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ÁGUA NO SOLO

O ciclo da água

Vapor de água: 1 a 4 % da atmosfera

Líquida e sólida: 2/3 do planeta


Importância
1- A água atua na formação do solo

2- O solo atua como um condutor e


armazenador de água

3- Fluxo de água e contaminantes no ambiente

3
Importância
4 - Dimensionamento de sistemas de irrigação

5 - Estudo do ciclo hidrológico em microbacias hidrográficas

6 - Essas propriedades afetam diretamente o crescimento das plantas

Resistência
mecânica

ÁGUA

Temperatura Aeração
4
Estado energético da água no solo
Estrutura Textura

Agregados
poros

Forças envolvidas: Adesão, Coesão, Tensão superficial

Fenômemos: Capilaridade, Adsorção


10
POTENCIAL DE ÁGUA NO SOLO

• Quantidade de trabalho (energia) necessário para transportar


reversivelmente sob mesma temperatura, uma unidade de água
de um determinado plano de referência ao ponto em
consideração (Soc. Int. Ci. Solo).

11
POTENCIAL DE ÁGUA NO SOLO
Conceito termodinâmico

‘‘ Todos os fenômenos na natureza se deslocam no sentido da busca de


um estado de energia mínima, ou seja, se deslocam de estados
de maior energia para estados de menor energia”.

“A água, portanto, também se move de pontos com maior energia


para pontos com menor energia (potencial).”

• Água no estado padrão: líquida; 25ºc; 1 atm =0


• Já água retida no solo =-
ENERGIA CINÉTICA E POTENCIAL

2
m. v
Ec  DESPREZÍVEL NO SOLO

2
Ep  mgh ENERGIA DE POSIÇÃO

Eph2 = (+)

Eph1 = (0)

Eph3 = (-)
UNIDADES DO POTENCIAL DE ÁGUA NO SOLO

• Energia potencial - Como a energia de um sistema é uma grandeza


extensiva, é oportuno expressá-la por unidade de uma outra grandeza
proporcional a extensão do sistema
Ep  mgh
m
g  mgh  0,01 kg x 9,8 2
x 0,1m  0,00098 J
s
– Energia por unidade de massa
m
0,01kgx9,8 x0,1m
mgh 2 J
g   s  0,98 1
m 0,01kg kg
– Energia por unidade de volume
mgh kg m J
g   gh  1000 3 x9,8 2 x0,1m  980 3  980 Pa
V m s m

– Energia por unidade de peso (carga hidráulica)


mgh
g   0,1m
mg 14
Água no solo

Fatores de conversão para unidades de pressão

Massa = V.d = 1 m2 * 0,76 m Hg * 13595 kg/m3 = 10.332 kg

Força = M.g = 10322 kg * 9,8 m/s2 = 101.325 kg m/s2

Pressão = 101.325 kg m/s2 / 1 m2


= 101.325 N/m2 = Pa

atm cm Hg cm H2O Bária (b) Pa Lib/pol2


atm 1 76 1.033 1.013.250 101.325 14,7
POTENCIAL DE ÁGUA NO SOLO

T = g+ p + os + m

Onde:
T = potencial total da água no solo

g = potencial gravitacional
p = potencial de pressão
os = potencial osmótico
m = potencial matricial

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ENERGIA POTENCIAL DA ÁGUA NO SOLO
POTENCIAL GRAVITACIONAL
• Energia necessária para elevar uma unidade de água a um ponto específico
em relação ao plano de referência
• O efeito da gravidade no potencial da água depende da posição da água em
relação ao plano de referência (acima = positivo; abaixo = negativo)
• O g é importante em solos úmidos/saturados
• Em solo mais seco ele perde importância e o m domina o processo

F
E
120cm
70cm
A Referência gravitacional
50cm
50cm
B D

50cm 17
C
ENERGIA POTENCIAL DA ÁGUA NO SOLO
POTENCIAL DE PRESSÃO
 O potencial de pressão ocorre quando uma pressão externa (pressão hidrostática
positiva) estiver atuando sobre uma unidade de água.

