Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Perspectivas atuais
Nome dos Autores: Estudante1 e Orientador2 (opcional)
Local, 2018
Abstract: The school, besides a space for learning specific contents, is also the place of
formation of the critical sense of the citizens that will act in the future of the communities,
municipalities and states in general. In this way, education must be turned not only to the
pedagogical and congruent capacities, but also to the formation of the students' democratic and
1 E-mail:
2 E-mail:
political sense. In this sense, several philosophers encouraged the politicization in education,
among them Plato, who through his works promoted reflection and the search for true
knowledge and awareness, stimulating the search for an understanding of the rights and duties
of each individual. In this scenario philosophy in education has become a tool in favor of the
formation of individuals with this profile. Therefore, the present work had as objective to
analyze the vision of Plato on the philosophy and the politics, as well as to understand how the
policy has been treated within the current school context. For that, a bibliographic review was
carried out, analyzing information available in books, articles and websites that deal with the
subject. After analyzing the data, it is concluded that the school curriculum does not provide the
politicization of individuals and that philosophy can play an essential role in developing the
political sense of children and young people. Therefore, it is imperative that there be a joint
effort between the State, teachers and others involved in the school context, seeking to
encourage politicization through the knowledge of democracy, thus ensuring the formation of
individuals aware of their role in society and their responsibility towards the formation of a
more just and egalitarian society.
1 – Introdução
2
arose in the 1970s in the US as an educational
programme, initiated by Matthew Lipman (1922–2010), which was
devoted to exploring the relationship between the notions ‘philosophy’
and ‘childhood’, with the implicit practical goal of establishing philosophy
as a full-fledged ‘content area’ in US public schools—a goal that has, with
time, become an increasingly distant one. This is not so much the case in
the UK, Europe and Latin America, however, where the theory and
practice of doing philosophy for or with school age children appears to be
of growing both interest and concern in the field of education and, by
implication, in society as a whole. Examples of this emergent interest can
be found not only in the growing number of curriculum materials
published in this area, but in the many workshops and teacher training
courses devoted to practical philosophy that are organised for educational
practitioners, managers and teacher trainers.
This special issue focuses on the emergence of this ‘philosophy/child’
relation, and more precisely, on the horizon against which it has been born
and has taken shape. We attempt to locate the arguments that make it
Platão é categórico ao afirmar que não se pode separar filosofia, política e educação,
cujo pensamento filosófico e político está relacionado a uma visão pedagógica, que surgiu no
século no século IV a.C. Para o filósofo desde o seu nascimento o homem exerce a política e
todos são considerados seres políticos, entretanto, nem todos tem essa consciência. A escola
pode representar um meio para que essa consciência seja trazida a tona, agregando
conhecimentos e valores que contribuirão para uma sociedade mais organizada e mais justa.
2 – Metodologia
Será realizada uma bibliográfica, visto que procurar-se-á explicar um problema a partir
de referências teóricas publicadas em livros, artigos e sites. A pesquisa, quanto a abordagem
será considerada qualitativa e quantitativa por ser procedida através da análise dos conteúdos
existentes e publicadas. Quanto a técnica a ser utilizada será considerada documentação direta e
indireta, visto que serão utilizadas fontes secundárias conforme obras listadas nas referências,
cujos autores abordam aspectos relevantes relacionados à pesquisa.
3 – Desenvolvimento
4
De um modo geral, a filosofia de Platão tem em comum com a filosofia moderna o fato
de que ambos são influenciados, se de maneiras diferentes, pelo ensino da Bíblia. Essa
influência não se torna necessariamente um assunto de investigação crítica se a filosofia
moderna for confrontada com a filosofia medieval, ao passo que ela necessariamente chega
imediatamente ao centro das atenções se a filosofia moderna for confrontada com a filosofia
clássica. De qualquer forma, os fundadores da filosofia política moderna conceberam seu
trabalho como dirigido contra a filosofia clássica em todas as suas formas, nas passagens de
seus escritos, onde afirmam com mais clareza sua intenção, nem sequer mencionam a filosofia
medieval como um adversário significativo (PAGNI, 2017).
