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Acadêmico: Matheus Vieira Sampaio

 Inflamação
COLECISTITE AGUDA
 Infecção
DEFINIÇÃO  Bactérias GRAM – anaeróbias

• Doença inflamatória/infecciosa da vesícula QUADRO CLÍNICO:


viliar.
• Dor abdominal (hipocôndrio direito)
• Pode ser calculosa ou acalculosa.
• Dor ultrapassa um período de 6 horas
• Entre as colecistites agudas, cerca de 5% a • Náuses e vômitos
10% são alitiásicas;
• Febre
• Complicação mais comum da
• Na colecistite, o paciente vai ter uma dor no
coledocistolitíase.
hipocôndrio direito, que piora após a
• Equanto na coledocistolitíase sintomática tem
alimentação, e é uma dor que persiste.
um cálculo causando obstrução intermitente
do ducto cístico Ao exame físico:
• Na colecistite aguda  cálculo que causa a
• Sinal de Murphy  pausa álgica da inspiração
obstrução prolongada do ducto cístico, ou
à palpação profunda do ponto cístico
cálculo impactado no infundíbulo por mais de
• Não é análogo a descompreensão brusca.
> 6 horas.
• A colecistite aguda geralmente é decorrente DIAGNÓSTICO:
de obstrução persistente ao nível do
• Leucocitose
infundíbulo (colo) da vesícula biliar ou do
• Elevação da protéina C reativa
dueto cístico, sendo a litíase a causa mais
• TGO, TGP, bilirrubinas: podem estar alteradas
frequente.
• Exame padrão ouro: colecintigrafia com
• Acomete cerca de um terço dos pacientes
DISIDA  cintilografia que não visuzaliza a
com colelítiase
vesícula biliar, o radiosótopo não consegue
• Inflamação da vesícula biliar, principalmente
entrar na vesícula biliar. (Exame de exceção)
por cálculo. Esse cálculo fica preso na região
• Exame de escolha USG
do colo da vesícula. Nesse colo tem-se uma
• USG: método de escolha na avaliação inicial,
projeção chamada de infundíbulo ou bolsa de
sensibilidade (80% a 100%), especificidade
Hartmann – local em que o cálculo mais fica
(60% a 100%);
preso. Se esse cálculo ficar preso, a pressão ali
dentro vai aumentar, a vesícula biliar vai se • Mostra a presença de cálculos na vesícula
distender, pode ter proliferação bacteriana e • Achados: colelitíase, espessamento das
a vesícula ficará inflamada. paredes (> 3-4 mm) e o sinal de Murphy USG,
outros sinais incluem distensão da VB,
presença de líquido pericolecístico e lama
biliar;
• O sinal de Murphy USG, apesar de bastante
específico, pode ser mascarado pelo uso de
medicação analgésica.

FISIOPATOLOGIA
• Cálculo impactado
• Incapacidade de esvaziamento
• Estase biliar:
 Translocação
 Colonização
Acadêmico: Matheus Vieira Sampaio
COLECISTITE AGUDA CALCULOSA: • A TC é utilizada quando a suspeita clínica de
colecistite aguda não é tão evidente. Os
achados são semelhantes à US, incluindo
ainda a presença de realce mural ou mucoso e
borramento dos planos adjacentes e
hiperemia do parênquima hepático.
• A RM pode ter papel no diagnóstico da
colecistite aguda, especialmente em gestantes
e pacientes pediátricos, com achados de
imagem similares àqueles descritos na TC.

MANEJO INICIAL:
Compensação clínica:
• Imagem ovalada, hiperecogênica, sombra
acústica posterior, impactado no infundíbulo, • Hidratação
não móvel. • Controle Álgico
• Anti eméticos
• Antibióticos  espectro GRAM –
• Esquemas:
 Amoxicilina + clavulanato
 Ceftriaxona + metronidazol
 Ciprofloxacino + metronidazol

Internação/ Transferência:

• Tem cirurgião? Cirurgia


• Não tem ? Transferência

Tratamento definitvo padrão:


Parede da vesícula está grossa, fica espessa (risco
• Colecistectomia videolaparoscópica em até 72
branco espesso). Não está totalmente anecoico, está
horas
um cinza opaco – lama biliar – bile contida na vesícula
e não está sendo excretada.

COLECISTITE AGUDA ACALCULOSA:


• Frequentemente observada em pacientes
debilitados (doencas cardiovasculares e
autoimunes, diabetes, Aids, sepsis), muitas
vezes em regime de terapia intensiva e
recebendo dieta exclu sivamente por via
parenteral. Alguns fatores associados à
etiopatogenia dessa afecção incluem:estase
biliar, isquemia da vesícula biliar, infecções
sistêmicas e obstrução do dueto cístico.

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