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PORTO ALEGRE
2016
MATEUS VINICIUS GEHLEN
PORTO ALEGRE
2016
MATEUS VINICIUS GEHLEN
Área de concentração:
Data da entrega:
Resultado: _________________________
BANCA EXAMINADORA:
Agradeço primeiramente a Deus, por me dar a oportunidade de ter chegado até aqui e
passar por mais esta etapa em minha vida.
À minha família, pelo apoio, incentivo e compreensão pelos momentos que estive
ausente durante esta caminhada.
A todos meus professores, desde a Graduação até a Pós-Graduação, pela dedicação ao
ensino e por todo o conhecimento transmitido.
RESUMO
Este trabalho apresenta o roteiro de cálculo utilizado para elaboração de uma planilha eletrônica
com a finalidade de dimensionar e analisar vigas pré-tracionadas com qualquer seção. Todos
os procedimentos são feitos de acordo com a NBR 6118/2014 e com a NBR 9062/2006. Embora
esteja apresentado apenas o dimensionamento de uma seção retangular, a planilha permite a
análise de elementos com diversas seções. Inicialmente, são determinadas as propriedades da
seção transversal da viga a ser calculada, assim como os carregamentos e esforços atuantes.
Com esses dados, a armadura longitudinal é pré-dimensionada. Posteriormente, são calculadas
as perdas de protensão e são feitas as verificações de estado limite de serviço (ELS) em diversas
seções do elemento. A verificação do estado limite último é realizada em três etapas: no instante
da aplicação da força de protensão, no momento em que tem o máximo carregamento enquanto
a viga possui apenas a seção pré-fabricada e no tempo infinito considerando a seção composta.
Por fim é feito o dimensionamento da armadura transversal e a estimativa da flecha, além do
cálculo de outras armaduras complementares.
This paper presents the calculation script used for the preparation of a spreadsheet in order to
measure and analyze pre-tensioned beams with any section. All procedures are performed
according to NBR 6118/2014 and NBR 9062/2006. Although only be presented the design of a
rectangular section, the spreadsheet allows the analysis of elements with several sections.
Initially, the properties of the cross section of the beam to be calculated are determined, as well
as acting forces and loads. With this data, the longitudinal reinforcement is pre-scaled.
Subsequently, they are calculated losses of prestressing and they are check the serviceability
limit state (SLS) in various sections of the element. The verification of the ultimate limit state
(ULS) is performed in three stages: at the time of application of prestressing force, at the time
which has the maximum load while the beam contains only the prefabricated section and in the
infinite time considering the composite section. Finally, it is made the dimensioning of
transverse reinforcement and the estimate of the arrow, in addition to the calculation of other
complementary armor.
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................... 12
1.1 Objetivos ....................................................................................................................... 13
1.1.1 Objetivo Geral ............................................................................................................ 13
1.1.2 Objetivos Específicos .................................................................................................. 13
1.2 Metodologia .................................................................................................................. 13
1.3 Justificativa .................................................................................................................. 13
1 INTRODUÇÃO
O concreto protendido está a cada dia sendo mais utilizado na construção civil. Na
indústria de pré-fabricado é praticamente um elemento indispensável na busca pela
competitividade e viabilidade econômica das obras, já que possibilita a redução das seções das
vigas, gerando uma maior aceitação arquitetônica, maiores vãos, peças mais leves, menos
pilares e fundações na estrutura, entre outras vantagens.
O concreto protendido é basicamente separado em três sistemas: pré-tração, onde a
armadura de protensão é alongada antes do lançamento do concreto e após lançamento e
endurecimento do mesmo, os cabos são cortados transmitindo o esforço de protensão; pós-
tração com aderência, onde as armaduras são posicionadas em bainhas metálicas dentro do
elemento estrutural, são alongadas após o endurecimento do concreto e para proporcionar a
aderência entre o armadura e a viga, injeta-se uma nata de cimento nas bainhas; e pós-tração
sem aderência, onde a armadura é tracionada após o endurecimento do concreto porém não
ocorre a injeção de nata de cimento.
Embora o dimensionamento de vigas com armadura ativa na ruptura não difira muito
das vigas com armadura convencional, no concreto protendido é necessária a satisfação de
condições de serviço diferentes do concreto armado, que são mais complexas e trabalhosas de
se desenvolver. Além disso, é preciso também determinar as perdas de protensão, que
necessitam da definição de diversas incógnitas e páginas de cálculos e, por isso, são muitas
vezes apenas estimadas pelos projetistas, o que pode levar ao dimensionamento em desacordo
com a norma.
Analisando os aspectos citados, fica clara a importância e a dificuldade em dimensionar
uma viga protendida analisando todos os detalhes. Além disso, a falta de ferramentas
computacionais que auxiliem no processo de cálculo e detalhamento são fatores determinantes
para as empresas, uma vez que as ferramentas computacionais agilizam a tomada de decisões,
além de garantir um projeto de melhor qualidade.
Neste contexto, a utilização de planilhas eletrônicas tem se mostrado muito eficaz ao
substituir os programas computacionais, sendo utilizadas como recurso de cálculo
indispensável em diversas fábricas de pré-fabricados. Suas vantagens são a facilidade na
entrada de dados e a rapidez na saída e análise dos resultados.
13
1.1 Objetivos
Desenvolver uma planilha eletrônica para a verificação nos estados limites último e de
serviço de vigas protendidas com aderência inicial para o sistema de pré-fabricados.
Possibilitar a análise de vigas com as seções transversais mais utilizadas pelas indústrias
de pré-fabricados, e também a modelagem de vigas com qualquer seção;
1.2 Metodologia
1.3 Justificativa
O mercado da construção civil exige cada vez mais rapidez, economia, qualidade e
sustentabilidade durante o processo de construção. Essas características proporcionam às
estruturas pré-fabricadas grande vantagem em relação às obras moldadas “in-loco”, e por isso
é possível observar o aumento da quantidade de indústrias de pré-fabricados no Brasil.
14
2 PRÉ-MOLDADOS DE CONCRETO
gerados por ações horizontais, como o vento por exemplo, sejam resistidos exclusivamente
pelos pilares, conforme mostra a figura 4. Isso faz com que o deslocamento da estrutura sob
tais ações seja maior, amplificando assim os efeitos de segunda ordem, podendo deixá-la
instável e levá-la ao colapso.
Outro método para aumentar a eficiência da estrutura quanto a resistência aos esforços
e deslocamentos laterais, é a utilização de dispositivos de ligação viga-pilar que permitam a
transferência de momentos entre os mesmos. Segundo INFORSATO (2009), tais ligações são
determinadas semirrígidas pois permitem um comportamento intermediário entre a ligação que
não impede a rotação relativa (elementos pinados) e a de ligação rígida ou contínua (ligações
de estruturas moldadas no local). Como em obras pré-moldadas costuma-se complementar a
seção pré-fabricada com uma capa de concreto que trabalha como seção composta a partir do
endurecimento do seu concreto, uma forma de conseguir essa transferência de esforços é
19
posicionar armaduras negativas sobre as vigas que passam dentro de furos executados
previamente nos pilares, antes da execução do capeamento (figura 7). Desta forma, quando o
concreto da capa endurecer, a armadura presente da ligação restringirá a rotação da viga no
apoio, possibilitando à estrutura um comportamento semelhante às estruturas moldadas no
local, conforme mostra a figura 4.
que uma determinada obra pré-fabricada não possua todos os módulos de vigas e lajes iguais,
com mesmo comprimento, deve-se procurar utlizar a mesma altura de lajes e vigas, mesmo que
em determinada região o elemento atenda às verificações de cálculo com dimensões menores.
Segundo MELO (2007), o sistema de lajes alveolares é o que objete maior sucesso na
construção civil, por ser de fácil instalação, não necessitar de escoramento, atingir grandes vãos,
facilitando o layout e otimizando a estrutura, seja ela moldada no local, metálica ou de
elementos reticulados de pré-fabricados.
22
As alturas de lajes mais usuais são de 15 cm, 20 cm, 25 cm, 26,5 cm, 30 cm e 32 cm,
podendo chegar até 40 e 50 cm. Os painéis tem largura que variam de 1,20 m ou 1,25 m,
dependendo do fabricante e podem ter comprimento mínimo de 1,0 m e máximo podendo
ultrapassar os 15,0 m. Além disso, as lajes alveolares são conhecidas por ter a capacidade de
suportar grandes sobrecargas, que para lajes de vão pequenos podem ultrapassar os 5000 kg/m².
A grande eficiência estrutural das lajes alveolares e seu menor custo são alcançados
quanto maior a padronização e racionalização do projeto. Por ser um processo totalmente
industrializado, quanto menos intervenção manual for realizada durante a produção, como
recortes ou reforços, mais rápida é a fabricação e menor seu custo.
