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UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS

ESCOLA DE ENFERMAGEM
Departamento de Enfermagem Materno-Infantil e
Saúde Pública

Disciplina: Saúde Coletiva


Professoras: Deborah Malta e Sheila Massardi

Doenças
Crônicas

Fonte das imagens: Banco de Imagens


Fatores de Risco e Mortalidade

Grupo 1: Agnes Rocha, Amanda da Silva, Ana Clara Neves,

Google.
Beatriz de Godoy, Fernanda Godoi, Gabriela Vieira, Izabela
Frazão, Lara Sousa, Rafaela Gazoli e Roma Costa.

14 de novembro de 2023
01
OBJETIVO
Fonte: Banco de Imagens Google. Compreender e refletir sobre a
importância das doenças
crônicas e seus fatores de risco
no Brasil.
O que são Doenças
Crônicas?

● Doenças de progressão lenta e de longa


duração, podendo durar a vida toda.
● São influenciadas por vários fatores: podem
ser estimuladas por hábitos alimentares e
de saúde.
● Podem ser transmissíveis (ou seja,
causadas por um agente infeccioso, como
AIDS) ou não (diabetes mellitus).
● Divididas em congênitas (aquelas presentes
desde o nascimento, como fenilcetonuria)
ou não congênitas (desenvolvidas durante a
vida, como hipertensão).

(Sabin,2021).
Fonte: Banco de Imagens Google.
Fatores de Risco para DCNT
Considera-se fator de risco alguma exposição que aumente a probabilidade de
ocorrência de uma doença ou agravo à saúde, podendo ocorrer em qualquer parte da
cadeia causal. Os fatores de risco podem ser monitorados pelos comportamentos
adotados, ou pelas opções e decisões adotadas quanto aos modos de levar a vida,
determinantes sociais como condições socioeconômicas, culturais e de nível de educação
podem influenciá-lo.

01 02 03
COMPORTAMENTAIS METABÓLICOS AMBIENTAIS
Tabagismo, uso de álcool e Elevação da glicemia em Poluição do ar, água,
drogas, atividade física
jejum, pressão arterial e esgoto e lavagem de mãos
insuficiente, dieta inadequada,
desnutrição materna e infantil, colesterol, índice de inseguros; riscos
abuso sexual, violência por massa corporal (IMC) ocupacionais e outros
parceiro íntimo e sexo elevado. riscos ambientais.
inseguro.

(Malta et al., 2015)


Principais Doenças Crônicas no Mundo

Doenças Alzheimer e outras Doenças Colesterol


Cardiovasculares formas de demência Pulmonares Alto

Diabetes AVC Depressão Câncer

(OMS, 2021)
Comparação taxa de mortalidade
1990 e 2019

Fonte: GBD Compare. Disponível em: https://vizhub.healthdata.org/gbd-compare/#


Principais Doenças Crônicas no Brasil
Pesquisa Nacional de Saúde (2019)
No Brasil, estas doenças são responsáveis por
aproximadamente 1,8 milhões de internações anuais no
SUS e cerca de 75% das mortes de acordo com o
Ministério da Saúde.

● Diabetes: Atualmente 16,8M de casos no Brasil.


(Federação Internacional de Diabetes, 2022)
● Doenças Cardiovasculares: Cerca de 14 milhões de
pessoas têm alguma doença cardiovascular no
país. (Ministério da Saúde, 2022)
● Doenças Respiratórias: No Brasil, a asma é um dos
problemas respiratórios mais recorrentes.
Estima-se que 23,2% da população viva com esta
doença. (Ministério da Saúde, 2022)
● Câncer: Aproximadamente 1.875.000 casos de
câncer registrados nos últimos 03 anos no Brasil.
(Instituto Nacional do Câncer, 2023) Fonte: IBGE, 2020. Pesquisa Nacional de Saúde 2019. Disponível em:
https://www.pns.icict.fiocruz.br/wp-content/uploads/2021/02/liv1017
64.pdf
Evolução das DCNT ao longo do
tempo: Brasil
● Doenças crônicas não
transmissíveis (DCNT): Doenças
cardiovasculares, doenças
respiratórias, neoplasias e a
diabetes mellitus.
● A mudança no cenário
demográfico de 1990 a 2019
ocasionou aumento na ocorrência
dessas doenças.