Seria um erro acreditar que os princípios a serem confrontados uns com os outros,
especialmente os da filosofia clássica, sejam facilmente acessíveis nas obras dos historiadores
da filosofia. Os estudantes modernos da filosofia clássica são homens modernos e, portanto,
quase inevitavelmente abordam a filosofia clássica do ponto de vista moderno. Somente se o
estudo da filosofia clássica fosse acompanhado por constante e implacável reflexão sobre os
princípios modernos e, portanto, pela liberação da aceitação ingênua desses princípios. Um sinal
disso é o fato de que um raramente, ou nunca, se depara com estudos sobre a filosofia clássica
que não utilizam amplamente a terminologia moderna, e assim continuamente introduzem
pensamentos não-clássicos no que afirmam ser apresentações exatas da filosofia clássica
(LIMA, 1993).
Até há relativamente pouco tempo atrás, a maioria dos estudantes da filosofia anterior
partia do pressuposto de que a filosofia moderna é decididamente superior à filosofia clássica.
Assim, eles foram obrigados a tentar compreender melhor a filosofia clássica do que ela própria,
ou seja, foram impedidos de obedecer de todo o coração à exigência de compreensão histórica
genuína ou de exatidão histórica segundo a qual é preciso tentar entender a filosofia clássica.
Pensadores do passado exatamente como eles próprios entendiam. É óbvio que a compreensão
que se tem do pensamento do passado tenderá a ser mais adequada quanto mais se interessar
pelo pensamento do passado, mas não se pode estar seriamente interessado nisso, não pode ser
levado a ele pela paixão filosófica, se alguém sabe de antemão que o pensamento do presente é
decisivamente superior ao do passado (LIMA, 1993).
Isto é confirmado pela visão geralmente aceita de que "a escola histórica", no sentido
amplo do termo, trouxe uma melhor compreensão histórica e uma consciência mais aguda das
exigências da exatidão histórica do que estava disponível na filosofia do século XVIII: esses
5
"românticos" não acreditavam na superioridade essencial de seu tempo para o passado. A fusão
de interesse filosófico e histórico que podemos observar especialmente por volta do ano 1800 na
Alemanha, e da qual o estudo moderno da filosofia clássica cresceu, foi animada por um "anseio
da alma" pela antiguidade clássica (LIMA, 1993).
Platão é uma realocação do socratismo numa escala coletiva e orgânica, isto é, uma
escala que deixa de codificar a atividade política, para começar a pensar em termos de uma
reforma da ordem coletiva. Platão torna-se assim o verdadeiro fundador da filosofia política não
só para a prestação de conceitos, definições, questões e argumentos para o léxico de disciplina,
mas por ter sido o primeiro a estabelecer a filosofia política como uma ontologia (ligada à teoria
das ideias), ums epistemologia e uma antropologia filosófica. Fundação que implicou, por sua
vez, em uma clara separação entre "o político" (dimensão teórico-filosófica) e "política"
(atividade política em si) (BARKER, 2009).
6
sistema do filósofo interior ou da cidade que é ele mesmo. A justiça política torna-se assim uma
república, uma virtude de "segunda ordem" cujo caráter essencialmente visa apenas alterar o
reflexo de uma desorgem política entre as diferentes forças psíquicas, daí a prioridade que o
autor destaca na justiça psíquica para a justiça política. No que diz respeito ao conhecimento e
consentimento político, Platão os define em dois pilares: primeiro, o critério de conhecimento,
indissociável na República, por outro, o critério do consentimento dos cidadãos, que são
persuadidos pelas leis que emanam da razão de seus governantes (SHAPIRO, 2006).
Um dos primeiros conceitos que lança o problema levantado é a cultura política, que é
lançada em alguns momentos numa incorporação no campo das ciências sociais do conceito que
infere obras históricas, políticas, culturais e educacionais. Da mesma forma, alguns autores
introduzem a cultura política em sua pesquisa como uma categoria de análise, mas sem defini-
la, como fazem com outras categorias de pensamento social, como nação-estado, identidade
8
nacional, ordem social. Neste contexto deu lugar, por sua vez, para a formação dos sistemas
educativos nacionais como dispositivos integrados, fingindo homogeneizar a diversidade das
expressões culturais sob a visão hegemônica do estado-nação, tornando-se a escola como palco
principal para a instituição de cidadania. Nessa perspectiva, o sucesso de uma educação política
de acordo com a organização da sociedade e do Estado ocidental foi concebido como a
formação de cidadãos democráticos e participativos nos assuntos públicos (CATINI, 2013).