 O potencial de pressão ocorre em solos saturados.

kg m m J N
p A  dgh1     Pa
m3 s 2 m3 m 2
ENERGIA POTENCIAL DA ÁGUA NO SOLO
POTENCIAL OSMÓTICO

• Quantidade de energia necessária para transportar uma unidade


de água pura do nível de referência até um ponto onde a
concentração de solutos na solução é diferente da água pura;

• Na água do solo ou solução do solo estão dissolvidos minerais


e substâncias orgânicas que lhe conferem um estado energético
diferente da água pura;

• Para fins de estudo da dinâmica da água do solo, visando


entender seu movimento e disponibilidade para as plantas o
potencial osmótico não é considerado.
19
ENERGIA POTENCIAL DA ÁGUA NO SOLO
POTENCIAL OSMÓTICO

Os solutos reduzem a energia livre da água por diluírem na água


20
ENERGIA POTENCIAL DA ÁGUA NO SOLO
POTENCIAL OSMÓTICO

VARIA COM A CONCENTRAÇÃO DE ÍONS NA SOLUÇÃO E PRESENÇA DE


UMA MEMBRANA SEMIPERMEÁVEL

Equação de Van't Hoff os = -RTC

R = 8,314 J K-1 mol-1 ou 0,082 atm L mol-1 K-1 constante dos gases
T = OK; C = mol (/cm-3; L-1; m-3)

Ex: Solo T = 20OC Uv = 0,50 m3.m-3


Vol = 1 cm3 de solo tem 3.10-4 mol soluto

os = - 8,314 J.K-1.mol-1 x 293 K x 3.10-4 mol / 5.10-7 m3


os = - 1,46.103 J.m-3 - 1,46 N.m-2 14,9 cm H2O
ENERGIA POTENCIAL DA ÁGUA NO SOLO
POTENCIAL OSMÓTICO

os = -RTC

COMO ESTIMAR O POTENCIAL OSMÓTICO (kPa)

os = - 0,056 . TDS Sólidos dissolvidos totais (mg.L-1)


os = - 36 . EC Condutividade elétrica (dS.m-1)

Bresler et al., 1982


ENERGIA POTENCIAL DA ÁGUA NO SOLO
POTENCIAL OSMÓTICO

A classificação tradicional para estes solos foi proposta por RICHARDS (1954),
de acordo com as características de condutividade elétrica do extrato de saturação (CE),
pH da pasta saturada e percentagem de sódio trocável (PST).

Classificação de solos afetados por sais


Tipo de Solo CE (d S/m) PST (%) pH
Normal <4 < 15 < 8,5
Salino ≥4 < 15 < 8,5
Salino-sódico ≥4 > 15 > 8,5
Sódico <4 ≥ 15 > 8,5
ENERGIA POTENCIAL DA ÁGUA NO SOLO
POTENCIAL MATRICIAL

• Representa a interação entre a matriz do solo e a água


• Descreve a contribuição das forças de retenção da água no solo
associadas com suas interfaces líquido-ar e sólido-líquido
• Para remover a água retida por estas forças é necessário
energia, sendo que a quantidade de energia necessária é
crescente a medida que o solo seca;
• Está relacionado diretamente com a umidade do solo, e para as
mesmas condições estruturais a tendência é a redução do
potencial matricial a medida que o solo seca;

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ENERGIA POTENCIAL DA ÁGUA NO SOLO
Tensão superficial

Temperatura Tensão
(°C) superficial
(kg s-1)

-5 0,0764
0 0,0756
4 0,0750
5 0,0748
10 0,0742
20 0,0727
25 0,0719
30 0,0711
25
50 0,0679
ENERGIA POTENCIAL DA ÁGUA NO SOLO
Tensão superficial
A TENSÃO AFETA AS FORÇAS DE:
Adesão: Atração da água aos sólidos (dipolos)
Coesão: Atração entre moléculas de água por ligações de H

Estas forças determinam os


Fenômenos de:
1. ADSORÇÃO
2. CAPILARIDADE

Sólido

 é o ângulo de contato resultado da interação sólido - líquido


 < 90° = Forças adesivas entre sólidos e líquidos são maiores que a coesão
dentro do líquido e maiores que a força de atração entre o gás e o sólido
ENERGIA POTENCIAL DA ÁGUA NO SOLO
POTENCIAL MATRICIAL

Ciclo de umedecimento e secagem do solo

Água adsorvida na Água retida nos Água contida nos


superfície das partículas Microporos (< 50 mm) Macroporos (>50 mm)

Capilaridade (poros)
Adsorção (ASE)
ENERGIA POTENCIAL DA ÁGUA NO SOLO
POTENCIAL MATRICIAL - Capilaridade
Comportamento das moléculas de água durante a
ocorrência da capilaridade.

