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ALEITAMENTO MATERNO

ENSINO CLÍNICO EM CRIANÇA E ADOLESCENTE PRÁTICO

CLEYTON SANTOS CARNEIRO

DIAGNÓSTICOS DE ENFERMAGEM

1. Amamentação ineficaz relacionada a falta de apoio do cônjuge e da família,


evidenciada por oportunidades interrompidas para mamar.

1.1. Cuidados de enfermagem: identificar os fatores causadores ou contribuintes


relacionados a mãe-bebê; avaliar os conhecimentos e o nível de instrução que
lhes foram transmitidos; identificar os sistemas de apoio à mãe; presença e as
respostas de pessoas significativas, membros da família ampliada e amigas. O
pai e a avó materna da criança são fatores importantes que contribuem para o
sucesso da amamentação; definir os sentimentos maternos; ajudar a mãe a
desenvolver habilidades necessárias para uma amamentação adequada;
oferecer apoio emocional à mãe; recomendas períodos frequentes de repouso,
dividindo com outras pessoas as tarefas domésticas ou os cuidados com o
bebê; instruir o pai ou a pessoa significativa quanto aos benefícios da
amamentação e como contornar os problemas comuns da lactação pois a
participação do pai ou da pessoa significativa está associado a um índice mais
alto de amamentação bem-sucedida durante os 6 primeiros meses.

2. Amamentação ineficaz relacionada a insatisfação ou dificuldade que a mãe, bebê


ou criança experimenta com o processo de amamentação evidenciado por
verbalização materna quanto a insatisfação com o processo de amamentação e
sinais de fome apresentados pelo bebê.

2.1. Cuidados de enfermagem: avaliar e definir os conhecimentos e sua


experiencia pregressa a amamentação; monitorar os esforços atuais para
amamentar; determinar os sistemas de apoio disponíveis para a mãe e/ou a
família; iniciar amamentação logo após o parto; demonstrar como segurar e
posicionar o bebê; estimular o contato pele a pele; manter o lactente com a
mãe sem restrições quanto à duração e à frequência da amamentação;
demonstrar/conversar sobre os recursos que facilitam a amamentação; rever
técnicas de esvaziamento da mama e de armazenamento do leite materno;
conversar sobre a importância de postergar a introdução de alimentos sólidos
até que no mínimo o bebê atinja 4 meses de vida; encaminhar para grupos de
apoio quando necessário.
3. Amamentação ineficaz relacionada a estrutura mamária malformada evidenciada
pelo mamilo invertido, dificuldade de o bebê apreender a região areolar-mamilar,
agitação e choro ao ser posta no peito.

3.1. Cuidados de enfermagem: incentivar e orientar quanto a amamentação;


mostrar técnicas manuais de exteriorização do mamilo invertido;
indicar/mostrar e conversar sobre recursos que facilitem a amamentação;
ensinar técnicas de posicionamento do bebê de forma a pegar a mama
corretamente; encaminhar a grupos de apoio a amamentação caso houver
necessidade.

4. Amamentação interrompida relacionada à puérpera soropositiva evidenciado


por risco de transmissão de 7 a 22% através do aleitamento materno.

4.1. Cuidados de enfermagem: oferecer à puérpera soropositiva todas as


informações indispensáveis para evitar a transmissão vertical do HIV,
incluindo o uso da terapia com antirretrovirais pela mulher, o uso da
zidovudina pelo bebê, a não amamentação, preparo e fornecimento de
fórmula; realizar acolhimento com esta mãe; oferecer/solicitar apoio
psicológico se houver necessidade; conversar, orientar e explicar o porque da
não amamentação; encorajar o desenvolvimento do autocuidado, tornando-a
capaz de cuidar adequadamente do seu bebê e protege-lo da exposição ao HIV.

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