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CIRURGIA GERAL - ABDOME | 6.

Abdome Agudo: Abdome Agudo Inflamatório – Abscesso Hepático 1

6. ABDOME AGUDO: ABDOME AGUDO


INFLAMATÓRIO – ABSCESSO HEPÁTICO
Introdução o Faz parte do diagnóstico diferencial
com hepatites;
➔ Corresponde a uma infecção encapsulada o Outra manifestação é a icterícia (+ comum
do parênquima hepático; no piogênico);
o No amebiano: Paciente provém de área
➔ Tomografia:
endêmica e apresenta quadro de diarreia
meses antes;
o No piogênico: paciente apresenta quadro
intra-abdominal prévio; infecção prévia e
fatores de risco;

Diagnóstico

➔ O Diagnóstico é mais difícil de ser feito, mas baseia-


se na história + anamnese + laboratoriais + HMC;
➔ O Quadro clínico é mais arrastado, com
mortalidade alta;
➔ Necessário fazer alta suspeição e exame de
imagens (USG ou tomografia);
➔ Diferença entre etiologia: amebiano e o Ultrassonografia: bem melhor, vê mais
piogênico: detalhes para diangóstico diferencial;
o Amebiano: o Tomografia: bom para visualizar fígado, é
▪ Causado por Entamoeba histolytica; mais simples e mais barato;
▪ Mais comum em áreas endêmicas; ➔ Imagem:
▪ Mais comuns em pacientes jovens, homens,
o Tomografia:
imunossuprimidos e com amebíase
o Piogênico:
▪ Pode vir de vários lugares por
disseminação portal de infecções intra-
abdominais, por exemplo;
▪ Disseminação local de infecções de
vias biliares;
▪ Disseminação arterial de infecções sistêmicas;
▪ E pode ainda ser criptogênico / trauma;
Quadro clínico Observa-se: coleção encapsulado, heterogênea +
edema perilesional;
➔ Quadro clínico:
o É mais crônico;
o Paciente apresenta dor abdominal em HCD
+ Febre + hepatomegalia;
o Inapetência, asteneia, perda de peso, náuseas;
o A infecção é mais arrastada, mais comum no
lobo direito;
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o Ultrassonografia: Abscesso Hepático

➔ A mais comum: E. Coli;


➔ Paciente com doenças a distância,
procedimentos: Streptococcus spp;
➔ Pacientes que sofreram procedimentos
cirúrgicos → Staphulococcus aureus;
➔ Pacientes submetidos a quimioterapia
ou imunossupressão → Candida spp.;
➔ Pacientes com origem na Ásia, Oceania ou
com relação com tumor colorretal →
Kleibsiella pneumoniae;
➔ Pacientes com abscessos com culturas
É mais difícil fazer diferença entre cistos e tumor. Tumor negativas → tuberculose;
é mais sólido e cisto é mais homogêneo; ➔ Pacientes de regiões endêmicas →
Entamoeba histolytica
Tratamento
Take Home Message
➔ Amebiano: ➔ Geralmente o quadro é arrastado, diagnóstico difícil.
o ATB com ação luminal para tratar amebíase
(paromomicina) + ATB com ação tecidual para ➔ Mortalidade alta se demorar a tratar;
tratar o abcesso (metronidazol): 7 a 10 dias ➔ Alta suspeição;
o * Não precisa drenar necessariamente; ➔ ATB por longo tempo + drenagem e observação
o Além disso, o teste de fezes é negativo pois (Piogênico)
normalmente o paciente evolui cronicamente ➔ Diverticular complicada = Hinchey;
após o surto agudo de amebíase. Sorologia ➔ O que mais cai:
pode ajudar. o Ver imagem e acertar o diagnóstico;
➔ Piogênico:
o Drenar guiado por imagem.
o ATB por tempo prolongado: 4 – 6 semanas
e/ ou melhora clínica e laboratorial +
Drenagem percutânea;
o Investigar causa base!
o Cef + Metro se não melhorar = Tazocin
➔ Drenagem – Piogênico:
o Abscessos < 4 cm = drenagem por aspiração;
o Abscessos > 4 cm = drenagem guiada e
manter um dreno (tirar quando débito
mínimo e controle de imagem ok);
o Cirurgia:
▪ Abscessos múltiplos ou loculados;
▪ Com conteúdo viscoso espesso;
▪ Outra doença que requeira tratamento
cirúrgico ou refratários ao tratamento;

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