Você está na página 1de 41

Roteiro de

aula
prática –
Parasitologi
a clínica
Prof. Dr. Bruno José
Martins da Silva
Coleta de amostra
🞇 As fezes tem que ser colhida em Pote limpo.
🞇 Não precisa realizar jejum.
🞇 Não precisa colocar mais que ¾ de amostra
no pote.
🞇 Amostra não pode ser contaminada com
urina e/ou água.
🞇 O pote coletor deve ser livre de antisséptico
e outros agentes que possa promover morte
dos parasitos.
🞇 Para coletas utilizando M.I.F, sempre deve
ter três partes de fixador para uma parte de
fezes.

1 2
1

Figura 1: Potes de coleta para exames parasitológicos. 1- Pote de coleta tradicional de coleta. 2 –
Pote do coproteste. 3 – Detalhamento do coproteste. Fonte: Master Diagnóstico
Fluxograma de sondagem
para exame parasitológico
das fezes

Figura 2:Fluxograma da sondagem inicial dos exames parasitológico das fezes.


Fonte: Material didático do ambiente virtual do grupo Ser Educacional.
Soluções utilizadas na
análise microscópica
🞇 Solução salina
- Indicada para amostras que tem trofozoitos
vivos.

🞇 Lugol
- Solução de Iodo.
- Ideal para coloração de cistos de
protozoários e ovos de helmintos.
- Cora o núcleo e cromatina em preto ou
marro e o citoplasma em amarelo.
Método direto a fresco
🞇 Possibilita análise de trofozoitos vivos em
amostras diarreicas recém emitidas.
Técnica simples que realiza um esfregaço
da mostra fecal em lamina, misturada
com solução salina ou lugol.

🞇 Vantagens
- Rápido.
- Barato.
- De fácil execução.

🞇 Desvantagens
- Tem grande possibilidade de
ser selecionada uma área que
a amostra seja negativa.
Protocolo

🞇 colocar um ou duas gotas de


lugol forte ou solução salina 0.85%.
🞇 Transferir uma pequena amostra de
fezes para a lâmina com a
solução, com auxílio de um palito
de madeira.
🞇 Cobrir a amostra com lamínula.
🞇 Analisar em microscópio ótico nas
objetivas de 10x e 40x.
Protocolo - aluno
Observação no
microscópio
Método de Hoffman –
Sedimentação espontânea
das fezes diluídas em agua
de torneira
🞇 Vantagens
- Rápido.
- Barato.
- De fácil execução.
- Excelente para pesquisa de
ovos, cistos e larvas.

🞇 Desvantagens
- Tempo de execução.
Protocolo
🞇 1- Colocar aproximadamente 2g de fezes em
um frasco de Borrel ou em um copo plástico
descartável, com cerca de 5 mL de água de
torneira.
🞇 2- Dissolver bem com auxílio de um palito de
sorvete descartável.
🞇 3- Acrescentar mais água, para diluir a amostra.
🞇 4- Coar a suspensão (para isto, usa-se gaze
cirúrgica umedecida, dobrada em quatro, e
colocada em um coador de plástico pequeno)
em cálice cônico próprio.
🞇 5- Após coar, completar o volume do cálice com
água.
🞇 6- Deixar essa suspensão em repouso durante
duas a 24 horas.
🞇 7- Desprezar o líquido sobrenadante
cuidadosamente, e resuspender em água de
torneira, repeti de 2 a 3x.
🞇 8- Despreza o sobrenadante e homogeneizar o
sedimento.
🞇 9- Transferir uma parte do sedimento numa
lâmina, corar com Lugol e cobrir com lamínula
(facultativo). Examinar no mínimo duas lâminas
de cada amostra.
Protocolo - aluno
Observação no
microscópio
Metodo de
Ritchie,
Formol-éter

🞇 Indicado para pesquisa de cistos,


ovos (também S. mansoni) e larvas
- Pode utilizar amostras frescas ou
preservadas em formol.

