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Curso: Vigas protendidas, hands on

6. Armaduras nas regiões das


ancoragens

Prof. M.S.c. Sander David Cardoso Jr


Professor em Instituto Mauá de Tecnologia (IMT)
PROTENDIT - Coordenador de engenharia e tecnologia
6. Armaduras nas regiões das ancoragens

Região de introdução da força de protensão


Nessa região de introdução de forças devem ser previstas armaduras
passivas para combater tensões de tração induzidas no concreto pelas
ancoragens.

Para o cálculo dessas regiões devem ser considerados modelos


tridimensionais com auxílio do método do método bielas e tirantes
6. Armaduras nas regiões das ancoragens

Para o cálculo dessas regiões devem ser considerados modelos


tridimensionais com auxílio do método do método bielas e tirantes,
devendo ser analisadas e projetadas considerando:

• Equilíbrio global da região;


• Efeitos da tração transversal (fendilhamento anelar) devido às
ancoragens, individualmente no seu conjunto;
• Efeitos da compressão nessa zona (esmagamento).
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6.1 Pós-tração
Para os casos de pós-tração, deve-se calcular as seguintes armaduras
transversais na zona de transferência da força de protensão:

6.1.1 Fendilhamento dos blocos de ancoragem

6.1.2 Força transversal de equilíbrio

6.1.3 Cisalhamento longitudinal

6.1.4 Fissuração superficial


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6.1.1 Fendilhamento dos blocos de ancoragem


Devem ser colocadas armaduras transversais, convenientemente dispostas,
para que se impeça o fendilhamento longitudinal sob o efeito das tensões
transversais de tração. Essa armadura pode ser calculada como bloco
parcialmente carregado e é dada por:

Onde:
a0 é a altura da placa de ancoragem;
a1 é a altura do bloco simétrico equivalente;
P0 é força de protensão no instante da transferência, ponderada por γfp;
fyd é a tensão de escoamento de cálculo da armadura transversal;
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6.1.2 Força transversal de equilíbrio


Quando não existir uma distribuição
equilibrada das cargas externas
aplicadas, aparecem outros esforços
transversais de tração. Esses
esforços transversais de tração
decorrem dos desvios que devem
existir no fluxo de tensões, a fim de
que o equilíbrio possa ser
estabelecido, uma vez que as forças
Fc1 e Fc2 não agem segundo as
mesmas linhas de ação que as
resultantes Rc1 e Rc2.
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6.1.2 Força transversal de equilíbrio


Para o cálculo das forças transversais de equilíbrio Rt1 e Rt2, pode-se
esquematizar um modelo de viga parede para representar a zona de
regularização de tensões.

Onde:
Mp é o momento interno que equilibra a força de protensão (ponderado por γfp);
h é a altura da viga;
γfp2 é um coeficiente de ponderação adicional da força de protensão para considerar
a possibilidade de ancoragens inclinadas.
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6.1.3 Cisalhamento longitudinal


Também deve ser dimensionada a armadura para resistir a força interna de
cisalhamento longitudinal provocada pela força de protensão, Vp.

Obs. Quando esta armadura Asw3 for menor que a armadura Asw já existente
ao longo do comprimento a de regularização, ela poderá ser dispensada.
Entretanto, quando for maior, deverá ser colocada a armadura suplementar
Asw.
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6.1.4 Fissuração superficial


Para a determinação da força de tração Rt0 que produz a fissuração
superficial, ainda a favor da segurança, Guyon propõe a seguinte regra
prática:

A armadura contra a fissuração


superficial é colocada junto à
periferia e não se confunde com a
armadura contra o fendilhamento.
Sendo obtida por:
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6.1.5 Posição das armaduras transversais


- Asw1 é colocada no trecho de comprimento a1, de
preferência na parte interna de comprimento 2/3
a1.

- Asw2 será colocada no trecho interno de


comprimento a/2 quando o momento Mp produzir
tração no interior da zona de regularização e, no
trecho externo de comprimento a/4 , quando as
tensões de tração agirem junto à extremidade da
viga.

- Asw3, quando existente, será colocada no trecho


externo de comprimento a/2, visando-se a uma
distribuição gradual das armaduras.
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6.1.6 Outras armaduras


Além destas armaduras, devem ser previstas armaduras padronizadas
recomendadas pelos fornecedores de dispositivos de protensão devem ser
entendidas como partes integrantes do sistema de ancoragem e, em
princípio, não se constituem nas armaduras transversais anteriormente
estudadas para a zona de regularização de tensões.
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6.2 Pré-tração
No instante que a força de protensão é transferida, são desenvolvidas
tensões de tração perpendiculares a esta força e podem causar o
aparecimento de fissuras horizontais próximas a extremidade do elemento.
6. Armaduras nas regiões das ancoragens

6.2 Pré-tração
A armadura transversal necessária para resistir estas tensões podem ser
calculadas através da seguinte expressão:

Onde:
Asw é armadura transversal necessária, uniformemente distribuída em uma
faixa de h/5 a partir da extremidade da viga;
P0 é força de protensão no instante da transferência, ponderada de γfp;
fs é a tensão limite na armadura transversal, com valor máximo
recomendado de 200 MPa ( ~ 30ksi);
lt é o comprimento de transferência da força de protensão.
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Referências:

[4] FUSCO, P. B. (1995). Técnica de armar as estruturas de concreto,


São Paulo. PINI, 1a Edição.

[8] PRECAST/PRESTRESSED CONCRETE INSTUTUTE (2004). PCI Design


Handbook Precast and Prestressed Concrete, Chicago. PCI,
6a Edição.

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