As lajes alveolares de piso recebem uma capa estrutural de no mínimo 5,0 cm, que além
da função de distribuir eventuais esforços pontuais, também trabalha em conjunto com a laje,
sendo considerada sua contribuição para o dimensionamento. Segundo INFORSATO (2009),
esta capa também permite a solidarização da laje com as vigas e faz com que as vigas recebam
um acréscimo de seção, que é caracterizado como seção composta.
Em relação ao projeto a paginação é o aspecto mais importante, pois garante a
viabilidade econômica do sistema. A laje pode ser cortada longitudinalmente para corrigir a
modulação, porém isso gera grande perda de material e entulho na fábrica, e consequentemente
prejuízo para o empreendedor.
O processo de paginação consiste em posicionar as lajes lado a lado e, caso a modulação
não esteja no módulo de 1,20 m ou 1,25 m, o ideal é colocar apenas uma laje recortada para
acertar o módulo. Caso sobrem espaços no pano sem preenchimento, pode-se considerar uma
faixa de concretagem no local no momento do capeamento, desde que tal faixa possua largura
de no máximo 25 cm. Neste caso há a necessidade da execução de forma e escoramento da
faixa. A figura 9 mostra exemplos de paginação de lajes alveolares.
Conforme a NBR 14861/2011, a distância de apoio recomendada das lajes alveolares
sobre as vigas é de, no mínimo, metade da altura da laje.
23
2.3.3 Vigas
MELO (2007) comenta que as vigas são os elementos estruturais mais bem estudados
dentro do cálculo estrutural. No sistema pré-fabricado de concreto, elas podem ser armadas ou
protendidas e possuem diversos formatos para diversas finalidades. A figura 11 mostra os
principais tipos de vigas utilizados.
Com exceção das vigas calhas (e) e f)), todas as demais têm, entre outras finalidades, a
função de servir como apoio de lajes. Entre elas, as vigas retangulares e “I” são as mais
versáteis, podendo apoiar lajes tanto de um como dos dois lados. Já a viga vaso é exclusiva para
o apoio de dois panos de lajes e a viga “L” apenas um.
Uma das vantagens das vigas “T”, é que utilizando sua largura igual à dos pilares, as
lajes ficam apoiadas apenas sobre as abas, eliminando a necessidade de recorte nas lajes nas
regiões em que estão os pilares, problema inevitável quando utilizam-se vigas retangulares,
conforme mostra a figura 12.
I
R (1)
A y s yi
Onde:
R é o rendimento de Guyon;
I é a inércia da seção pré-fabricada;
A é a área da seção pré-fabricada;
ys e yi são, respectivamente, a distância do centro de gravidade até a borda superior e
inferior.
Segundo INFORSATO (2009), embora a seção “I” possua um maior rendimento, sendo
mais vantajosa do ponto de vista estrutural, o aspecto estético da viga retangular para
edificações residenciais e comerciais conta muito, sendo muito impostas como solução
obrigatória pelos projetos de arquitetura.
27
3 CONCRETO PROTENDIDO
diferença entre ambos está no tipo de aço empregado, assim como no procedimento
executivo. [...]. Ainda que haja diferença no topo de armadura empregada em um caso
e outro, as peças de concreto armado e protendido funcionam da mesma forma, sendo
portanto, errôneo imaginar que é necessário estabelecer regras de projeto e execução
(Normas Técnicas) diferentes para os dois tipos de elementos. O protendido pode ser
considera como um “concreto armado” em que parte ou quase a totalidade da
armadura é ativa. (CARVALHO, 2012, p. 11).
ancoragens com cunhas metálicas. Esse sistema é bastante utilizada para a execução de vigas
de pontes ou viadutos com grandes vãos.
Os tipos de protensão estão relacionados à durabilidade das peças e aos estados limites
de utilização referentes à fissuração. Segundo CARVALHO (2012), no caso da armadura ativa,
o risco de corrosão é maior que as armaduras passivas devido à intensidade da tensão atuante
na primeira, assim, os cuidados a serem tomados quanto à fissuração em peças de concreto
protendido são maiores que em peça de concreto armado.
Segundo a NBR 6118/2014, a protensão pode ser classificada em: protensão parcial,
protensão limitada e protensão completa. O que define o tipo de protensão a ser utilizada é a
classe de agressividade ambiental (CAA) em que se encontra a o elemento estrutural e o sistema
de protensão utilizado. A tabela 1 apresenta os tipos de protensão e as exigências de
durabilidade relacionadas à fissuração e à proteção das armaduras.
33
m n
Fd ,uti FGi ,k 1 FQ1,k 2 j FQj ,k (2)
i 1 j 2
Onde:
FGi,k são as ações permanentes características;
FQ1,k é a ação variável principal característica;
FQj,k são as ações variável secundárias características;
Ψ1 é o coeficiente de redução das cargas variáveis, apresentado na tabela 2;
34
A protensão limitada deve ser utilizado para os casos de pré-tração com classe de
agressividade ambiental II e pós-tração com classe de agressividade ambiental III e IV. Neste
tipo de protensão devem ser respeitadas duas condições: o estado limite de formação de fissuras
(ELS-F) e o estado limite de descompressão (ELS-D).
Para a verificação do estado do ELS-F, a tensão máxima de tração na seção transversal
não pode ser maior que a resistência do concreto à tração na flexão e a combinação de frequente
de ações, expressa pela equação 2.
Já na verificação do ELS-D, não deve haver tensão de tração em nenhum ponto da seção
transversal. Para esta verificação deve ser considerada a combinação quase permanente de
ações, expressa por:
35
m n
Fd ,uti FGi ,k 2 FQj ,k (3)
i 1 j 1
Onde:
FGi,k são as ações permanentes características;
FQi,k são as ações variáveis características;
Ψ2 é o coeficiente de redução das cargas variáveis, apresentado na tabela 2.
A protensão completa é a mais rigorosa e deve ser utilizada apenas no caso da pré-tração
em classe de agressividade ambiental III e IV. Neste caso, também deve-se verificar o ELS-F e
o ELS-D, porém as combinações de ações são diferentes da protensão limitada, pois para o
ELS-F é considerada a combinação rara de ações e para o ELS-D a combinação frequente. A
combinação rara é determinada por:
m n
Fd ,uti FGi ,k FQ1,k 1 j FQj ,k (4)
i 1 j 2
Onde:
FGi,k são as ações permanentes características;
FQ1,k é a ação variável principal característica;
FQj,k são as ações variável secundárias características;
Ψ1 é o coeficiente de redução das cargas variáveis, apresentado na tabela 2;
Para evitar que ocorra o escoamento ou relaxação não linear da armadura de protensão
e que também não haja a possibilidade de danos na ancoragem por esforço muito alto, a norma
NBR 6118/2014 estabelece que, durante as operações de protensão, a força de tração na
armadura não deve superar os valores decorrentes da limitação das tensões no aço,
correspondentes a essa situação transitória, para o caso da pré-tração fornecidos abaixo:
36
0,77 f ptk
pi (5)
0,90 f pyk
0,77 f ptk
pi (6)
0,85 f pyk
Onde:
l E p
ancor (7)
l
Onde:
N p N p e 2 M g1 e
p (8)
A I I
Onde:
Ep
Ec
Ep é o módulo de elasticidade do aço de protensão;
Ec é o módulo de elasticidade do concreto;
Np é a força de protensão atuando na peça;
A é a área da seção transversal do concreto;
I é a inércia da peça;
Mg1 é o momento devido ao peso próprio.
