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Lula sanciona lei que autoriza ozonioterapia; texto diz que tratamento é complementar Imagens mostram
Grande parte das abstenções em votação da resolução que criticou invasão russa à Ucrânia foi de países africanos
Foto: Kena Betancur/Pool via REUTERS
02/03/2022 às 21:27
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Na reunião da Assembleia-Geral das Nações Unidas (ONU) em que foi aprovada uma resolução condenando a
Rússia pela invasão contra a Ucrânia, um aspecto chamou a atenção do ponto de vista diplomático: diversos
países africanos se abstiveram de votar e marcar posição sobre o documento que pediu fim às hostilidades no
Leste Europeu.
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07/08/2023, 08:22 Entenda a posição “conjunta“ de países africanos que não apoiaram resolução contra Rússia
Para a aprovação acontecer, foi preciso chegar a uma maioria formada por dois terços dos participantes. O Brasil
foi um dos 141 países que votaram a favor. Também foram registrados cinco votos contrários e 35 abstenções.
Entre os países que se abstiveram, 17 deles são africanos. A Eritreia, inclusive, se aliou à Rússia e votou contra a
resolução aprovada pela ampla maioria dos países presentes no encontro da ONU. Também foram contrários
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Assembleia-Geral da ONU aprova resolução que condena a Rússia por invasão à Ucrânia
As nações africanas que se abstiveram foram: Argélia, Angola, Burundi, República Centro-Africana, Congo, Guiné-
Equatorial, Madagascar, Mali, Moçambique, Namíbia, Senegal, África do Sul, Sudão do Sul, Sudão, Uganda,
Tanzânia e Zimbábue.
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Invasão começou na quinta-feira, 24 de fevereiro, com bombardeios em diversas cidades da Ucrânia. Na imagem, uma
explosão ocorre na capital Kiev
Crédito: Gabinete do Presidente da Ucrânia
Durante pronunciamento na Assembleia Geral, a Eritreia disse que acredita que a integridade territorial deve ser
respeitada por todos os países, mas justificou o voto dizendo ser contrária a “internacionalização do território e
imposição de sanções unilaterais que podem escalar a situação e deploram o diálogo internacional”.
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O embaixador do país ainda afirmou que africanos estão enfrentando problemas para sair da Ucrânia, algo que
foi relatado anteriormente, e reiterou querer “ver que as portas da diplomacia continuam abertas”.
As alegações de racismo e de tratamento diferenciado entre refugiados europeus e africanos podem ajudar a
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explicar oLula
movimento “coordenado” de rejeição à resolução contra a invasão russa.
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Desde que a Rússia invadiu o território da Ucrânia, na madrugada do dia 24 de fevereiro, países vizinhos na
região têm lidado com um fluxo intenso de refugiados fugindo do conflito. Além de ucranianos, milhares de
africanos e outros estrangeiros, principalmente estudantes, estão lutando para deixar o país.
O tratamento aos diferentes refugiados, contudo, parece ser diferente. Diversos casos de discriminação racial
estão sendo registrados nas fronteiras europeias, inclusive com relatos de que cidadãos africanos fugindo do
conflito estão tendo acesso negado para buscar segurança.
Buchizya Mseteka, porta-voz da Acnur, a agência da ONU para refugiados, afirmou ter recebido depoimentos de
africanos sendo impedidos de embarcar em trens que levam pessoas para países vizinhos e de outros sendo
proibidos de atravessarem as fronteiras.
A União Africana (UA) também disse estar perturbada por relatos de que os cidadãos africanos na Ucrânia estão
sendo tratados de maneira discriminatória, sendo obrigados a ficar nas estações de trens por não terem o
embarque permitido, sendo colocados no fim da fila e tendo o direito de cruzar as fronteiras em segurança
negado.
Os casos de racismo chegaram até as autoridades e o ministro de Relações Exteriores da Ucrânia, Dmytro Kuleba,
anunciou a criação de uma linha de emergência para estudantes africanos, asiáticos e outros estrangeiros que
desejam deixar o país.
Kuleba disse que os refugiados devem ter “oportunidades iguais” para retornar aos seus países de origem com
segurança.
A chancelaria do primeiro-ministro da Polônia também afirmou que o país “oferece abrigo a todos que fogem da
agressão russa contra a Ucrânia, independentemente de sua nacionalidade e etnia”.
Diante da mobilização, os representantes das nações africanas fizeram questão de levar o debate sobre o racismo
entre os refugiados para dentro das Nações Unidas.
Durante a reunião do Conselho de Segurança da ONU na última segunda-feira (28), os três países da África que
fazem parte do colegiado –Quênia, Gabão e Gana– foram incisivos ao condenar a discriminação contra seus
cidadãos.
“Os maus-tratos aos povos africanos nas fronteiras da Europa precisam cessar imediatamente, seja para os
africanos que fogem da Ucrânia ou para aqueles que cruzam o Mediterrâneo”, disse o embaixador queniano na
ONU, Martin Kimani.
Na reunião em caráter emergencial da Assembleia-Geral que marcou a votação, o tom contundente adotado por
embaixadores africanos foi o mesmo. A representante da África do Sul, Mathu Joyini, reforçou que “todas as
pessoas têm o direito de cruzar as fronteiras internacionais em tempo de conflito”.
Além disso, a embaixadora criticou o tratamento diferenciado dado a conflitos na Europa comparado aos que
ocorrem no continente africano. “É necessário que dediquemos igual atenção a outros conflitos de longa data em
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que a Carta das Nações Unidas e os direitos humanos estão sendo violados”, disse ela.
Durante as manifestações dos países que decidiram se pronunciar, houve diversas denúncias de que outros
conflitos em que há a morte de muitas pessoas não recebem a mesma atenção que a guerra na Ucrânia está
recebendo.
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O embaixador do Gabão, Michel Xavier Bang, complementou: “dizemos não ao racismo e exigimos respeito pela
dignidade humana”.
De acordo com estimativas da ONU, mais de 4 milhões de pessoas podem deixar a Ucrânia em decorrência dos
conflitos com as tropas russas no país.
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