2 cos 
h
gr ( L  ar )
h  cm
  71,9 dinas.cm 1  g.cm.s 2
 0
 L 1g.cm 3
g  981cm.s -2
r  cm
 ar 1,225kg.m 3
ENERGIA POTENCIAL DA ÁGUA NO SOLO
POTENCIAL MATRICIAL – Adsorção

ADSORÇÃO - Filmes de água envolvendo as partículas sólidas


- Interação água – solo
- Importante em solo mais seco
- Água fortemente retida
ENERGIA POTENCIAL DA ÁGUA NO SOLO
POTENCIAL MATRICIAL
Tensão superficial afeta a adesão e a coesãp

O estado de energia de água depende da interação H2O-partículas

Capilaridade função  partículas (ase)

Adsorção mineralogia

estrutura

umidade
Potencial matricial é sempre negativo, porque a interação da água com as partículas do solo
diminui o estado de energia da água em relação ao seu estado padrão, onde

solo saturado m = 0
solo úmido m = -

solo seco m = >>> -


ENERGIA POTENCIAL DA ÁGUA NO SOLO
POTENCIAL MATRICIAL

m - CURVA CARACTERÍSTICA DE UMIDADE


ENERGIA POTENCIAL DA ÁGUA NO SOLO
POTENCIAL MATRICIAL
No campo: tensiômetro
mede tensões de até 8 m ou 80 kPa

Água no interior da cápsula

Agregados

32
Poros da parede da cápsula
ENERGIA POTENCIAL DA ÁGUA NO SOLO
POTENCIAL MATRICIAL
Manômetro de mercúrio
Rolha de vedação

Cuba com mercúrio


h1
Tubo de PVC

m = -13,6 x h + (h +h1 + h2)


h2

Cápsula porosa
SOLO
m = -12,6 x h + (h1 + h2)

onde:
m = Potencial matricial da água no solo (cm)
h = leitura da altura da coluna de mercúrio (cm)
h1 = altura da cuba de mercúrio em relação a superfície do solo.
33
h 2 = a profundidade da cápsula porosa em relação a superfície do solo.
ENERGIA POTENCIAL DA ÁGUA NO SOLO
POTENCIAL MATRICIAL
No laboratório: coluna de areia e mesa de tensão, com capacidade de medida = 0,1 até 1 m

10 cm 10 cm

60 cm 60 cm

100 cm 100 cm

Vertedouro
ENERGIA POTENCIAL DA ÁGUA NO SOLO
POTENCIAL MATRICIAL
No laboratório: Panela de pressão com membrana de Richards

35
ENERGIA POTENCIAL DA ÁGUA NO SOLO
POTENCIAL MATRICIAL
DISTRIBUIÇÃO DE POTENCIAIS NO
SOLO

Perfil com horizonte B a 40 cm de profundidade com lençol


freático 8 cm acima do B. Potencial total está em equilíbrio

Prof cm g o p m t
0 0 0 0 - 32
10 - 10 0 0 - 22
20 - 20 0 0 - 12
30 - 30 0 0 - 02
40 - 40 0 8 0
50 - 50 0 18 0
DISTRIBUIÇÃO DE POTENCIAIS NO
SOLO

Perfil com horizonte B a 40 cm de profundidade com lençol


freático 8 cm acima do B. Potencial total está em equilíbrio

Prof cm g o p m t
0 0 0 0 - 32 - 32
10 - 10 0 0 - 22 - 32
20 - 20 0 0 - 12 - 32
30 - 30 0 0 - 02 - 32
40 - 40 0 8 0 - 32
50 - 50 0 18 0 - 32
DISTRIBUIÇÃO DE POTENCIAIS NO
SOLO
Perfil de 50 cm com horizonte B a 40 cm de profundidade e
dados os potenciais matriciais

Prof cm g o p m t

0 -0 0 0 - 1200

10 - 10 0 0 - 250
20 - 20 0 0 - 165
30 - 30 0 0 - 80
40 - 40 0 0 - 50
50 - 50 0 0 - 40
DISTRIBUIÇÃO DE POTENCIAIS NO
SOLO
Perfil de 50 cm com horizonte B a 40 cm de profundidade e
dados os potenciais matriciais

Prof cm g o p m t

0 -0 0 0 - 1200 - 1200

10 - 10 0 0 - 250 - 260
20 - 20 0 0 - 165 - 185
30 - 30 0 0 - 80 - 120
40 - 40 0 0 - 50 - 90
50 - 50 0 0 - 40 - 90
DISTRIBUIÇÃO DE POTENCIAIS NO
SOLO
MOVIMENTO DE ÁGUA NO SOLO
 (+)  (-)

A A = - 200 cm  TRAB F. x
GRAD    F
x DESLOC. x
50 cm
  200  (400) 200cm
GRAD     4cmH 2O / cm
x 50 50cm

Bi Bi = - 400 cm

DIFERENÇAS DE POTENCIAL ENTRE DOIS PONTOS CRIAM


GRADIENTES DE POTENCIAL, RESPONSÁVEL PELA
FORÇA QUE IMPULSIONA O MOVIMENTO DA ÁGUA
Toda a água armazenada no solo é
disponível para as plantas?