Há uma série de manifestações entre educação e cultura política que nos permitem
compreender os processos pedagógicos relacionados a esse referencial. Importante entender
dentro dessa mesma corrente que a escola pode fornecer ao alunos conceitos relacionados à
ordem social como estado, nação, pessoas, democracia e cidadania entre outros. Ainda, no
ambiente escolar é possível definir as interações sociais e pedagógicas bem como as relações de
ensino e aprendizagem e de poder estabelecidas em torno deles, para as quais os aspectos que
dão sentido a essas interações devem ser analisados de acordo com os modelos de comunicação
pedagógica que os fundamentam (FREIRE, 1980).
O cenário atual mostra que os jovens estão sendo desprotegidos e esquecidos mais do
que as outras gerações, a escola por não transcender não conseguiu entrar na imaginação dos
jovens, assim eles estão sendo despolitizados, porque não conseguiram se incorporar ou se
adaptar aos modelos impostos a eles pelo mundo de hoje. Esta tradição de cultura política tenta
construir um conceito mais ou menos restrito que pode explicar o fenômeno de diferentes
empresas e pode levar a cultura de trabalho de análise política comparativa em diferentes
cenários nacionais. A cultura política não é uma categoria de explicação residual; compreende
um conjunto de fenômenos que podem ser identificados e, até certo ponto, medidos (NADAL,
2009).
9
Agora, no que diz respeito à forma como a questão infere diretamente ao currículo
escolar que prevê a formação do estudante, Mesko (2015) explica que o conceito de currículo:
A construção da cultura política em si, é uma construção histórica, desde que se entenda
que os mesmos processos, sociais, políticos e individuais em diferentes sociedades, criaram
formas mentais e modelos que moldam a realidade das pessoas para a percepção que elas tem
disso. Essa configuração permite estudar diferentes fenômenos de diferentes disciplinas e, no
caso da Política, também pode ser entendida como a configuração de processos mentais e
formas de perceber a realidade política de uma sociedade. Em termos específicos, a política é a
manifestação conjunta das dimensões psicológicas e subjetivas da política. A cultura política é
tanto o produto da história coletiva de um sistema político e as biografias dos membros do
sistema, devido a que, as suas raízes encontram-se em ambos os eventos públicos e experiências
individuais (GRESPAN, 2002).
10
A contribuição da filosofia para os estudos da cultura política tem sido direcionada para
a análise da estruturação das relações sociais tecidas entre os diferentes atores; através da
sociologia, contribuiu para a compreensão das atitudes e comportamentos individuais dos
sujeitos diante do sistema político, as tendências antropológicas e culturalistas focalizaram os
significados e representações culturais que os sujeitos fazem da dinâmica contextual em que
estão inscritos. As ciências da linguagem têm se interessado em compreender os discursos
políticos e ideológicos que circulam em um contexto espacial e temporal específico e os
significados da cultura política que estão implícitos. As ciências da comunicação desempenham
um papel importante na construção de modelos mentais e no empoderamento do contexto, onde
o papel principal é desempenhado pela mídia na configuração da cultura política que a demanda
do país é uma questão, isto é, um tipo de cultura política é gerada, com certas características
diferentes de outras culturas políticas, porque pode ser entendido que a cultura política não é um
campo singular, mas varia de acordo com a sociedade (LUXEMBURGO, 2011).
A contribuição feita pela história social e a filosofia propuseram uma visão, tanto
diacrónica e sincrónica, sobre o processo de formação de culturas políticas nacionais e como as
várias frações de classes ou grupos convergentes sobre a sociedade construída , a partir de sua
experiência histórica e suas próprias culturas políticas. Com o apoio da filosofia também é
possível ter uma compressão da vida cotidiana, tendo como referência as conversas e trocas que
expressam a única maneira que os indivíduos constroem, utilizam e interpretam as ideias e os
termos na formulação de políticas.