🞇 Vantagens
- Permite observação de diferentes
formas parasitárias.
-

🞇 Desvantagens
- Usa-se éter, agente inflamável, volátil
e explosivo.
- Técnica trabalhosa.
Protocolo
🞇 1- Homogeneizar 1 a 2g de fezes (uma colher de
chá) de fezes em 7mL de formol a 10%, em um
frasco Borrel, com auxílio de um bastão ou palito.
🞇 2- Coe a mistura com gaze umedecida e dobrada
em quatro e a transfira para um tubo cônico de
centrífuga. (Não coar amostra que contenha
grande quantidade de muco. Neste caso,
centrifugar a mistura a 1500 rpm por 10 minutos,
desprezar o sobrenadante e examinar o
sedimento).
🞇 3- A suspensão é centrifugada, várias vezes, a
500g (1500 rpm.) 1 minuto, até se obter um
sobrenadante claro.
🞇 4- O sobrenadante é desprezado e o sedimento
ressuspenso em 3 mL de acetato de etila. Arrolhe
o
tubo e agite o tubo vigorosamente por 30
segundos. Retire cuidadosamente a rolha do tubo,
pois o vapor formado pode provocar um jato de
detritos fecais. Esta etapa remove as gorduras
das fezes.
🞇 5-Centrifugar o tubo novamente. Há formação de 4
camadas: a de acetato de etila (a mais superficial);
detritos fecais; formol e o sedimento contendo os
parasitas (no fundo do tubo).
🞇 6- Depois que a camada de detritos for retirada
com um bastão, todo sobrenadante é descartado,
virando o tubo de centrífuga com movimento
suave, mas de uma só vez
Observação no
microscópio
Metodo de Faust
🞇 Centrifugo-flutuação em sulfato
de Zinco 33%.
- Recomenda-se utilizar amostra
fresca e não preservada.

🞇 Vantagens
- Remoção dos detritos fecais.
- Fácil de visualizar na microscopia.

🞇 Desvantagens
- Precisa de centrifuga.
- Alguns ovos de helmintos são
muitos densos - Não são
visualizados.
Protocolo
🞇 Emulsionar em um Borrel, 5g de fezes em
15mL de água destilada;
🞇 2.Filtrar em gaze com o auxílio de um funil e
transferir o filtrado para um tubo de
centrífuga;
🞇 3.Centrifugar por 1 minuto a 2500 rpm;
🞇 4.Decantar o sobrenadante e repetir a
lavagem por 3 ou 4 vezes ressuspendendo
sempre o precipitado e completando o
volume com água destilada;
🞇 5.Após a última decantação, acrescentar
ao sedimento a solução de sulfato de zinco
a 33%, ressuspendendo o material e de
modo que fique faltando 0,5 cm para a
borda do tubo;
🞇 6.Centrifugar por 1 minuto a 2500rpm;
🞇 7.Retirar com alça de platina em argola,
previamente flambada e esfriada, o
material da borda líquida do tubo (película
superficial) em três ou quatro tomadas e
colocá-lassobre lâmina;
🞇 8.Acrescentar uma gota de lugol e cobrir
com lamínula;
🞇 9.Observar ao microscópio, inicialmente na
objetiva de 10X seguida da objetiva de 40X.
Observação no
microscópio
Método de Willis –
Flutuação de ovos
leves
em solução saturada de
cloreto de sódio

🞇 Indicado para pesquisa de


ovos de ancilostomídeos.

🞇 Vantagens
- Rápido.
- Barato.
- De fácil execução.
- Excelente para pesquisa de
ovos de ancilostomídeos.

🞇 Desvantagens
- Tempo de execução.
Protocolo
🞇 1.Emulsionar em um Borrel, 5g de
fezes em aproximadamente10mL
de água destilada.
🞇 2.Completar o volume do Borrel com
a solução para que a superfície
líquida chegue até a borda do
recipiente;
🞇 3.Colocar uma lâmina de
microscopia sobre a boca do
recipiente de modo que sua face
inferior seja banhada pelo líquido;
🞇 4.Esperar por mais ou menos 5
minutos, suspender a lâmina
bruscamente e invertê-la, cuidando
para não derramar a película
líquida que ficou aderida e onde
estão concentrados os ovos e cistos;
🞇 5.Acrescentar uma gota de lugol e
cobrir com lamínula;
🞇 6.Observar ao microscópio,
focalizando inicialmente no
aumento de 10 e depois 40X.
Protocolo - aluno
Observação no
microscópio
Método de Kato-katz
🞇É um método quantitativo e
qualitativo.

