma das mais
famosas figuras da caverna de Lascaux, um cavalo colorido em amarelo ocre, tenha cerca de
17.300 anos.

"Os primeiros registros da pintura rupestre são do Paleolítico. Ao se estabelecerem nas


cavernas, seja para se proteger do frio, seja como abrigo provisório, os hominídeos
desenhavam nas paredes os animais capturados em uma caça ou os que eles desejavam
caçar. Essas pinturas eram feitas a partir de sangue de animais ou folhas e flores. A arte
rupestre é a principal fonte de informações sobre a Pré-História.

Lascaux é um complexo de cavernas muito conhecido por suas pinturas rupestres. A caverna
fica localizada em Montignac, na França e foi criada há aproximadamente 17 mil anos atrás.
Em suas paredes estão pintados animais como: bovídeos, cavalos, cervos, cabras selvagens,
felinos, etc. O que nos permite pensar ser um santuário.

As pinturas representam os seres humanos de forma isolada ou realizando atividades do


cotidiano. Os animais representados nas paredes das cavernas eram aqueles que os
hominídeos conseguiam capturar durante as caças ou aqueles que os atacavam. Outra
característica da arte rupestre é a religiosidade. Algumas pinturas representam os primeiros
rituais religiosos praticados no Paleolítico."

Para os antigos egípcios e romanos, o amarelo estava, semelhantemente ao azul, associado à


riqueza e acreditava-se que as peles e ossos dos deuses eram feitos de ouro. O amarelo é
frequente nas tumbas egípcias e nos murais de Pompéia.

Pompeia ou Pompeios foi uma cidade do Império Romano situada a 22 km da cidade


de Nápoles, na Itália, no território do atual município de Pompeia. A antiga cidade foi
destruída durante uma grande erupção do vulcão Vesúvio no ano 79 d.C., que provocou uma
intensa chuva de cinzas que sepultou completamente a cidade. Ela se manteve oculta por
1600 anos, até ser reencontrada por acaso em 1748.

Os egípcios usavam amarelo extensivamente em pinturas de tumbas; usavam normalmente o


ocre amarelo ou a penumbra brilhante, embora fosse feito de arsênico e fosse altamente
tóxico. Um pequeno paintbox com pigmento de orpiment foi encontrado na tumba do rei
Tutancâmon. Os homens sempre foram mostrados com rostos pardos, mulheres com faces
amarelas ou douradas. O amarelo retratava principalmente o poder do império egípcio
daquela época, demonstrando não só a riqueza do faraó como também as cores do deserto,
lugar considerado sagrado
Como o metal ouro, é a cor da imortalidade ou da eternidade, e por essa razão está presente
nas talhas das igrejas e joias do Vaticano. Símbolo de comunicação entre o mundo terreno e
o mundo divino na tradição indiana, faz parte das vestes do deus Vishnu. Entre os astecas, o
deus Sol do Meio-Dia (huitzilopochtli) é seu deus mais importante, representado pelo
amarelo dos raios dourados do sol e pelo azul do céu.

Durante o período pós-clássico, o amarelo tornou-se firmemente estabelecido como a cor de


Judas Iscariotes, o discípulo que traiu Jesus Cristo, mesmo que a Bíblia nunca descreve suas
roupas. A partir disso, o amarelo também assumiu associações com inveja, ciúmes e
duplicidade.

Entre os séculos 18 e 19, o pigmento amarelo passou a ser produzido utilizando arsênio,
urina de vaca e outras substâncias. A cor estava entre as favoritas dos pintores românticos .

Vincent Van Gogh nutria uma particular afeição pela cor amarela. Em 1888, o pintor
escreveu a sua irmã: “Agora estamos tendo um belo calor, um tempo sem vento que é
benéfico para mim. O sol, uma luz que, por falta de uma palavra melhor, posso chamar de
amarelo, amarelo brilhante, ouro pálido. Que lindo é o amarelo!”

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