concreto e a armadura p cs t ,t0 corresponderá a um encurtamento na armadura e assim
p ,s t , t0 cs t , t0 E p (9)
Onde:
U U U
2 3
U 4
104 1s 8,09 (11)
15 2284 133765 7608150
33 2 h fic
2s (12)
20,8 3 h fic
40
Onde:
2 Ac
h fic (13)
u ar
Onde:
3 2
t t t
A B
s t 100 100 100 (14)
3 2
t t t
C D E
100 100 100
Onde:
A 40 ;
B 116 h3 282 h2 220 h 4,8 ;
Ti 10
t tef ,i (15)
30
Onde:
41
aderência entre o concreto e a armadura p c,c t ,t0 corresponderá a um encurtamento na
p ,c t , t0 c,c t , t0 E p (16)
Ou ainda:
p ,c t , t0 c,0 t , t0 E p (17)
E:
cgp
p ,c t , t0 t , t0 E p (18)
Ec
Com, finalmente:
de protensão e devido à ação das cargas permanentes, inclusive a protensão sendo dada pela
expressão:
Np N p e2 M gi
cgp i
e (20)
A I I
Onde:
Np é a força de protensão;
A é a área da seção transversal do elemento de concreto;
e é a excentricidade dos cabos de protensão;
I é a inércia da seção transversal:
Mg são os momentos fletores devido aos carregamentos permanentes;
outra lenta. A fluência rápida ( cca ) é irreversível e ocorre durante as primeiras 24 horas após
43
a aplicação da carga que a originou. A fluência lenta, por sua vez, é composta por duas outras
parcelas: a deformação lenta irreversível ( ccf ) e a deformação lenta reversível ( ccd ). Assim:
c,tot c cc c 1 (22)
Onde:
a f d (23)
Onde:
c
cc t , t0 cca ccf ccd t , t0 (24)
Ec 28
Com Ecs28 , determinado por:
Onde:
f ck
i 0,8 0,2 1,0 (26)
80
Eci E 5600 f ck , para concretos de 20 MPa a 50 MPa; (27)
1/ 3
f
Eci 21500 E ck 1,25 , para concretos de 55 MPa a 90 MPa. (28)
10
Com:
t , t0 a f f t f t0 d d
(29)
Onde:
f c (t0 )
a 0,8 1 , para concretos das classes C20 à C45; (30)
f c (t )
f c (t0 )
a 1,4 1 , para concretos das classes C50 à C90. (31)
f c (t )
Onde:
46
f c (t 0 )
é a função do crescimento da resistência do concreto com a idade, que
f c (t )
f cj
1 (32)
f ck
Com:
28
1/ 2
1 exps 1 (33)
t
Onde:
2c é o coeficiente dependente da espessura fictícia hfic da peça, que pode ser expresso
por:
47
42 h fic
2c (35)
20 h fic
Onde:
t2 At B
f (t0 ) (36)
t2 C t D
Onde:
d é o valor final do coeficiente de deformação lenta reversível que é considerado igual
a 0,4.
t t0 20
d (t ) (37)
t t0 70
48
pr t , t0
t , t0 (38)
pi
Onde:
pr t ,t0 é a perda de tensão por relaxação pura desde o instante t0 do estiramento até
o instante t considerado;
pi é a tensão da armadura de protensão no instante do seu estiramento;
0 ,15
t t0
t , t0 1000 (39)
41,67
49
Para tensões inferiores a 0,5 fptk, admite-se que não haja perda de tensão por relaxação.
Para tensões intermediárias entre os valores da tabela 4, pode ser feita a interpolação linear.
No tempo infinito, pode-se considerar que o valor de t ,t0 é dado por
a) A concretagem da peça, bem como a protensão, são executadas cada uma delas em
fases suficientemente próximas para que se desprezem os efeitos recíprocos de uma
fase sobre a outra;
b) Os cabos possuem entre si afastamentos suficientemente pequenos em relação à
altura da seção da peça, de modo que seus efeitos possam ser supostos equivalentes
ao de um único cabo, com seção transversal de área igual à soma das áreas das seções
dos cabos componentes, situado na posição da resultante dos esforços neles atuantes
(cabo resultante).
cs t , t0 E p p c, p 0 g t , t0 p 0 t , t0
p t , t0 (40)
p c p p
Com:
50
c, p0 g c t , t0
ct t , t0 c cs t , t0 (41)
Eci 28 Eci 28
p0 p t , t0
pt t , t0 p (42)
Ep Ep
Onde:
no instante t0;
t ,t0 é o coeficiente de fluência do aço igual a ln1 t , t0 ;
cs t ,t0 é a retração no instante t, descontada a retração ocorrida até o instante t0;
p 1 t , t0 ;
Ap
p é a taxa geométrica da armadura de protensão = ;
Ac
e p Ac
2
1 ;
Ic
Figura 18: Etapas de execução de uma viga pré-fabricada de uma estrutura com pórticos com
ligação semirrígidas
Na falta de cálculo mais rigoroso, permite-se calcular a peça composta como monolítica,
se a tensão de aderência de cálculo sd satisfazer as condições:
f yd As
sd s c f ctd 0,25 f cd (43)
bs
Onde:
f ctk ,inf
f ctd (44)
c
f ct ,m 0,3 3 f ck
2
(46)
Fmd
sd (47)
av b
Onde:
Figura 19: Deformação da seção transversal após a atuação da protensão e do peso próprio
Figura 20: Seção transversal nos estados limites de descompressão e estado limite último
Desta forma, a deformação que armadura sofrerá até chegar no estado limite último em
equilíbrio será, neste caso, composta de três parcelas: a) a distensão provocada pelo macaco, já
descontadas todas as perdas ou não (o que for mais desfavorável), b) a movimentação do
concreto (já aderente a armadura) até que a tensão na fibra inferior, próxima a armadura ativa
(a menos da distância d’ no mesmo nível da armadura) seja nula ε7 e c) a deformação
correspondente a εs, necessária para haver equilíbrio.
Por fim, pode se dizer que a tensão na armadura de protensão depende da efetivação da
protensão (pré-alongamento) εp, a deformação para chegar-se ao estado de descompressão ε7
(εcp,p+g1) e a deformação que ocorre depois desta que é designada aqui simplesmente por εs , que
deve ser menor que 1% (evitar a deformação excessiva da armadura depois de estar em contato
com o concreto ou aberturas de fissuras muito grandes).
O valor de ε7 pode ser determinado por:
N p N p e p 2 M g1 e p 1
7 cp , p g1 (48)
Ac I I Ec
c c
Onde:
Desta forma, a deformação na armadura de protensão que deve ser utilizada no estado
limite último é:
t p 7 s (49)
Além disso, a segurança à ruína deve existir mesmo na consideração mais desfavorável
e, portanto, para a determinação da parcela εp de deformação, deve-se considerar a menor força
de protensão, após todas as perdas (no tempo infinito), não se esquecendo de verificar outras
situações.
Para trabalhar com aços de protensão vamos utilizar os resultados da publicação de
VASCONCELOS (1980), dada na tabela 6.
ε (‰) 20,00 22,50 25,00 27,50 30,00 32,50 35,00 37,50 40,00
CP175 (MPa) 1407 1416 1426 1436 1445 1455 1464 1474 1484
CP190 (MPa) 1527 1538 1548 1559 1569 1579 1590 1600 1611
Fonte: VASCONCELOS, 1980.
Os valores da tabela 6, podem ser comparados com os valores apresentados pela NBR
6118/2014 na figura 21 abaixo. Como pode-se perceber, a curva da relação tensão-deformação
apresentada por VASCONCELOS (1980) é praticamente igual à da norma.
Onde a tensão constante atuante até a profundidade y, pode ser tomada igual a:
- c 0,85 1
f ck
50
, para fck de 50 MPa a 90 MPa;
200
59
e) A tensão nas armaduras deve ser obtida a partir dos diagramas tensão-deformação,
conforme a figura 21;
f) O estado limite último é caracterizado quando a distribuição das deformações na
seção transversal pertencer a um dos domínios definidos na figura 23, onde εc2 e εcu
são definidos no item 8.2.10.1 da NBR 6118/2014.
Para os casos em que a relação x/d esteja fora dos limites, pode-se adotar o limite e
utilizar uma armadura de compressão (armadura dupla), ou deve-se alterar as características ou
fck da peça.
Em CARVALHO e FIGUEIREDO (2014) pode-se encontrar o roteiro para a
determinação do equacionamento do equilíbrio das forças atuante na seção. Segundo o mesmo
autor, simplificadamente, para determinar a quantidade de armadura, pode-se trabalhar com
fórmulas adimensionais destas equações. Desta forma, para concretos de até 50 MPa, pode-se
considerar:
Md
KMD (50)
bw d 2 f cd
x
KX (51)
d
KZ 1 0,4 KX (53)
z
KZ (54)
d
c
KX (55)
c s
Md
As (56)
KZ d pd
61
Onde:
Onde:
Caso a linha neutra seja maior que a espessura da mesa, deve-se calcular o momento
resistido pelas abas da viga (M1) e determinar uma armadura para equilibrar este momento (As1).
O restante do momento (Md – M1) deve ser absorvido pela seção retangular e equilibrado por
outra parcela de armadura (As2). Assim, conforme deduzido pela figura 25, para concretos com
fck até 50 MPa, tem-se:
63
Figura 25: Seção “T”, dividida em duas seções, uma das abas e outra retangular
M 1 0,85 f cd h f b f bw d
hf
(57)
2
M 2 M d M1 (58)
M1 M2
As (59)
hf KZ d pd
d pd
2
Onde:
hf é a espessura da mesa;
Isso é necessário pois, como o momento causado pelo peso próprio da viga alivia
simultaneamente a tensão de tração na borda superior e a tensão de compressão na borda
inferior, a verificação apenas no meio do vão torna-se contra a segurança, já que o menor alívio
do momento de protensão ocorre nas extremidades.