=
?
43
CC e PMP

• A capacidade de campo (CC) é definida como a quantidade de


água que um solo pode reter após a ocorrência da drenagem
natural do perfil;

• O ponto de murcha permanente (PMP) é definido pelo


conteúdo de água no solo quando ocorre o murchamento das
plantas em crescimento, mesmo que estas sejam colocadas em
um ambiente saturado com água.

44
CC e PMP
DETERMINAÇÃO DA CAPACIDADE DE CAMPO

 Quantidade de água que um solo pode reter após a ocorrência da drenagem natural do
perfil

CC = 0,1 atm  solo arenoso e = 0,33 atm  solo argiloso e franco

 1 mca 3,3 mca

Conteúdo de água
Conteúdo de água

Solo Argiloso
Solo Arenoso
CC
CC ??

Tempo Tempo
CC e PMP

DETERMINAÇÃO DO PONTO DE MURCHA PERMANENTE

 É determinado quando ocorre o murchamento irreversível da planta de


girassol

 Varia com os atributos do solo e com a capacidade das plantas

Normalmente é utilizado o valor de –15 atm


CC e PMP
DETERMINAÇÃO DO ARMAZENAMENTO MÁXIMO CRmáx  (CC ) * p

DISPONIBILIDADE DE ÁGUA AS PLANTAS AD  (CC  PMP) * p

a campo ou laboratório

 CC determinada a campo difere daquela determinada em laboratório

CRmáx = capacidade de armazenamento máximo mm


CC = capacidade de campo cm3cm-3
PMP = ponto de murcha permanente cm3cm-3
p = profundidade da camada mm
ENERGIA POTENCIAL DA ÁGUA NO SOLO

Estrutura

ASE
MO e argilominerais

48
ENERGIA POTENCIAL DA ÁGUA NO SOLO

CC PMP

Solo compactado

q Solo bem
estruturado

q 
Efeito da textura na retenção de água Efeito da estrutura na retenção de água49
Número perfis (n), teores médios (g kg-1) e erro padrão da estimativa (g kg-1) para argila,
silte, areia e matéria orgânica (MO) na camada de 0-50 cm de profundidade para perfis de
solos agrupados por Tipo de Solo (IN 2/2008 do MAPA) no Estado de Santa Catarina, 2012.

ep
Tipo de Solo n. Argila Silte ep Areia ep MO ep
*
Tipo 3 24 575 19 305 18 121 20 45 2

Tipo 2 12 290 27 330 26 380 28 28 2

Tipo 1 3 131 53 101 52 769 56 16 7

Sem tipo definido 3 35 53 22 52 947 56 10 10

* ep: erro padrão em g kg-1


0,8
Sem tipo definido
Tipo 1

Umidade Volumétrica, m3 m-3


Tipo 2
0,6 Tipo 3

0,4

0,2 qs  qr
q ( )  q r 
[1  [  ]n ]
 n
(1 1

0,0
0,1 1 10 100 1000 10000
Sucção (hPa)

Tipo de Solo Parâmetros da Equação


θs (cm3 cm-3) θr (cm3 cm-3) α(cm) n m
Sem tipo definido 0,54 0,09 0,08 1,857 0,461
Tipo 1 0,57 0,09 0,40 1,278 0,218
Tipo 2 0,62 0,28 0,24 1,332 0,249
Tipo 3 0,69 0,35 0,26 1,275 0,216

Curva de retenção e parâmetros da equação de van GENUCHTEN (1980), na camada de 0-50 cm de


profundidade para solos agrupados por Tipo de Solo (IN 2/2008 do MAPA) no Estado de SC, 2012.
Capacidade de campo (CC, cm3 cm-3) e ponto de murcha permanente (PMP, cm3 cm-3) na
camada de 0-50 cm de profundidade para perfis de solos agrupados por Tipo de Solo
utilizando a IN 2/2008 do MAPA em solos do Estado de Santa Catarina, 2012. * ep: erro padrão
em cm3 cm-3.