● O estudo GBD revelou diminuição


geral na taxa de mortalidade, em
virtude do equivalente
populacional.
● O gráfico engloba ambos os sexos
(masculino e feminino) e considera
toda a população.

Fonte: GBD Compare. Disponível em: https://vizhub.healthdata.org/gbd-compare/#


Mortalidade por DCNT no Brasil
● Pesquisa de Malta e colaboradores, que analisou mortalidade por DCNT entre 1990 e
2015. A tabela amplia e especifica quais são as DCNT, assim como evidencia sua
contribuição para a mudança de cenário da taxa .
● A diabete mellitus é a única que constatou aumento durante o período pesquisado
● As DCNT constituem a maior problemática do sistema de saúde brasileiro.

Fonte: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-31802017000300213&script=sci_abstract&tlng=pt

(Malta et al., 2017)


Mortalidade Prematura por
DCNT: Brasil e regiões
● A mortalidade prematura diz respeito ao índice
de mortes de pessoas em idade entre 30 a 69
anos e correspondem a um terço do total de
mortes por DCNT no país.
● Na análise de cada grupo de DCNT, quanto à
variação das médias das taxas entre 2010 a 2012

Fonte: https://doi.org/10.1590/1980-549720210005.supl.1
e 2015 a 2017, destaca-se que no Brasil houve
declínio por doenças cardiovasculares, doenças
respiratórias crônicas e diabetes e aumento por
neoplasias.
● Nas regiões Centro-Oeste, Norte, Sudeste e Sul
houve redução das médias das taxas por
doenças respiratórias crônicas.
● Nas regiões Sudeste e Sul, houve declínio das
médias das taxas por diabetes, e nas regiões
Centro-Oeste e Norte houve acréscimo.
● Declínio das taxas por neoplasias de um triênio
para o outro no Sul e aumento no Nordeste e no
Norte. (Cardoso et al., 2021)
Relação status socioeconômico e DCNT
Enquanto nos países de alta renda 13% dos óbitos Existem várias maneiras pelas quais a situação
por DCNT acometem indivíduos com idade entre socioeconômica pode influenciar o
30 e 69 anos, nos de baixa e média rendas esse desenvolvimento e o impacto dessas doenças,
percentual aumenta para 30%. dentre as quais estão:
- Acesso limitado a cuidados de saúde;
Nesse sentido, as mortes prematuras por DCNT - Alimentação inadequada;
afetam pessoas com menor renda, escolaridade e, - Estresse crônico;
em geral, os mais vulneráveis socialmente, que são - Ambientes desfavoráveis;
mais expostos aos fatores de risco e têm menor - Educação e conhecimentos limitados;
acesso aos serviços de saúde e a tratamentos. - Desigualdades sociais.
Estima-se que, sem investimentos em prevenção,
15 milhões de pessoas continuarão a morrer
prematuramente por DCNT a cada ano ao redor do
mundo.

As doenças crônicas estão frequentemente


relacionadas à situação socioeconômica de
populações vulneráveis.
Fonte: Banco de Imagens Google Fonte: Banco de Imagens Google
(Malta et al., 2019)
Plano de
enfrentamento e
solução

O Brasil produziu um quadro com os


indicadores dessas doenças com metas
específicas para o enfrentamento de
cada uma delas, esse quadro é
conhecido como Plano de Ações
Estratégicas para o Enfrentamento das
Doenças Crônicas Não Transmissíveis
(DCNT) no Brasil, 2011-2022.

(Malta et al., 2022)


Plano de
enfrentamento e
solução
Nessa lógica, como as DCNT e seu
enfrentamento são um assunto de
extrema relevância no âmbito da saúde,
um novo plano foi feito, com um prazo a
se cumprir maior. Trata-se do Plano de
Ações Estratégicas para o
Enfrentamento das Doenças Crônicas e
Agravos Não Transmissíveis no Brasil,
2021-2030 (Plano de Dant).