A NBR 6118/2014, permite que no momento da protensão seja feita a verificação da
ruptura simplificada, desde que:
VSd VRd 2
Onde:
VSd é a força cortante solicitante de cálculo, na seção;
VRd 2 é a força cortante resistente de cálculo, relativa à ruina das diagonais comprimidas
de concreto;
65
VRd 3 Vc Vsw é a força resistente de cálculo, relativa à ruína por tração diagonal, onde
A norma permite utilizar dois modelos de cálculo para a determinação de VRd2 e Vsw:
Modelo de cálculo I e Modelo de cálculo II.
O modelo I admite diagonais de compressão inclinadas de θ = 45° em relação ao eixo
longitudinal do elemento estrutural e admite ainda que a parcela complementar Vc tenha valor
constante, independentemente de VSd. Já o modelo II, admite diagonais de compressão
inclinadas de θ em relação ao eixo longitudinal do elemento estrutural, com θ variável
livremente entre 30° e 45°. Admite ainda que a parcela complementar Vc sofra redução com o
aumento de VSd.
Segundo FUSCO (2008), com o aumento das tensões longitudinais de compressão em
um elemento, ocorrem alterações na distribuição dos esforços internos. Desta forma, junto aos
apoios de extremidade das vigas, o aumento da força de protensão permite que o equilíbrio dos
nós da treliça se faça com bielas diagonais menos inclinadas. Entretanto, a biela menos
inclinada também proporciona uma notável redução na armadura de cisalhamento.
Levando-se em consideração o exposto por FUSCO (2008), por segurança, optou-se
neste trabalho por utilizar o modelo II de cálculo, considerando θ de 30º para a verificação das
diagonais comprimidas, e 45º para a determinação da armadura transversal.
A verificação da compressão diagonal do concreto pelo modelo II é dada pela expressão:
Com:
f ck
v 2 1 ;
250
f ck
f cd ;
c
bw a largura da alma da viga;
d a altura útil da seção;
θ a inclinação da diagonal comprimida;
66
Com:
Onde:
M 0
Vc Vc1 1 2 Vc1 , na flexo-compressão, com:
M Sd ,máx
Vc1 0 , quando Vsd = VRd2, interpolando-se linearmente para valores intermediários;
Em que:
f ctk ,inf
f ctd (65)
1,4
Onde:
Asw f
sw 0,2 ct ,m (67)
bw s sen f ywk
Onde:
4 EXEMPLO NUMÉRICO
p l2
M , onde:
8
M = Momento (kN.m);
p = ação atuante (kN/m);
l = vão efetivo da viga (m);
bw h3
I
12
I
Wi Ws , onde:
ycg
I = momento de inércia (m4)
bw = largura da viga (m);
h = altura da viga (m);
Wi = módulo resistente inferior (m³);
Ws = módulo resistente superior (m³);
ycg = centro de gravidade (m).
Onde:
b f b1 bc b1
0,5 b2
b1
0,1 a
a l caso de vigas bi - apoiadas
b2 distância da face de uma viga a outra, neste caso 9,60 m
Ecapa 5600 30
r 0,866
Eviga 5600 40
A1 y1 A2 y 2 A3 y 3
y cg y i
A1 A2 A3
0,28 0,35 0,0346 0,8 0,07145 0,925
y cg y i 0,49675 m
0,28 0,0346 0,07145
bc hlaje
3
bw h 3
I I1 I 2 I 3 A1 y cg y1 A2 y cg y 2
2 2
12 12
bf c 3
A3 y cg y 3
2
12
0,4 0,7 3 0,173 0,2 3
I 0,28 0,49675 0,35 0,0346 0,49675 0,8
2 2
12 12
1,429 0,05 3
0,07145 0,49675 0,925 0,033879 m 4
2
12
75
I 0,033879
Wi 0,06820 m 3
yi 0,49675
I 0,033879
Ws 0,07476 m 3
ys 0,45325
O tipo de protensão deve ser adotado conforme a tabela 13.4 da NBR 6118/2014. Esta
escolha depende exclusivamente da classe de agressividade ambiental (CAA) e do sistema de
protensão utilizado.
Neste exemplo, está sendo dimensionada uma viga protendida com o sistema de pré-
tração, em um ambiente com CAA II. Para estas condições, a norma define que deve ser
considerado concreto protendido nível 2, ou seja, protensão limitada, onde são verificadas duas
exigências relativas à fissuração: Estado-limite de formação de fissuras (ELS-F) e Estado-limite
de descompressão (ELS-D).
Para verificação do ELS-F deve-se considerar combinação frequente de serviço, onde a
ação variável principal é ser multiplicada pelo coeficiente ψ1, a ação variável secundária
multiplicada pelo coeficiente ψ2 e a tensão de tração no elemento não pode exceder fct,f, aqui
adotado como fctk,inf. Como neste exercício há apenas uma ação variável, esta será tomada como
principal e será multiplicada pelo coeficiente ψ1.
Na verificação do ELS-D deve-se considerar a combinação quase permanente de
serviço, onde todas as ações variáveis são multiplicadas pelo coeficiente ψ2 e não deve existir
tensão de tração na peça.
76
Por tratar-se de um local onde as cargas variáveis são pesos ou equipamentos que
permanece fixos por longo período de tempo, serão utilizados os coeficientes ψ1 =0,6 e ψ2 =0,4
conforme exige a NBR 8681/2003.
Conforme item 9.6.1.2.1-a da NBR 6118, a tensão inicial da armadura de protensão para
aços de baixa relaxação deve respeitar os seguintes limites:
A verificação do ELS-F na fibra inferior da seção, pode ser feita pela seguinte expressão:
Np Mp M g1 M g 2 M g 3 M g 4 M g5 1 M q
i f ctk ,inf
A Wi Wi Wi ,comp Wi ,comp
Ap p ,t N p ep M g1 M g 2 M g 3 M g4 M g5 1 M q
i f ctk ,inf
A Wi Wi Wi ,comp Wi ,comp
Onde:
Ap p ,t N p ep M g1 M g 2 M g 3 M g4 M g5 2 M q
i 0
A Wi Wi Wi ,comp Wi ,comp
Assim, para a maior área de aço calculada, 10,16 cm², adotando cordoalhas de 15,2 mm
com área de aproximadamente 1,40 cm², tem-se o número de cordoalhas igual a:
10,16
n 7,25 , onde adota-se o total de 8 cordoalhas de 15,20 mm com área de aço
1,4
total de 11,20 cm².
Onde:
σp,t=0 = Tensão inicial nos cabos inferiores (kN/cm²)
ep’ = Excentricidade de protensão dos cabos superiores (m)
σ’p,t=0 = Tensão inicial nos cabos superiores (kN/cm²)
A’p = Área de aço de protensão superior (cm²)
Considerando uma perda inicial nos cabos inferiores de 10% e nos cabos superiores de
2,5%, e adotando a posição dos cabos superiores 6,0 cm abaixo da face superior da viga, tem-
se:
130,82 11,2 130,82 11,2 0,27 141,72 A' p 141,72 A' p 0,29 45,99
sup 3078
0,28 0,03267 0,28 0,03267 0,03267
79
Desta forma, serão necessárias 2 cordoalhas de 12,7 mm, com A’p = 1,974 cm².
d '
A y
i cg ,i
5 1,4 6,5 3 1,4 12,5
8,75 cm
A i 5 1,4 3 1,4
A figura 32, representa a posição final dos cabos. Os espaçamentos foram adotados
buscando respeitar a tabela 18.2 da NBR 6118/2014 e para evitar interferência entre os furos
para os pinos de montagem e entre a armadura passiva.
t = 1 dia
t0 = 0 dias
σpi = 145,35 kN/cm².
Mg1 = 45,99 kN.m
l E p
ancor
l
0,006 19600
ancor 1,18 kN / cm ²
100
Como a perda por relaxação da armadura ocorre após a perda por acomodação da
ancoragem, deve-se descontar a perda de tensão causada por ela. Assim:
pr t , t 0
t , t0
pi
0 ,15
t t0
t , t 0 1000
41,67
pi 144,17
0,759
f ptk 190
Para cordoalha com baixa relaxação e com 75,9% da resistência a tração, através da
interpolação da tabela 8.4 da NBR 6118/2014 encontra-se o valor de ψ1000 = 3,088.