Tipo de CAD (0-


CC PMP AD
Solo 50cm)
Tipo 3 0,50 a* 0,37 a 0,13 A 64

Tipo 2 0,40 b 0,28 b 0,12 A 61

Tipo 1 0,24 c 0,13 c 0,11 A 58


Sem tipo
0,16 d 0,07 c 0,09 A 47
definido

** Letras minúsculas comparam as litologias em cada horizonte através do teste DMS


(Prob. F<0,05).
ENERGIA POTENCIAL DA ÁGUA NO SOLO

Proporção entre água gravitacional, disponível e não disponível em solos de


diferentes texturas
Determinação do conteúdo de água ou
da umidade do solo

55
a) Umidade gravimétrica (Ug) = em base de massa
Ug (g/g) = Massa de água retida
Massa seca das partículas do solo

b) Umidade volumétrica (q) = em base de volume


q (m3 / m3) = Volume de água retida no solo
Volume do solo

1 g de água = 1 cm3

q = Ug x Ds

56
Exercício
Coletou-se amostra de solo com um anel de 7 cm de diâmetro e 5 cm de
altura (volume = 200 cm3) e obteve-se:

Massa do solo úmido (Msu) = 332 g


Massa do solo seco (Mss) = 281 g

Após a coleta a área foi trafegada com um trator e nova amostra foi coletada:

Massa do solo úmido (Msu) = 359g


Massa do solo seco (Mss) = 304 g

Sabendo-se que Dp = 2,7 g cm-3


Determine, antes e depois da compactação:
Ds Ug Uv PT Ear

57
• Antes da compactação: • Depois da compactação:

 281g  1,405 g cm-3  304 g  1,52 g cm-3


Ds    Ds   
 200cm   200cm 
3 3

 332  281   359  304 


Ug   Ug     0,181 g g-1
  0,181 g g-1  304 
 281 

 332  281   359  304 


q   0,255 cm3 cm-3 q   0,275 cm3 cm-3
 200cm 
3
 200cm 
3

 1,405   1,405 
Pt  1    0,48 cm3 cm-3 Pt  1    0,437 cm cm
3 -3

 2,70   2,70 

Ea  0,48  0,255  0,225 cm3 cm-3 Ea  0,48  0,255  0,162 cm3 cm-3

5 cm 5 cm

58
Armazenamento de água no solo
Y
x
h

5 cm água

Sólidos
 332  281 
+
q  0,255 cm3 cm-3 ar
 200cm 
3

h  (0,255cm cm x5cm) 1,275 cm3 cm-2


3 3
=1,275 cm = 12,75 mm de água

1 mm = 1 litro de água / m2 59
Conteúdo total de água armazenada no solo (resultados)

Camada cm q m3 m-3 q mm q L/ha


14/06 21/06 14/06 21/06 14/06 21/06

0 – 10 0,27 0,35

10 – 20 0,25 0,33

20 – 30 0,21 0,30

30 – 40 0,18 0,27

40 – 50 0,20 0,24

Total/média 0,22 0,30

60
Conteúdo total de água armazenada no solo (resultados)

Camada cm q m3 m-3 q mm q L/ha


14/06 21/06 14/06 21/06 14/06 21/06

0 – 10 0,27 0,35 27 35

10 – 20 0,25 0,33 25 33

20 – 30 0,21 0,30 21 30

30 – 40 0,18 0,27 18 27

40 – 50 0,20 0,24 20 24

Total/média 0,22 0,30 111 149

61
Conteúdo total de água armazenada no solo (resultados)

Camada cm q m3 m-3 q mm q L/ha


14/06 21/06 14/06 21/06 14/06 21/06

0 – 10 0,27 0,35 27 35 270.000 350.000

10 – 20 0,25 0,33 25 33 250.000 330.000

20 – 30 0,21 0,30 21 30 210.000 300.000

30 – 40 0,18 0,27 18 27 180.000 270.000

40 – 50 0,20 0,24 20 24 200.000 240.000

Total/média 0,22 0,30 111 149 1.110.000 1.490.000

62
Calcular a água disponível armazenada no solo
(No perfil e em 1 ha)

q, m3 m-3
Data
Camada cm
14/06 21/06

0 – 10 0,27 0,35

10 – 20 0,25 0,33
20 – 30 0,21 0,30
30 – 40 0,18 0,27
40 – 50 0,20 0,24

q CC = 0,28 m3m-3 q PMP = 0,15 m3m-3 63


65
Aparelhos de TDR

66
3 -3
Umidade volumétrica, m m

0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
0,30
0,35
0,40
12
-11
-07
19
-11
-07
26
-11
-07
3-1
2-0
7
10
-12
-07
17
-12
-07
24
-12
-07
31
Camada de 0 a 5 cm

