1. Amamentação ineficaz relacionada a falta de apoio do cônjuge e da família,
evidenciada por oportunidades interrompidas para mamar.
1.1. Cuidados de enfermagem: identificar os fatores causadores ou contribuintes
relacionados a mãe-bebê; avaliar os conhecimentos e o nível de instrução que lhes foram transmitidos; identificar os sistemas de apoio à mãe; presença e as respostas de pessoas significativas, membros da família ampliada e amigas. O pai e a avó materna da criança são fatores importantes que contribuem para o sucesso da amamentação; definir os sentimentos maternos; ajudar a mãe a desenvolver habilidades necessárias para uma amamentação adequada; oferecer apoio emocional à mãe; recomendas períodos frequentes de repouso, dividindo com outras pessoas as tarefas domésticas ou os cuidados com o bebê; instruir o pai ou a pessoa significativa quanto aos benefícios da amamentação e como contornar os problemas comuns da lactação pois a participação do pai ou da pessoa significativa está associado a um índice mais alto de amamentação bem-sucedida durante os 6 primeiros meses.
2. Amamentação ineficaz relacionada a insatisfação ou dificuldade que a mãe, bebê
ou criança experimenta com o processo de amamentação evidenciado por verbalização materna quanto a insatisfação com o processo de amamentação e sinais de fome apresentados pelo bebê.
2.1. Cuidados de enfermagem: avaliar e definir os conhecimentos e sua
experiencia pregressa a amamentação; monitorar os esforços atuais para amamentar; determinar os sistemas de apoio disponíveis para a mãe e/ou a família; iniciar amamentação logo após o parto; demonstrar como segurar e posicionar o bebê; estimular o contato pele a pele; manter o lactente com a mãe sem restrições quanto à duração e à frequência da amamentação; demonstrar/conversar sobre os recursos que facilitam a amamentação; rever técnicas de esvaziamento da mama e de armazenamento do leite materno; conversar sobre a importância de postergar a introdução de alimentos sólidos até que no mínimo o bebê atinja 4 meses de vida; encaminhar para grupos de apoio quando necessário. 3. Amamentação ineficaz relacionada a estrutura mamária malformada evidenciada pelo mamilo invertido, dificuldade de o bebê apreender a região areolar-mamilar, agitação e choro ao ser posta no peito.
3.1. Cuidados de enfermagem: incentivar e orientar quanto a amamentação;
mostrar técnicas manuais de exteriorização do mamilo invertido; indicar/mostrar e conversar sobre recursos que facilitem a amamentação; ensinar técnicas de posicionamento do bebê de forma a pegar a mama corretamente; encaminhar a grupos de apoio a amamentação caso houver necessidade.
4. Amamentação interrompida relacionada à puérpera soropositiva evidenciado
por risco de transmissão de 7 a 22% através do aleitamento materno.
4.1. Cuidados de enfermagem: oferecer à puérpera soropositiva todas as
informações indispensáveis para evitar a transmissão vertical do HIV, incluindo o uso da terapia com antirretrovirais pela mulher, o uso da zidovudina pelo bebê, a não amamentação, preparo e fornecimento de fórmula; realizar acolhimento com esta mãe; oferecer/solicitar apoio psicológico se houver necessidade; conversar, orientar e explicar o porque da não amamentação; encorajar o desenvolvimento do autocuidado, tornando-a capaz de cuidar adequadamente do seu bebê e protege-lo da exposição ao HIV.