81
0 ,15
1 0
t , t 0 3,088 1,765
41,67
pr t , t 0
1,765
144,17 2,54 kN / cm ²
100
Ap 11,2 cm ²
e p 0,2625 m
e' p 0,29 m
Np M p M g1
c , po g ,inf e p
A I
82
Ep
p
Eci (t )
0,5
f ckj
0,5
25
Eci (t ) Eci 5600 40 28000 MPa
f ck 40
196000
p 7,00
28000
Ou seja, as perdas iniciais equivalem a 8,97% para os cabos inferiores e 2,23% para os
cabos superiores.
É importante ressaltar que as perdas por deformação do concreto são diferentes ao longo
do comprimento da viga devido ao comprimento de transferência necessário para transferir toda
a carga de protensão. Neste trabalho serão verificadas apenas as perdas no meio do vão e todas
as análises posteriores serão realizadas considerando-se estas mesmas perdas para todas as
seções da viga.
83
Figura 33: Seção pré-fabricada e seção moldada "in-loco" para determinação dos coeficientes
de fluência
CPV ARI 3
Ti 20º C
t0 15 dias
t 10000 dias
Ti 10 20 10
t 0, fic t0 3 15 45 dias
30 30
Ti 10 20 10
t , fic t 3 1000 30000 dias
30 30
85
t t 0 20 30000 45 20
d (t ) 0,9983
t t 0 70 30000 45 70
1
1
28 2 2
1 t 0 exps 1 exp0,20 1 1,0431
28
45
t0
1
1
28 2 2
1 t exps 1 exp0,20 1 1,2214
28
t
f c (t 0 ) 1 t 0 1,0431
0,854
f c (t ) 1 t 1,2214
86
f c (t 0 )
a 0,8 1 0,8 1 0,7609 0,117
f c (t )
U 70%
1c 1,25 4,45 0,035U 1,25 4,45 0,035 70 2,5
42 h fic 42 36,89
2c 1,387
20 h fic 20 36,89
d 0,4
t , t0 a f f (t ) f (t0 ) d d
Tabela 13: Coeficientes de fluência para a seção pré-fabricada, moldada "in-loco" e final
Após a determinação dos coeficientes de fluência calcula-se a perda por fluência para
os cabos inferiores e superiores separadamente:
p ,c ,inf p t , t0 c , p 0 g ,inf
p ,c,sup p t , t0 c, p 0 g ,onde
Como a perda por fluência deve ser considerada considerando-se os carregamentos com
suas respectivas datas de atuação, tem-se:
N p M p M g1 4 M e 6 M e
e p 1 gi p i gi p ,comp i
A I I I comp
p
i 3 i 5
p ,c ,inf
M q e p ,comp
2 I
q
comp
N p M p M g1 4 M e' 6 M e'
e' p 1 gi p i gi p ,comp i
A I I I comp
p i 3 i 5
p ,c ,sup
M q e' p ,comp
2 I comp
q
Onde:
88
N M M g1
A p p e p 1
A I
4 M gi e p
B i
i 3 I
6 M gi e p ,comp
C i
i 5 I comp
M q e p ,comp
D 2 q
I comp
N M p M g1
A' p e' p 1
A I
4 M gi e' p
B' i
i 3 I
6 M gi e' p ,comp
C' i
i 5 I comp
M q e' p ,comp
D' 2 q
I comp
p ,c ,inf p A B C D
Ep 196000
p 5,534
Eci 28 35417,51
89
B
170,63 2,561 88,7 2,644 0,2625 15417,78 kN / m²
0,011433
C
0,00 2,178 65,70 1,984 0,4093 1574,29 kN / m²
0,03388
328,52 0,4093
D 0,4 1,853 2941,12 kN / m²
0,03388
p ,c ,inf 14,49 kN / cm ²
B'
170,63 2,561 88,7 2,644 0,29 17032,97 kN / m²
0,011433
C'
0,00 2,178 65,70 1,984 0,1432 550,89 kN / m²
0,03388
328,52 0,1432
D 0,4 1,853 1029,18 kN / m²
0,03388
p ,c ,sup 11,01 kN / cm ²
Assim como no caso da perda por deformação imediata do concreto, a perda por fluência
é diferente ao longo do comprimento da viga, tanto devido à variação do momento como ao
comprimento de transferência da força de protensão. Neste caso também será considerada a
perda no meio no vão para todo o comprimento do elemento.
U U U
2 3
U 4
104 1s 1,25 8,09
15 2284 133765 7608150
70 70 70 70
2 3 4
1s 1,25 8,09
104 6,2213 104
15 2284 133765 7608150
33 2 h fic 33 2 36,89
2s 0,8122
20,8 3 h fic 20,8 3 36,89
Ti 10 20 10
t0, fic t0 3 1 3 dias
30 30
Ti 10 20 10
t , fic t 3 1000 30000 dias
30 30
A 40
B 116 h3 282 h2 220 h 4,8 43,806
91
3 2
t t t
A B
s t 100 100 100
3 2
t t t
C D E
100 100 100
3 2
3 3 3
40 43,806
s t0, fic 100 100 100
3 2
0,00634
3 3 t
37,579 252,038 67,184
100 100 100
3 2
30000 30000 30000
40 43,806
s t , fic 100
3
100
2
100 1,00237
30000 30000 30000
37,579 252,038 67,184
100 100 100
cs t , t0 cs s t s t0
cs 10000,1 0,0005053 1,00237 0,00634 0,0005033
p ,r p 0 t ,t0
p 0 p ,1dia
t , t0 ln1 t , t0
92
t , t0 2,50 1000
p ,sup,1dia 142,10
0,748
f ptk 190
Para as cordoalhas inferiores, com aço de baixa relaxação e com 69,5% da resistência a
tração, através da interpolação da tabela 8.4 da NBR 6118/2014 encontra-se o valor de ψ1000 =
2,457. Para as cordoalhas superiores, com aço de baixa relaxação e com 70,8% da resistência a
tração, encontra-se o valor de ψ1000 = 2,979.
6,1419
,1inf ln1 ,1inf ln 1 0,0634
100
p 1 t , t0
Ac
1 ep2
Ic
0,28
inf 1 0,26252 2,6875
0,011433
0,28
sup 1 0,292 3,0596
0,011433
Ap
11,2 1,97 0,004703
Ac 2800
Ep 196000
p 5,534
Eci (28) 35417,51
cs t , t0 E p p c, p 0 g t , t0 p 0 t , t0
p t , t0
p c p p
9,86 14,49 8,387
p t , t0 inf 25,89 kN / cm ²
1,0634 2,874 5,534 2,6875 0,004703
9,86 11,01 10,998
p t , t0 sup 25,21 kN / cm ²
1,0774 2,874 5,534 3,0596 0,004703
p ,inf, p p ,inf
p ,sup p p,sup
Tração f ctk ,inf 0,3 f ct ,m 0,3 0,7 3 402 2,456 MPa 2456 kN / m².
Ou seja:
2456 kN / m² 28000 kN / m²
Np Mp M g1 M g 2 M g 3 M g4 M g5 Mq
i 1
A Wi Wi Wi ,comp Wi ,comp
Np Mp M g1 M g 2 M g 3 M g 4 M g5
i
A Wi Wi Wi ,comp
Para esta verificação é preciso determinar a distância yts na seção composta que seja o
mesmo ponto de verificação da seção pré-moldada, ou seja, a distância do centro de gravidade
da seção composta até a borda superior da seção pré-fabricada. Isso ocorre pois, embora no
tempo infinito a viga já esteja trabalhando com altura total (concreto pré-fabricado mais
moldado “in-loco”), a força de protensão atua basicamente na seção pré-moldada, sendo
necessário verificar as tensões no topo da seção pré-moldada e não no topo da seção composta.
I comp 0,03388
Wts 0,1667 m³
yts 0,2032
Np Mp M g1 M g 2 M g 3 M g4 M g5 Mq
s 1
A Ws Ws Wts Wts
1422,69 245,97 45,99 170,63 88,70 0,0 65,70 328,52
i 0,6
0,28 0,03267 0,03267 0,1667 0,1667
i 8474,37 kN / m²
Np Mp M g1 M g 2 M g 3 M g4 M g5
s
A Ws Ws Wts
1422,69 245,97 45,99 170,63 88,70 0,0 65,70
i
0,28 0,03267 0,03267 0,1667
i 7292,16 kN / m²
Assim, como os valores das tensões estão dentro do intervalo limite, a verificação está
atendida.