-12
-07
7-1
-0 8
14
-1-
08
21

Data
-1-
08
28
-1-
08
4-2
-08
11
-2-
08
18
-2-
08
Subsolagem
Plantio direto
Escarificação

25
-2-
08
3-3
-08
Preparo convencional

10
-3-
08
Plantio direto Compactado

17
-3-
08
24
-3-
08
CC

PMP
3 -3
Umidade volumétrica, m m

0,05
0,10
0,15
0,20
0,25
0,30
0,35
12
-11 0,40
-07
19
-11
-07
26
-11
-07
3-1
2-0
7
10
-12
-07
17
-12
-07
24
-12
Plantio direto

-07
31
-12
-07
7-1
-0 8
14
-1-
08
21

Data
-1-
08
28
-1-
08
4-2
-08
11
-2-
08
0 a 5 cm

18
5 a 10 cm

-2-
20 a 30 cm
10 a 20 cm

08
25
-2-
08
3-3
-08
10
-3-
08
17
-3-
08
24
-3-
08
CC

PMP
Relação
água-solo-planta-atmosfera

69
Água SSPA

•A diferença de energia potencial da água entre dois pontos faz


com que a água se movimente:
– internamente no solo (fluxo de água no solo);
–do solo para a planta (absorção);
–do solo para a atmosfera (evaporação);
–da planta para a atmosfera (transpiração).

70
Água SSPA

t = g + p + m + os + ...+

1) SOLO SATURADO  = g + p
2) SOLO NÃO SATURADO  = g + m
3) PASSAGEM DE ÁGUA DO SOLO PARA RAÍZES
3.1) SOLO INUNDADO  =g + p + os
3.2) SOLO ÚMIDO  =g + m + os
4) NA PLANTA
4.1) EM CÉLULAS DO TECIDO TENRO (FOLHA)  = p + os
4.2) TECIDO VEGETAL FIBROSO OU LENHOSO  = m + os
(SEMENTES, CAULES, RAIZES E TUBÉRCULOS)
5) NA ATMOSFERA  = p
Umidade do solo na CC e no PMP em solos na Austrália

72
Umidade do solo na CC e no PMP em solos do RS

100 0
100 0

90 10
90 10

80 20
80 20

43,7 (32) 70 27,8 (55) 30


70 30

60 40 60 40

a
a

gil

Sil
gil

38,8 (64) Sil 50 24,7 (99) 50


50 50

Ar

te
Ar

te
47,7 (10) 28,6 (10) 60
40 60 40
31,4 (7) 21,7 (21)
36,1 (35) 41,9 (4) 24,6 (71) 26,1 (4)
30 70 30 70
32,7 (79) 22,6 (158)
20 80 20 80

26,7 (43) 34,5 (60) 39,2 (9) 14,5 (53) 23,2 (159) 21,3 (11)
10 90 10 90

0 14,1 (6) 17,7 (6) 100 0


5,2 (6) 5,0 (6) 100
100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0 100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0

Areia Areia

73
Umidade disponível em solos do RS em função da textura

100 0

90 10

80 20

70 12,4 (31) 30

60 40
a
gil

Sil
50 13,4 (64) 50
Ar

te
40
19,1 (10) 60
13,7 (7)
12,4 (35) 15,8 (4)
30 70

11,6 (79)
20 80

12,8 (43) 13,4 (60) 17,6 (9)


10 90

0
8,9 (6) 12,7 (6) 100
100 90 80 70 60 50 40 30 20 10 0
Areia

74
Efeito da textura sobre a CC, PMP e AD
Brady and Weil, 1996

Capacidade
de campo
Água disponível
Ponto de murcha
permanente

Água indisponível

Areia Franco Franca Franco Franco Argila


arenosa siltosa argilosa
Água SSPA

Potencial de vapor d’água da atmosfera


em função da UR do ar, a 27oC.

UR (%)  (MPa)  (atm)

0 -∞ -∞
20 -223 -2.197
40 -127 -1.251
80 -31 -305
100 0 0
UR = 80 %
 = - 31 MPa

Cloroplasto
Citoplasma

 = - 0,4 MPa

 = - 0,14 MPa
77

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