4 – Conclusão
No processo de globalização tudo sofreu uma metamorfose, tudo parece ter evoluído,
exceto a escola. Um dos grandes desafios intelectuais e políticos do atual milênio será encontrar
o novo significado da educação e, em particular, da politização nas escolas. Tanto a escola
quanto a educação tem que desenvolver novas estratégias, porque as demandas sobre os jovens
estão evoluindo, na verdade eles não são os mesmos. O sistema educacional vive o final de um
estágio que se caracterizou pela centralidade do mundo da produção para definir valores e
atitudes, bem como organização, métodos didáticos e estilos de ensinar.
Da mesma forma, que a escola deva evoluir de acordo com o contexto, é importante
conservar e fortalecer alguns esquemas ou objetivos que a escola deve impor na formação do
11
jovem ao cidadão. A formação social e política do indivíduo deve ser fortalecida e enfocada a
partir da democracia. O problema do foco atual na escola é criar um cidadão preocupado em
certa medida pelo civil e talvez pelo social, mas acima de tudo preocupado com a produção e
consumo. O sistema capitalista tem que garantir nos mecanismos educacionais que são a base
para a formação do cidadão, que o indivíduo aprenda a produzir para viver e ganhar sua vida,
depois disso ele pode se preocupar com integração e socialização e finalmente com questões
políticas
5 – Referências Bibliográficas
BRASIL. Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei nº9.394/1996, de 20 de dezembro de
1996. Estabelece as Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União. Brasília,
DF, 23 dez. 1996.
BARKER, E. The Political Thought of Plato and Aristotle. Mineola, New York: Dover
Publications, Inc., 2009 [1959].
BLOOM, A. The Republic of Plato. Translated, with notes, an interpretive essay and a new
introduction. New York: Basic Books, 1991.
CATINI, C.R. A escola como forma social: um estudo do modo de educar capitalista. Tese
(Doutorado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo,
2013.
12
GOYARD-FABRE, S. O que é democracia? Tradução de Cláudia Berliner. São Paulo: Martins
Fontes, 2003.
KOHAN, W. O.; LEAL, B.; RIBEIRO, A. (orgs.). Filosofia na escola pública. Petrópolis, Rio
de Janeiro: Vozes, 2000.
LIPMAN, Matthew. A Filosofia vai à escola. São Paulo: Martisn Fontes, 1990.
LIMA VAZ, H. C. Escritos de filosofia II: Ética e Cultura. São Paulo: Loyola, 1993.
MESKO, Andressa de Sousa Rodrigues; PIOLLI, Evaldo. (Des) caminhos da educação pública
no Brasil. ETD - Educação Temática Digital, Campinas, SP, v. 17, n. 3, dez. 2015. ISSN 1676-
2592.
NADAL, B.G. A escola e sua função social: uma compreensão à luz do projeto de modernidade.
In: FELDMANN, G. Formação de professores e escola na contemporaneidade. São Paulo:
Editora Senac São Paulo, 2009.
PAGNI, P.A. A Filosofia da Educação Platônica: o desejo de sabedoria e a paideia justa. São
Paulo: Unesp, 2017. Disponível em: www.acervodigital.unesp.br>bitstream. Acesso em: 15 de
maio de 2018.
SANTOS, Jailson Alves dos. Estado e Terceiro Setor: Os descaminhos da nova Parceria Público
e Privado na Educação.
SILVA, Percival T. Políticas públicas e poder popular. In: SEMERARO, Giovanni. Filosofia e
Política na Formação do Educador. Aparecida do Norte, SP: Idéias e Letras, 2004, p. 183-214.
13
TRAVITZKI, R. Análise: reorganizando a reorganização de escolas, O Estado de S. Paulo, 8
dez. 2015. Disponível em: <http://educacao.estadao.com.br/blogs/paulo-saldana/analise-
reorganizando-a-reorganizacao-de-escolas>. Acesso em: 3 jun. 2016.
14