🞇 Vantagens
- Rápido.
- Barato.
- De fácil execução.
- Apropriado para diagnóstico
do Schistosoma mansoni.

🞇 Desvantagens
- Tempo de execução.
Protocolo
🞇 1. Colocar a amostra fecal sobre o papel
absorvente.
🞇 2.Comprimir a tela de náilon sobre as
fezes (pelos orifício passam os ovos de
helmintos e os detritos menores).
🞇 3.Com a espátula do kit, raspar uma
pequena quantidade das fezes passadas
pela malha, e preencher o orifício central
do cartão de plástico, o qual deve estar
colocado sobre a lâmina de vidro,
nivelando a superfície.
🞇 4.Retirar cuidadosamente o cartão,
deixando as fezes sobre a lâmina de vidro.
5.Com a lamínula de papel celofane
previamente embebida em Verde
Malaquita a 3%, cobrir as fezes, inverter a
lâmina pressionando-a sobre o papel
absorvente.
🞇 6.Deixar a preparação em repouso por 1
ou 2 horas e realizar a leitura em
microscópio ótico de toda a superfície da
lâmina de celofane. O número de ovos
contados, multiplicado pelo fator 24,
corresponderá ao número de ovos por
grama de fezes
Observação no
microscópio
Método de Rugai –
Baseado no fundamento
do hidro termo tropismo
de larvas
🞇 Fundamentado no hidrotropismo e
termotropismo positivo das larvas de
nematóides.

🞇 Vantagens
- Rápido.
- Barato.
- De fácil execução.
- Apropriado para diagnóstico do
Strogyloides stercoralis.

🞇 Desvantagens
- Tempo de execução.
- Necessidade de fezes frescas.
Protocolo
🞇 1. Envolver o recipiente da amostra, sem
tampa, em gaze dobrada em duas e
colocá-lo coma abertura voltada para
baixo em um cálice de sedimentação;
🞇 2.Encher o cálice com a água
aquecida, até que o nível de água
alcance a massa fecal contida no
recipiente emborcado;
🞇 3.Uma hora depois, pipetar o sedimento
que se acumulou no vértice do cálice
de sedimentação, colocá-lo em uma
lâmina ou em vidro de relógio e
examinar ao microscópio ou à lupa.
🞇 4.A identificação das espécies e das
fases evolutivas é feito através das
diferenças morfológicas entre as larvas.
🞇 5.Se observado em microscópio, utilizar
as objetivas de 10 e 40X.
Protocolo - aluno
Observação no
microscópio
Metodo de Graham
🞇 Método destinado para pesquisa
de parasitos localizados na
região anal e perianal e que não
são liberados com frequência
nas fezes.

🞇 Vantagens
- Rápido.
- Barato.
- De fácil execução.
- Apropriado para diagnóstico do
Enterobius vermicularis e ovos de
Taenia sp.

🞇 Desvantagens
- Necessita de profissional
experiente.
Protocolo
🞇 Colocar um pedaço de fita de
celofane em uma lâmina de
microscópio.
🞇 Com auxílio de um palito de
madeira, retirar a fita da lâmina,
de forma que a fita contorne o
palito, deixando a parte adesiva
para parte de fora.
🞇 Pressionar o preparado com a
fita na região anal e perianal.
🞇 Colocar a fita na lamina, com a
face adesiva virada para baixo.
🞇 Levantar a fita e add uma gota
de xileno, tolueno ou iodo-xilol.
🞇 Observar ao microscópio em
objetiva de baixo aumento e
baixa luminosidade.
Protocolo - aluno
Observação no
microscópio
Atlas
Agente
Etiológico: Cryptosporidium sp.
Origem do material: Fezes
Hospedeiro: Mamíferos, aves,
répteis, etc
OOCISTO maduro esférico ou
ovóide, constitui a forma infectante
e contém quatro esporozoítas. A
maioria possui parede cística dupla e
espessa que se mostra resistente às
condições do meio externo.

Fonte: Atlas virtual da universidade


Federal
Fluminense.

Agente Etiológico: Blastocystis


sp.
Origem do material: Fezes
Hospedeiro: Humano
Descrição: Forma vacuolar de
aspecto subglobular
apresentando grande
vacúolo central que
comprime o citoplasma e o
núcleo para a periferia
celular.

