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Medicina FMP – turma 54 A
ABORDAGEM
1. Avaliar sinais de instabilidade
hemodinâmica (paciente está bem?)
2. Alívio sintomático da dor
3. Excluir gravidez
4. Definir se o tratamento é clínico ou
cirúrgico
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é baseado no tripé: anamnese +
exame físico + localização do órgão afetado. As INDICAÇÕES PARA CIRURGIA
pacientes com patologia aguda envolvendo ● abcesso tubo-ovariano roto
vísceras pélvicas, comumente, descrevem a dor ● gravidez ectópica
visceral como difusa, surda, constante ou ● falha na terapêutica clínica
espasmódica. Quando há acometimento do ● massa pélvica inflamatória que persiste ou
peritônio parietal, ocorre dor somática aguda, aumenta apesar do tratamento clínico
frequentemente localizada, unilateral e ● líquido livre em cavidade (pus, sangue)
concentrada em um dermátomo específico. associado a peritonite
● instabilidade hemodinâmica ou piora do estado
A presença de temperatura elevada, taquicardia clínico
e hipotensão indica maior risco de patologia intra-
Gravidez Ectópica
abdominal e define a necessidade de rápida
avaliação. Febre baixa constante é comum nos
quadros inflamatório, como diverticulite e
apendicite, e temperaturas mais elevadas são A gravidez ectópica é a causa de abdome agudo
observadas nos casos de DIP e peritonite. hemorrágico mais comum. Em 90% dos casos é
uma gravidez tubária, mas pode também ser
localizada em ovário, no colo uterino, na cicatriz
EXAMES COMPLEMENTARES
de uma cesariana prévia, intramural ou na
● beta-HCG em todas as mulheres em vida cavidade abdominal.
reprodutiva para excluir gravidez e direcionar o
tratamento em caso de gestante ● tríade clássica é: sangramento vaginal +
amenorréia + dor pélvica
● hemograma:
• leucocitose: pensar em infecção ● clínica varia desde a dor pélvica até
(geralmente abdome agudo inflamatório) instabilidade hemodinâmica.
• baixo hematócrito com VCM normal:
sugere hemorragia aguda ● fatores de risco: lesão das tubas uterinas, DIP,
• VHS e PCR aumentados em casos cirurgia tubária prévia ou gravidez ectópica
inflamatórios anterior
Isabela Pereira
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Medicina FMP – turma 54 A
DIAGNÓSTICO
O diagnóstico é basicamente clínico, mas pode
ser auxiliado por achados laboratoriais e de
imagem, principalmente USG pélvica. Os achados
comuns incluem massa ovariana, aumento
unilateral do ovário, fluido livre (exsudato) em
fundo de saco de Douglas e estruturas císticas
periféricas uniformes.
CONDUTA
A torção anexial é uma emergência cirúrgica e é
preciso destorcer cirurgicamente o anexo.
COMPLICAÇÕES
● precoces: abcesso tubo-ovariano
Isabela Pereira
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Medicina FMP – turma 54 A
Mioma complicado
Quando o sangue reflui para o peritônio (porque
não consegue sair pelo hímen imperfurado),
causa dor. Essa dor é cíclica pois só acontece
Mioma é o tumor pélvico mais comum em quando a paciente menstrua e há refluxo de
mulheres, acometendo 1/3 das mulheres em sangue para a cavidade peritoneal, podendo
idade reprodutiva de forma sintomática, causar peritonite. Pode estar associado
afetando a qualidade de vida. É um tumor dificuldade para urinar, que ocorre pelo efeito de
benigno formado por células musculares bem massa
diferenciadas.
O tratamento é feito pela himinectomia
Hímen imperfurado e
peritonite
● exame físico: hímen imperfurado