(Ministério da Saúde, 2023)


Fonte: Imagem retirada de
https://pt.scribd.com/document/540703968/Plano-de-DANT-correcoes-editorac
ao-e-DEPROS-01-10-2021
Referências

MALTA, Deborah Carvalho et al. Mortalidade por doenças não transmissíveis no Brasil, 1990 a 2015, segundo
estimativas do estudo de Carga Global de Doenças. Sao Paulo Med. J. [online]. 2017, vol.135, n.3, pp.213-221. ISSN
1806-9460.
Disponível em: https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1516-31802017000300213&script=sci_abstract&tlng=pt.
Acesso em: 08 nov. 23.
MALTA, D. C., Silva, A. G. da ., Gomes, C. S., Stopa, S. R., Oliveira, M. M. de ., Sardinha, L. M. V., Caixeta, R. B., Pereira, C.
A., & Rios-Neto, E. L. G.. (2022). Monitoramento das metas dos planos de enfrentamento das Doenças Crônicas
Não Transmissíveis: resultados da Pesquisa Nacional de Saúde, 2013 e 2019. Epidemiologia E Serviços De Saúde,
31(spe1), e2021364. Disponível em: https://doi.org/10.1590/SS2237-9622202200008.especial.
Acesso em: 08 nov. 23.
CARDOSO, Lais Santos Magalhães, et al. Mortalidade prematura por doenças crônicas não transmissíveis nos
municípios brasileiros, nos triênios de 2010 a 2012 e 2015 a 2017. Rev. bras. Epidemiol. 24 (suppl 1) 16 Abr
20212021. Disponível em: https://doi.org/10.1590/1980-549720210005.supl.1.
Acesso em: 08 nov. 23.
MALTA, Deborah Carvalho et al . Fatores de risco relacionados à carga global de doença do Brasil e Unidades
Federadas, 2015. Rev. bras. epidemiol., São Paulo , v. 20, supl. 1, p. 217-232, May 2017. Disponível em:
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415- 790X2017000500217&lng=en&nrm=iso.
Acesso em: 08 nov. 23.
Referências
SABIN .Entenda o que são doenças crônicas?. Disponível em:
https://blog.sabin.com.br/saude/o-que-sao-doencas-cronicas/.
Acesso em: 08 nov. 23.
MALTA, Deborah Carvalho et al. Desigualdades socioeconômicas relacionadas às doenças crônicas não transmissíveis
e suas limitações: Pesquisa Nacional de Saúde, 2019. Disponível em:
https://www.scielo.br/j/rbepid/a/ZRMgDg8DVvCKmkQC44WB7nH/?format=pdf&lang=pt
Acesso em: 08 nov. 23.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. “Usar o coração para cada coração”: 29/9 – Dia Mundial do Coração. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/usar-o-coracao-para-cada-coracao-29-9-dia-mundial-do-coracao/.
Acesso em: 08 nov. 23.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. 26/6 – Dia Nacional do Diabetes. Disponível em:
https://bvsms.saude.gov.br/26-6-dia-nacional-do-diabetes-4/.
INSTITUTO NACIONAL DO CÂNCER. INCA estima 704 mil casos de câncer por ano no Brasil até 2025.Disponível em:
https://www.gov.br/inca/pt-br/assuntos/noticias/2022/inca-estima-704-mil-casos-de-cancer-por-ano-no-brasil-ate-2025
Acesso em: 08 nov. 23.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas e Agravos Não
Transmissíveis no Brasil, 2021-2030 (Plano de Dant). Disponível em:
https://www.gov.br/saude/pt-br/centrais-de-conteudo/publicacoes/svsa/doencas-cronicas-nao-transmissiveis-dcnt/09-pl
ano-de-dant-2022_2030.pdf/view
Acesso em: 08 nov. 23

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