Fonte: Atlas virtual da universidade


Federal
Fluminense.
Atlas
Agente
etiológico: Entamoeba coli
CISTO maduro de forma
arredondada, com parede
cística delicada, contendo
até 8 núcleos com
cariossoma central.
Tamanho:15 a 25 µm
Origem do material: Fezes

Fonte: Atlas virtual da universidade


Federal
Fluminense.

Agente
Etiológico: Complexo Entamoeba hist
olytica / Entamoeba dispar
CISTO imaturo de forma
arredondada, com parede cística
delicada, presença de 1 ou mais
núcleos com cariossoma central,
corpos cromatóides em forma de
bastão ou charuto e
ocasionalmente, presença de
vacúolo de glicogênio. Cisto maduro
com quatro núcleos e ausência de
corpos cromatóides.
Tamanho – 10 a 15 µm

Fonte: Atlas virtual da universidade Federal


Fluminense.
Atlas

Agente Etiológico: Giardia duodenalis


CISTO de forma ovalada, com parede cística delicada, presença de 4
núcleos com cariossoma central, corpos parabasais dispostos
transversalmente e axonemas dispostos longitudinalmente.
Tamanho – 8 a 15 µm
Origem do material: Fezes

Fonte: Atlas virtual da universidade Federal Fluminense.


Atlas

Agente Etiológico : Ascaris lumbricoides


Origem do material: Fezes
Hospedeiro: humano

OVO FÉRTIL de formato oval ou quase esférico de casca espessa e


célula ovo no interior, formada por três camadas apresentando em
média, 60µm de comprimento. A camada mais externa recebe o nome
de membrana mamilonada.

Fonte: Atlas virtual da universidade Federal Fluminense.


Atlas
Agente etiológico: Enterobius
vermicularis

Ovo: Apresenta formato da


letra “D”, com 55 µm x 25 µm
de tamanho, cor clara, casca
espessa formada por
membranas justapostas. Em seu
interior pode ser encontrado
massa embrionária ou larva já
formada. É evidenciado com
menor frequência em
amostras fecais por técnicas
de concentração,
sendo diagnosticado pela
técnica de Graham, também
conhecida come técnica da
fita adesiva.

Agente Etiológico: ancilostomídeo.


Origem do material: Fezes
Forma evolutiva: OVO.
Características: ovo elipsóide de
casca fina e transparente, de forma
ovóide com massa embrionária no
interior que se fragmenta formando
uma mórula e posteriormente uma
larva, ocorrendo redução do espaço
claro entre a casca e a massa a
medida que a larva se desenvolve.
Os ovos podem ser encontrados em
diferentes fases de
desenvolvimento. Tamanho: 56
a 76 µm de
comprimento.

Fonte: Atlas virtual da universidade Federal Fluminense.


Atlas

Agente etiológico: Trichuris trichiura


Origem do material: fezes do ser humano
Ovo: Apresenta formato de barril, com presença de dois opérculos nas
extremidades. Ovo de casca espessa com presença de massa embrionária
única quando é recém eliminado. A massa embrionária no interior do ovo
tende a evoluir formando uma mórula e posteriormente uma larva, sendo o
ovo larvado considerado a forma infectante para os hospedeiros suscetíveis.

Ovo – Agente etiológico: Taenia sp.


Ovo arredondado de casca espessa
e radiada, com embrião hexacanto
em seu interior.
Origem do material: Fezes

Fonte: Atlas virtual da universidade Federal Fluminense.


Atlas

Agente etiológico: Schistosoma mansoni


Ovo: Ovóide com casca espessa, polo anterior mais delgado e posterior
mais volumoso. Presença de espinho ou espículo lateral. Em seu interior
possui uma célula embrionária ou miracídeo já formado.
Tamanho: 150 µm a 65 µm

Fonte: Atlas virtual da universidade Federal Fluminense.


Referência
🞇 Patrícia Marzola. Parasitologia Clínica - Material didático do
ambiente virtual da disciplina – Grupo Ser educacional

🞇 Serra et al. Atlas de parasitologia humana. UNESP, São


Paulo, 2009.

🞇 Geraldo Attilio de Carli. Parasitologia clínica, seleção de


métodos e técnicas de laboratório, para o diagnóstico das
parasitoses humanas. Editora Atheneu, Rio de Janeiro. 2001.

Você também pode gostar