Para a verificação do estado limite de descompressão (ELS-D), com ψ2 = 0,4, as tensões
limites de compressão e tração são respectivamente:
Ou seja:
0 kN / m² 28000 kN / m²
Np Mp M g1 M g 2 M g 3 M g4 M g5 Mq
i 2
A Wi Wi Wi ,comp Wi ,comp
Np Mp M g1 M g 2 M g 3 M g 4 M g5
i
A Wi Wi Wi ,comp
97
Np Mp M g1 M g 2 M g 3 M g4 M g5 Mq
s 2
A Ws Ws Wts Wts
1422,69 245,97 45,99 170,63 88,70 0,0 65,70 328,52
i 0,4
0,28 0,03267 0,03267 0,1667 0,1667
i 8080,30 kN / m²
Np Mp M g1 M g 2 M g 3 M g4 M g5
s
A Ws Ws Wts
1422,69 245,97 45,99 170,63 88,70 0,0 65,70
i
0,28 0,03267 0,03267 0,1667
i 7292,16 kN / m²
Como os valores das tensões estão dentro do intervalo limite, a verificação está atendida.
7 f pyd
bp
36 f bpd
98
Onde, fbpd deve ser calculado considerando a idade do concreto na data de protensão
para o cálculo do comprimento de transferência e 28 dias para o cálculo do comprimento de
ancoragem.
O cálculo do comprimento necessário para transferir, por aderência, a totalidade da força
de protensão ao fio, no interior da massa de concreto, deve simultaneamente considerar:
bp pi
bpt 0,5
f pyd
Logo:
7 f pyd pi 3,5 pi
bpt 0,5
36 f bpd f pyd 36 f bpd
f bpd p1 p 2 f ctd
pela expressão:
Onde:
Assim:
p ,inf 158,8 cm
p ,sup 142,5 cm
Para uma análise mais precisa, na planilha desenvolvida, optou-se por subdividir a viga
em vigésimos de vão. Neste caso, a seção do meio do vão passou a ser chamada de S10.
100
p l xs p xs
2
Ms
2 2
Onde:
Tabela 14: Momentos fletores referentes ao peso próprio em cada vigésimo de vão
Seção S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9 S 10
x s (m) 0,363 0,725 1,088 1,450 1,813 2,175 2,538 2,900 3,263 3,625
M s (kN.m) 8,74 16,56 23,46 29,44 34,49 38,63 41,85 44,15 45,53 45,99
Fonte: Elaborado pelo autor.
Como comentado anteriormente, neste roteiro não está sendo considerada a variação das
perdas de protensão ao longo do comprimento da viga devido ao comprimento de transferência.
Por simplificação a verificação das tensões está sendo feita considerando-se a porcentagem de
perdas constante em toda a viga. Porém, para a verificação da ruptura no tempo zero e das
tensões em nas diversas seções apresentadas será considerada a variação de tensão ao longo do
comprimento de transferência da força de protensão.
Sabendo-se que podemos considerar toda a força de protensão dos cabos inferiores
atuando após 1,588 m e dos cabos superiores após 1,425 m, e considerando ainda que a
transferência de tensão do aço para o concreto varie linearmente ao longo desses intervalos, a
tensão transferida do aço para o concreto em qualquer seção xs distante da extremidade da viga
pode ser determinada por:
pi ,inf xs
pi ,inf, x
s
p ,inf
101
pi ,sup xs
' pi ,sup,x
s
p ,sup
Onde:
xs p ,inf
xs p ,sup
se:
e p 0,2625 m
e' p 0,290 m
Ap 11,20 cm²
A' p 1,974 cm ²
M p, xs ,inf Ap p ,inf e p
Tabela 15: Valores das tensões iniciais, força de protensão e momentos de protensão inferior e
superior em cada seção no tempo zero
Seção S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9 S 10
x s (m) 0,363 0,725 1,088 1,450 1,813 2,175 2,538 2,900 3,263 3,625
σ pi, inf
30,20 60,40 90,60 120,80 132,32 132,32 132,32 132,32 132,32 132,32
(kN/cm²)
σ' pi, sup
36,15 72,29 108,44 142,10 142,10 142,10 142,10 142,10 142,10 142,10
(kN/cm²)
N p (kN) 409,6 819,2 1228,8 1633,5 1762,4 1762,4 1762,4 1762,4 1762,4 1762,4
M p,inf
88,8 177,6 266,4 355,2 389,0 389,0 389,0 389,0 389,0 389,0
(kN.m)
M p,sup
20,7 41,4 62,1 81,3 81,3 81,3 81,3 81,3 81,3 81,3
(kN.m)
Fonte: Elaborado pelo autor.
N p , xs ( M p , xs ,inf M p , xs ,sup ) Ms
s,x
s
A Ws Ws
A tabela 16 apresenta os valores das tensões na borda superior e inferior para cada seção.
Tabela 16: Valores das tensões na borda superior e inferior para cada seção
Seção S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9 S 10
x s (m) 0,363 0,725 1,088 1,450 1,813 2,175 2,538 2,900 3,263 3,625
σ s (kN/m²) -354 -737 -1147 -1647 -2068 -1941 -1842 -1772 -1730 -1716
σ i (kN/m²) 3698 7424 11179 14986 16477 16350 16252 16181 16139 16125
Fonte: Elaborado pelo autor.
Tração 1,2 f ctm 1,2 0,3 3 fckj 2 . 0,36 3 252 3,078 MPa 3078 kN / m²
Ou seja:
3078 kN / m² 28000 kN / m²
Pode-se notar que, tanto na fibra inferior como na fibra superior, as tensões estão dentro
dos limites, porém, há casos em que as tensões limites não são respeitadas. Quando o limite de
compressão na fibra inferior for ultrapassado, pode-se:
a) Especificar uma resistência fckj maior para aplicar a força de protensão. Isso requer um
maior consumo de cimento ou maior tempo de cura da peça;
b) Modificar as dimensões da viga;
c) Alterar a posição (altura) dos cabos;
d) Isolar alguns cabos inferiores;
a) Especificar uma resistência fckj maior para aplicar a força de protensão. Isso requer um
maior consumo de cimento ou maior tempo de cura da peça;
b) Modificar as dimensões da viga;
c) Alterar a posição dos cabos, buscando-se diminuir a excentricidade de protensão;
d) Aumentar o número de cordoalhas na fibra superior. Essa solução, muitas vezes, gera a
necessidade de aumentar também o número de cordoalhas inferiores;
e) Isolar alguns cabos inferiores.
Np Mp Ms
s 1,20 f ct ,m
A Ws Ws
104
p l xs p xs
2
M mín
2 2
x s 2068
x 0,7 0,0780 m
h s i 2068 16477
x 0,0780
Ft s b 2068 0,4 32,3 kN
2 2
Como a tensão na armadura não pode ser maior que 25 kN/cm², tem-se:
32,3
As 1,292 cm ²
25
Logo, adota-se 4 barras de 8,0 mm, totalizando 2,0 cm² de armadura passiva na borda
superior da viga.
Para uma análise mais precisa da viga, pode-se também verificar as tensões em diversas
seções ao longo do seu comprimento. Para isso, também será considerada a variação da tensão
em função do comprimento de transferência e a perda de tensão no tempo infinito igual para
todas as seções.
A determinação das tensões transferidas do aço para o concreto em cada seção pode ser
feita da mesma maneira que no item 5.1.10, porém considerando-se as perdas finais de tensão.
A tabela 17, apresenta os valores das tensões finais, força de protensão e momento de protensão
em cada seção no tempo infinito, onde:
106
p ,inf, xs
p ,inf, , x
s
p ,inf
p,sup, xs
' pi ,sup,, x
s
p ,sup
xs p ,inf
xs p ,sup
e p 0,2625 m
e' p 0,290 m
Ap 11,20 cm²
A' p 1,974 cm ²
Tabela 17: Valores das tensões finais, força de protensão e momento de protensão em cada
seção no tempo infinito
Seção S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9 S 10
x s (m) 0,363 0,725 1,088 1,450 1,813 2,175 2,538 2,900 3,263 3,625
σ pi, inf
24,3 48,6 72,9 97,2 106,4 106,4 106,4 106,4 106,4 106,4
(kN/cm²
σ' pi, sup
29,9 59,9 89,8 117,7 117,7 117,7 117,7 117,7 117,7 117,7
(kN/cm²
Np
331,2 662,3 993,5 1320,6 1424,3 1424,3 1424,3 1424,3 1424,3 1424,3
(kN)
Mp
54,3 108,6 162,8 218,3 245,5 245,5 245,5 245,5 245,5 245,5
(kN.m)
Fonte: Elaborado pelo autor.
107
Também é necessário determinar os momentos Mg1, Mg2, Mg3, Mg4, Mg4 e Mq em cada
vigésimo de vão. Esses momentos estão apresentados na tabela 18 abaixo:
Assim como no item 5.8.1, para a verificação do estado limite de formação de fissuras
(ELS-F), com ψ1 = 0,6, as tensões limites de compressão e tração são respectivamente:
Tração f ctk ,inf 0,3 f ct ,m 0,3 0,7 3 402 2,456 MPa 2456 kN / m².
Ou seja:
2456 kN / m² 28000 kN / m²
Np Mp M g1 M g 2 M g 3 M g4 M g5 Mq
i 1
A Wi Wi Wi ,comp Wi ,comp
Np Mp M g1 M g 2 M g 3 M g 4 M g5
i
A Wi Wi Wi ,comp
108
Np Mp M g1 M g 2 M g 3 M g4 M g5 Mq
s 1
A Ws Ws Wts Wts
Para situação de momento máximo tem-se:
Np Mp M g1 M g 2 M g 3 M g4 M g5
s
A Ws Ws Wts
A tabela 19, apresenta os valores das tensões máximas e mínimas nas bordas inferior e
superior de cada seção.
Seção S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9 S 10
x s (m) 0,363 0,725 1,088 1,450 1,813 2,175 2,538 2,900 3,263 3,625
Situação de momento máximo
σ s (kN/m²) 1597 2975 4135 5025 5764 6747 7512 8058 8386 8495
σ i (kN/m²) 336 936 1801 2950 2702 1514 590 -70 -466 -598
Situação de momento mínimo
σ s (kN/m²) 1372 2549 3531 4268 4877 5754 6435 6923 7215 7312
σ i (kN/m²) 885 1977 3275 4800 4870 3942 3220 2705 2395 2292
Fonte: Elaborado pelo autor.
Como os valores das tensões estão dentro do intervalo limite, a verificação está atendida.
Para a verificação do estado limite de descompressão (ELS-D), com ψ2 = 0,4, as tensões
limites de compressão e tração são respectivamente:
Tração 0.
Ou seja:
109
0 kN / m² 28000 kN / m²
Np Mp M g1 M g 2 M g 3 M g4 M g5 Mq
i 2
A Wi Wi Wi ,comp Wi ,comp
Np Mp M g1 M g 2 M g 3 M g 4 M g5
i
A Wi Wi Wi ,comp
Np Mp M g1 M g 2 M g 3 M g4 M g5 Mq
s 2
A Ws Ws Wts Wts
Np Mp M g1 M g 2 M g 3 M g4 M g5
s
A Ws Ws Wts
A tabela 20, apresenta os valores das tensões máximas e mínimas nas bordas inferior e
superior de cada seção.
110
Tabela 20: Valores das tensões máximas e mínimas nas bordas inferior e superior em
vigésimo de vão para a verificação do ELS-D
Seção S1 S2 S3 S4 S5 S6 S7 S8 S9 S 10
x s (m) 0,363 0,725 1,088 1,450 1,813 2,175 2,538 2,900 3,263 3,625
Situação de momento máximo
σ s (kN/m²) 1522 2833 3934 4773 5468 6416 7153 7679 7995 8101
σ i (kN/m²) 519 1283 2292 3567 3425 2323 1467 855 488 365
Situação de momento mínimo
σ s (kN/m²) 1372 2549 3531 4268 4877 5754 6435 6923 7215 7312
σ i (kN/m²) 885 1977 3275 4800 4870 3942 3220 2705 2395 2292
Fonte: Elaborado pelo autor.
Como os valores das tensões estão dentro do intervalo limite, a verificação está atendida.
A verificação do estado limite último nestas duas etapas faz-se necessária pois, em
alguns casos, a principal parcela de carregamento ocorre quando a viga está trabalhando ainda
com a seção pré-fabricada, como por exemplo, vigas que suportam lajes de forro que possuem
grandes vãos. Neste caso, o peso próprio da viga, da laje e da capa resultam na maior parcela
de carregamento e, no tempo infinito, quando a viga estiver trabalhando com a seção composta,
o acréscimo de carga devido à sobrecarga será relativamente insignificante.
b f bw 0,4 m
M d 1,3 ( M g1 M g 2 ) 1,4 (M g 3 )
Md 405,79
KMD 0,0946
b f d f cd 0,4 0,61252 28571
2
Com o valor de KMD, encontram-se os valores de KX, KZ e εs, que para concretos até
50 MPa, podem ser determinados por:
c c KX c
KX S
c s KX
c 3,5%
Como KX = 0,1479, εs = 10 ‰.
x
KX
d
x KX d 0,1479 0,6125 0,0961m 9,61 cm
112
p s p 10 5,46 15,46 ‰
Md 405,79
As 4,67 cm ²
KZ d ds 0,9408 0,6125150,88
Como para a verificação do ELS-F foram adotados 11,2 cm² de aço, está atendida a
verificação do estado limite último para a faze 4 de carregamento.
Nesta fase a viga está trabalhando considerando-se uma seção composta, ou sejam, o
concreto da capa está ajudando a resistir aos esforços. Desta forma, supondo-se que a linha
neutra passa na capa (seção retangular), tem-se:
b f 1,65 m
f ck 30
f cd 21,428 MPa 21428 kN / m²
1,4 1,4
M d 1,3 (M g1 M g 2 ) 1,4 (M g 3 M g 4 M g 5 M q )
M d 1,3 (45,99 170,63) 1,4 (88,70 0,0 65,70 328,52) 957,70 kN.m
113
Md 957,70
KMD 0,0364
b f d f cd 1,65 0,86252 21428
2
Como KX = 0,0547, εs = 10 ‰.
x
KX
d
x 0,0547 0,8625 0,0472 m 4,72 cm
Como a linha neutra é menor que a altura da capa (5 cm), pode-se dizer que a hipótese
adotada é válida, ou seja, a linha neutra passa na mesa e a seção é retangular.
Com a tensão no tempo infinito de σp,inf = 106,42 kN/cm² = σp,inf = 1064,2 MPa,
determina-se o pré-alongamento da armadura ativa de acordo com a tabela 6 fazendo-se uma
interpolação, chegando-se no valor de εpi = 5,46 ‰. Assim, o alongamento total da armadura
no momento ruptura pode ser determinado por:
p s p 10 5,46 15,46 ‰
Md 957,0
As 7,52 cm ²
KZ d ds 0,9781 0,8625150,88
Como para a verificação do ELS-F foram adotados 11,2 cm² de aço, está atendida a
verificação do estado limite último.
114
p g1 g 2 l p l
Vsd 1,3 1,4 g 3 g 4 g 5 q
2 2
f ck 40
v 2 1 1 0,84
250 250
VRd 2 1374,90 kN
d
p
p l
2
V( x )
2 2
d d
p p
2
p g 1 g 2 l p g 3 g 4 g 5 q l 2
Vsd ( d ) 1,3 1,4
2 2 2 2 2
32,97 7,25 32,97 0,30625 73,5 7,25 (73,5) 0,30625
Vsd ( d ) 1,3 1,4
2 2 2 2 2
Vsd 506,06 kN
115
M0
Vc Vc1 1 2 Vc1
M Sd ,máx
Vc 0 0,6 f ctd bw d
Como VSd é maior que Vc0 e menor que VRd2, é preciso interpolar o valor de Vc1 levando-
se em consideração seu crescimento conforme diminui VSd. Desta forma o valor de Vc1 fica:
Vc1
VRd 2 VSd Vc 0
1374,9 506,06 257,90 162,97 kN
VRd 2 1374,9
M 0 p N p , f N g q
Wi
p M p
A
M 0 0,9 279,75 0
0,032667
0,9 45,85 70,64 kN.m
0,28
2
d p d
p l
M x 2 2
2 2
d
2
d
2
p l
d p
g 1 g 2 p l
d p
g 3 g 4 g 5 q
g1 g 2 2 2 g 3 g 4 g 5 q 2 2
M d 1,3 1, 4
2 2 2 2
2
M sd d 154,98 kN.m
2
M0
Vc Vc1 1 2 Vc1
M Sd ,máx
70,64
Vc 162,97 1 237,26 325,94
154,98
Vc 237,26 kN
117
A parcela da força cortante que deve ser absorvida pela armadura é determinada por:
Vsw Vsd Vc
A
Vsw sw 0,9 d f ywd cot cot sen
s
Vsw
Asw s
0,9 d f ywd cot cot sen
f yk
f ywd 1,15
435 MPa
500 500
1,15 435 MPa
f ywd f 435 MPa 43,5 kN / cm ²
435 MPa
268,80
Asw 100 11,215 cm ² / m
0,9 61,25 43,5 cot 90 cot 45 sen90
11,215
Asw 2,804 cm ² / m , ou seja, ϕ 6,3 mm a cada 11,5 cm.
4
Por facilidade de execução será utilizado ϕ 6,3 mm a cada 10,0 cm (3,12 cm²/m).
118
Segundo a NBR 6118/2014, a armadura transversal deve ser constituída por estribos,
com taxa geométrica mínima:
Asw f
sw 0,2 ct ,m
bw s sen f ywk
Ou seja:
f ct ,m
Asw 0,2 bw s sen
f ywk
0,3 3 402
Asw 0,2 40 100 sen90 5,614 cm ² / m
500
5,614
Asw,mín 1,403 cm ² / m , ou seja, ϕ 6,3 mm a cada 22,5 cm.
4
Para que não ocorra ruptura por cisalhamento nas seções entre os estribos, o
espaçamento máximo deve atender as seguintes condições:
Desta forma:
Vsd 528,38 kN
A armadura mínima é igual a ϕ 6,3 mm a cada 22,5 cm e pode-se dizer que está atendida
a verificação. Para detalhamento será adotado ϕ 6,3 mm a cada 20 cm (6,24 cm²/m para 4 ramos).
Como a parcela Vc varia conforme varia Vsw, a determinação do trecho a partir do qual
pode-se utilizar armadura mínima torna-se complexa. Através da planilha desenvolvida, pode-
se facilmente verificar diversas seções da viga até encontrar a seção que resiste ao esforço
solicitante apenas com armadura mínima. Desta forma, a seção encontrada fica a 1,55 m
afastada do apoio da viga, ou seja, numa região afastada até 1,55 m das extremidades deve-se
utilizar a armadura calculada (11,215 cm²/m) e na região restante considera-se armadura
mínima.
Segundo a NBR 9062/2006, em vigas que não possuem recortes nos apoios (dente
gerber), deve haver uma armadura principal (tirante) no apoio das extremidades determinada
por:
Fd
Hd
Asd
1,2
f yd
Fd Vsd 528,38 kN
528,38
84,54
Asd 12,07 cm ²
1,2
50
1,15
Logo, são necessárias 4 barras de 20,0 mm (12,60 cm²). Esta armadura também é a
necessária para ancoragem da diagonal de compressão no apoio. Embora seja necessária apenas
nas extremidades, será utilizada em todo o comprimento da viga com função de porta estribos.
Além da armadura de tirante, também são necessárias armaduras de costura horizontais
e verticais, calculadas por:
120
Fd 528,38
Ash Asv 1,52 cm ²
(8 f yd ) 8 50
1,15
Considerando-se 2 ramos para a armadura horizontal e 4 ramos para a armadura vertical,
tem-se:
1,52
Ash 0,76 cm ² 3 6,3 mm
2
1,52
Asv 0,38 cm ² 2 6,3 mm
4
f yd
b 25
4 f bd
Para barras nervuradas e região de boa aderência, tem-se:
2 b 110 cm
50
0,63
1,15
b 25 0,63 17,35 15,75
4 0,3947
b 15,75 cm
2 b 31,5 cm
121
Segundo a NBR 6092/2006, para poder considerar a viga composta como elemento
monolítico, a tensão de aderência entre a capa e a seção pré-fabricada deve satisfazer as
seguintes condições:
f yd As
sd s c f ctd 0,25 f cd
bs
Fmd
sd
av b
Onde:
l 7,25
av 3,625 m
2 2
b bc 20 cm 0,2 m
Md 957,70
Fmd 1135,24 kN
KZ d 0,9781 0,8625
1135,24
sd 1565,85 kN / cm ²
3,625 0,20
As 2 0,312 100
0,3117%
bs 20 10
s 0,335
c 0,412
Assim:
f yd As
sd s c f ctd 0,25 f cd
bs
50
2 0,312
1,15 30000
sd 0,335 0,412 1448,2 0,25 1051,09 kN / m² 5357,14 kN / m²
0,20 0,10 1,4
Como sd apresentou-se maior que 1051,09 kN/m², é necessário aumentar a área de aço
presente na ligação. Neste caso, opta-se por adotar barras com diâmetro de 8,0 mm, no lugar
das barras de 6,3 mm e reduzir o espaçamento para 13 cm. Assim:
As 2 0,50 100
0,387%
bs 20 13
s 0,56
c 0,487
50
2 0,50
1,15
sd 0,56 0,487 1448,2 1646,18 kN / m²
0,2 0,13
123
Desta forma, está atendida a verificação e pode-se considerar uma seção monolítica para
o estado limite último.
Np
M r f ct ,m Wi M p
A
1762,49
M r 1,5 2565 0,0326667 307,66 638,96 kN .m
0,28
Observa-se que nesta fase, o momento de fissuração é superior ao momento atuante (Mg1
= 45,99 kN.m), ou seja, a seção não está fissurando. Pode-se afirmar também que, até a fase de
carregamento 3, onde o momento atuante Mg1+g2+g3 é 305,32 kN.m, a seção também não fissura,
mesmo considerando uma parcela maior de perdas.
Para o tempo infinito, o momento de fissuração pode ser determinado por:
Np
M r f ct ,m Wi ,comp Wi M p
A
1,2 , para seção T ou duplo T
N p Ap p,inf, A' p ' p ,sup,
1424,28
M r 1,2 3509 0,06820 0,0326667 245,50 698,85 kN.m
0,28
Nesta fase, o momento atuante Mg1+g2+g3+g4+g5+q é 699,54 kN.m, ou seja, a seção irá
fissurar. Neste caso deve-se levar em consideração a redução do momento de inércia causado
pela fissuração, resultando em uma análise complexa. Por simplificação, como o momento de
fissuração apresentou-se muito próximo ao momento atuante, utilizar-se-á a inércia da seção
bruta de concreto para a verificação das flechas, considerando que a peça não irá fissurar.
A tabela 21 apresenta a flechas iniciais (ai) em cada fase de carregamento, onde:
5 p l 4
ai
384 Ecs I c
idade f ck p E cs ai
Fase Ação l (m) I c (m 4 )
(dias) (Mpa) (kN/m) (Mpa) (cm)
Além das flechas iniciais devido aos carregamentos, deve-se considerar também a
contra flecha inicial devido ao momento de protensão e a perda de contra flecha no tempo
infinito devido às perdas de tensão nas armaduras.
A contra flecha devido à protensão pode ser definida por:
125
M p l2
ap
8 Ecs I c
Neste caso, para o cálculo do momento de protensão deve-se considerar a tensão inicial
nos cabos descontando-se as perdas de tensão devido à acomodação da ancoragem e à relaxação
da armadura. Desta forma:
p ,inf ' p ,sup pi ( ancor pr ) 145,35 (1,18 2,54) 141,63 MPa
33531 7252
ap 0,798 cm
8 2415 1143333,33
A perda de contra flecha devido à perda de protensão no tempo infinito pode ser
determinada por:
M p l 2
a p
8 Ecs I c
M p M p , M p ,i
8981 7252
a p 0,16 cm
8 3187,6 1143333,33
A tabela 22 apresenta o sumo das deformações imediatas em cada fase:
126
l 725
ac ,lim 2,416 cm
300 300
l 725
a f ,lim 2,90 cm
250 250
127
Pode-se observar que a contra flecha inicial está ultrapassando o limite imposto pela
NBR 9062/2006. Neste caso, pode-se adotar as seguintes soluções, desde que satisfaça todas as
outras verificações anteriores:
Aumentando o fck do concreto para 50 MPa, sem alterar a quantidade e disposição todas
cabos de protensão, todas as verificações quanto à fissuração foram atendidas e os valores finais
das flechas podem ser observados na tabela 24 abaixo.
Tabela 24: Valor final da flecha no tempo infinito utilizando com fck 50 MPa
5 DETALHAMENTO
5.1 Formas
Figura 36: Forma da viga VR03
5.2 Armaduras
6 CONCLUSÕES
REFERÊNCIAS
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2014.
______. NBR 8681: Ações e segurança nas estruturas – Procedimento. Rio de Janeiro, 2003.
______. NBR 9062: Projeto e Execução de Concreto Pré-Moldado. Rio de Janeiro, 2006.
______. Projeto de Revisão NBR 9062: Projeto e execução de estrutura de concreto pré-
moldado. Rio de Janeiro, 2016.
ELLIOT, Kim S.; JOLLY, Colin K. Multi-storey Precast Concrete Framed Structures. 2.
ed. United Kindom: Wiley Blackwell, 2014.
FUSCO, Péricles B. Estruturas de concreto: solicitações tangenciais. 1. ed. São Paulo: Pini,
2008.
MUNTE. Manual Munte de Projetos Pré-fabricados. 2. ed. São Paulo: Pini, 2007.